Title | Metabolismo ósseo - Resumo capítulo do livro - Guyton y Hall: Tratado de fisiología médica. |
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Course | Fisiologia Humana |
Institution | Pontifícia Universidade Católica de Goiás |
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Resumo capítulo do livro...
Tecido ósseo: metabolismo ósseo e metabolismo de cálcio e fosfato Constituído por 2 linhagens celulares:
Linha osteoblástica: formação da matriz óssea; Linha osteoclástica: reabsorção óssea (osteoclastos).
Linha osteobástica:
Pré-osteoblastos; Osteoblastos maduros; Células de revestimento; Osteócitos.
Origem nas células mesenquimatosas pluripotentes e indiferenciadas; Localização: periósteo e menor quantidade de estroma da medula óssea. Células mesenquimais em ambiente ricamente vascularizado ativação do gene Cbfa1 – “máster gene” codifica fator de transcrição gera a expressão de proteínas específicas da matriz óssea pré-osteoblastos osteoblastos maduros osteócitos. Osteoblastos Sem capacidade de divisão; Metabolicamente muito ativos; Maduros quando atingem a superfície óssea; Secretam: o Colágeno tipo I: elasticidade ao tecido ósseo e resistência à propagação de fraturas; o Proteínas não-colágenas: osteopontina, osteocalcina e outras; o Fatores de crescimento: incorporados na matriz óssea e ativados pelos osteoclastos. Função: o Formação da matriz óssea; o Mineralização: cristais de fosfato de cálcio hidroxiapatita (dureza e resistência à compressão); o Receptores e transmissores de sinais para a remodelação óssea. Possuem prolongamentos citoplasmáticos que se projetam para a matriz óssea e comunicam com os osteócitos. Inativos: o Osteócitos: osteoblastos + matriz; o Células de revestimento: Reveste a maior parte da matriz calcificada – endósteo; Capacidade de síntese reduzida; Reconverte em células osteoblásticas ativas. Osteócitos Células altamente ramificadas – entre si e com as células da superfície óssea; o Permite a passagem de nutrientes e outras substâncias Células mais numerosas; Mecanossensores – mecanotransdução. o Forças mecânicas ou tensões aplicadas ao osso causam diferença de pressão no fluido alteram seu fluxo (velocidade) ativam os osteócitos geram sinais moleculares (óxido nitroso e PG, alteração da carga elétrica, alteração na membrana plasmática com liberação de cálcio) transmitidos: Difusão; Através de gap junctions; o Células de revestimento ósseo/osteobolastos/osteoclastos remodelação óssea. Linha osteoclástica: osteoclastos Células gigantes multinucleadas; Endósteo e menor quantidade na superfície do periósteo;
Reabsorção da matriz óssea. Osteoclastos: Lacuna de Howship: CO2 + H20 anidrase carbônica H+ +HCO3 Bomba de prótons (borda em escova); Liberação de H+ para a matriz dissovendo cristais de hidroxiapatita liberação de cálcio e fosfato; Secreção de enzimas lisossomais (catepsinas e metaloproteína) degradação de proteínas colágenas e não-colágenas da matriz; Osteoclastogênese Osteoclastos necessitam dos osteoblastos para sua diferenciação; Osteoblastos expressam em sua superfície o RANKL (ligante para o receptor da ativação do fator nuclear Keppa B); o OPG (osteoprotegerina); Interação do RANKL com o RANK (presente nos osteoclastos) maturação dos osteoclastos. OPG possui alta afinidade pelo RANKL impedindo ou bloqueando a ligação do RANKL com o RANK= Regula-se a quantidade de osteoclastos Aumento de RANKL: osteoclastogênese; Aumento de OPG: diminuição de osteoclastogênese ou apoptose dos osteoclastos. Remodelação óssea Mecanismo de substituição de áreas de tecido ósseo de modo a preservar a sua integridade, otimizar a sua função e prevenir a sua degradação; Reabsorção formação óssea; Controlada pela interação de forças mecânicas, hormonais, sistêmicas, citoquinas, PG e fatores de crescimento produzidos localmente; 2 funções: o Reparação e adaptação da estrutura óssea ao meio; o Homeostasia do cálcio plasmático. Perspectiva mecânica: o Desgaste causado pelo uso ou “abuso” continuado fadiga e danos apoptose dos osteócitos remodelação óssea; o Mecanotransdução; o Essencial para a sobrevivência dos posteócitos no interior da matriz óssea. Perspectiva metabólica o 2 mecanismos de mobilização de cálcio dos ossos: Transferência de íons cálcio diretamente dos cristais de hidroxiapatita para o líquido intersticial; Ação do PTH. Lacunas de Howship (trabéculas do tecido ósseo esponjoso): Osteócitos lesados liberam citoquinas inflamatórias (PGE2, IL-1) + PTH atraem linfócitos T e estimulam a produção de RANKL (tanto pelas células imunitárias como pelas células de revestimento e osteoblastos); Células da linha osteoclástica provenientes da corrente sanguínea desenvolvem os receptores RANK; Ligação RANKL + RANK maturação e ativação dos osteoclastos reabsorção. Osteoclastos o Enzimas proetolíticas (a partir dos lisossomas) digerem e dissolvem a matriz óssea; o Vários ácidos (ác. Cítrico, ác. Láctico) – liberados pelas mitocôndrias e vesículas secretoras causam a solução dos sais ósseos. o Células osteoclásticas também englobam por fagocitose diminutas partículas da matriz óssea e cristais dissolvendo-os liberam os produtos no sangue. Em consequência da atividade dos osteoclastos são liberados da matriz óssea reabsorvida fatores de crescimento (TGF, IGF-1, PDGF, proteínas Wnt) proliferação e diferenciação dos pré-osteoblastos (que migram de regiões perivasculares e/ou da corrente sanguínea); Células de revestimento ósseo convertidas em osteoblastos; Expressão do sistema Ephrin-Eph – mediador da interação entre os osteoclastos e osteoblastos – contato Cl a Cl; o Expressão de EphrinB2 nos osteoclastos levam a ativação de EphB4 nos osteoblastos início da formação óssea; o A expressão de EphB4 nos osteoblastos inibem a ativação osteoclástica via EphrinB2;
