Novas Leituras 9 -fichas de trabalho português 9º ano PDF

Title Novas Leituras 9 -fichas de trabalho português 9º ano
Author Agarra O Saber
Course portugues
Institution Universidade do Porto
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor_______________________________________________________________________________________________________________N Novas Leituras 9 | Guia do ProfessorTESTE N.° 1ESCOLA:___________________________________________________________________TESTE DE PORTUGUÊSAno: 9.° | T...


Description

_______________________________________________________________________________________________________________N Novas Leituras 9 | Guia do Professor ______

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TESTE N.° 1

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma: __________ 20___

Data: ___ / ___ /

GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

O elefante da gula Alexandre Pais

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De Isabel Jonet só conheço, e por ler e ouvir dizer, o seu trabalho à frente do Banco Alimentar. Chega para a admirar, até porque sofro do mal nacional do egoísmo e terei de aprender a olhar menos para o meu umbigo. A verdade é que sei bem o que é a miséria, pois frequentei o primeiro ciclo escolar, há mais de meio século, na Beira Alta, e fiquei marcado pelo que vi. Numa turma de vinte e tal alunos, só cinco ou seis andavam calçados, o que significava que a maioria percorria quilómetros, em pleno inverno, por caminhos de cabras e pelo meio das matas, com os pés nus, carregados de frieiras e de feridas. Alguns chegavam à escola em jejum e assim se aguentavam até a uma espécie de almoço, quase sempre de broa, dura de dias, e batatas cozidas. Outros comiam de manhãzinha, em casa, bocados de pão regados com vinho tinto, as tenebrosas sopas de cavalo cansado. A fruta comum eram umas maçãs pequenas e desenxabidas, que caíam das árvores e se davam aos porcos. Muitos amigos meus vestiam uns trapos e lembro-me de ver, nos pátios de entrada das suas habitações, estrumeiras a céu aberto, retretes comuns de galinhas, porcos e seres humanos, das quais emanava um cheiro nauseabundo. Não sei se Isabel Jonet viu, na recente viagem à Grécia, imagens que apontem para um iminente regresso de tempos semelhantes àqueles em que Portugal vegetava, nos anos 50, uma situação de efetiva miséria. Porque a realidade atual é diferente. Mesmo as pessoas que sobrevivem a ________________________________________

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custo e que nada têm, que se podem considerar como os novos miseráveis de uma Europa que falhou nas promessas de bem-estar e nas expectativas que criou, jamais voltarão a misturarse com os animais, por muito que Merkel e a sua gente não se importassem com isso. O limiar da pobreza está hoje mais acima. Quem vive além das suas possibilidades e vai ter de mudar de hábitos é certa classe média deslumbrada que se deixou levar pela febre consumista e pela inveja social, sem se esforçar por gerar os proventos que lhe permitam recorrer à necessidade de adquirir para ser. São esses que não vão poder comer bife todos os dias e que terão de fechar a torneira quando lavarem os dentes. Não por culpa da troika, mas pelo elefante branco 1 da gula: comer mais do que se precisa, gastar mais do que se ganha, parecer mais do que se é. Isabel Jonet foi pouco hábil na forma como tocou num tema delicado, com tantas suscetibilidades em alta, tantos nervos em franja. Mas não merecia ler o que se escreveu nas redes sociais. Porque enquanto os inúteis e os selvagens lavam frustrações e a desancam, ela mantém de pé uma obra de solidariedade e cidadania sem a qual a vida de muitos portugueses seria bastante pior. Chapeau2. In Sábado, de 15 a 21 de novembro de 2012

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VOCABULÁRIO 1 coisa grande e vistosa, mas que não tem qualquer utilidade ou valor; 2 Tiro-lhe o chapéu.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto. 1.1. A expressão “olhar menos para o meu umbigo” (linhas 4-5) significa: a) andar menos de cabeça baixa. b) preocupar-se menos com o umbigo. c) pensar menos em si próprio como centro do mundo. d) ser mais confiante nas suas capacidades. 1.2. Na expressão “Mesmo as pessoas que sobrevivem a custo […]” (linhas 30-31), a palavra sublinhada pode ser substituída por: a) até. b) também. c) realmente. d) igualmente. 1.3. A afirmação “[…] terão de fechar a torneira quando lavarem os dentes” (linhas 44-45) pretende denunciar: a) a falta de consciência ecológica. b) o desperdício de água. c) os gastos económicos supérfluos. d) o pouco cuidado na lavagem dos dentes. 1.4. A expressão “elefante branco da gula” (linha 46) contém uma: a) personificação. b) metáfora. c) hipérbole. d) comparação. 1.5. O pronome relativo “a qual” (linha 55) refere-se: a) a Isabel Jonet. b) à obra de Isabel Jonet. c) à obra de solidariedade e cidadania. d) à vida de muitos portugueses. 2. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto. a) o pronome “outros” (linha 16) refere-se a “alunos”. b) o pronome “que” (linha 20) refere-se a “maçãs pequenas e desenxabidas”. c) o pronome “lhe” (linha 42) refere-se a “certa classe média”. d) o pronome “esses” (linha 43) refere-se a “proventos”.

