Melanoma equino PDF

Title Melanoma equino
Author João Simão
Course Oncologia Veterinária
Institution Universidade Estadual do Centro-Oeste
Pages 2
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Resumo...


Description

MELANOMA EQUINO INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA: Melanomas são neoplasias que afetam os melanócitos, células produtoras de melanina, substância responsável pela pigmentação. Representam grande parte dos tumores cutâneos em equinos (média de 15%), especialmente de pelagem tordilha e idade avançada (superior a 6 anos), sem predileção por sexo. A incidência de melanomas em cavalos tordilhos com mais de quinze anos de idade pode alcançar 80%. Animais jovens e com outras pelagens podem também, ocasionalmente, desenvolver tumores melanocíticos, sendo eles, com maior frequência na forma benigna da neoplasia (melanocitoma), apresentando poucos nódulos com crescimento lento. Os melanocitomas em equinos constantemente evoluem para melanomas, estima-se que cerca de 66% dos tumores melanocíticos benignos de equinos possam progredir para malignidade. ETIOLOGIA: Apesar de infindáveis estudos, não existe ainda um consenso entre autores na definição da etiologia desta neoplasia. Supõe-se que pode haver uma susceptibilidade genética associada a fatores ambientais não muito bem estabelecidos, como exposição à radiação solar ultravioleta, lesões traumáticas crônicas, reações inflamatórias ou quaisquer causas de transformação celular que induzam ao aumento de produção de melanina. PATOGENIA: Os mecanismos envolvidos na patogênese dessa neoplasia incluem distúrbios no metabolismo da melanina, estimulados pelo aumento da produção de αMSH (hormônio estimulante de αmelanócitos), que induzem a formação de novos melanoblastos ou aumento da atividade dos melanoblastos residentes, resultando em áreas de produção excessiva desse pigmento. A maioria dos tumores melanocíticos se desenvolvem a nível cutâneo, principalmente na superfície ventral da cauda, região perianal e perineal e na genitália externa, com menor frequência, podem ocorrer também no pescoço, em região da glândula parótida, área auricular, comissuras labiais, nas pálpebras, zona periorbital e nos membros. SINAIS CLÍNICOS: O melanoma na espécie equina constitui uma enfermidade grave que ocorre com relativa frequência, podendo trazer prejuízos na produção e saúde dos animais. A presença de melanomas na região genital pode causar obstrução física do esfíncter anal, pênis, prepúcio ou comissura vulvar, resultando em disquesia, disúria e pode fazer com que os animais sejam afastados da reprodução, além disso, a disseminação desta neoplasia para órgãos vitais é uma causa comum de morte súbita. Os sinais clínicos sistêmicos mais comuns associados são inespecíficos e pouco auxiliam no diagnóstico, entre eles podemos citar apatia, perda de peso, cólicas e edemas periféricos. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é baseado na anamnese e história clínica associando a idade e pelagem do animal com o exame físico, sinais clínicos e aparência macroscópica das lesões. Contudo o diagnóstico específico e estabelecimento do prognóstico é conseguido somente através de avaliação microscópica por meio de exames citológicos e/ou histológicos dos nódulos. Microscopicamente, as massas pigmentadas são compostas por grupos de células neoplásicas em que a morfologia

varia dentro do mesmo tumor e de um tumor para outro, o citoplasma frequentemente é preenchido por grânulos de melanina, são observados também ocasionais melanófagos contendo melanina intracitoplasmática, As mitoses são frequentes e pode se observar infiltrado inflamatório. Tais características não deixam dúvida com relação ao diagnóstico. PROGNÓSTICO: O diagnóstico de melanoma está relacionado a um prognóstico desfavorável, pois, em geral, o tumor é detectado tardiamente, quando já houve infiltração local ou formação de metástases. A evolução ao nível das técnicas diagnósticas tem sido importante para detecção precoce desta neoplasia, favorecendo o prognóstico e terapêutica desta doença....


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