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Resumo Sobre o Nariz...

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Leticia de Moura Amarante

Nariz Introdução •

A protuberância que se projeta na face que normalmente chamamos de nariz, na verdade é apenas uma estrutura responsável pela captação do ar chamada de cavidade nasal. Sendo assim o nariz, na verdade, se localiza no interior do crânio. Porém, foi convencionado que o nariz corresponde a toda estrutura externa denominada nariz externo e a parte responsável pela captura do ar em si denominada cavidade nasal. Sendo assim, a parte funcional do nariz corresponde a uma cavidade no interior do crânio

Nariz externo corresponde a um arcabolso de cartilagem que é unido por um tecido fibroadiposo que fica fixado numa abertura em forma de pera no crânio que recebe o nome de abertura piriforme. As cartilagens que formam a estrutura do nariz externo são: ✓ Cartilagem nasal lateral: se localiza de cada lado na parte mais superior do nariz há ✓ Cartilagem septal: é uma cartilagem que atua dividindo o nariz externo em duas partes, nomeadas de narinas ✓ Cartilagens alares maiores (direita e esquerda): são as cartilagens que formam a asa do nariz (possuem forma de “U”) ✓ Cartilagem alar menor • Além disso temos as estruturas que formam o nariz externo, são elas: ✓ Narinas: duas cavidades formadas pela cartilagem septal ✓ Asa do nariz ✓ Dorso ósseo do nariz: “rampa” ✓ Faces laterais do nariz ✓ Raiz do nariz: parte mais alta ✓ Dorso cartilaginoso do nariz: parte mais baixa ✓ Septo do nariz externo/ columela ✓ Ponta nasal

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Sendo assim, supondo um percurso que vai do nariz externo até a cavidade nasal, temos primeiramente duas aberturas na parte externa, as narinas, e logo ao se penetrar no

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interior desses orifícios pode ser identificado as seguintes estruturas (interior do nariz externo): ✓ Vestíbulo nasal: primeiramente ao se penetrar no nariz é possível identificar uma região dilatada que se denomina vestíbulo nasal (entrada). Essa estrutura vai até uma estrutura chamada limiar do nariz externo. Nesse sentido, das narinas até o limiar temos o vestíbulo. ✓ Limiar do nariz externo: é uma borda cartilaginosa em formato de meia lua que possui pelos protetores denominados vibrissas. Essa estrutura se localiza entre os vestíbulos nasais e os átrios do nariz externo ✓ Átrio do nariz externo: após o limiar do nariz externo se localiza o átrio do nariz externo que se estende até a abertura piriforme no crânio O nariz externo é responsável pela menor contribuição as funções básicas exercidas pelo nariz – aquecer, purificar e umedecer – sendo a cavidade nasal responsável pela a maior parte delas

Cavidade nasal A cavidade nasal é muito maior e possui, também, maior quantidade de mucosa que o nariz externo • Todo órgão costuma ter um revestimento transparente por fora denominado serosa, responsável pela produção de um liquido lubrificante, e por dentro por uma membrana grossa repleta de sangue chamada mucosa, o que não é diferente no nariz. • A mucosa presente na cavidade nasal efetua a maior parte das funções fundamentais do nariz, são elas: ✓ Umedecer ✓ Purificar ✓ Aquecer • Uma vez que a cavidade nasal se encontra no interior do crânio ela realiza diversas relações anatômicas com os órgãos que se encontram no interior dessa cavidade, desse modo, é necessário compreender seus limites: ✓ Teto: o teto da cavidade nasal é formado pela lâmina cribiforme do osso etmoidal. É importante salientar que essa lâmina estabelece contato também com as meninges que revestem o cérebro, o que permite que infecções dessa estrutura penetrem sobre esse tecido, podendo causar meningites, por exemplo. ✓ Assoalho: o limite inferior dessa estrutura é formado pelos palatos que constituem o céu da boca, isto é, o palato duro (ósseo) e o palato mole (muscular) ✓ Limite posterior: é formado pelo coano, uma cavidade que permite a comunicação do nariz com a faringe ✓ Limite anterior: o limite anterior corresponde à abertura cribiforme, que dá inicio à cavidade nasal ✓ Limites laterais: conchas superior, media e inferior formadas pelo osso etmoide • O nariz é formado por 3 aberturas: ✓ Narinas: permitem a comunicação do nariz externo com o meio externo ✓ Abertura piriforme: permite a comunicação do nariz externo com a cavidade nasal ✓ Coanas: permite a comunicação da cavidade nasal com a faringe • Além disso, é possível constatar que a cavidade nasal também estabelece relações com espaços preenchidos por ar no interior dos ossos do crânio que são forrados por mucosa. Exemplos: osso frontal, osso esfenoide. •

