Paisagismo projetando espaços livres Marcos Malamut PDF

Title Paisagismo projetando espaços livres Marcos Malamut
Author Heloísa Helenna Figueiredo Paes de Oliveira
Course Paisagismo I - Percepção da Paisagem
Institution Universidade Estadual Paulista
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Summary

Resumo do livro projetando espaços livres de Marcos Malamut, até capítulo 8...


Description

Resumo e anotações do livro

“Paisagismo, projetando espaços livre” de Marcos Malamut Paisagismo: atividade tanto de planejamento quanto de projeto, atuando sobre um principal objeto de trabalho: o espaço. Capítulo 1: Paisagismo e Paisagem -O que é paisagem? É tudo aquilo que está ao alcance do olhar do indivíduo. Está diretamente ligada ao observador e suas experiências – a paisagem, assim como o espaço, deve ser vivida. Ela á uma construção mental humana. - O que é paisagismo? É toda intervenção na paisagem. Ele pode ocorrer em diversas escalas, regional, na cidade ou no entorno de edificações. Os impactos na paisagem são formados pelas escalas micros – estes por sua vez constituem os impactos macros. As plantas não são o objeto de trabalho principal do paisagismo, mas sim os espaços- as plantas são elementos construtivos. Paisagismo é dar caráter aos espaços – respeitando a paisagem já existente (bioma natural). No que diz respeito ao ambiente físico, o paisagismo tem um grande papel a desempenhar em relação ao conforto urbano. A presença de vegetação contribui efetivamente para o melhor desempenho da cidade do ponto de vista de conforto ambiental. As plantas trazem, ainda, benefícios relacionados ao controle dos ventos, à amenização dos níveis de ruído e à retenção de poeira do ar. Pisos vegetados preservam a capacidade de drenagem do solo, permitindo a recarga dos lençóis freáticos e reduzindo a ocorrência das inundações e alagamentos, frequentemente provocados pela impermeabilização do solo. O bom projeto de paisagismo aumenta a eficiência energética da edificação, conduz e orienta o observador de forma a que este saiba onde está e para onde deve ir. Capítulo 2: Construindo com paisagismo Paisagismo trabalha com espaços livres (neste engloba-se todos os não ocupados por edificação). Ele é responsável por interligar espaços, resguardando características socioculturais e ambientais da região. -Projetar espaços é projetar vazios Os cheios apenas orientam os vazios. A forma com que estes espaços vazios se relacionam condiciona nossa percepção e comportamento. -Paisagismo X Jardinagem Paisagismo constrói espaços com plantas, jardinagem dispõe plantas no espaço. -Paisagismo para Pessoas Uma vez que paisagismo modifica a paisagem e esta só existe a partir de um observador – é natural que o paisagismo se destina a pessoas, a não a plantas. Evidentemente, o projeto paisagístico deve considerar a saúde e o bem-estar das plantas, ainda que seu papel seja o de conformadoras do espaço. É preciso, para conceber o projeto, ter um amplo repertório de espécies vegetais, suas origens e comportamento, para que elas sejam dispostas de forma correta, de maneira a se desenvolverem com saúde e em sua plenitude, agregando valor aos objetivos finais. Usar uma vegetação adequada ao bioma – e até mesmo espécies nativas, diminui a necessidade de intervenções constantes. Como no paisagismo as plantas são ao mesmo tempo estrutura e revestimento, sua definição se dá em etapas distintas. Primeiramente, por seu papel na concepção espacial do projeto, pela maneia com que estruturam

