Relatorio sobre ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS NO MAR E EM ZONAS COSTEIRAS PDF

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Relatorio sobre ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS NO MAR E EM ZONAS COSTEIRAS, uma análise no Ceará e a âmbito nacional...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS CRATEÚS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MINAS DISCIPLINA DE MINERAIS E ROCHAS INDUSTRIAIS

MARIA DAS GRAÇAS ALVES CARVALHO - 412931 MÔNICA FERREIRA MOREIRA - 403904

ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS NO MAR E EM ZONAS COSTEIRAS

CRATEÚS 2021

Sumário 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................. 3 2.1 Para a extração de minerais marítmos no Brasil ...................................................................... 6 3 RESULTADOS................................................................................................................................ 9 3.1 Potenciais de exploração no Brasil ............................................................................................. 9 3.2 Principais Minerais de fontes marítimas explorados no Brasil ............................................. 11 3.3 Panorama de Exploração no Brasil .......................................................................................... 11 4 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 12 5 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 13

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1 INTRODUÇÃO Sabemos que cerca de 70% da superfície terrestre é coberta por água, gerando assim uma grande extensão territorial com grandes capacidades mineralógicas, o conhecimento sobre como se encontram os arranjos, categorias, gêneses e capacidade são escassos. Todos os elementos químicos naturais de conhecimento estão presentes na água do mar e grande parte dos depósitos minerais em exploração tiveram parte de sua origem ligada ao mar. Mesmo com todos esses recursos minerais importantes para a indústria, os mares têm sido pouco aproveitados por conta da viabilidade econômica. Quando fala-se sobre exploração marinha pensa-se em primeiro lugar nos depósitos de hidrocarbonetos, mas o fundo do mar possui uma diversidade de outros minerais de importância significativa para a indústria como a existência de manganês e outros metais no assoalho oceânico em profundidades que não possui o interesse econômico por sua lavra ser no momento considerada inviável, a o conhecimento que localizadas no leste do Oceano Pacífico, em uma área de cinco milhões de quilômetros quadrados denominada de Zona Clarion-Clipperton, a cerca de 27 bilhões de toneladas, sete bilhões de toneladas de manganês, 340 milhões de toneladas de níquel, 290 milhões de toneladas de cobre e 78 milhões de toneladas de cobalto, contudo não se sabe o quanto disso está acessível. Os depósitos marinhos são classificados como consolidados que possui a necessitados de técnicas para a fragmentação e coleta, inclui-se nesse tipo de depósitos sequências estratificadas, sendo elas carvão e ferro; crostas formadas de óxidos de manganês ricos em cobalto sendo facilmente encontradas nos montes submarinos do oceano Pacífico, e não-consolidados que podem facilmente ser coletados através de dragagem, nessa classificação estão os materiais de construção, sendo eles cascalhos e areia; material bioclásticos (carbonatos); pláceres de minerais pesados podendo conter titânio, estanho e ouro; lamas metalíferas, nódulos polimetálicos e vasas silicosas e carbonáticas. 2 DESENVOLVIMENTO Depósitos de granulados marinhos são compostos por cascalho, areias e argilas. Se dividindo em duas classificações conforme a sua origem de formação: Litoclásticos são cascalhos e areias oriundos da erosão das rochas cristalinas e sedimentares continentais, que foram depositadas na plataforma continental sendo retrabalhados pela ação das ondas e correntes marinhas. A formação destes depósitos marinhos está associada ao nível de mar baixo. Este recurso possui grande utilização

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para a construção civil, indústria química, indústria de vidro, obras de engenharia costeira, entre outros; Granulados marinhos bioclásticos são cascalhos e areias carbonáticas constituídos pelos fragmentos das conchas e os nódulos e crostas de algas calcárias. S ão encontrados nas plataformas continentais médias, com grande importância para a fabricação de cimento, cal, alimentação animal, na correção de solos ácidos e indústria cosmética. Ao passar dos anos é possível observar crescimento na utilização de areia e

cascalhos, o Reino Unido obtém

cerca de 25% desse

material em mar aberto, e o Japão ocupa o posto de maior produtor, detendo cerca de 50% da produção mundial.

Figura 1 - Depósitos de Areia com potencial mineral econômico Estados Unidos Fonte: COUPER, 1983

Figura 2 - Depósitos de Cascalhos com potencial mineral econômico Estados Unidos Fonte: COUPER 1983

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Em outros países e no Brasil os principais método de extração de agregados para a construção civil são por meio de dragagem e bombas hidráulicas, há outros métodos que podem ser utilizados seguindo as medidas de proteção ao meio marinho e sendo realizados a profundidades menores que 45 metros.

Figura 3 : Cascalho sendo minerado com utilização de draga Fonte: SUMMERHAYES, 1998

Figura 4: Areia e cascalho de mar aberto estocado para distribuição Fonte: (SUMMERHAYES, 1998).