Pré-osteoblastos produzem OPG (com grande afinidade ao RANKL) ligam-se ao RANKL desativa os osteoclastos. Síntese de matriz osteóide posterior mineralização reconstrução da lacuna de Howship; Osteócitos presentes na matriz mineralizada sintetizam diversas moléculas – esclerostina determina a diferenciação dos osteoblastos secretores em células de revestimento ósseo fim. Fatores hormonais sistêmicos: o Alguns hormônios exercem efeito na remodelação óssea; o Principais hormônios: PTH; Corticosteroides (deletério ao osso – inibem proliferação e diferenciação dos precursores osteoblásticos); Leptina (inibe a formação óssea – mecanismo desconhecido); Estrógenos (estimulam a formação óssea por mecanismo indireto produção osteoblástica de fatores de crescimento (TGF-beta e IGF-1); Vitamina D Aumenta a absorção de cálcio no trato intestinal; Efeitos importantes sobre a deposição e reabsorção óssea. 7-desidrocolesterol raios UVB colecalciferol (D3); Compostos de vitamina D que ingerimos são idênticos a vitamina D3; Feedback negativo: impede a ação excessiva da vitamina D quando presente em excesso e conserva a vitamina D3 no fígado para uso futuro. Nos túbulos proximais dos rins sob ação do PTH ocorre: o 25-hidroxicolecalciferol 1,25 diidroxicolecalciferol (forma ativa da vitamina D) A forma ativa da vitamina D é inversamente proporcional a concentração de cálcio no plasma o Aumento de cálcio impede a conversão; o PTH é suprimido pelo excesso de cálcio. Supressão do PTH: o Conversão do 25-HCCF 24,25-diidroxicolecalciferol (sem ação) Aumento do cálcio diminuição do 1,25-DDCCF diminuição da absorção de cálcio intestinal, dos ossos e dos túbulos renais. Absorção intestinal de cálcio: o Por meio do aumento da formação da calbindina – proteína ligante de cálcio (2 dias) nas células epiteliais intestinais: cálcio por difusão facilitada para o citoplasma; o Formação de ATPase estimulada pelo cálcio na borda em escova; o Fosfatase alcalina nas células epiteliais. Ações da vitamina D: o Absorção intestinal de cálcio; o Absorção de fosfato pelo intestino Efeito direto do 1,25-DDCCF e/ou Secundário à ação desse hormônio: atuando o cálcio como mediador do transporte do fosfato; o Aumenta a absorção de cálcio e fosfato pelas células nos túbulos renais (efeito fraco) Diminuindo a excreção na urina o Vitamina D em excesso absorção óssea (provável ação do 1,25-DDCCF promovendo o transporte de cálcio pelas membranas celulares); o Ausência de vitamina D impede a ação do PTH na absorção óssea; o Vitamina D em níveis normais calcificação óssea. PTH Regula a absorção intestinal (aumento da absorção intestinal de cálcio e fosfato); Excreção renal: diminuição da excreção renal de cálcio e aumento na de fosfato o Aumento na reabsorção de magnésio e hidrogênio; o Diminuição na reabsorção de sódio, potássio e aminoácidos; Regula a troca de íons cálcio e fosfato entre o LEC e o osso (aumento da absorção de cálcio e fosfato do osso) Atividade excessiva da paratireoide: rápida absorção de cálcio do osso hipercalcemia; Atividade reduzida: hipocalcemia; Aumento súbito de PTH:
Elevação do cálcio com patamar em 4h: Absorção dos ossos; Diminuição da excreção renal. o Redução do fosfato com patamar em 1-2h Diminuição importante da excreção renal o Possui uma fase rápida e lenta de absorção óssea Fase rápida (osteólise): o Aumento na remoção de fosfato de cálcio da matriz óssea e da vizinhança dos osteoblastos Osteoblastos e osteócitos formam o sistema de membrana osteocística (separa o osso do LEC) – entre a membrana e o osso existe o líquido ósseo o Membrana bombeia íons cálcio do líquido ósseo para LEC PTH se liga a seus receptores nas membranas celulares dos osteoblastos e osteócitos estimula a bomba de cálcio remove sais de fosfato e cálcio dos cristais ósseos amorfos líquido ósseo bomba de cálcio do outro lado da membrana remove o cálcio para o LEC. Fase lenta (ativação dos osteoclastos): PTH ativa os osteoblastos e osteócitos que emitem um sinal “secundário” aos osteoclastos ativação dos osteoclastos (não possuem receptor para o PTH): o Ativação dos osteoclastos já formados; o Formação de novos osteoclastos Absorção de cálcio e fosfato dos ossos. Calcitonina Efeitos opostos ao PTH (seu efeito supera o da calcitonina) diminui a concentração de cálcio; Diminui a concentração de cálcio rapidamente: o Efeito imediato: diminui a atividade absortiva dos osteoblastos; o Efeito mais prolongado: diminui a formação de novos osteoclastos geram diminuição de osteoblastos a longo prazo diminui a atividade osteoclástica e osteoblástica pouco efeito sobre a concentração de cálcio. Pouco efeito sobre o processamento de cálcio nos túbulos renais e no trato intestinal; o...