Relatório 4 - Determinação do Hematócrito Final PDF

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Relatório prático...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

DETERMINAÇÃO DO HEMATÓCRITO E ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS

GOIÂNIA 2018

DETERMINAÇÃO DO HEMATÓCRITO E ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS

Relatório encaminhado como critério de

avaliação

para

a

disciplina

“Métodos Analíticos em Biomedicina” da Universidade Federal de Goiás.

GOIÂNIA 2018

RESUMO O hemograma é um dos exames mais pedidos pelos médicos e compreende a contagem das células do sangue periférico (hemácias, leucócitos e plaquetas) e a contagem diferencial dos tipos leucocitários, além da quantificação dos valores da hemoglobina e determinação do hematócrito e também, o cálculo dos índices hematimétricos. O hematócrito corresponde, em porcentagem, ao volume de hemácias em relação ao volume total de sangue; e os índices hematimétricos avaliam indiretamente as características dos eritrócitos quanto ao volume e o conteúdo de hemoglobina. O objetivo dessa aula foi a determinação do hematócrito e o cálculo dos índices hematimétricos. Para determinação do hematócrito, utilizouse as técnicas de macrohematócrito e microhematócrito, de forma que no macrohematócrito utilizou-se o tubo de Wintrobe, e no microhematócrito foi utilizado um capilar de vidro, sendo ambos preenchidos com sangue de acordo com a metodologia prescrita e centrifugados, objetivando-se então a separação das hemácias e o plasma, possibilitando assim medir a proporção ocupada pelas hemácias em relação ao volume total de sangue, caracterizando assim, um hematócrito de 42% para o macrohematócrito, e 40% para o microhematócrito. Para o cálculo dos índices hematimétricos, utilizou-se os dados referentes a contagem de eritrócitos e dosagem de hemoglobina das últimas aulas, e o hematócrito dessa aula. Os índices encontrados foram: VCM: 67,7fL, HCM: 13,24pg, e CHCM: 19,54%. Porém, os resultados se mostraram alterados e abaixo dos valores de referência para mulheres, pois a cada aula prática alternamos as coletas e as dosagens entre as integrantes do grupo para que todas participem, com isso os valores se tornaram muito discrepantes, de forma que ao utilizarmos todos juntos para calcularmos os índices hematimétricos, obtivemos resultados muito abaixo da média esperada como referência. Palavras chave: Hemograma. Hematócrito. Índices hematímetricos.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4 2 MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................5 2.1 Materiais de coleta................................................................................................5 2.2 Materiais para o hematócrito...............................................................................5 2.3 Metodologia...........................................................................................................6 3 RESULTADOS...........................................................................................................9 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................13

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1 INTRODUÇÃO O hemograma completo está entre os exames mais requeridos em um laboratório clínico, e consiste em avaliar quantitativamente e qualitativamente as células sanguíneas de um paciente. A contagem dessas células auxilia no diagnóstico de doenças e no monitoramento de sua evolução ou regressão, sob um determinado tratamento. Podem também trazer informações e levar à descoberta de uma anemia, infecção, doença genética ou até problemas do sistema imunológico. O exame é dividido em duas séries, a vermelha que avalia a quantidade e características dos eritrócitos, e a branca que irá avaliar os leucócitos e seus precursores. A avaliação de eritrócitos ainda é dividida em tópicos, são eles: contagem de hemácias, dosagem de hemoglobina, hematócrito e índices hematimétricos. O hematócrito é o índice, em porcentagem, do volume das hemácias em relação ao volume total de uma amostra de sangue. Existe dois principais métodos para a medição do hematócrito, um deles é feito com um tubo de Wintrobe cheio até uma marcação equivalente à 100 mm, em que este tubo é centrifugado e a porcentagem de hemácias (fase mais densa) é lida, caracterizando o hematócrito. O outro método é realizado em um capilar de vidro, que também passa por uma centrifugação, e os valores de porcentagem devem ser lidos através de uma tabela de hematócrito. Os índices hematimétricos são determinados a partir da contagem global dos eritrócitos, taxa de hemoglobina e determinação do hematócrito. Tais elementos, devem ser padronizados pelo laboratório, fornecendo-se geralmente resultados na unidade de percentagem. O volume corpuscular médio (VCM) é o volume médio das hemácias expresso em fentolitros; representa, portanto, o quociente de um determinado volume de hemácias pelo número de células contidas no mesmo volume. A hemoglobina corpuscular média (HCM) é o conteúdo médio de hemoglobina nas hemácias expresso em picogramas; representa, portanto, o quociente de conteúdo de hemoglobina em um determinado volume de hemácias pelo número de células contidas no mesmo volume. E a concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) é o quociente do HCM pelo VCM em um determinado volume de sangue sendo expressos em porcentagem.

