Relatório de ubiquidade 2 PDF

Title Relatório de ubiquidade 2
Course Microbiologia
Institution Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Pages 6
File Size 127 KB
File Type PDF
Total Downloads 12
Total Views 122

Summary

Relatório da aula prática ubiquidade...


Description

1

Resumo Os microrganismos estão presentes na água, no solo, no ar, em animais, nas plantas e em alguns alimentos que consumimos. Em todos esses ambientes os microrganismos têm papel fundamental na manutenção do equilíbrio biológico. A ubiquidade dos microrganismos, ou seja, a capacidade de habitarem em diversos ambientes se deve a alguns fatores, como o tamanho reduzido, que possibilita a dispersão e ao mecanismo metabólico, que permite se adaptar rapidamente às condições ambientais. O experimento seguinte foi realizado pela técnica de coleta de amostras do ambiente, visando observar o desenvolvimento de microrganismos, definindo a caracterização cultural das colônias a partir da morfologia da colônia isolada.

2

1. Introdução Há um período de dois bilhões de anos atrás, os únicos habitantes da Terra eram as bactérias, que não passavam de células primitivas com um alto grau de multiplicação, a qual uma única célula poderia gerar cerca de 4,5 bilhões de novas células idênticas em apenas uma única noite. Depois de algum tempo, as bactérias ocuparam todos os nichos do planeta, as rochas, a água e o ar, formando então uma espécie de manta viva, responsável pela regulação da vida do planeta. Durante milênios o homem não se deu conta da existência destes microrganismos, ou sua importância, os quais só puderam ser observados depois da invenção do microscópio, no início do século XVIII. Sendo Pasteur (1822-1895) responsável por descobrir que estes seres microscópios eram os causadores das principais doenças do século XVIII. As condições que favorecem a sobrevivência e o crescimento de muitos microorganismos são as mesmas sobre as quais os seres humanos vivem, tornando assim inevitável a existência de uma grande quantidade deles em todos os tipos de superfícies e ambientes. Como os microrganismos estão presentes em qualquer lugar e ambientes (ar, água e solo), eles podem ser transportados causando contaminações em outras superfícies. Esta característica dos microrganismos chama-se ubiquidade. A ubiquidade dos microrganismos é baseada em três características principais: tamanho reduzido, que permite uma grande capacidade de dispersão; variabilidade e flexibilidade metabólica, que permite se adaptar e tolerar rapidamente às condições ambientais desfavoráveis; e sua grande capacidade de transferência horizontal de genes, que lhes permite recombinar e coletar caracteres positivos e persistir durante um longo tempo adaptando-se às condições ambientais instáveis. Em termos de habitat, os microrganismos são encontrados em quase todos os ambientes, tanto na superfície, como no mar e subsolo. Desta forma, podemos isolar microrganismos de fontes termais, com temperaturas atingindo até 130°C, de regiões polares, com temperaturas inferiores a -10°C; de ambientes extremamente ácidos ou básicos. Alguns sobrevivem em ambientes extremamente pobres em nutrientes, assemelhando-se à água destilada.

3

Uma vez que os microrganismos precederam o homem em bilhões de anos, pode-se dizer que nós evoluímos em seu mundo e eles no nosso. Desta forma, não é de se estranhar que a associação homem-microrganismo mostra-se com grande complexidade, com os microrganismos habitando nosso organismo, em locais tais como a pele, intestinos, cavidade oral, nariz, ouvidos entre outros. Embora a grande maioria destes microrganismos não cause qualquer dano, compondo a denominada “microbiota normal”, algumas vezes estes podem originar uma série de doenças, com maior ou menor gravidade. Nesta classe de organismos estão aqueles denominados patogênicos e potencialmente patogênicos. No homem, estas se encontram em várias superfícies, especialmente na cavidade oral e trato intestinal. Um método utilizado para avaliar a ubiquidade dos microrganismos é a técnica da placa de sedimentação, onde uma placa de Petri contendo meio de cultura é aberta e exposta ao ar por um determinado tempo. Então a placa é incubada fazendo com que as partículas de poeira contendo os microrganismos se sedimentem na superfície do meio de cultura contido na placa de Petri. Depois da incubação é possível realizar uma análise sobre os microrganismos presentes na placa e obter um balanço da contaminação do ar de um ambiente.

