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Modelo de Plano de Aula para a disciplina de História da África abordando as questões do racismo....

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL I PROFESSORES: LEONARDO ROLIM E PATRÍCIA DIAS DISCENTE: LUANE FERNANDES COSTA NOTA 3

PLANO DE AULA Tempo Estimado: Aproximadamente 15 minutos

Tema:

Data: 10/05/2019

A intolerância religiosa e o combate aos ataques as religiões de matriz africana no Brasil

I – Objetivo Geral: – Apresentar atividades pedagógicas que ajudem a combater a intolerância religiosa praticada as religiões de matriz africana no Brasil e a compreender a importância de estudar a cultura afro-brasileira. II – Objetivos específicos: – Apresentar as religiões de matriz africana, como a Umbanda, Candomblé, Islamismo e Calundu, e a sua importância para a análise do contexto social do negro no Brasil; – Expor através de vídeos e textos em sala de aula a intolerância religiosa sofrida pelas religiões de matriz africana; – Debater sobre o tema proposto e compreender por que as religiões de matriz africana são alvos de preconceitos. III – Questões norteadoras [exploração do conhecimento prévio dos alunos]: – Qual o significado do conceito de laicidade? – Qual a importância de se estudar as religiões de matriz africana? – Quais são as principais tradições e costumes destas religiões? – Por quais motivos as religiões de origem africana sofrem de intolerância religiosa no Brasil?

IV – Conteúdo(s): Estado laico; Intolerância Religiosa no Brasil; Religiões de matriz africana. V – Contextualização: O Brasil tornou-se um Estado laico com o Decreto nº 119-A, de 07/01/1890, de autoria de Ruy Barbosa. Portanto, constitucionalmente, todos os brasileiros têm direito a liberdade religiosa. Porém, segundo um levantamento feito pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), com base nas ligações para o Disque 100, no primeiro semestre de 2018, foram registradas 210 denúncias de discriminação por religião. Os estados campeões são Rio Grande do Norte, São Paulo e Rio de Janeiro, e o estado potiguar lidera este ranking desde 2015. Entre as religiões que mais sofrem discriminação, estão as de matriz africana. Em primeiro lugar está a umbanda, com 34 denúncias e em segundo o candomblé, com 20. Dessa forma, se faz necessário que os alunos tenham conhecimento sobre estas religiões e aprendam a respeitar a diversidade.

VI – Procedimentos metodológicos:

VII – Cronograma:

Apresentação do tema a ser debatido na aula através das perguntas norteadoras e dos recursos que serão utilizados para o debate;

3 minutos

Entrega do texto impresso sobre Religiosidade no livro História e Cultura Afro-brasileira e explanação do mesmo para ajudar a fomentar o debate; Exibição do vídeo “Matriz Africana”, que traz relatos de pessoas adeptas a religiões de matriz africana e de ativistas sobre essa causa, para que os alunos entendam sobre o tema através da perspectiva de pessoas que vivenciam essas religiões, a fim de entender historicamente o porquê da intolerância experienciada por estes. Finalmente, explanação dos conteúdos: Estado laico; Intolerância Religiosa no Brasil; Religiões de matriz africana. Solicitação de redação que aborde uma das religiões de matriz africana discutidas em sala de aula, a fim de desenvolver o seu conhecimento e senso crítico sobre o tema proposto.

10 minutos

2 minutos

VII – Recursos didáticos: Serão utilizados a lousa e o pincel para anotações, e o projetor multimídia para apresentação do vídeo ‘’Matriz Africana’’ e texto impresso sobre Religiosidade no livro História e Cultura Afrobrasileira. VIII – Avaliação: No final da aula será solicitado uma redação acerca de uma das religiões de matriz africana explanadas, como a Umbanda, o Candomblé, Islamismo e Calundu, que deverá ser entregue na próxima aula, com o propósito de ajudar aos alunos a sintetizar o conteúdo apreendido e desenvolverem o seu senso crítico. IX – Indicações: Filmes: Eu, Oxum; Jardim das Folhas Sagradas, Oya - A ascensão do superorixá, Pantera Negra. Livros: Mitologia dos Orixás; A Matriz Africana no Mundo. IX – Referências: MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 1ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2009. SERRANO, Carlos; WALDMAN, Maurício. Memória d’África: A temática africana em sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008. LOPES, Ana Monica; ARNAUT, Luiz. História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005. Atividade Baseado na aula de hoje e no texto sobre Religiosidade, retirado do livro História e Cultura Afro-brasileira, escreva um texto abordando uma das religiões de matriz Africanas explanadas.

