Resenha Crítica do longa “Entre os Muros da Escola” PDF

Title Resenha Crítica do longa “Entre os Muros da Escola”
Course Psicologia Da Educação
Institution Universidade Estadual Paulista
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Summary

Resenha Crítica do longa “Entre os Muros da Escola”. Esta resenha foi utilizada como método avaliativo no primeiro semestre ano de 2019 na Faculdade de Ciências e Letras de Assis (UNESP) na matéria de "Psicologia da Educação" na grade curricular do curso de Licenciatura em História....


Description

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de História – campus de Assis Curso de Graduação em História (Licenciatura) Disciplina: Psicologia da Educação Professor Responsável: Mateus de Freitas Barreiro Resenha Crítica

“Entre os Muros da Escola”, de 2009, retrata a rotina de François Martín, um professor de francês em uma escola de Ensino Médio periférica. O longa-metragem apresenta-nos os universais desafios da prática escolar, sobretudo no que se refere às relações entre professores e alunos. Dentro da escola, os conflitos étnicos-sociais da sociedade francesa são como que vistos por uma lupa. No filme e em vida, a realidade educacional deve ser pensada “[..] como parte de um amplo tecido social e político característico da sociedade dividida em classes” (CALDAS, 2005, p. 24). Entre os professores, os alunos do enredo são classificados e rotulados entre “bem comportados” e “mal comportados”. Quais seriam os fatores determinantes para estas rotulações? Percebe-se que a sala possui muitos alunos, o que costuma dificultar e demandar tempo para a organização. Desta forma, o tempo disponível para os conteúdos programado torna-se escasso. Em 2008, ano em que o filme foi gravado, celulares já estão suficientemente inseridos entre os adolescentes para gerar distrações. Notamos que os alunos se insultam pelos mais variados motivos e possuem diferentes níveis de alfabetização na língua francesa. O pouco interesse e a falta de identificação dos estudantes com o conteúdo trabalhado fazem com que eles tangenciem as temáticas da aula referida. Arisco-me a dizer que, se o conteúdo se aproximasse mais das realidades daquelas crianças, elas desenvolveriam um maior interesse na matéria. François costuma atrair a atenção da sala batendo na mesa dos professores, este gesto é muito comum entre professores da educação básica brasileira. Quão efetivo e por quanto tempo esta medida surte efeito? O caso retratado ao final do longa espanta e faz-nos questionar: “Não parece tão incoerente precisar afastar-se da escola para poder aprender?” (CALDAS, 2005, p. 32). Na cena final, a sala está vazia e silenciosa. A alegria, a vida, está lá fora. Por que as salas se tornam ambientes tão mórbidos? O que podemos fazer em relação a este problema?

O mérito do filme é trazer-nos questionamentos acerca da sociabilidade escolar nas relações aluno-aluno e aluno-professor. Este mérito advém do fato de o filme não ser pretencioso o suficiente para ditar, anunciar, ou propor resoluções para as problemáticas levantadas. Qualquer solução seria limitada e desconsideraria os contextos reais, seria possivelmente utópica. Cabe a nós, em nossas salas, em nossas cidades, com nossos alunos, com nossos materiais, em nossas matérias, tentarmos, de alguma forma, perpassar as dificuldades universalistas do desenvolvidas pelo longa. Não há garantia de êxito, no entanto, a tentativa gera a possibilidade, e as falhas aproximam-nos do acerto

Referências Bibliográficas:

CALDAS, Roseli Fernandes Lins. Fracasso escolar: reflexões sobre uma história antiga, mas atual. Psicologia, teoria e prática, São Paulo , v. 7, n. 1, p. 21-33, jun, 2005....


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