Procução Textual - A Playlist Parte 6 PDF

Title Procução Textual - A Playlist Parte 6
Author Maria Vitória
Course Leitura E Produção De Texto
Institution Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Pages 5
File Size 94.4 KB
File Type PDF
Total Downloads 84
Total Views 126

Summary

Parte 6 da produção de texto: criação de uma história com drama, romance....


Description

PROCUÇÃO TEXTUAL - A PLAYLIST PARTE 6 - Junhui quanto é que eu tenho que te pagar pra você ir lá no bar da um real de cabimento pro garçom gostosão modelo gigante? – Seungkwan falava. - Passa mil doleta que eu vou agora. – Junhui respondeu rindo. - Vai lá, Junnie! Você passou a noite todinha aí no celular, nem falar com o chinês você foi... – Seungkwan falou. - Beleza, eu vou lá falar com o Hao. Tava só esperando baixar o movimento. – respondeu se levantando e indo em direção ao bar. [...] Junhui chegou no bar e acenou alegre para Seokmin que era o único atendendo naquele momento. Sentou em um dos banquinhos altos e aguardou o recém conhecido vir até ele. - Olá, de novo! O que vai querer? – perguntou Seokmin. - O Minghao. Cadê ele? – Jun respondeu simplista. - Hmm, interessante. Esse item não tá no cardápio, mas eu posso consultá-lo pra ver se ele está disponível... – Seokmin respondeu fazendo piada. - Ah! Eu não quis dizer isso... – Junhui respondeu um tanto envergonhado e com as bochechas rosadas. - Por que ele tá tão vermelho assim? – Mingyu chegou de repente perguntando. - POR NADA! – Junhui respondeu quase gritando e recebendo um olhar estranho dos dois garotos do outro lado do balcão. - Hui, eu sei que a gente ta numa festa, mas não precisa gritar. – Mingyu falou tentando acalmar o garoto. - Isso! E como estamos numa festa, eu vou ali servir umas mesas. – Seokmin falou, deixando os dois a sós. - Desculpa gritar, é que eu não to me escutando direito com tanto barulho. – Junhui se desculpava numa tentativa de não parecer um louco. - Que nada, tem gente muito pior. Você queria falar com o Hao? Ele tá lá dentro pegando mais cerveja pra geladeira daqui. – falou apontando pra uma geladeira que estava por trás dele e que ficava pequena ao lado dele. - Ah! Eu vim falar com ele, desde que cheguei que não falei nada... Esperei o movimento diminuir pra não atrapalhar, sabe? - Bom, ele aparece já por aqui. Você quer alguma coisa pra beber? - Tem Fanta Maracujá? – Junhui perguntou e viu o rosto de Mingyu se iluminar de repente. – O que? - É que na real, não temos Fanta Maracujá. – Mingyu falava ainda com uma expressão de entusiasmo.

- Não tô entendendo sua felicidade... você não quer que eu tome Fanta? – Jun falou fazendo uma carinha de cachorro pidão. - Não é isso!!!! – Mingyu falou abrindo o o freezer e procurando algo lá dentro. – Aqui! Toma, uma Fanta Maracujá saindo geladinha no capricho. - Ué? Você acabou de dizer que não tinha. - Não temos no cardápio, mas eu sempre compro pra mim. É o minha Fanta preferida. – e então foi a vez do rosto de Jun se iluminar, agora tudo fazia sentido. - Também é a minha favorita! – falou levantando a latinha de refrigerante e brindando com a latinha que Mingyu segurava, também de Fanta Maracujá. [...] - Encontrou alguém que gosta dessa coisa horrível, Mingyu? – Hao chegou ao lado de Mingyu com uma grade de cerveja nas mãos. – Me ajuda aqui. - É, quem diria que existe mais gente aqui que gosta dessa preciosidade! – Mingyu respondeu ajudando o amigo com as cervejas. - Oi, Junhui! Desculpa não ter falado com você, é que tava bem apertado hoje... E o gostosão aqui tava só no celular sem ajudar direito. – Minghao falou se encostando no balcão enquanto observava Mingyu guardar as cervejas. - Que isso, não precisa se desculpar. Até porque 50% da culpa do Gyu tá no celular foi minha. E eu até tava esperando o movimento diminuir pra vir pra cá conversa com você. – respondeu, dando mais um gole no refrigerante. - Ei! Tá vendo? A culpa não é só minha... – Mingyu falou enquanto colocava as cervejas no freezer. - Claro que a culpa é sua! Você quem tá trabalhando... – Minghao falava rindo ao ver um cara de bravo de Mingyu. - Eu vou servir aquela mesa ali, é o melhor que eu faço... – Mingyu falou fingindo estar irritado e saiu. - Ele é assim dramático sempre ou só quando toma Fanta Maracujá? – Junhui falou rindo e observando Mingyu ir até a mesa que tinha indicado que iria servir. - Ele é dramático assim sempre! Você não viu nada, amigo. Você não viu nada! – Minghao falava em um tom tão dramático quanto o de Mingyu minutos atrás. - Pelo visto não é só ele... – Junhui falou dando um gargalhada. Os dois chineses ficaram ali conversando por mais alguns minutos enquanto Mingyu e Seokmin tomavam conta de servir as poucas mesas que ainda estavam ocupadas. O primeiro servia as mesas da direita e o segundo servia as mesas da esquerda onde estavam Wonwoo, Jeonghan e Seungkwan. Em uma das vezes que foi até a mesa servir mais uma rodada de cervejas, Seokmin se sentou e começou uma conversa amistosa. - Jeonghan, meu bem, onde está o resto da sua gangue? – perguntou.