A aula será iniciada com a apresentação do tema a ser debatido: a intolerância

religiosa e a importância do combate aos ataques as religiões de matriz africana no Brasil, que será brevemente discutido com os alunos a partir das perguntas norteadoras. Qual o significado do conceito de laicidade?; Qual a importância de se estudar as religiões de matriz africana?; Quais são as principais tradições e costumes destas religiões?; Por quais motivos as religiões de origem africana sofrem de intolerância religiosa no Brasil? Após esse momento, será entregue o texto impresso do livro História e Cultura Afrobrasileira, contendo todos os tópicos que abordam a religiosidade e será iniciada a aula com os conteúdos: Estado laico; Intolerância Religiosa no Brasil; Religiões de matriz africana. O Brasil é considerado um Estado laico desde 1890, a partir do decreto Decreto nº 119A, de 07/01/1890, de autoria de Ruy Barbosa. No entanto, na prática o país ainda se mostra extremamente intolerante. De acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), o Rio Grande do Norte é o estado mais intolerante do Brasil desde 2015. Com base nas ligações para o Disque 100, no primeiro semestre de 2018, foram registradas 210 denúncias de discriminação por religião. Os estados que ficam atrás da região potiguar campeões são São Paulo e Rio de Janeiro. Entre as religiões que mais sofrem discriminação, está a Umbanda em primeiro lugar, com 34 denúncias e em segundo o candomblé, com 20. Com a chegada dos povos africanos ao Brasil, muito da sua cultura influenciou na formação da cultura brasileira, tornando-se no que é hoje chamado de cultura afro-brasileira. Desde a religião, culinária, música e vestimentas, a cultura africana exerce grande influência na cultura brasileira, sobretudo nos descendentes de africanos que buscam resgatar e perpetuar os costumes de seus ancestrais, que sofreram tentativas de apagamento por uma sociedade que praticou o embranquecimento da população negra, visando uma europeização do Brasil e a eliminação da herança biológica e cultural africana. No que diz respeito a religiosidade, os africanos mulçumanos, conhecidos por Malês, contribuíram trazendo o islamismo, principalmente para a Bahia. A prática do curandeirismo e do uso de ervas com métodos de adivinhação e possessão, provém do Culundu. Além disso, há a importância dos rituais fúnebres para a cultura africana, que buscaram dar um destino digno aos seus corpos também no Brasil. O candomblé faz parte da prática de oferendas aos orixás e a iniciação aos rituais de possessão. A umbanda é uma religião afro-brasileira que se trata do candomblé baiano, o espiritismo kardecista e o catolicismo. Durante a escravidão, os negros escravizados eram proibidos de realizar qualquer prática religiosa de matriz africana, numa tentativa de apagar a sua herança cultural. Após a abolição, o contexto dos negros na sociedade brasileira mudou. Surgiram diversos movimentos para a formação da identidade negra, destacando a sua história e em alguns casos para denunciar o racismo e a exclusão sociais vivenciadas por aquele povo. A prática religiosa funcionava na escravidão como uma forma de luta e resistência ao racismo e apagamento de suas heranças culturais, e isto se perpetua até hoje com a forte intolerância religiosa sofrida pelas religiões de matriz africana. Dessa forma, se faz extremamente necessário o conhecimento e o respeito para com todas as religiões cultuadas no Brasil e no mundo, pois

todos possuem o direito a liberdade religiosa....