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Parte B Lê o excerto de Meu Pé de Laranja Lima de José Mauro de Vasconcelos.

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Glória me chamara muito cedo. – Deixe ver as unhas. Mostrei as mãos e ela aprovou. Agora as orelhas. Ih! Zezé. Me levou no tanque, molhou um pano com sabão e foi esfregando a minha sujeira. Nunca vi uma pessoa dizer que é um guerreiro Pinagé e viver sempre sujinho! Vá se calçando que eu procuro uma roupinha decente pra você. Foi na minha gaveta e remexeu. E remexeu mais. E quanto mais remexia menos achava. Todas as minhas calcinhas ou eram furadas, rasgadas, remendadas ou cerzidas. Não precisava nem contar para ninguém. Só vendo essa gaveta a pessoa descobria o menino terrível que você é. Vista essa, está menos ruim. E fomos nós embora para a descoberta “maravilhosa” que eu ia fazer. Chegamos perto da Escola e uma porção de gente levava menino pela m.o para matricular. Não vá fazer papel triste e nem esquecer de nada, Zezé. Ficamos sentados numa sala cheia de meninos e todos espiavam uns para os outros. Até que veio a nossa vez e entramos na sala da diretora. Seu irmãozinho? Sim, senhora. Mamãe não pôde vir porque trabalha na cidade. Ela me olhou bastante e os olhos dela ficavam grandes e pretos porque os óculos eram muito grossos. Gozado é que ela tinha bigode de homem. Por isso é que ela devia ser diretora. Ele não é muito pequenininho? – É franzino pra idade. Mas já sabe ler. – Que idade você tem, menino? – Dia vinte e seis de fevereiro fiz seis anos, sim, senhora. – Muito bem. Vamos fazer a ficha. Primeiro a filiação. Glória deu o nome de Papai. Quando chegou o nome de Mamãe ela falou só: Estefânia de Vasconcelos. Eu não aguentei e soltei a minha correção. – Estefânia Pinagé de Vasconcelos. – Como é? Glória ficou meio corada. – É Pinagé. Mamãe é filha de índios. Fiquei todo orgulhoso porque eu devia ser o único que tinha nome de índio naquela Escola. Depois Glória assinou um papel e ficou parada, indecisa. – Mais alguma coisa, moça? – Eu queria saber a respeito dos uniformes… A senhora sabe… Papai está desempregado e somos bastante pobres. E aquilo foi comprovado quando ela mandou que eu desse uma volta para ver o meu tamanho e número e acabou vendo os meus remendos. Escreveu um número num papel e mandou a gente lá dentro procurar Dona Eulália. Dona Eulália também se admirou com o meu tamanho e o menor número que tinha, me fazia parecer um pinto calçudo.

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– O único é esse, mas está grande. Que menino miudinho!… – Eu levo e encurto. Saí todo contente com dois uniformes de presente. Imagine a cara do Minguinho quando me visse de roupa nova e de aluno. Com o passar dos dias eu contava tudo para ele. Como era, como não era.

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[…] E vieram as novidades. As brigas. As descobertas de um mundo onde tudo era novo. In Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos, Dinapress, 2011

