Nós cirúrgicos - Resumo Técnica cirúrgica PDF

Preview

Summary

Resumo sobre os principais nós cirúrgicos...

Description

TÉCNICA CIRÚRGICA 2018/1 Morgana Trojahn Nós cirúrgicos O nó consiste no entrelaçamento do fio cirúrgico, no intuito de se realizar a hemostasia ou a união entre duas bordas teciduais, constituindo-se uma das etapas mais importantes do ato operatório. Ele não pode ficar frouxo, permitindo a manutenção da oclusão vascular ou o perfeito ajuste das bordas. Também, o ideal é que o nó seja fácil, rápido e utilize a mínima quantidade de fio. O nó cirúrgico consta de um primeiro seminó ou laçada de contenção e um segundo seminó fixador, que impede o afrouxamento do primeiro. Para maior segurança, acrescenta-se um terceiro ou até mais seminós, conforme o tipo de material e a preferência do cirurgião. Alguns princípios devem ser seguidos na confecção de nós: o o o o o o

Deve ser firme, minimizando a possibilidade de deslizamento Deve ter o menor volume possível para minimizar a reação tecidual A fricção das extremidades dos fios deve ser evitada para não enfraquecer a integridade da sutura Tensão excessiva pode causar quebra do fio e a pode levar à isquemia tecidual Manter tração em uma das extremidades para evitar a perda da laçada Seminós extras não aumentam a resistência, apenas adicionam volume ao nó

Os nós variam pela conformação de cada um deles. O seminó simples constitui o primeiro tempo de um nó e é alcançado pela laçada com o fio, de forma que uma extremidade é totalmente rodada em torno da outra, criando uma meia-volta. A partir do seminó simples, 5 tipos de nós podem ser feitos:

 Nó anti-deslizante ou quadrado: são realizados dois seminós simples em que as duas meias-voltas são posicionadas em direções opostas, uma sendo a imagem exata da outra. Pode ser reforçado por um ou mais seminós de segurança. Uma vez amarrados os fios, o nó não pode ser mais afrouxado, consistindo em um nó seguro e de maior resistência ao processo de deslizamento.

 Nó deslizante: um seminó simples é sobreposto a outro sem a inversão da meia-volta em relação ao anterior. Esse nó exige obrigatoriamente ao menos um terceiro seminó. Não é um nó seguro.

 Nó duplo/ nó de cirurgião: duas voltas primárias na primeira meia-volta seguida por posicionamento da segunda meia-volta na direção oposta, similar ao nó quadrado. Isso evita que o nó deslize (propriedade auto-estática). A desvantagem desse nó é que ele ocupa maior volume e apresenta certa dificuldade para apertá-lo. Utilizado em grandes vasos.  Nó em roseta: técnica mista feita no final da sutura com a ‘’pontinha’’ do último ponto. É utilizado para ancorar extremidades de fios em suturas intradérmicas.

 Nó por torção: utilizado com fios metálicos pela torção helicoidal em suas extremidades. São rígidos e causam considerável irritação nos tecidos....