Relatório da água suja lab 3 PDF

Title Relatório da água suja lab 3
Author Gabriel Beltran Prado
Course Microbiologia Geral
Institution Universidade Federal de São Paulo
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Summary

Relatório laboritorial que analisava a quantidade de microrganismos presentes em diferentes águas ...


Description

Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas Universidade Federal de São Paulo Graduação em Ciências Ambientais

Andressa Alexandre Soares Ayrton Ferreira Gabriel Beltran Prado Ricardo do Carmo Herrero Suellen Silva Vieira Cruz Vitor de Oliveira Zaize

Relatório de Aula Prática IV

Prof. Dra.   Suzan   Pantaroto   de   Vasconcellos  Prof. Dr.   Wagner   L.   Baptista 

Diadema 2017

1. Introdução A água constitui o recurso natural mais importante por ser fundamental na manutenção da vida, saúde e bem-estar do homem. Porém, quando contaminada, a água pode atuar como veículo de transmissão de patógenos, entre eles, bactérias, fungos, protozoários e vírus (CETESB, 1997; SIQUEIRA, 2010). As bactérias coliformes habitam normalmente o intestino do ser humano e dos animais, portanto são indicadores da contaminação de uma amostra de água. Como a maior parte das doenças são transmitidas por via fecal, os organismos patogênicos, ao serem eliminados pelas fezes, atingem o ambiente aquático, podendo contaminar as pessoas que se abastecem de forma inadequada dessa água. Portanto, as bactérias coliformes podem ser usadas como indicadoras dessa contaminação. Uma grande vantagem do uso dessas bactérias como indicadoras de contaminação fecal é sua presença em grandes quantidades nos esgotos domésticos, já que cada pessoa elimina bilhões dessas bactérias diariamente (BRASIL, 2006) Segundo a CETESB, os microrganismos do grupo dos coliformes totais são de bacilos gram-negativos, oxidase negativos, capazes de crescer na presença de sais biliares ou no caldo lauril sulfato e de fermentar a lactose a 35-37ºC, com produção de ácido, gás e aldeído, em 24 horas. Além de serem encontradas nas fezes, podem ocorrer no meio ambiente, em águas com altos teores de material orgânico, solo ou vegetação em decomposição. As bactérias do grupo dos coliformes fecais são capazes de fermentar a lactose a 44–45 ºC em 24 horas, sendo representados principalmente

 , também por algumas bactérias dos gêneros Klebsiella, pela Escherichia coli e Enterobacter, Citrobacter. D  entre esses organismos somente a E.coli é de origem fecal. Contagens de microrganismos pelo Número Mais Provável (NMP) são técnicas antigas, rápidas e de baixo custo, que permitem avaliar estatisticamente o número dos microrganismos

presentes

numa

amostra

e

metabolicamente ativa (Jones apud GiajLevra, 1991).

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estimar

a

proporção

viável

A determinação de coliformes totais e fecais pela técnica de tubos múltiplos é expressa pelo número mais provável (NMP) de coliformes que, por sua vez, representa a quantidade mais provável de coliformes existentes em 100 mL de água da amostra. O exame de coliformes é empregado paro controle de sistemas de abastecimentos de água e assim determina a eficiência do tratamento (RICHTER & NETO, 1991). O controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano é restrito às análises microbiológicas, por meio de pesquisa das bactérias do gênero Coliforme, como indicadores de padrão de potabilidade, enquanto estudos demonstram também a presença de fungos em amostras de água potável (KANZLER et al. ; BRASIL apud OTTONI et al. 2014). O NMP permite estimar a densidade da população empregando-se diferentes meios de cultivo, analisando se o crescimento celular microbiano através da leitura da turvação do meio e determinação de produtos metabólicos no meio, como gases, ácidos e alcoóis (VAZZOLLER, 1995).

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2.Objetivos ● Detectar através de testes presuntivos a presença de coliformes em amostras de água; ● Familiarização com método de Número Mais Provável (NMP). ● Realização de plaqueamento de amostras de água a fim de se verificar a existência de colônias de fungos e bactérias.

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3. Materiais e Métodos 3.1. Contaminação de amostra de água por coliforme fecal 3.1.1. Materiais ● Cultura de E. coli; ● 100 mL de água potável; ● Erlenmeyer; ● Haste descartável.

3.1.2. Métodos Com o auxílio de uma haste flexível, foi inoculada uma colônia de E. coli em um frasco de erlenmeyer contendo 100 mL de água potável, agitando vigorosamente o frasco após a inoculação.