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 3. Indica o acontecimento retratado no excerto e os preparativos da irmã do Zezé para o mesmo. 4. Diz a que se refere o narrador com a expressão “descoberta ‘maravilhosa’” (linha 13), salientando o seu estado de espírito. 5. Explica o sentido da expressão “Não vá fazer papel triste” (linha 15), evidenciando a intenção da irmã de Zezé ao usá-la. 6. Transcreve duas expressões do texto que comprovem a afirmação da irmã do Zezé “somos bastante pobres” (linha 37). 7. “Eu não aguentei e soltei a minha correção.” (linha 28) 7.1. Explica a afirmação do narrador, salientando a importância que o mesmo atribui à “correção” que fez. 8. Indica o(s) aspeto(s) comum(ns) entre o texto de José Mauro de Vasconcelos e o da Parte A. GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. “– Nunca vi uma pessoa dizer que é um guerreiro Pinagé e viver sempre sujinho! Vá se calçando que eu procuro uma roupinha decente pra você.” (linhas 7-8) 1.1. Transforma o discurso direto em discurso indireto. 2. “[…] e entramos na sala da diretora.” (linha 17) 2.1. Classifica o tipo de sujeito na frase. 2.2. Identifica a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada. 3. “Depois Glória assinou um papel […]” (linha 34) 3.1. Reescreve a frase anterior na forma passiva. 3.2. Transcreve o complemento agente da passiva da frase que construíste. 4. Transcreve dois exemplos que comprovem que o texto da Parte B pertence à variedade brasileira. Justifica a tua resposta. 5. “Gozado é que ela tinha bigode de homem.” (linha 21) 5.1. Classifica a oração sublinhada na frase. 6. “Com o passar dos dias eu contava tudo para ele.” (linha 47) 6.1. Reescreve a frase anterior, transformando o modificador destacado numa oração subordinada adverbial temporal. 7. “[…] os olhos dela ficavam grandes e pretos porque os óculos eram muito grossos.” (linhas 20-21) 7.1. Reescreve a frase iniciando-a pela locução conjuncional “Uma vez que…”.

GRUPO III O 1.º Ciclo é um período muito importante no percurso escolar dos alunos. Novas Leituras 9 –ASA

Escreve um texto narrativo bem estruturado, com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras, em que relates um episódio que se tenha passado na escola, no 1.º Ciclo, e que te tenha marcado. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma de desenvolvimento e uma de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias que queres apresentar. No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.

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TESTE N.° 2

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TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma: __________ 20___

Data: ___ / ___ /

GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. Nelma Viana Jornalista

Eu, idiota, me confesso

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A inveja é uma coisa feia. Foi assim que aprendi a não desejar o que não me fosse atribuído por direito e/ou mérito. E foi também assim que me consegui enganar ao acreditar que aquilo que sentia quando praguejava contra a sorte alheia era só um desabafo

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inofensivo contra a minha falta da mesma. Com o tempo percebi que não, que era inveja pura e dura e que isso, que é senão uma azia sentimental agudíssima, era uma coisa muito pouco nobre de se sentir.

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Mas como eu, pessoalmente, nunca aspirei ao sangue-azul, acolhi a minha limitação o melhor que pude. Não sem antes me ter massacrado com um ou outro episódio de vergonha: começou com a Barbie princesa da vizinha aos sete anos e prolongou-se até à fase adulta com a Bimby1. A minha inveja, que é só minha, não afeta ninguém em particular, não é direcionada a nenhum utilizador da Bimby, antes a todos os que têm uma em casa. Futilidades!, dirá o leitor. E eu até assino por baixo, mas vendo bem as coisas, a tendência é querer e invejar aquilo a que ainda não se conseguiu deitar a mão porque o resto, o que importa mesmo, que para

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mim (orgulhosamente) são a família e os amigos, não entram neste campeonato. Não se inveja ninguém porque tem um amigo mais bem educado, ou mais boémio, ou mais inteligente do que nós. E a família, já se sabe, não se escolhe, pelo que o assunto nunca será para aqui chamado. A inveja é palpável e estupidamente material. E sim, gostava de fazer parte do grupo de pessoas que conseguem levar a vida sem nunca projetar comparações idiotas, sem nunca querer para si, só de vez em quando, aquela restiazinha de sorte que premeia sempre a pessoa ao lado. Por isso mesmo, eu, idiota, me confesso.

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In http://www.sabado.pt/Cronicas/Nelma-Viana/ cf.-idiota,-me-confesso.aspx (acedido em 01/12/20

VOCABULÁRIO 1

eletrodoméstico que serve para cozinhar, cujo objetivo é preparar mais rapidamente as refeições, mantendo o sabor original dos alimentos

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. As afirmações apresentadas de A. a F. correspondem a ideias-chave do texto de Nelma Viana 1.1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas ideias surgem no texto. Começa a sequência pela letra C. A. Com efeito, a inveja direciona-se para as coisas e não para as pessoas. B. Na verdade, o que a autora inveja não é as pessoas, mas o que elas possuem. C. A inveja é um sentimento vergonhoso. D. Consciente da sua condição, a autora acabou por aceitar que era invejosa. E. A autora considera idiota desejar a felicidade dos outros. F. Não é a falta de sorte, mas a inveja, que leva a autora a cobiçar o que é dos outros. 2. Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto. 2.1. Com a expressão “Mas como eu, pessoalmente, nunca aspirei ao sangue-azul” (linhas 10-11), a autora pretende: a) reconhecer que nunca desejou uma transfusão de sangue para alterar a cor deste. b) ser alvo da inveja de outras pessoas. c) evidenciar a sua modéstia. d) mostrar que, apesar de ser contra a sua vontade, a sua condição social provém da nobreza. 2.2. Nas linhas 21-22, a expressão “deitar a mão” significa: a) apanhar.

b) roubar. c) sentir. d) ter. 2.3. “o assunto” (linha 27) tem a ver com: a) a família e os amigos. b) a família. c) os amigo. d) a inveja. 2.4. Na frase “[…] aquela restiazinha de sorte que premeia sempre a pessoa ao lado.” (linhas 33-34), a palavra que é: a) uma conjunção coordenativa explicativa. b) uma conjunção subordinativa consecutiva. c) uma conjunção subordinativa comparativa. d) um pronome pessoal.