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Os pláceres de minerais pesados, são comumente encontrados ao longo dos cordões litorâneos, sendo denominados de acumulações sedimentares formadas pelo acúmulo de minerais densos devido a ação das ondas marítimas, originados pela erosão e decomposição de rochas ígneas, sedimentares e metamórficas, recebendo esta classificação devido a densidade dos minerais. Nestas regiões há forte presença de minerais como a monazita, ilmenita, zircão, rutilo, magnetita, ouro e diamantes.

Figura 5: Ocorrência de pláceres de minerais pesados na zona costeira Brasileira e plataforma continental adjacente Fonte: CPRM

2.1 Para a extração de minerais marítmos no Brasil A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) estabelece os direitos, deveres e regulariza todas as atividades relacionadas as zonas marítimas. De acordo com as recomendações da CNUDM para a delimitação da ZEE, o Brasil tem em seu território toda a costa, englobando também o entorno de Fernando de Noronha, Trindade e Martins Vaz, Atol das Rocas, São Pedro e São Paulo, que somam cerca de 3.540.000 km² de território marítimo.

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Figura 6: Plataforma continental jurídica brasileira Fonte: ONU

As atividades relacionadas ao desenvolvimento dos recursos minerais da plataforma continental e de áreas oceânicas adjacentes são guiadas pela Política Nacional de Recurso do Mar (PNRM) e o setorial para os recursos do mar (PSRM). Para uso da plataforma continental, o Brasil divide em áreas oceânicas adjacentes e áreas de relevância mineral. Nas costas brasileiras encontrase depósitos naturais de sais minerais, oriundos da evaporação de grandes volumes de água, também conhecidos como “evaporitos” que são compostos por anídrica, gipsitas, halitas, potássio e sais de manganês. A maior bacia de sal está na costa de Santos, tendo cerca de 650 km no platô de São Paulo.

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Figura 7: Áreas de relevante interesse mineral. Fonte: CPRM

Os recursos minerais de valor socioeconômico da plataforma continental visam em primeiro lugar o valor comercial dos agregados (cascalhos e areias), no reino unido esses materiais de mar abeto já são explorados para o uso na construção civil representando mais de 15% da produção total, tendo grande importância também as produções do Japão e Holanda. Tabela 1: Minerais de valor socioeconômico

Fonte: CPRM

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3 RESULTADOS A potencialidade nacional em termos de recursos minerais marinhos de águas rasas e de águas profundas tem sido discutido ultimamente com o intuito de propiciar uma análise mais apropriada com relação à pesquisa, lavra e beneficiamento dos mesmos. São analisados na plataforma continental brasileira, depósitos de granulados siliciclásticos, de granulados bioclásticos, placeres de minerais pesados, depósitos de fosforitas, de nódulos polimetálicos, sulfetos polimetálicos e outros depósitos hidrotermais no campo dos minerais ocorrendo na interface sedimento/água e em subsuperfície no ambiente de mar raso e profundo. Tabela 2: Relações entre profundidade e modo de ocorrência de minerais marinhos nãoconsolidados

Fonte: CPRM

3.1 Potenciais de exploração no Brasil Atualmente, as regiões sul, sudeste e norte-nordeste apresentam grande potencial econômico ligado a depósitos de areia e cascalho. A margem continental do nordeste e leste do Brasil, possui sedimentos ricos em carbonato contendo mais de 75% de CaCO3, sendo determinadas no Rio Grande do Sul reservas inferidas deste mineral. Nas plataformas continentais há formação de depósitos de cassiterita, ilmenita, monazita, ouro e diamante. Ao longo da zona costeira do Brasil desde o Piauí ao Rio Grande do Sul sob a forma emersa e submersa existem concentrações e

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ocorrências de minerais pesados. Na parte emersa são minerados na Paraíba, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro (ilmenita, rutilo, monazita e zircão). No “guyot” do Ceará foram indicadas ocorrências de rochas fosfatadas. Também foram descritos preliminarmente a ocorrência de nódulos fosfáticos na margem continental do Rio Grande do Sul, em especial no Terraço do Rio Grande.Sobre a Elevação do Rio Grande, na região Atlântico Sul foi observado presença de crosta cobaltífera. Na margem continental brasileira há ocorrência de evaporitos formados por anidrita, gibsita, halita, potássio e sais de manganês, estes depósitos se estendem da bacia de Alagoas ao Plateau de São Paulo. Em área próxima a praia de Santa Terezinha, localizada entre Torres e Tramandaí (Rio Grande do Sul) a CPRM identificou camadas de carvão. Na região Atlântico Sul no Rio Grande do Sul foi observado nos sedimentos do Cone do Rio Grande presença de hidratos de gás.

