Procução Textual - A Playlist Parte 4 PDF

Title Procução Textual - A Playlist Parte 4
Author Maria Vitória
Course Leitura E Produção De Texto
Institution Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Pages 5
File Size 96 KB
File Type PDF
Total Downloads 72
Total Views 131

Summary

Parte 4 da produção de texto: criação de uma história com comédia, romance....


Description

PROCUÇÃO TEXTUAL - A PLAYLIST PARTE 4 - Vamos? – Junhui chegou à mesa perguntando. - Vamos, né? Cansou de falar chinês e lembrou dos amigos que não falam? – Jeonghan provocou. - Mas você fala... – Junhui retrucou. - Que não falam chinês, Jun. Você entendeu, seu bundão! – Jeonghan respondeu rindo. - Não fala bundão que eu já lembro do Vernon. – disse Cheol. - Ihhh, já tá assim? Imagina quando beijar! – Seungkwan falou se levantando e indo em direção a saída. Os outros três seguiram o mais novo rumando para a saída da boate, mas Jeonghan que era o último da fila sentiu sua mão sendo puxada por alguém. Era Joshua, que lhe entregou um pape e falou algumas poucas palavras em seu ouvido, saindo logo em seguida com um sorriso no rosto. [...] Depois da conversa no grupo, Junhui ficou pensativo. Não esperava que aquele rolê fosse gerar tantas sensações boas com relação a se aproximar de alguém novo, muito menos que teria três opções. Como assim três opções? O que aconteceu de errado com o mundo pra que três pessoas, teoricamente, estivem interessadas nele? Justo ele? Novamente, lá estava Jun. Deitado em sua cama, abraçado com seu travesseiro olhando para as luzes que piscando amenas e levemente no teto. Na tela do celular via os grandes números 05:59 indicando que o dia já amanhecia, dessa vez não era de todo ruim não ter dormido, depois que chegou da festa dormiu a manhã inteira. Agora era realmente hora de levantar, daqui a algumas horas deveria estar na clínica onde estagiava de segunda a quarta. Pulou da cama, pegou celular e colocou Tip Toe by Crush feat. LeeHi pra tocar, conectou com a caixinha de som de seu quarto e foi para o banheiro. Tomou um banho curto, a água estava muito gelada e o dia frio. Enquanto vestia suas roupas cantarolava a letra da música “Baby tonight, alright. The moment our eyes meet, you’re the boy I’ve been looking for” e então uma pessoa invadiu seus pensamentos. Ele sorriu por um instante e então balançou a cabeça tentando espantar tais devaneios, não tinha tempo para esse tipo de coisa. Terminou de calçar os tênis e foi até a cozinha e enquanto fazia o café percebeu que a música tocava em looping “From the first moment I saw you, girl I need you, think of you, think of me... tip-tip toe, tip-tip toe”. Mas uma vez aquela pessoa invadia sua mente e então foi até o quarto e desligou o som, sem música sem pensamentos. Bom, pelo menos assim ele achava. [...] Junhui trabalhou o dia todo, nas segundas e quartas quando tinha estágio passava o dia na clínica e à noite tinha aula na faculdade. Eram os dias mais intensos da sua semana, geralmente eram os dias que conseguia dormir sem muito esforço, o cansaço era maior que a insônia. Ele tinha acabado de chegar em casa, o relógio da parede marcava