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Parte B excerto do conto “História Comum” de Machado de Assis. Em caso de necessidade, ulta o vocabulário apresentado. ou um simples alfinete vilão1, modesto, não alfinete de adorno, mas de uso, desses com que as mulheres do povo pregam os lenços de chita, e as damas de sociedade os fichus 2, ou as flores, ou isto, ou aquilo. Aparentemente vale pouco um alfinete; mas, na realidade, pode exceder ao próprio 5

vestido. Não exemplifico; o papel é pouco, não há senão o espaço de contar a minha aventura. Tinha-me comprado uma triste mucama 3. O dono do armarinho vendeu-me, com mais onze irmãos, uma dúzia, por não sei quantos réis; coisa de nada. Que destino! Uma triste mucama. Felicidade, — este é o seu nome, — pegou no papel em que estávamos pregados, e meteu-o no baú.

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Não sei quanto tempo ali estive; saí um dia de manhã para pregar o lenço de chita que a mucama trazia ao pescoço. Como o lenço era novo, não fiquei grandemente desconsolado. E depois a mucama era asseada e estimada, vivia nos quartos das moças, era confidente dos seus namoros e arrufos; enfim, não era um destino principesco, mas também não era um destino ignóbil.

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[…] Na véspera do dia em que se deu a minha aventura, ouvi falar de um baile no dia seguinte, em casa de um desembargador4 que fazia anos. As senhoras preparavam-se com esmero e afinco, cuidavam das rendas, sedas, luvas, flores, brilhantes, leques, sapatos; não se pensava em outra coisa senão no baile do desembargador. Bem quisera eu saber o que era um baile, e ir a ele; mas uma tal ambição podia nascer na cabeça de um alfinete, que não saía do lenço de uma triste mucama? — Certamente que não. O remédio era ficar em casa. — Felicidade, diziam as moças, à noite, no quarto, dá cá o vestido. Felicidade, aperta o vestido.

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Felicidade, onde estão as outras meias? — Que meias, nhanhã5? — As que estavam na cadeira... — Uê! nhanhã.! Estão aqui mesmo. 25

E Felicidade ia de um lado para outro, solícita, obediente, meiga, sorrindo a todas, abotoando uma, puxando as saias de outra, compondo a cauda desta, concertando o diadema daquela, tudo com um amor de mãe, tão feliz como se fossem suas filhas. E eu vendo tudo. O que me metia inveja eram os outros alfinetes. Quando os via ir da boca da mucama, que os tirava da toilette6, para o corpo das moças, dizia comigo, que era bem bom ser alfinete de damas 7, e damas bonitas que iam a festas. In Obra Completa, “História Comum”, Machado de Assis, Nova Aguilar, 1994

_________________________________________ VOCABULÁRIO 1 de origem plebeia; que não tem descendência nobre; 2 xailes; 3 nome (no Brasil e em África) da escrava ou criada negra que servia especialmente a senhora e que, às vezes, era ama de leite; 4 juiz do Tribunal da Relação; 5 tratamento carinhoso que se dá às meninas; 6 vestuário e adereços combinados com algum cuidado, para usar em determinada ocasião; 7 senhoras; mulheres nobres Novas Leituras 9 –ASA completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. Responde, de forma

3. Classifica o narrador quanto à presença, justificando a tua resposta. 4. Caracteriza a personagem principal, fundamentando a tua resposta no texto. 5. “[…] não era um destino principesco, mas também não era um destino ignóbil.” (linha 12) 5.1. Explicita o sentido desta afirmação, começando por identificar de que destino se trata. 6. Identifica o sentimento que domina o “alfinete”, no último parágrafo, e a razão do mesmo .

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7. O texto de Machado de Assis e o da Parte A falam sobre diferentes tipos de inveja. 7.1. Defende este comentário, indicando as semelhanças entre os dois textos. Justifica a tua resposta com expressões do texto da Parte B. GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B, de modo a identificares a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em cada frase. Coluna A A. “Tinha-me c...


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