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Septo nasal se localiza na parede medial do nariz externo divide a cavidade nasal, formando 2 cavidades nasais que não se comunicam. Sendo assim, as narinas dão origem a duas cavidades nasais que possuem, cada uma: ✓ Parede lateral: ossos laterais? ✓ Parede medial: septo nasal Ele se origina no nariz externo continua se estendendo até as coanas, aberturas nasais posteriores divididas pelo osso vômer que se comunicam com a faringe. O septo é formado anteriormente pela cartilagem do septo, superiormente e posterior pela lamina perpendicular do osso etmoidal e inferiormente e posterior pelo osso vômer. Perceba, assim, que o septo possui um limite anterior cartilaginoso e dois limites posteriores ósseos

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A parede lateral das cavidades nasais possui projeções que vão em direção à região medial do corpo. Essas estruturas são denominadas conchas e são 3: ✓ Concha superior Atuam diminuindo a velocidade do ar que ✓ Concha média entra pelas narinas, para que assim ele possa ser aquecido mais rapidamente

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✓ Concha inferior •

Inferior às conchas nasais se situam sempre canais denominados meatos nasais, sendo que o nome de cada um é dado baseado na concha que o antecede: ✓ Meato nasal inferior: se localiza abaixo da concha nasal inferior ✓ Meato nasal médio: fica abaixo da concha nasal media ✓ Meato nasal superior: se situa abaixo da concha nasal superior

Além desses espaços, a cavidade nasal possui ainda um 4º espaço que se situa em cima da concha superior, no local onde ocorre a união do osso etmoidal com o esfenoide e, por isso, ele recebe o nome de recesso esfenoetmoidal. Essa estrutura age dilatando o óstio do seio esfenoidal • Seios paranasais: essas estruturas são cavidades de tamanhos reduzidos, preenchidas por ar que atuam como pequenos narizes, purificando, umedecendo e aquecendo o ar. Como o próprio nome já diz, elas se localizam ao lado do nariz e estabelecem comunicações com a cavidade nasal. Exemplo: o seio esfenoidal se comunica com o recesso esfenoetmoidal através do óstio. • Situadas no meato nasal médio se encontram 3 estruturas anatomicas importantes, que realizam a comunicação dos seios paranasais com a cavidade nasal, são elas: frente ✓ Infundíbulo bulboetmoidal: recebe o canal do seio frontal, localizado no interior do osso frontal ✓ Hiato semilunar: é uma fenda com formato de meia lua que se localiza logo abaixo da bula etmoidal e recebe a abertura do seio maxilar ✓ Bula etmoidal: é uma elevação da parede lateral, no meato médio, que recebe as Traz aberturas das células etmoidais anteriores • A artéria responsável por irrigar a parte anterior da cavidade nasal é a artéria etmoidal anterior, ramo da artéria carótida interna. Já a cavidade posterior é irrigada pela artéria esfenopalatina, que chega no local passando através do forame esfenoide • Enquanto isso, o septo nasal recebe ramos terminais diminutos das seguintes artérias: •

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✓ Artéria esfenoidal anterior ✓ Artéria esfenopalatina ✓ Artéria labial superior Observação: - Sangramentos intensos no nariz geralmente acometem a área de kiesselbach localizada nos vestíbulos nasais, na entrada do nariz. Esses eventos podem ser controlados por aplicações de cotonetes mergulhados em adrenalina na região. A adrenalina, como já estudado, é um neurotransmissor do sistema nervoso simpático que atua na contração das artérias e, portanto, ajuda na diminuição do sangramento •

