Resenha crítica AULA 1 - pçç PDF

Title Resenha crítica AULA 1 - pçç
Author Luana Cristeinsen Silva
Course Química Geral
Institution Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Resenha crítica: os desafios do ensino da Química do Ensino Médio e as expectativas sobre o mestrado profissional em Química em rede nacional (PROFQUI) Luana Cristeinsen Silva 1 Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

DANTAS, et. al. Os desafios do ensino da Química do Ensino Médio. Fortaleza: Conedu, 2019. 9 p. GONZAGA, G. R.; PAIVA, D. C. de.; EICHLER, M. L.. Desafios e perspectivas atuais na formação do professor de Química: expectativas sobre o mestrado profissional em Química em rede nacional (PROFQUI). Porto Alegre: Química nova, 2020. 13 p.

O ensino/aprendizagem de Química tem atravessado por dificuldades no Brasil, necessitando assim de um maior debate. Nesse contexto, a formação de professores de Química assume um papel relevante nesse processo. Apresentado no VI Congresso Nacional de Educação, o artigo intitulado de Os desafios do ensino da Química do Ensino Médio é uma revisão bibliográfica dos trabalhos referentes às dificuldades de ensino de Química no Ensino Médio. Dantas et. al. constrói seu texto explicando o que é a Química, as dificuldades no ensino, estratégias de ensino e finaliza falando de como a falta de recurso influência no interesse do aluno. A Química traz fundamentos capazes de tornar o indivíduo crítico, com um conhecimento poderoso. Com ela, é possível entender o que as pessoas não conseguem responder. Porém, a maioria das escolas estão focado na transmissão de conteúdo, na memorização de símbolos, nomes, fórmulas e outros, esquecendo-se da importância da construção do conhecimento científico e de como é importante explicar e vincular a realidade do dia-a-dia e os fenômenos químicos. Desse modo, a estratégia de ensino e a falta de estrutura estão relacionados com os fatores que levam ao desinteresse do aluno. Na Química não basta entender o que é a matéria, é necessário compreender sua posição, seu contexto social, sua produção e

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Aluna do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Campus Uberaba

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outros. Assim, a inserção do conteúdo químico em exemplos do dia-a-dia do estudante é um método valioso na construção do conhecimento químico. Após apresentar as dificuldades no ensino/aprendizagem de Química e alguns motivos que levam ao desinteresse do aluno nas disciplinas, os autores salientam que fatores pessoais do aluno, como problemas familiares, também são fatores que podem causar desinteresse no aluno. Diante das possibilidades que podem levar o aluno ao desinteresse, os professores devem se atentar as essas carências dos alunos e suprir com estratégias a fim de resolve-las ou minimizar. É necessário que os professores busquem estratégias que tornem o aprendizado simples. Para auxiliar nesse processo é necessários investimentos em espaços que permitam a realização de projetos, como os laboratórios. E visto que a tecnologia se faz cada vez mais presente no cotidiano, manter o ensino tradicional se torna cada vez mais difícil. Os desafios que os professores enfrentam e os fatores de desinteresse dos alunos são a base desse artigo. A metodologia usada consistiu em fazer uma busca por artigos que abordem temas semelhantes ao artigo em questão. Dos 10 artigos encontrados, somente 5 foram utilizados. O estudo pontuou os principais desafios do ensino de Química, em especial na etapa do Ensino Médio. Por fim, conclui que as problemáticas do atual sistema de ensino refletem dentro da sala de aula. E mesmo expondo as principais dificuldades no processo de ensino/aprendizagem não é possível apontar um único culpado. O texto de Dantas et. al se apresenta inicialmente como uma revisão bibliográfica e na sua metodologia volta a afirmar que se trata se uma revisão bibliográfica, a qual se utiliza de 5 documentos. No entanto, o artigo não tem um formato de revisão bibliográfica, os 5 arquivos utilizados não são mencionados, não é exposto ao leitor quem são os autores dos documentos e não fica claro como o atual artigo se baseou-se neles para escrever seu texto. Além disso, por se tratar de uma revisão bibliográfica faltou falar que se trata de uma pesquisa documental de caráter qualitativo, já que se trata de documentos. O texto apresenta aspectos relevantes, mas não possui o formato de revisão bibliográfica. Ainda falando sobre desafios no Ensino de Química, o artigo de GONZAGA, DE PAIVA e EICHLER abordam os desafios na formação do professor de Química e as expectativas sobre o mestrado profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI).