22:22PM. Jun jogou sua mochila na poltrona e foi até a cozinha, abriu a geladeira e tirou uma garrafa de leite, abriu e tomou o líquido direto da boca como quem toma um grande copo de água. Foi até o seu quarto e ligou sua playlist, enquanto andava até o banheiro tirou os tênis com os próprios pés, deixando-os no meio do quarto. Adentrou o banheiro já sem a camisa que havia jogado no chão, logo em frente a porta do banheiro, encostou o quadril na pia e apoiou o pé direito na coxa esquerda formando um quatro, ligou a torneira e lavou o rosto, se olhou no espelho por alguns segundos e suspirou pesado. Estava extremamente cansado. Pegou a escova de dentes e levou até a boca, escovando seus dentes calmamente no ritmo da música que tocava. Em seguida foi para o box e tomou um banho longo com água quente, que o deixava bem relaxado para dormir profundamente depois de um dia tão cheio. Quando Junhui saiu do banho sem usar nenhuma toalha, afinal morava sozinho, foi em direção ao guarda roupas e procurou suas roupas mais confortáveis e quentinhas pois fazia frio naquele dia. Enquanto vestia uma calça moletom xadrez e um camisa de mangas cumpridas preta a música que não havia saído da sua cabeça o dia inteiro começou a tocar. “Tip-tip toe, tip-tip toe” e mais uma vez aquela pessoa estava lá em seus pensamentos novamente. Ele caminhou até a porta do quarto, apagou as luzes e foi para cama, pegou o celular e abriu seus contatos, os observou por um tempo e então recebeu uma notificação de mensagem. Depois da conversa que acabara de ter, Jun se sentia menos cansado, como se suas baterias tivessem sido recarregadas mesmo que por pouco tempo. O outro chinês passava uma sensação de segurança, era como estar em casa? Era confortável? Não sabia dizer exatamente, só sabia que gostava e que estava feliz por ter conhecido alguém que o fazia tão bem só conversando. Aquela noite seria uma das raras noites que Junhui não perderia o sono e ficaria pensando em milhões de problemas e coisas que não devia. Bendita mensagem, que trouxe não só paz, mas também um sono cheio de sonhos gostosos de sonhar. [...] Era 06:00AM, o celular de Jun despertava com um som estridente que o fez acordar num susto ficando sentado na cama, pegou o celular e desativou o alarme e se jogo de volta no travesseiro puxando o cobertor até cobrir a cabeça. Dois minutos depois o celular estava a tocar novamente, Junhui tirou o cobertor de cima de seu rosto bufando de raiva. Levantou-se, pegou o celular e lembrou da noite passada, sorriu e foi para o banheiro. Como sempre ligou sua playlist e tomou um banho quente, vestiu suas roupas e foi para a cozinha onde comeu torradas com café. Abriu a geladeira pegou duas latas de energético de despejou em sua garrafa térmica, foi até o quarto pegou seu celular e sua mochila e saiu. Teria o dia repleto de aulas até às 03:30PM. Junhui morava pertinho da faculdade e gostava de ir andando até lá, ele gostava de observar os poucos carros que passavam naquelas ruas e também as pessoas que praticavam exercício por ali, o caminho era totalmente arborizado e o som que mais se ouvia era o canto dos pássaros. Fazer aquelas caminhadas era como meditar, era como se ele se afastasse de tudo e todos e apenas apreciasse aquele ambiente de longe. A caminhada levava cerca de dez minutos e o chinês sempre chegava quinze minutos antes das aulas que começavam às 07:15AM.

- Chegou cedo hoje. – Junhui falou sentando na calçada alta do bloco de aulas de medicina. - Tive um pesadelo logo cedo e não consegui mais dormir, aí resolvi me levantar e vir logo pra cá. – Jeonghan respondeu dando de ombros. - Que pesadelo? - Você já assistiu Verônica? – Jeonghan virou totalmente o corpo para o amigo e colocou a mão em sua coxa apertando levemente. - Não... – Jun respondeu olhando para a mão de Jeonghan em sua coxa. - Não assista! É muito bom? Sim, mas tô há duas noites sem dormir direito tendo pesadelo com aquilo. – Jeonghan apertava mais forte a coxa do chinês ao falar do filme. - É de terror? – Jun perguntou. - Não, não! É de comédia, por isso to tendo pesadelo. – Jeonghan respondeu sarcástico. - Quem manda ser medroso e assistir filme de terror sozinho? – retrucou rindo. – Você sabe que eu amo filmes de terror e não me chamou pra fazer companhia... – reclamou virando os olhos. - Foi mal, é que eu resolvi assistir já era de madrugada... – o mais velho respondeu tirando sua atenção do rosto de Jun para receber os outros dois garotos que se aproximavam deles. - Bom dia, meus consagrados! – disse Seungkwan. - Bom dia, rapaz mais lindo do mundo que vai pagar meu almoço hoje! – Jeonghan respondeu abraçando de dando vários beijinhos pelo rosto de Seungkwan numa tentativa de convencê-lo. - Não! – respondeu Seungkwan e o mais velho ficou insistindo, o que os levou uma longa discussão sobre o motivo pelo qual Seungkwan teria que pagar o almoço do Yoon. Enquanto isso Seungcheol sentou ao lado de Jun e iniciou uma conversa. - Você tá com uma cara boa, dormiu bem? - Sim! E estaria dormindo ainda se não fosse pelo despertador. – respondeu Junhui. - Hmm, essa parte do ainda querer estar dormindo eu entendo perfeitamente. – falou encostando sua cabeça no ombro do amigo. - Eu sonhei tanta coisa boa! Fazia tempo que não sonhava coisas assim. – Jun falou enquanto fazia um leve carinho nos cabelos de Cheol. - Sonhou é? O que? – perguntou. - Sonhei com minha família, no sitio lá na China, com a Clarabela e o Pé de Pano, e também sonhei beijando um cara, mas eu não via o rosto dele. - Clarabela é a sua vaquinha? – Cheol perguntou com um sorriso no rosto. - É sim! E o Pé de Pano é o cavalo do meu irmão. – respondeu também sorrindo.