Figura 8 : Visão da plataforma continental brasileira e minerais encontrados Fonte: SOPESP

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3.2 Principais Minerais de fontes marítimas explorados no Brasil

Atualmente, no Brasil a mais importante mercadoria explorada em mar aberto refere-se ao óleo e o gás, sendo sucedida, tanto em quantidade como em valor, por agregados (areia e cascalho) para a indústria da construção, seguida pelos pláceres submersos de estanho, os carbonatos bioclásticos para corretivo de solo e cimento, as acumulações fosfáticas para uso em fertilizantes. As grandes quantidades de nódulos de manganês (polimetálicos) também devem ser consideradas como contribuição valiosa para o suprimento mundial de níquel, cobre, cobalto e manganês. 3.3 Panorama de Exploração no Brasil O Brasil vem a cada ano crescendo o seu potencial de exploração no mar, entretanto enfrenta uma grande dificuldade, que se faz no fato de apenas 1% da plataforma continental ser conhecida. Há grande interesse por parte dos mineradores nacionais na ampliação das explorações de agregados para a construção civil, como também em explorar sais de potássio, fosfato (para uso como fertilizantes), calcário, ouro e diamante, além, de estarem sendo realizadas pesquisas para exploração de minério de ferro, ilmenita e sal-gema Em 2009, a Vale obteve autorização para pesquisar fosfato no litoral do Rio Grande do Norte, estendendo, assim, para o oceano a pesquisa que já faz em área continental. A TWB, empresa de construção e transporte naval de Guarujá (SP), também requereu alvará de pesquisa para fosfato, mas acabou encontrando carbonato de cálcio adequado ao uso como corretivo de solo a 555 km da costa. No litoral do Rio de Janeiro e do Ceará, a Odebrecht e a Votorantim Cimentos requereram áreas para pesquisa de areia. A Odebrecht pretendia usar o material para reposição na praia de Sepetiba, no Rio de Janeiro. Também no estado do Rio de Janeiro, a empresa LLX havia requerido área para pesquisa de ilmenita, mineral usado para produção de pigmento branco. A Fertimar Mineração já está produzindo. No litoral do Espírito Santo, a empresa está extraindo calcário do fundo do mar. Outras substâncias que vêm sendo objeto de pesquisa mineral no fundo do nosso oceano são potássio (ES, BA e SP), diamante (BA), minério de ferro (BA) e sal-gema (ES). Com a crescente demanda para uso dos minerais, e aumento das pesquisas, estima-se que até 2030 seja mapeado 25% do território submarino em uma escala topográfica que permita a extração comercial de seus bens minerais.

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Figura 3: Pesquisa mineral na plataforma continental brasileira Fonte: CPRM

4 CONCLUSÃO A distribuição mundial desigual de recursos minerais no continente, e um atento crescimento da importância na proteção e conservação dos ambientes aumentaram o significado futuro dos minerais encontrados no mar e em zonas costeiras. Desta forma, cada vez mais esta temática ganha maior discussão, despertando a realização de mais pesquisas em busca de se obter conhecimentos sobre sua distribuição, categoria, gênese e abundância, principalmente para minerais economicamente significantes em um futuro próximo. Entretanto, esta prática enfrenta alguns impasses, onde o principal se concentra no fato da viabilidade econômica da exploração, pois esta

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prática depende, em essência, do custo competitivo de outros recursos que estão vinculados ao desenvolvimento de uma tecnologia disponível de baixo custo. Há inúmeras ocorrências minerais de grande demanda pela sociedade, a serem pesquisadas com profundidade, entretanto requerem o desenvolvimento de novas tecnologias, antes de serem mineradas economicamente. A extração de minerais marinhos em alguns países ocorre a alguns anos, tornando-se assim uma prática promissora, no caso do Brasil devido ao interesse dos mineradores esta prática tende a crescer bastante, buscando atingir ascensão em 2030, prazo que está estipulado pelas pesquisas para se obter maior conhecimento da zona costeira nacional. Atualmente, commodities de baixo custo, que estão em áreas mais favoráveis para serem minerados, apresentando alto interesse comercial e que não exijam alta tecnologia para extração, como o caso dos agregados para a construção civil, ganham importância nesta prática. 5 REFERÊNCIAS BRASIL. CPRM SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Recursos Minerais Submarinos no Brasil. Disponível em: http://www.cprm.gov.br/publique/CPRM-Divulga/Canal-Escola/RecursosMinerais-do-Fundo-do-Mar-2560.html. Acesso em: 15 ago. 2021. SILVA, Cassio Roberto da et al. Geodiversidade do Brasil. Rio de Janeiro: CPRM Serviço Geológico do Brasil, 2008. 264 p. Brasil Centro de Excelência para o Mar Brasileiro - CEMBRA. Recurso Minerais, disponivel em https://www.cembra.org.br/images/2oProjeto/capv1707.pdf Acesso em: 16 ago. 2021....