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O objetivo dessa aula foi a determinação do hematócrito e o cálculo dos índices hematimétricos. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais de coleta Para a realização da punção venosa foi necessário: 

Álcool 70%



Algodão



Agulha descartável 25x0,8 verde



Seringa



Garrote



Curativo adesivo



Tubo de coleta a vácuo com EDTA



Descarpack



Lixo infectante



Lixo comum

2.2 Materiais para o hematócrito Para a determinação do hematócrito foi necessário: 

Pipetas de macrohematócrito – tubo de Wintrobe



Tubos capilares para microhematócrito



Massinha de modelar



Microcentrífuga para hematócrito



Centrífuga



Seringa com tubo fino



Régua para leitura de hematócrito

2.3 Metodologia Primeiramente foi realizado o macrohematócrito; foi retirado o sangue do tubo a vácuo com EDTA (obtido através de punção venosa) e foi preenchido o tubo de Wintrobe com sangue sob auxilio da seringa com um tubo fino na ponta, até a marca de 100mm.

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Após o preenchimento do tubo, o mesmo foi colocado na centrifuga durante 30 minutos à 3500 rpm para ser centrifugado. É importante ressaltar que seja anotado a numeração na qual foi posicionado o tubo, para não ocorrer trocas de amostras, e posteriormente realizar a leitura. Em seguida, foi realizado o microhematócrito. A diferença é o uso do capilar de vidro ao invés do tubo de Wintrobe. O capilar foi preenchido cuidadosamente em pelo menos 2/3 de sua capacidade, através de capilaridade. Para não ocorrer o extravasamento do sangue, ele foi fechado com massa de modelar.

Figura 1. Capilares preenchidos com a amostra de sangue e selados com massa de modelar (cinza). (Fonte própria)

O capilar com a extremidade vedada voltada para fora foi centrifugado em centrífuga para microhematócrito a 10.500 rpm durante 10 minutos. Após isso foi realizado a leitura com o auxílio da régua de leitura de hematócrito.

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Figura 2. Capilares posicionados de forma correta na microcentrífuga. (Fonte própria)

Os valores de contagem de hemácias e dosagem de hemoglobina são provenientes dos últimos relatórios de aulas práticas, e foram obtidos através dos seguintes cálculos: HT = 628 (valor obtido pela soma do número de células contadas nos cinco quadrantes escolhidos para análise). Portanto, obtemos: 628 x 5 x 10 x 200 = 6280000 hemácias, ou seja, 6,2 6

x10 hemácias/μL. Para dosagem de hemoglobina: Concentração do padrão (g/dL)

Absorvância padrão

(540 nm) Concentração da amostra (g/dL)

Absorvância amostra

(540 nm) 14,7 g/dL X g/dL

0,485 nm 0,271 nm

X= 8,21g/dL

As fórmulas utilizadas na metodologia para cálculo dos índices hematimétricos foram:

VCM=

Ht × 10 Hc

HCM=

Hb ×10 Hc

CHCM =

Hb × 100 Ht

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3 RESULTADOS O primeiro método para determinação do hematócrito (macrohematócrito) corresponde ao volume compactado de hemácias em tubo de Wintrobe, após centrifugação à 3.500 rpm por 30 minutos; para isso, realizamos a técnica, como descrito na metodologia, e após centrifugação obtivemos o resultado ilustrado na figura 6, com a separação das hemácias e o plasma, possibilitando observar um hematócrito de 42% da aluna Isabella, ou seja, esse resultado indica que as hemácias da aluna estão ocupando 42% do seu volume sanguíneo total. O segundo método utilizado em aula para determinação do hematócrito foi pelo uso do capilar de vidro, também conhecido como microhematócrito, que corresponde ao volume compacto dos glóbulos vermelhos em relação ao volume total de sangue em um capilar de vidro, obtido após microcentrifugação de 10.500 rpm por 10 minutos. Após centrifugação foi possível observar no capilar de vidro a separação das hemácias em relação ao plasma, e com isso, utilizando a régua para medir hematócrito foi possível fazer a determinação do hematócrito da aluna Isabella, o qual foi igual a 40 % no microhematócrito.

