Platao alegoria da caverna PDF

Title Platao alegoria da caverna
Author diego rodstein
Course Filosofia e Ética
Institution Universidade do Vale do Paraíba
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Summary

alegoria da caverna...


Description

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Platão: Teoria do Conhecimento

Modos

do

Conhecimento

..........................................^^^^^^^^^^^^^^^^^...................................................... eikasía pístis / dóxa diánoia noésis / epistéme A------------D----------------------------------C----------------------------E-------------B Imagens Objetos reais objetos Idéias (sombras e (seres naturais matemáticos reflexos) e artefatos) ...........................................^^^^^^^^^^^^^^^^^^^.................................................... Objetos

do

Conhecimento

A B – totalidade do sensível e do inteligível A D – eikasía - “eikasía” é uma palavra da mesma raiz de “eikón”(imagem, ícone), indica aquelas coisas que são apreendidas numa percepção de segunda mão, isto é, são as imagens de uma coisa sensível, como os reflexos no espelho ou na água, pinturas, esculturas, imagens na memória. Este primeiro nível costuma ser traduzido por imaginação, com o sentido de imagem que é cópia da coisa sensível. Platão também fala em simulacro. Assim, a poesia, a pintura, a escultura, a retórica, pertencem a esse nível mais baixo do conhecimento, porque nos oferecem uma imagem da coisa sensível e não a percepção da própria coisa sensível. A eikasía é uma conjetura feita a partir das imagens ou do reflexo das coisas. D C – pístis, doxa - A pístis (crença) ou a doxa (opinião), isto é, a confiança que depositamos na sensação e na percepção. É um conhecimento necessário para o uso da vida, tendo por objeto as coisas naturais, os seres vivos, os artefatos, etc. É a opinião acreditada sem verificação, conhecimento passivamente aceito por nós pelo testemunho de nossos sentidos, nossos hábitos, costumes nos quais fomos educados. É subjetivo e convencional. C E – diánoia – é o raciocínio dedutivo ou demonstrativo ou raciocínio discursivo. É o conhecimento dos objetos matemáticos(aritmética, geometria, estereometria, música ou harmonia, astronomia, tudo o que se refere a estruturas proporcionais). A matemática surge, assim, como um método de conhecimento que nos permite passar da aparência(imagem, e crença-opinião) a um primeiro contato da inteligência com a essência das coisas. Duas de suas características principais explicam porque não é ela a forma mais alta do conhecimento: 1) embora seu objeto seja puramente ideal e não material, o matemático precisa ilustrar sensivelmente ou representar

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seu objeto por meio de linhas, pontos, traços, superfícies e diagramas. 2) cada ramo da matemática começa pela admissão de princípios não questionados nem demonstrados, isto é, axiomas, postulados e definições, cuja verdade é assumida sem que sua causa seja conhecida. A diánoia é o pensamento que opera hipoteticamente, por raciocínios que concluem de modo correto e verdadeiro a partir de premissas não demonstradas, isto é, de hipóteses. É o conhecimento hipotético-dedutivo. E B – epistéme – ciência, isto é, saber verdadeiro. Palavra da mesma família do verbo epístamai que significa saber, pensar, conhecer, no sentido de algo adquirido e possuído(ter um saber, um conhecimento). Mas é também nóesis (ação de conceber uma coisa pelo espírito ou pelo intelecto, ato intelectual de conhecimento), palavra derivada do verbo noéo ( compreender pelo pensamento, inteligir). Este nível, o mais alto, é o que conhece as essências, que Platão designa com a palavra eîdos, a idéia, a forma inteligível, a verdade incondicionada, o princípio. A dialética é o movimento que permite à alma, subindo de hipótese em hipótese, chegar ao não-hipotético, isto é, ao não-condicionado por outra coisa, ao princípio verdadeiro, à idéia. Aqui, o pensamento trabalha exclusivamente com as formas inteligíveis, indo de umas a outras, sem recair no raciocínio hipotético, nem na opinião, nem no simulacro. A nóesis é a intuição ou visão intelectual de uma idéia ou de uma relação entre idéias. A epistéme é o conhecimento adquirido por meio de intuição intelectual ou das várias noésis. Aqui, o pensamento, contemplando as formas ou idéias, oferece a razão dos próprios conhecimentos. A passagem de um grau para outro do conhecimento é feita por meio da dialética. A tarefa dela é fazer com que, graças à descoberta das contradições encontradas num grau de conhecimento inferior, se possa passar para o seguinte. Por ser passagem, a dialética é educação da inteligência, uma pedagogia (paidéia) do espírito que o prepara para contemplar o Ser ou a Verdade. Martin Heidegger(1889–1976), um dos filósofos mais importantes do século XX, no texto “A doutrina de Platão sobre a verdade”, interpreta o Mito da Caverna como exposição platônica do conceito de verdade. 1) O Mito da Caverna estabelece uma relação intrínseca entre a Paidéia e a alétheia: a filosofia é uma educação ou pedagogia para a verdade. A Paidéia é uma “conversão do olhar”, isto é, uma mudança na direção de nosso pensamento que, deixando de olhar as sombras, passa a olhar as coisas verdadeiras. EIDOS, a palavra que designa as idéias ou formas inteligíveis, significa: figura e forma visíveis, é o que o olho do espírito educado se torna capaz de ver. 2)Platão recupera o antigo sentido da alétheia como não-esquecimento e não-ocultamento da realidade. 3) A palavra alétheia é, na origem, uma palavra negativa( a-létheia). Com o mito da caverna ela se torna visibilidade plena e total, ganha um sentido afirmativo. A verdade é o plenamente visível para o espírito. Ela deixa de ser a manifestação do próprio ser para tornar-se a razão que, pelo olhar intelectual, faz da idéia a essência inteiramente vista e contemplada, sem sombras. A verdade dependerá do olhar correto, que olha na direção certa. Exatidão, rigor, correção, são as propriedades e qualidades da razão no ocidente.

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