Odontologia Social PDF

Title Odontologia Social
Course Odontologia Social E Preventiva
Institution Universidade de Marília
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ODONTOLOGIA SOCIAL → MÁRIO M. CHAVES (1986) 3ª edição. ↓ Ainda não existia SUS (1990) ● DEFINIÇÃO: é a disciplina de saúde pública responsável pelo diagnóstico e tratamento dos problemas da saúde bucal da comunidade. Devemos dar atenção à comunidade, diagnosticar e propor estratégias para seu tratamento. A odontologia social tem um fim humanístico, ou seja, para tratarmos da saúde bucal se faz necessário ver o ser humano em toda sua plenitude. A saúde bucal é um componente da saúde e esta um componente do bem-estar ou felicidade individual. A saúde geral do organismo tem direta influencia na saúde bucal do paciente. O bem-estar social tem sua base no bem-estar individual, porém o princípio do “MAIOR BENEFÍCIO PARA O NÚMERO MAIOR”, onde o que deve predominar é bem-estar de um grupo de pessoas sobre o bem-estar de alguns poucos, deve seguir como guia. ● SANITARISTA: profissional da saúde pública. ● DENTISTA SANITARISTA: ocupa uma posição dual, é ao mesmo tempo sujeito e objeto. O ideal é que o Cirurgião-Dentista viva com a comunidade, para conhecer e presenciar as mesmas situações. A profissão é o sujeito (produtores). A clientela é o objeto (consumidores). Como dentista, é sujeito, faz parte de uma profissão, está imbuído de certos preconceitos e deve pautar seu procedimento pelas normas do grupo. Como sanitarista, é objeto, sua responsabilidade se prende aos interesses do grupo social consumidor de serviços. ● O dentista sanitarista deve ser um MODERADOR dos conflitos entre sujeito e objeto. Há uma série de conflitos entre os interesses do dentista e da clientela, por isso o sanitarista deve procurar soluções realistas, soluções de meio-termo, e não soluções altruístas. Essa atitude tem um aspecto humanístico, pois não concentra seus objetivos só nos interesses da clientela ou do sujeito, e sim em ambos. Os interesses humanos de produtores e consumidores devem ser complementares uns aos outros, e não antagônicos. ● O IDEALISTA tem padrões mínimos para tudo. Ele fixa em nível muito alto seus padrões mínimos. A atitude idealista é a que é adotada por sanitaristas que estabelecem, a priori, padrões ideais para programas dentários, às vezes denominados de “mínimos”, que não se conformam em sacrificá-los, mesmo em pequena parte, reduzi-los, adaptá-los as circunstâncias. O idealista tende a pensar como um especialista de visão estreita, ele não é flexível. ● O REALISTA não se preocupa com padrões mínimos, seu mínimo é o máximo que é possível fazer em cada situação. O realista aceita a realidade como ela é, procura modificá-la no que for possível, facilitando a evolução. Ele integra-se facilmente a qualquer equipe de saúde pública. O realista tende a pensar como um generalista de visão ampla. Ele é flexível, sempre atende a comunidade independente dos recursos.

Para poder estabelecer e manter seu programa em bases realistas, o dentista sanitarista deve conhecer a realidade. Isso requer a análise de vários aspectos: → REALIDADE ECONÔMICA: o dentista sanitarista deve aceitar orçamentos reduzidos (poucos recursos) como um preço a pagar por uma situação mais folgada no futuro. → REALIDADE SOCIAL: despreocupação aparente com as futuras gerações manifesta-se no rápido crescimento demográfico. EXEMPLO: criança com placa que a Norma atendeu. Os serviços dentários sofrem em muitos lugares intensa sobrecarga, obrigando á redução nos benefícios prestados. → REALIDADE CULTURAL: as condições de vida das populações rurais em grandes áreas do continente ainda são tão baixas que seria um pouco prematuro começar a falar em odontologia social. Não podemos pretender que esta tenha interesse na conservação dos dentes, quando lhe faltam coisas muito mais fundamentais. EXEMPLO: Índia. → REALIDADE EDUCACIONAL: o grau de alfabetização é muito variável entre os vários países e regiões, portanto, a comunidade não vai compreender o nosso trabalho se estivermos tentando mudar hábitos ou introduzir conceitos e programas completamente fora da realidade educacional existente em um dado momento. Não se vai usar cartazes e materiais de leitura em zonas com grande predominância de analfabetos. → REALIDADE POLÍTICO-ADMINISTRATIVA: raramente um dentista ingressa no serviço público como carreira. Geralmente generaliza-se o conceito de serviço público como “bico”, como um simples apêndice da vida profissional do indivíduo. → REALIDADE PROFISSIONAL: a cada passo encontramos colegas que pensam sob a forma de estereótipos, que “o serviço púbico é mau por natureza, os institutos de seguro social praticam odontologia de segunda classe”. O dentista sanitarista deve conhecer à realidade profissional, a maneira de reagir de certos profissionais em determinadas situações, a razão de ser dos estereótipos para poder comunicarse com seus colegas e granjear-lhe a confiança e apoio. ● Para o exame da realidade utilizamos sempre que possível a perspectiva histórica. Há um progresso dinâmico, contínuo, de evolução das instituições humanas e o método histórico nos permite tentar interpretá-los, para que assim possamos atuar no sentido em que ela se processa. ● No trabalho de odontologia social, o dentista sanitarista desempenha um papel importante como AGENTE DE MUDANÇA. O dentista sanitarista, como agente de mudança, como ponte entre os interesses da profissão e da comunidade, tem uma missão difícil a cumprir. Como um catalisador, ele não provoca, apenas acelera o ritmo das modificações que lentamente vem se processando. Nas basta possuir conhecimento técnico, o sanitarista deve comportar-se como verdadeiro humanista....


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