- Ah! Hoje viemos desfalcados e o tivemos dois soldados abatidos. – respondeu. - Soldados abatidos? – perguntou, tombando a cabeça de lado em uma tentativa de entender. - É! O Cheol e Vernon foram embora, bem do nada... – Wonwoo respondeu. - Todo mundo sabe que eles tão bem melhores que a gente agora... – Seungkwan falou virando todo o liquido que tinha em seu copo. - Poderia ser a gente, mas você não colabora! – Jeonghan falou colocando o dedo na ponta do queixo de Wonwoo que o olhou diretamente nos olhos e segurou o olhar ali por um longo minuto. Seungkwan e Seokmin apenas observavam a cena aguardando o que aconteceria em seguida. A tensão sexual preenchia o local e seria capaz de sufocar todos ali presente se fosse algo palpável. Depois do logo minuto de olhares fortes, intensos e cheios de más intenções, Wonwoo piscou o olho e colocou a mão ao redor do pescoço do mais velho bem abaixo do maxilar. Jeonghan respirou fundo com o ato, mas não recuou, abriu um sorriso de lado e viu o mais novo se deliciar passando a língua nos lábios levemente. Eles não conseguiam mais resistir, o jogo de provocação já tinha ido longe demais, a noite toda girou em torno de afrontas entre os dois garotos que agora, finalmente, conheciam os lábios um do outro num misto de descoberto, adrenalina e luxúria. Do lado direito da boate Mingyu servia os outros clientes e era observado por Minghao e Junhui que ainda estavam no balcão. - Vamos olhar pro Mingyu porque na sua mesa, tá rolando um pega muito louco. – Minghao falou rindo. - Nossa, bem que o Jeonghan disse que ia beijar na boca hoje... – respondeu Junhui, tirando sua atenção do beijo do amigo e olhando em direção a Mingyu. Mingyu anotava alguma coisa no papel e em seguida o entregou ao rapaz que estava sentado ao seu lado e depois saiu para servir outra mesa. Junhui procurou Minghao para fazer uma pergunta, mas então viu que o amigo agora estava atendendo alguém no bar e achou melhor somente aguardar. Abriu o celular e viu que tinha algumas mensagens, todas de Joshua. Depois de responder as mensagens, fez um sinal para Minghao avisando que voltaria para sua mesa e assim fez. A essa altura, Jeonghan e Wonwoo não estavam mais ali e Seokmin e Seungkwan conversavam sentados a mesa. - Vamos? – Junhui falou. - É, podemos ir. Todo mundo já beijou na boca, missão cumprida. – Seungkwan respondeu, era perceptível que estava bêbado. - Você consegue ir até o carro levando ele? - Seokmin falou para Junhui, equanto ajudava Seungkwan a ficar de pé. - Vou aceitar sua ajuda, se é isso que vai oferecer. – Junhui respondeu passando o braço pela cintura do amigo bêbado e colocando o braço dele sobre seu ombro.