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O artigo publicado na revista Química Nova discute a importância formação docente em Química e os aspectos da formação continuidade por meio do PROFQUI. A formação docente é um dos principais fatores que influenciam na qualidade da escola. Para Schnetzler os alunos dos cursos de licenciatura iniciam o curso uma ideia simplista do curso, advindas de falas de ex-professores da educação básica. Durantes muitos anos essa ideia simplista se deu por conta do modelo tradicional de formação de professores. No entanto, esse processo já passou por diversas mudanças visando a melhoria da formação docente. Atrelado a isso, a formação preza que os futuros docentes busquem uma autonomia, construindo sua identidade. Além da visão simplista sobre os cursos de formação docente, a educação continuada foi marcada por muito tempo como aqueles cursos unicamente complementos da formação em nível de graduação dos professores. São exemplos de órgãos que já ofereceram cursos de formação: PROMÉDIO (Programa Piloto de Inovação Curricular e de Capacitação Docente para o Ensino Médio) , PROCIÊNCIAS (Programa de Apoio ao Aperfeiçoamento de Professores de 2° Grau em Matemática e Ciências) e ProEB (Programa para a Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica). Promovido pelo ProEB, o Mestrado Profissional (MP) vem ganhando espaço dentre os vários tipos de formação continuada. Ofertado por Instituições de Ensino Superior (IES) “de notória tradição na área de formação de professores e que sejam partícipes do Sistema Universidade Aberta do Brasil”, o investimento da CAPES nos MP se justifica por: 1.

A sociedade atual requer uma formação cada vez mais qualificada, mesmo para

setores que não lidam com a docência nem com a pesquisa de ponta. 2.

Com o aumento das titulações no País, constata-se que boa parte dos mestres e

uma parte significativa dos doutores encaminham-se para um destino que não é o ensino superior. 3.

A inexistência de preconceito da Capes quanto à transferência de conhecimento

científico para as empresas ou para o mercado, desde que a sociedade como um todo, e o setor público e os movimentos sociais em particular, também sejam alvo dessa transferência. Segundo dados da CAPES existem 89 cursos de pós-graduação, sendo 38 programas relativos a MP, distribuídos nas 5 regiões do Brasil, divididos em três grupos distintos. De acordo com Fisher, são eles: Generalistas (qualificação profissional em nível estratégico, como os cursos da área de Administração), os Focalizados (qualificação

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profissional em setores específicos, onde o foco sejam tecnologias e de políticas públicas, como Engenharias e Odontologia), e os do tipo Híbrido (formado a partir da hibridização dos dois anteriores e gerando os MPs em Ensino, e tendo como alvo a prática profissional docente). Foco do artigo, o PROFQUI é um programa de Mestrado Profissional cujo objetivo é contribuir com a formação continuada em Química, com pesquisas atuais e qualificadas, contribuindo com a prática profissional dos docentes em exercício na educação básica nacional através do desenvolvimento do conhecimento científico. O PROFQUI apresenta 4 linhas de pesquisas: Novas tecnologias e comunicação, Química ambiental e energia, Química da vida e Novos materiais. Atualmente o programa possui 18 polos regionais, distribuídos em 11 estados. Como outros Programas de mestrado, o PROFQUI também possui bolsas de estudo concedidas pela CAPES a discentes, mas devido a cortes a concessão de bolsas de estudos pode deixar de ser uma realidade. O artigo apresenta os resultados dos três parâmetros de propostos por Gibbons e colaboradores: aplicabilidade, heterogeneidade e reflexividade. Os sujeitos da pesquisa aqui apresentada foram 44 professores de Química da Educação Básica (PEBs), que matriculados no PROFQUI em sua primeira turma (no ano de 2017), e 27 professorespesquisadores (PPs) das IES participantes do levantamento inicial. Os resultados indicaram que quando questionados sobre o conhecimento a respeito de MP, 39% não sabia o que era um MP. Quando questionados mais especificamente se conheciam o PROFQUI antes de fazer a inscrição, 86% indicaram que pesquisaram para conhecer (pois não conheciam) ou tirar dúvidas (pois conheciam outros PROFs), 7% já conheciam a proposta do MP, e 9% não tiveram interesse em pesquisar, apenas se inscreveram, pois eram da área de interesse (Química). Outros resultados indicam que a maior parte das participantes eram mulheres (56%), pertencentes a região nordeste. Quando questionados sobre as atuais atuações dentro da IES, os PPs indicaram que atuam em vários níveis em suas instituições; não apenas na graduação presencial (96% dos PPs) e à distância (33% dos PPs), mas também em especializações presenciais (7%) e à distância (7%), em outro MP (11%), em MA e DA do mesmo instituto (11%) ou de outro instituto (33%). Em um cenário a qual o docente vem sendo cada vez mais cobrado e menos preparado em sua formação, a formação continuada se tornou um pré-requisito para uma

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transformação docente mais pronunciada. Porém, apesar dos benefícios da formação continuada, uma boa formação em nível de graduação ainda é fundamental e importante. O artigo tem uma boa escrita, clara e concisa. Se utiliza de gráficos e quadros para auxiliar na explicação. O texto apresenta informações relevantes sobre a formação inicial e continuada. Além disso, explica bem o que é o Mestrado Profissional e o PROFQUI....


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