Quais os desafios da Escola no mundo contemporâneo? PDF

Title Quais os desafios da Escola no mundo contemporâneo?
Author Luiz Lins
Course Estrut. E Func. Da Educação Brasileira
Institution Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Summary

Para a filosófa Viviane Mosé, o primeiro acesso significativo ao conhecimento que as classes populares tiveram, foi através de uma consciência política. Nesse sentido, o texto aborda o debate a cerca do papel da Escola em meio a todo o conhecimento trazido pelos alunos através das ferramentas tecno...


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Quais os desafios da Escola no mundo contemporâneo?

Tomando a fala da filosofa Viviane Mosé no texto: “A escola e os desafios contemporâneos”, o primeiro acesso significativo ao conhecimento que as classes populares tiveram, foi através de uma consciência política. Para a autora, o marxismo trouxe a consciência que o saber pode ser uma arma mais poderosa do que outras. De acordo com autora, o século XX foi atravessado pelo medo do pensamento crítico e pela supervalorização do conhecimento técnico. Diante disso, estavam dois extremos. De um lado, os Estados capitalistas desejavam evitar o comunismo oferecendo uma educação reflexiva e crítica, temendo o comunismo. Na outra ponta estava o comunismo oferecendo uma educação doutrinária se contrapondo ao capitalismo. Nesse contexto do século XX, existia a grande e bela promessa de uma “revolução tecnológica”. Assim, o século XX inicia com um imenso desenvolvimento tecnológico, porém, com pouca maturidade social e política. Um dos principais fatores positivos de tecnologia foi a “democratização” do acesso à informação que gerou conhecimento e, consequentemente, poder. De acordo com Viviane Mosé, a partir de um capitalismo esgotado em seu mercado consumidor, surge um capitalismo de conceitos que vende valores. Nesse cenário o seu humano ganha valor, passando a ser o centro do sistema capitalista: o jovem criativo, bem-formado e ousado. Dotado de uma inteligência viva, que enxerga o todo. Seria o desafio dessa Escola contemporânea agregar os valores necessários para construir esse jovem, ou ao menos saber lidar com esse indivíduo que tantas vezes já chega no ambiente escolar com uma imensa carga de

conhecimento e posicionamento pré-estabelecidos permeados por essa imensa conectividade que surgiu no século atual? Segundo a filósofa, fica claro que a Escola não deve, e nem pode dar continuidade a um ensino que apenas memoriza ou reproduz valores. É preciso uma educação de crie, que desenvolva o saber, e não só se encaixe em saberes já existentes. Para a autora, a condição econômica deixa de ser o principal fator de exclusão social, dando lugar para que a falta de educação, causadora de uma deficiência intelectual e cultural seja responsável pela exclusão ou inclusão de pessoas no processo social no século XXI. Dessa forma, é preciso desenvolver processos e mecanismos educativos mais complexos em relação aos que ainda são postos em prática. É evidente a defesa de Viviane Mosé em relação a democratização do ambiente escolar, tendo em vista a produção do conhecimento pautados em debates e criação, desconstruindo um ambiente de imposição de conteúdo e desrespeito com os saberes dos alunos, em que, segundo a estudiosa, os alunos não tem direito a “voz”, e a escola se torna um presídio de alunos. Portanto, atualmente as inovações tecnológicas exigem a todo instante novos saberes. Nesse sentido, já não existem respostas prontas, na verdade, elas são desenvolvidas constantemente porque é preciso acompanhar essa nova velocidade de acesso ao conhecimento que tem nos conectado. Então, a Escola precisa compreender que todo saber está sujeito a mudanças. Nenhum saber é mais estático, tudo tem sido mutável e provisório. Assim, é necessário que a Escola crie novos ambientes e formas de aprendizagem e que o professor não se perceba como detentor de todo o saber, mas aquele que busca o conhecimento a todo o momento despertando em seus alunos o desejo pelo saber. Nesse sentido, cabe ao professor despertar em seus alunos o desejo pelo saber e a sede de produzir conhecimento encontrando uma aplicação prática na sociedade, para Mosé, “o ser humano não é uma essência imutável, ele é um processo”....


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