- Tudo bem. – Seokmin repetiu os gestos do chinês e assim os três foram até o carro que estava no estacionamento. - Bom, até mais! Adorei conhecer vocês! – Seokmin falou apoiando as mãos no quadril. - Obrigado, Seokmin! Adorei de te conhecer. – Junhui respondeu ajeitando Seungkwan no banco do passageiro. Enquanto isso uma mulher alta, de cabelos loiros e olhar de raposa em caça se aproximava da entrada da boate. Eram quase 05:00AM, alguém chegar ali assim naquele horário não era comum, pelo menos Jun achava. - Doky, cadê o Hao? – a mulher perguntou num tom de intimidade gritante. - Oi, meu bem, ele tá lá dentro. Pensei que você não viesse ver ele hoje... – Seokmin falou com a moça dando-lhe um abraço. – Junhui, eu vou entrando. Até uma próxima! Não deixe de voltar aqui, tá? - Tá! Diz pros meninos que a gente se fala depois... - Pode deixar! [...] O sol se punha naquele fim de tarde de segunda feira, desde aquela noite de sábado na boate Junhui havia “sumido”. Seugkwan, Seungcheol e Jeonghan estavam do lado de fora da casa de Jun esperando que o mesmo abrisse a porta, mas não obtiveram resposta. Foi então que decidiram usar a chave que ficava em baixo do vasinho de cacto da entrada, eles não queriam invadir a privacidade do amigo, mas sabiam que aquele sumiço tinha um motivo e que algo tinha acontecido para que reagisse de tal forma. Eles sabiam que algo fizera ele retornar ao passado, um passado nada agradável e muito doloroso, um passado que o chinês não sabia lidar direito. Jun não falara com ninguém o domingo inteiro, inicialmente seus amigos acreditavam que ele estaria dormindo e não o incomodariam, mas as horas foram passando e nenhum sinal do garoto. Todos tentaram ligar, mandar mensagem, mas nenhum deles obteve sucesso em alcançar o Wen, esperaram pela segunda de manhã, ele tinha estágio logo cedo, certamente apareceria. No entanto, não foi isso que aconteceu... Mais algumas horas se passaram e então Seungkwan recebeu uma ligação da clínica a qual o seu melhor amigo trabalhava, a moça que ligara perguntava se Jun estava doente ou algo do tipo pois havia faltando o estagio e não deu aviso algum, e quando tentaram ligar pra ele também não tiveram nenhuma resposta. Seungkwan era o número de emergência de Jun e por isso recebeu aquela ligação. O Boo sabia que seu amigo estava “bem” e que nada físico lhe afetava naquele momento, sabia que o menino estaria em casa e que estaria salvo, mas não sabia o que atormentava a cabeça pensativa e criativa de Wen Junhui. Depois de receber a ligação e informar que Jun amanhecera indisposto, com dores no corpo e febre, mas que estava bem e que logo estaria curado de sua leve gripe, Seungkwan comunicou aos meninos que eles precisavam ir encontrá-lo. Infelizmente os três tinham compromissos que não poderiam faltar, Seungkwan tinha reunião do projeto e sem ele não teria como acontecer, já que ele era o ministrante; Cheol tinha uma reposição de prova, não podia faltar de jeito nenhum ou estaria direto na recuperação; e Jeonghan tinha

que ir até a cidade vizinha buscar sua velha tia que havia chegado de viagem, a cidade ficava a uma hora de distância e ele era o único que sabia dirigir de sua casa. Então, decidiram ir até a casa do chinês por volta da 17:00PM, horário que os três estariam livres pra ir até lá. Entraram na casa silenciosamente encontrando a TV da sala ligada no mudo, um Jun sentado no chão encostado no sofá e ao fundo era possível ouvir alguns milhos de pipoca estourando na panela que estava no fogão que era possível observar se olhasse em direção a cozinha. Tinha nas mãos seu celular de onde saia o som de uma música, um tanto animada para a melancolia que o momento passava, mas a letra atendia a todos os requisitos, era Bloodstream by Ed Sheeran. Do modo que estava, continuou, não moveu um musculo se quer na direção dos garotos que adentraram em sua casa. Ele tinha a cara inchada, Jeonghan deduziu que seria de choro já que dormir não é o forte do rapaz a sua frente; Seungkwan sentou ao seu lado e o abraçou, Jun apenas encostou a cabeça no peito do amigo e voltou a chorar; Cheol foi até a cozinha e voltou rapidamente com uma vasilha cheia de pipoca doce que Junhui tinha começado a fazer há poucos minutos. Os três nada perguntaram, só ficaram ali ao lado do chinês que chorava e tentava falar o que estava acontecendo, mas falhava miseravelmente em proferir alguma palavra que fosse possível entender. - Ele tá falando em chinês agora... – Seungkwan afirmou olhando pra os outros dois que não entendiam nada. - O que ele disse? – Jeonghan perguntou. - Ele tá tentando falar algo sobre não ter dormido desde sábado... – Seungkwan falou acariciando os cabelos do amigo e recebendo um aceno positivo quanto ao conteúdo das palavras que acabara de falar. - Jun, aquele traste apareceu de novo? – Jeonghan perguntou tentando esconder a raiva que aquela pergunta trazia, mas recebeu um sinal de negação do garoto. - Foi alguma coisa que rolou na boate? Alguém te tratou mal ou fez algo com você? – Cheol perguntou acariciando a perna do amigo. - Sim e não. – Junhui respondia agora mais calmo. – Na real foi uma coisa tão boba que despertou algo tão ruim aqui dentro. – ele apontava pra sua cabeça. - A gente tá aqui pra te escutar, tudo no seu tempo... – Seungkwan falou. - Eu vou no banheiro rapidinho lavar o rosto porque tô todo ranhento e tento explicar tudo. Eu não aguento mais guardar isso só pra mim, eu achava que sabia lidar, mas a real é que eu só tô ficando cada vez pior enquanto enterro tudo que sinto dentro do meu peito. Junhui se levantou e foi até o banheiro, nesse tempo Cheol foi até a cozinha fazer mais pipoca doce, eram as preferidas do chinês e ele achava que poderia conseguir animar um pouco o amigo com isso. Alguns poucos minutos depois todos já estavam de volta a sala onde a mesma música ainda tocava em looping baixinho no celular de Jun que estava em cima do sofá....


Similar Free PDFs