Após determinação do hematócrito, realizamos a determinação dos índices hemátimetricos, e para isso utilizamos os dados obtidos nas últimas aulas práticas, tais como a contagem de eritrócitos e a dosagem de hemoglobina, e a determinação do hematócrito desta aula. Primeiro calculamos o volume corpuscular médio (VCM) dos eritrócitos através do seguinte cálculo: Total de hemácias: 6,2 x106 hemácias/μL

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Hematócrito: 42% Valor de referência: 82 – 92 fL VCM= VCM=

Ht × 10 Hc

42 × 10 6,2

VCM =67,7 fL

Calculou-se também a hemoglobina corpuscular média (HCM), através do seguinte cálculo: Hemoglobina: 8,21g/dL Total de hemácias: 6,2x106 hemácias/μL Valor de referência: 27 – 34 pg

HCM=

Hb ×10 Hc

HCM=

8,21 ×10 6,2

HCM =13,24 pg

E por último, calculamos a concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), através do cálculo abaixo: Hemoglobina: 8,21g/dL Hematócrito: 42% Valor de referência: 32 -36 % CHCM =

Hb × 100 Ht

CHCM =

8,21 ×100 42

CHCM =19,54 %

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com esta prática pudemos observar nossa evolução; primeiramente, quanto a punção venosa já obtivemos uma maior segurança e domínio da técnica, assim, temos melhorado mais a cada aula, de forma que já não mais cometemos erros básicos pois estamos nos sentindo mais confiantes. Quanto a determinação do hematócrito, não apresentamos dificuldades em realizar as técnicas, as quais foram muito bem explicadas previamente. Porém, para o macrohematócrito tivemos uma certa dificuldade para preencher o tubo de Wintrobe com o sangue, pois ele rapidamente transbordava. Por fim, acabamos decidindo por usar uma pipeta automática para conseguir acertar o volume correto no tubo de Wintrobe e depois o limpamos e colocamos na centrífuga para centrifugálo e posteriomente determinarmos o hematócrito. Por fim realizamos os cálculos dos índices hematimétricos, porém nossos resultados se apresentaram todos abaixo dos valores de referência para mulheres, devido ao fato de que os dados utilizados para o cálculo dos índices não eram da mesma paciente, pois a cada aula prática alternamos as coletas e as dosagens entre as integrantes do grupo para que todas participem, com isso os valores se tornaram muito discrepantes, de forma que ao utilizarmos todos juntos para calcularmos os índices hematimétricos, obtivemos resultados muito abaixo da média esperada.

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Apesar disso, a prática foi muito proveitosa, e com ela tivemos a oportunidade de enriquecer um pouco mais o nosso conhecimento, assim aprendemos a identificar os possíveis erros nas análises laboratoriais, as quais podem ser decorrentes desde as fases pré-analítica até a fase pós-analítica, como a troca de amostras e interpretação dos resultados, ou até problemas na digitação do laudo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Hemograma,

UFPA,

Pará,

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agosto

2017.

Disponível

em:

Acesso em: 21 de abril de 2018. Leles, R. N. Roteiro de Aulas práticas de Métodos Analíticos em Biomedicina , Goiânia, 2018. LIMA; et al. Métodos de Laboratórios Aplicados à Clínica. 7 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 1992. LORENZI, Therezinha. Manual de Hematologia: Propedêutica e Clínica. 2 ed. São Paulo: Medsi, 1999. Realizando a Técnica de Microhematócrito em Aula Prática, Unipampa, Pampa, 2012. Disponível em: . Acesso: 20 de abril de 2018.

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