 3.2. Plaqueamento de bactérias e fungos presentes nas amostras de água

3.2.1. Contagem de bactérias 3.2.1.1. Materiais ● Amostra de água a escolha dos alunos; ● Tubos de ensaio; ● Placas de Petri; ● Forno Microondas; ● Agar Luria Bertani; ● Pipeta de Pasteur; ● Pipeta graduada; ● Pêra de sucção (pipetador);

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3.2.1.2. Métodos Anteriormente ao processo de inoculação das amostras, foram feitas 3 diluições da amostra trazida pelos alunos em tubos de ensaio nas seguintes diluições: 10-1, 10-2 e 10-3 ml. Após o processo de diluição, com o auxílio de uma pipeta graduada foram inoculados 1 mL de cada diluição em 3 placas. Posteriormente foi vertido sobre as placas 10mL do meio Agar Luria Bertani, já dissolvido em forno microondas e resfriado. Após a solidificação do meio as placas foram invertidas e incubadas em estufa à 35º C por 48 horas.

3.2.2. Contagem de fungos

3.2.2.1. Materiais ● Placas de Petri; ● Ágar Sabouraud; ● Pipeta graduada; ● Pêra de sucção (pipetador); ● Alça de Drigalski;

 3.2.2.2. Métodos Foi vertido nas placas de Petri 10 mL do meio ágar Sabouraud e reservou-se para solidificar. Após a solidificação do meio foi inoculado com o auxílio de uma pipeta graduada 0,1 mL das diluições do procedimento anterior (3.2), que foram espalhados pela placa com uma alça de Drigalski. Em seguida inverteu-se as placas e incubou-as à 30º em estufa para o crescimento das colônias.

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 3.3. Detecção de Coliformes - Teste presuntivo  3.3.1. Materiais ● Amostra de água trazida pelo grupo; ● Amostra de água com E. coli (experimento 1); ● Amostra de água determinada pelo grupo no laboratório; ● Pipeta Graduada; ● Pêra de sucção (pipetador); ● Tubos de ensaio; ● Caldo Lactosado.

 3.3.2. Métodos Para realizar o procedimento de detecção de coliformes em amostras de água foram utilizados nove tubos de ensaio contendo a mesma quantidade de caldo Lactosado. Em cada um dos três dos tubos foi inoculado 1 mL da amostra de água trazida pelo grupo. Em outros três tubos foi inoculado 0,1 mL da amostra de água contaminada por E. coli do experimento 1. Nos últimos três tubos foi inoculado 1 mL da amostra de água determinada no laboratório. Após todas as inoculações, os tubos foram levados à estufa 48 horas à 35º C.

4. Resultados e discussões 4.1. Plaqueamento de bactérias e fungos presentes nas amostras de água: Após a diluição da amostra de água de um dos alunos e colocada na placa de Petri, foi notado a presença de muitas colônias de bactérias. Na placa 10 − ¹ número excessivo de colônias sendo assim não foi possível fazer a contagem dessas como

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consta na imagem 1 , na placa 10 -² apresentou 44 colônias sendo possível verificar na imagem 2 e na terceira placa 10 -³ apresentou 14 colônias e 2 contaminações não identificadas observamos na imagem 3. Segundo Pelczar jr, Chan e Krieg “quando se utiliza a contagem padrão em placa para análise da água, não há um número particular de bactérias que seja oficialmente aceitável. Isto porque a água com poucas bactérias patogênicas obviamente é mais perigosa do que a água que contém muitas bactérias saprófitas. Todavia, as águas de boa qualidade fornece uma contagem baixa de colônias, menos do que 100 por ml.”

Imagem 1: Placa 10 -¹ Fonte: Autor

Imagem 2: Placa 10 -² Fonte: Autor

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Imagem 3: Placa 10 -³ Fonte: Autor

4.2. Contagem de fungos Analisados os resultados do experimento foi observado o crescimento das colônias de fungos, sendo assim possível fazer sua contagem, esse procedimento foi realizado duas vezes. Na placa 1: 10-¹ apresentou 31 colônias, dentre elas 15 tinham tamanhos grandes e uma contaminação por fungo como podemos observar na imagem 4, a placa 2:10-¹ não foi possível fazer a contagem de colônias percebemos o grande número de colônias na imagem 5, na placa 1:10-² apresentou 12 colônias e uma contaminação não identificada como percebemos na imagem 6, na placa 2:10-² apresentou um número um pouco menor de colônias sendo contadas 10 colônias e também houve uma contaminação de acordo com a imagem 7 e na terceira etapa a placa 1:10-³ apresentou 15 colônias e 3 contaminações não identificadas observamos isso na imagem 8, na placa 2:10-³ houve uma diminuição muito grande no número de colônias apresentando somente duas colônias visto na imagem 9.