- E esse beijo aí? Tá pensando muito em beijar... Quem você quer beijar, Wen Junhui? – Cheol provocou. - Aparentemente eu não sei quem eu quero beijar... – Jun respondeu desviando seu olhar para onde Jeonghan e Seungkwan ainda discutiam sobre o almoço. - Aposto que você tá querendo beijar o Joshua ou Minghao... – Seungcheol falou chamando imediatamente a atenção do Wen de volta pra ele. - Como você conseguiu dar meu número pra ele? – perguntou fitando os olhos do Choi. - Tenho minhas fontes! Ele mandou mensagem? – perguntou Cheol um tanto quanto saltitante. - Mandou. Conversamos um pouco e ele me chamou pra ir na boate de novo, mas não sei se vou. Muito agitado e tal. - Ahh, mas pelo Joshua Hong você foi né... – Seungcheol mais uma vez provocava fazendo uma cara deboche. - Ok, fiquei sem argumentos. – respondeu rindo. - Falando em Joshua, que horas é esse encontro? – Jeonghan entrou na conversa de repente. - 05:00PM. – respondeu. - Amo um date! Sou muito cupido! – Jeonghan falava comemorando. - Calma, que o cantor tem concorrência! – Cheol rebateu. - Concorrência? – Seungkwan e Jeonghan proferiram ao mesmo tempo. - É loucura da cabeça do Seungcheol. Nada de concorrência, eu não sou um prêmio e nem tô atrás de rolo com ninguém. – Junhui respondeu se levantando da calçada. - Falou o cara que vai num date com o Joshua. – Jeonghan falou. - Pois é, o mesmo cara que recebeu convite pra voltar na boate da 97LINE. – Seungcheol falou. - Opa, essa informação é nova! Você mandou mensagem pro garçom gostosão modelo gigante? – Seungkwan perguntou. - Para de chamar ele assim, o nome dele é Mingyu! E não, não mandei mensagem. – Jun respondeu já de saco cheio de tanta insistência dos amigos. - E quem te chamou? – Jeonghan perguntou. - O Minghao mas isso não importa, eu não vou. E outra o professor já entrou na sala, vamos pra aula que só assim vocês mês deixam em paz. – pegou a mochila subiu a calçada e entrou na sala sem nem esperar os três. - Ih, ficou brabinho... Junhui brabinho quer dizer que tem alguma coisa rolando. – Seugkwan falou subindo a calçada junto com os outros dois.

- Deixa ele, já um ótimo passo ele ter marcado de sair com o Joshua. A gente que é chato e mesmo e fica empurrando 4748 caras pra ele. – disse Jeonghan. - É, você fala assim porque ele foi na sua opção... – Seungcheol falou rindo e arrancado uma risada baixinha de Seungkwan que entrava na sala de aula. [...] O dia passou rápido, os quatro garotos tinhas todas as aulas do dia juntos, era rotina almoçar juntos na cantina da faculdade e aproveitar o tempo livre depois do almoço e antes das aulas da tarde para descansarem no laboratório onde tinha algumas macas e eles podiam deitar pra tirar um cochilo. Enquanto os outros três dormiam, Jun jogava no celular concentrado pra não errar num toque da música que tinha escolhido no jogo. Depois da segunda tentativa conseguiu passar de nível e a próxima música que teria que jogar apareceu na tela do celular, ao ver qual era sorriu meio de lado meio soprado como quem diz “tinha que ser”. Aquela música estava perseguindo-o desde o dia da boate, não saía de sua cabeça e quando ele finalmente conseguia esquecer, ela voltava de alguma forma e junto com ela vinha ele. Junhui não queria pensar nele, porque ele? Por que ele ficava sempre voltando em seu pensamento? Debloqueou o celular, foi para os contatos, abriu uma conversa e digitou uma mensagem. - Acho que já tá na hora de irmos pra aula. – Seungkwan falou se levantando da maca. - Sim. – Jun respondeu bloqueando o celular antes de enviar a mensagem e pensando “depois eu mando”. - Jeonghan, Cheol. Temos que ir. – Seungkwan chamou os outros e os quatro foram para a aula....


Similar Free PDFs