2. Objetivos 

Verificar a presença de microrganismos no ambiente;



Distinguir os diferentes tipos microbianos;

3. Materiais 

Placas de Petri contendo Agar Nutriente (NA);



Placas de Petri contendo Agar Sabouraud (AS);



Béquer;



Béquer esterilizado;



Swabs esterilizados;



Tubos de ensaio esterilizados;

4



Tubos de ensaio contendo água destilada;



Espátulas esterilizadas;



Bico de Bunsen;



Estufa a 37º C;



Ambientes: água, terra e ar.

4. Metodologia Ar: as placas contendo AN e AS foram expostas ao ar livre sobre o bebedouro do segundo andar do prédio do ICT, por 10 minutos e ao fim deste tempo fechada e levada de volta ao laboratório. Terra: foi coletado uma pequena porção de terra do jardim do prédio do ICT e colocada em um béquer. A partir deste momento, a prática foi manipulada na zona de segurança do bico de Bunsen. A amostra foi colocada em um tubo de ensaio contendo água destilada, agitando o tubo até formar uma mistura. Usando o swab esterilizado, coletou-se uma porção da mistura e logo após foi depositada nas placas contendo AN e AS, com movimentos leves em forma de zig zag. Água: usando um béquer esterilizado, coletou-se água da torneira do banheiro feminino do prédio do ICT. A partir deste momento, a prática foi manipulada na zona de segurança. Transferiu-se toda a água do béquer para um tubo de ensaio. Em seguida, o swab foi molhado no mesmo, e inoculado em placas contendo AN E AS, com movimentos leves em forma de zig zag. Ao final, todas as placas foram identificadas com o número do grupo, o meio de cultura, o ambiente e data e foram levadas as devidas estufas: as placas com AN foram incubadas à 37º C por 48 horas e as placas de AS foram incubadas à 28º C por 3 dias. 5. Resultados e Discussões Os resultados foram descritos abaixo com base na observação das placas dos meios de cultura dos ambientes após o tempo de estufa determinado.

5

Resultados das placas de AN:

Figura 1: Placas de Petri contendo o meio de cultura AN, com microrganismos de terra, água e ar.

Placa 1: Microrganismos do ar onde foram formadas 11 colônias cremosas na cor parda e uma colônia filamentosa esbranquiçada. Placa 2: Microrganismos da água onde foram formadas duas colônias cremosas esbranquiçadas. Placa 3: Microrganismos da terra onde foi formada uma grande colônia filamentosa esbranquiçada. Resultados das placas de AS:

Figura 2: Placas de Petri contendo meios de cultura AS com microrganismos de terra, água e ar.

6

Placa 1: Microrganismos do ar onde foram formadas 11 colônias cremosas onde 3 são pardas e 8 esbranquiçadas. Formou-se também uma colônia filamentosa de cor parda. Placa 2: Microrganismos da terra onde foram formadas 20 colônias cremosas na cor parda e 5 colônias filamentosas esbranquiçadas. Placa 3: Microrganismos da água onde não houve formação de colônia de microrganismos.

6. Conclusão Após a observação dos resultados da prática de ubiquidade, foi possível concluir que houve a proliferação de microrganismos, seja fungo ou bactéria, em todos os meios (água, terra e ar) observados. Percebeu-se também a velocidade de multiplicação desses seres em ambientes favoráveis, por crescerem exponencialmente. Portanto, comprovou-se a veracidade dos microrganismos serem ubíquos. 7. Referências Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: . Acesso em: 22 de novembro de 2015....


Similar Free PDFs