os espaços que estão sendo criados. Após o projeto concebido, os detalhes que permitem a especificação da vegetação se tornam relevantes e permitem que se determine quais espécies serão utilizadas de fato. -O papel construtivo da vegetação Para estruturação dos espaços vazios é necessário determinar seus limites. Esses limites podem ser constituídos de materiais diversos. Deve ser levado em conta critérios plásticos e funcionais dos materiais que delimitaram os espaços. Do ponto de vista de conformação de espaços as plantas podem ser usadas como pisos, paredes, tetos ou colunas. Pisos: formados por plantas que formam planos horizontais baixos. Quando tolerantes ao pisoteio correspondem aos gramados, quando não, forrações. Conseguem unir elementos e são orientadoras de caminho. Paredes: painéis verticais geralmente formados por arbustos. São as principais responsáveis por definição de limites e construção de barreiras – orientando o olhar. Também trabalham com privacidade, atenuação de ruídos e na contenção e orientação de ventos. Tetos: correspondem aos planos horizontais acima da cabeça dos observadores. Quando construídos com vegetação, são geralmente constituídos pelas copas das arvores. Tem função de cobertura, sombreamento, controles de temperatura, atenuação de ruídos, direcionamento e contenção de ventos, absorção de partículas em suspensão na atmosfera reduzindo poluição e atuando também, como barreiras visuais. Colunas: função geralmente desempenhada por palmeiras. Agregam verticalidade e podem determinar ritmos e criar perspectivas, além de elevar visualmente os tetos. Capítulo 3: Percepção e Espaço -Percepção é relacional, não dimensional O ser humano percebe/analisa as coisas de uma forma relacionada, ou seja, para perceber e sentir algo ele parte de um ponto e compara a nova experiência com esse ponto. A característica do objeto em si, só é sentida se em comparação com algo. As qualidades de algo não são absolutas e imutáveis. Na configuração dos espaços é à proporção que vai definir a sensação proposta. Por exemplo, um espaço médio pode se tornar maior se antecedido por um espaço estreito, do mesmo jeito que pode se tornar maior se o que o antecede é um espaço muito amplo. O espaço perceptivo é gerado pela maneira como os espaços se relacionam, não pela soma dos componentes deste. -O espaço comunica O autor descreve um trajeto até uma igreja brasileira e como a dimensão dos espaços e suas relações dão significado religioso ao trajeto e trazem sensações diferentes ao usuário. Também explica como as plantas podem ajudar a dar o efeito necessário, seja por contraposição ou por afirmação. -Fatores que interferem na percepção Proximidade: a proximidade entre elementos facilita a sua percepção como um conjunto. Semelhança: semelhança entre cor, forma e textura também faz com que formemos agrupamentos visuais. Fechamentos: as vezes percebemos elementos incompletos como se estivessem completos, fazemos seu fechamento visual automaticamente. Esse recurso pode ser utilizado para evidenciar limites. Continuidade: direções predominantes, ritmos e fluxos visuais colaboram para o entendimento da boa continuidade- esta quando construída adequadamente conduz o olhar e agrupa os elementos que a construíram. Clareza: esta é fundamental pois elementos excessivos em desequilíbrio confundem o observador e se desvalorizam mutuamente. Deve se valorizar a simplicidade e a clareza para evidenciar o propósito daquele projeto (seja criar um espaço ou valorizar uma edificação).

Capítulo 4: Demandas do espaço físico -Qual o programa? Por programa entende-se a identificação/descrição e especificação de todos os ambientes que serão construídos os relacionando com as necessidades identificadas. São várias as funções a que se pode destinar um espaço externo, e um espaço pode ter mais de um objetivo: Ornamentação: Muitas vezes essa função está ligada à valorização; Lazer: Característica geralmente atribuída à espaços externos (piscinas, áreas de convivência, confraternizações, etc.); Diversão: Atividades infantis, como playgrounds, geralmente; Atividades esportivas; Relaxamento: Atividades que envolvem pequenos grupos ou indivíduos isolados, muitas vezes com o papel de refúgio, podem surgir em recantos, áreas para leitura, meditação ou contemplação; Alimentação: Geralmente são áreas com quiosques e churrasqueiras, ou podem simplesmente abrigar áreas para refeições externas. Vários atributos físicos ligados ao conforto são determinantes nesse tipo de ambiente. Condições como controle da insolação, dos ventos e ruídos são determinantes para realização da atividade; Hobby: Espaços destinados a passatempos; Conforto ambiental: Correção das condições ambientais; Segurança: Nessas áreas a visibilidade é fundamental para diminuir riscos e evitar acidentes. O mesmo ocorre em espaços públicos, onde a percepção de segurança por parte do usuário se relaciona diretamente com a apropriação do espaço e, consequentemente, com sua vida e sua manutenção; Produção de alimentos; Ecologia/Atração de fauna: O reconhecimento do bioma onde o espaço se insere e, pela compreensão de sua importância, a intenção de se relacionar com ele pode ser fator determinante do desenho; Educação ambiental: É preciso que evidencie as informações mais relevantes a seus usuários, nos espaços destinados à educação; Privacidade: Deve ser tratada tanto no aspecto físico como visual. O espaço pode se apresentar público, semi-público, semi-privado ou privado. O equilíbrio diplomático entre o convite ao acesso e o limite à invasão, nos níveis desejados em cada tipo de espaço e sua clara comunicação ao observados são um importante papel dos espaços paisagísticos; Organização espacial: A convivência harmônica depende da distribuição física e ordenação do espaço; Capítulo 5: Projeto é intenção -Identidade e caráter Para se atribuir uma sensação ao espaço é necessário ter em mente a que ele se destina. Usos específicos requerem sensações específicas. É desejável que um projeto tenha várias funções e, portanto, várias sensações. -Funções X sensações Vale destacar que a mesma função pode apresentar diversas formas- e assim ter diversas sensações. Essas nuances elucidam ao observador a verdadeira intenção do espaço, contribuindo para que a relação entre ambos ocorra de forma a atender aos objetivos em sua criação. Existem diversas intenções de uso diferentes, e essas intenções podem afetar os espaços adjacentes. Esse entendimento da adequação da sensação ao uso se aplica a todo o tipo de espaço. Ele é responsável por estabelecer a comunicação com o observador.