A inervação da cavidade nasal é realizada, basicamente, por dois nervos, são eles: ✓ Nervo trigêmeo: realiza a inervação sensitiva (sensibilidade geral) do nariz, o que ocorre por partes segundo cada ramo deste nervo, observe:  Anterior: é inervada pelo nervo etmoidal anterior, ramo do nervo oftálmico  Posterior: é inervada pelo o nervo nasopalatino, ramo do nervo maxilar ✓ Nervo facial: realiza a inervação motora, isto é, para os músculos do nariz

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Além disso, sabe-se que no nariz existe uma sensibilidade especial, isto é, o olfato. Esse mecanismo é produzido no teto do crânio, a partir do 1º par craniano – nervo olfatório. Esse nervo sai de uma dilatação nervosa, denominada bulbo olfatório, de onde saem vários ramos dessa estrutura que perfuram a lâmina cribiforme para saírem do crânio e penetrarem na cavidade do nariz.

Observações: - O nervo palatino maior, também, ramo do maxilar ajuda da inervação da cavidade nasal. Sendo assim, geralmente, o nervo nasopalatino inerva o septo nasal, enquanto que o palatino maior inerva a parede lateral - Ozena: é a necrose do teto da mucosa da cavidade nasal, muitas vezes provocada pela insuficiência vascular da região, que promove a perda de olfato e um mal cheiro forte que chega a ser imperceptível pelo individuo afetado

Seios paranasais • •

Os seios nasais são cavidades no interior dos ossos pneumáticos do crânio que funcionam como pequenos narizes. Existem de modo geral 4 pares de seios paranasais, são eles: ✓ 2 seios frontais: ficam situados no osso frontal ✓ 2 seios maxilares: um em cada lado do osso maxilar ✓ 1 ou 2 seios esfenoidais: ficam situados dentro do osso esfenoide e podem ser divididos por um septo, formando, assim, 2 seios ✓ 2 seios etmoidais: um de cada lado do osso etmoidal

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Caminhando dos seios frontais para os esfenoidais há uma coleção de espaços que consistem em divisões ainda menores dos seios etmoidais, que formam cavidades pequenas que podem ser divididas em grupos, são eles: ✓ Células etmoidais anteriores ✓ Células etmoidais posteriores ✓ Células etmoidais médias Uma vez que as cavidades nasais estabelecem comunicação direta com os seios nasais, infecções causadas no nariz, ao passarem para esses locais, podem provocar sintomas que afetam locais que são adjacentes ou próximos a determinado seio paranasal, veja: ✓ Sinusite maxilar (afeta o seio maxilar): geralmente provoca dor nos dentes superiores ✓ Sinusite frontal: é manifestada por dores de cabeça ✓ Sinusite esfenoidal: também causa dores de cabeça ✓ Sinusite etmoidal: provoca dores nos olhos A comunicação dos seios nasais com as cavidades nasais se manifesta da seguinte maneira: ✓ Seio esfenoidal: desemboca no recesso esfenoetmoidal, localizado acima da concha nasal superior ✓ Seio maxilar: se abre no meato nasal médio, a partir do hiato semilunar ✓ Células etmoidais anteriores: também se comunicam com o hiato semilunar ✓ Células etmoidais médias: estabelecem uma comunicação com a bula nasal ✓ Células etmoidais posteriores: são drenadas pelo meato nasal superior

Observações: - O meato nasal inferior recebe a abertura do ducto nasolacrimal •

Os seios paranasais, como já dito, ficam no interior dos ossos cranianos e, assim, possuem limites baseados nas estruturas que se encontram nessas estruturas: ✓ Seio maxilar – limites:  Assoalho: raiz dos dentes superiores  Teto: assoalho da orbita ✓ Seio etmoidal – limites:  Olhos  Cérebro e meninges ✓ Seio esfenoidal – limites:

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 Assoalho: nervo óptico  Teto: glândula hipófise ✓ Seio frontal – limites:  Assoalho: olho  Teto: cérebro e meninges...