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 Imagem 4: 1º Placa -1 Fonte: Autor

Imagem 5: 2º Placa -1 Fonte: Autor

Imagem 6: 1º Placa -2 Fonte: Autor

Imagem 7: 2º Placa -2 Fonte: Autor

Imagem 8: 1º Placa -3 Fonte: Autor

Imagem 9: 2º Placa -3 Fonte: Autor

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4.3. Detecção de Coliformes - Teste presuntivo Foi analisado com a ajuda da monitoria que as amostras que formaram gases são contaminadas, pois no processo os coliformes fermentam a lactose acarretando a produção de ácido e gás. É possível visualizar na primeira parte do experimento, da amostra de água dos alunos, que não há presença de gás ou seja está pouco ou não contaminada com coliformes como mostra a imagem 10.

Imagem 10: Teste Presuntivo na amostra dos alunos Fonte: Autor.

Já na segunda parte do experimento com a amostra contaminada pela E.Coli h  á a formação de gás, já que a E. Coli f ermentou a lactose e houve formação de gás, como mostra a imagem 11. E na terceira parte do experimento utilizando a água do laboratório, uma menor formação gases, sendo assim a amostra está pouco contaminada, como mostra a imagem 12.

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Imagem 11:

Imagem 12:

Teste Presuntivo na amostra

Teste Presuntivo na amostra

contaminada com E. Coli.

 a água do laboratório d

Fonte: Autor.

 Fonte: Autor.

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5. Conclusão O testes presuntivos são importantes, pois podem ser um indicador de poluição quando há presença de E.Coli, pois é um habitante normal do trato intestinal humano, caso esteja presente na água indica que essa água está contaminada por coliformes fecais e assim imprópria pro consumo humano (PELCZAR JR, CHAN e KRIEG, 2011). Os testes em laboratório com a água trazida pelo grupo e pela água do laboratório não demonstraram significativa produção de gás, então não há pouca ou nenhuma presença de coliformes fecais nas amostras. E a aula prática também proporcionou a compreensão da teoria do método NMP, onde demonstrou que as maiores diluições, como o esperado, apresentaram menor número de colônias. Como podendo ser evidenciado na diluição de bactérias em 0,1 ml, formaram mais de 300 colônias e que foi corroborado com os resultados das placas de Petri com fungo, as quais apresentaram o mesmo padrão.

Bibliografia: 1. BRASIL. FUNASA- Fundação Nacional da Saúde. Manual do saneamento. 3 ed. rev. Brasília. 2006. 2. CETESB - Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Ambiental. Controle da qualidade da água para consumo humano: bases conceituais e operacionais. São Paulo; 1997. 3. CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Análises Microbiológicas da Água. São Paulo. 2002.

4. GIAJ-LEVRA, L. A. Estudo de metodologia de contagem para bactérias anaeróbias celulolíticas. 1991. 140f. Dissertação (Mestrado em Engenharia

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Hidráulica e Saneamento) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. 5. OTTONI, Lilian Cristina Camargo; YAMAGUCHI, Natália Ueda; OYAMA, Jully. Ocorrência de fungos em água para consumo humano. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.18; p. 3432 2014  6. PELCZAR Jr, M. CHAN, E. KRIEG, N. Microbiologia das águas naturais, potáveis e dos esgotos. In: Microbiologia. Segunda Edição. São Paulo: Pearson, 2011. Cap: 29, Pag: 337-369. 7. RICTHER, C.A., NETTO A.J.M. Tratamento de água: tecnologia atualizada. São Paulo. Edgard Blucher. 1991.

8. SIQUEIRA, L.P., SHINOHARA, N.K.S., LIMA, R.M.T., PAIVA, J.E., LIMA FILHO, J.L., CARVALHO, I.T. Avaliação microbiológica da água de consumo empregada em unidades de alimentação. Ciência e saúde coletiva, v.15, n.1, p 63-66, 2010. 9. VAZOLLER, R. F. Avaliação do ecossistema microbiano de um biodigestor anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo, operado com vinhaça sob condições termofílicas. 1995. 259 f. Tese (Doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.

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