-Convidar e permitir O projeto tem como um dos objetivos tornar o espaço atrativo, de maneira que o usuário tenha consciência de qual atividade deve ser praticada ali e garantindo que a forma com que esta atividade aconteça seja a melhor possível. O espaço genérico permite várias atividades, mas nem sempre convida, nem induz a prática de atividades específicas. Todo convite deve esclarecer quem está convidando e a que. Capítulo 6: Articulação dos espaços -Relações morfológicas Os espaços estabelecem relações entre si. A maneira como esses espaços se relacionam é fundamental num projeto, as vezes é preferível que os espaços se comuniquem visualmente de forma intensa- mas assim podemos perder a ideia de independência entre os espaços. Às vezes é preferível que a delimitação entre eles seja bem marcada- muitas vezes sem comunicação visual alguma. Assim, essas relações, quando desejáveis se estabelecem através da continuidade, da fluidez, em forma de costuras. Podem ser reforçadas através de recursos como a semelhança ou a aproximação física. No sentido contrário, o esforço pode ocorrer visando a preservação da independência entre dois ou mais espaços, promovendo a ruptura em diversas intensidades, na forma de barreiras físicas ou visuais. Para evidenciar a separação recursos como contraste e afastamento podem ser utilizados. -Conectividade A maneira como os espaços se articulam afeta a maneira como eles serão usados. Quanto mais conectividades e mais central um espaço é, mais utilizado ele é. As conexões devem ser pensadas de modo a controlar o fluxo e a quantidade de pessoas por ambientes. Capítulo 7: Orientando através dos espaços A melhor forma de orientar os espaços é, primeiramente, conhecer seu caráter e função individualmente e a partir disso estabelecer informações verbais e não verbais para orientar sobre o uso previsto. O desenho de comunicação entre os espaços-muitas vezes- conta bem mais que a vegetação, de forma que, o usuário, ao dominálo, passa a deslocar-se de maneira intuitiva. Dessa forma o percurso deve sugerir onde a pessoa está e o sentido de seu caminho- seja com a utilização de plantas, esculturas, deixando as possibilidades de percurso explicitas. -Configurações espaciais Podemos classificar os espaços em espaços de chegada, estada, passagem ou espaços focais. Os de chegada correspondem a recepção do projeto, se definem como convidativos e delimitam limites e privacidade – orientando também quem é ou não bem-vindo. Espaços de estada são os que recebem atividades especificas e portando possuem mobiliário especifico. Espaços de passagem configuram as conexões entre os demais, devendo conduzir o observador com clareza e objetividade. Já os espaços focais são os espaços de destaque no projeto, marcantes visualmente- também podendo assumir função de orientação. -Tratamento das superfícies A maneira como a superfície se estabelece interfere na percepção do usuário. Por exemplo, se o chão possui um desenho característico, o usuário já supõe todo o trajeto apenas o observando. Saliências e reentrâncias, quando acentuadas, dificultam a percepção dos limites, podendo sugerir continuidade. Acidentes alteram bruscamente o percurso, podendo atrais a atenção para si. Variação de texturas diminui o peso visual e evitam a monotonia da composição. A diversidade é utilizada para o mesmo propósito, no entanto, algumas vezes é requerido a unidade, esta aumenta a legibilidade pela simplicidade. Há ainda a possibilidade de se trabalhar com transparência e opacidade. Capítulo 8: Trabalhando em nível simbólico...


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