Title | Resenha critica - Mulheres que correm com os lobos |
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Course | Língua Portuguesa |
Institution | Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação |
Pages | 2 |
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Resenha critica em português ...
ESAMC
TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA
RESENHA CRÍTICA
MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS CLARISSA PINKOLA ESTÉS
GABRIELLA DE FRANÇA SILVA 12200116 – 210320N PROFESSORA: SONELE FABIA Cubatão, 09 DE SETEMBRO DE 2020.
Em suas 576 páginas, o livro Mulheres Que Correm Com Os Lobos da editora Rocco - 1ª edição, publicado no dia 17 de setembro de 2018 de Clarissa Pinkola Estés (psicanalista), traz contos e mitos famosos para explicar e desvendar o arquétipo da Mulher Selvagem, um espectro da nossa personalidade destruído, massacrado e transformado em uma criatura domesticada pela sociedade patriarcal. No livro Clarissa faz a analogia entre lobos e mulheres que dividem um certo vínculo psíquico em sua ferocidade, graça e devoção ao parceiro. Cada capítulo conta com uma história, como Barba-Azul, Sapatinhos Vermelhos e O Patinho Feio entre outras, seguida de uma análise psíquica com uma linguagem simples e reflexões muito pertinentes acerca dos contos. É comum passarmos a vida toda escondendo nossos traumas, medos e desejos por sentirmos culpa. Apesar de sempre estarmos sobrecarregadas de trabalho, funções e obrigações, a mulher domesticada não pensa duas vezes ao relegar seus sonhos e desejos para segundo plano. Marido, filhos, namorado, chefe ou pais sempre ficam a frente de suas metas, se é que conseguem tempo para cria-las. Ao questionar as aceitações automáticas das expectativas sociais direcionadas às mulheres, a autora indica que as dificuldades femininas de estabelecer autoconfiança, autonomia e autoconhecimento deriva desse ato inconsciente. Apesar de concordar com a autora em muitas das suas afirmações, a ideia de que a mulher possui instintos não me agrada muito, visto que quando se trata da maternidade e por consequência do instinto materno, há uma pressão social para que a mulher exerça seu papel de boa mãe e também de boa esposa, já que mãe solteira também sempre é mal vista aos olhos da sociedade conservadora. A Socióloga Orna Donath afirma que “Depois de 14 anos estudando o campo da reprodução, da maternidade e da não maternidade, posso dizer que não estou familiarizada com nenhuma sociedade em que não haja algum tipo de pressão para que as mulheres se tornem mães”. No entanto já nas primeiras páginas, noto o quando livro é importante. Uma leitura extensa que exige a entrega do leitor, embora não deixe de ser instigante e divertido é livro para ser lido com calma, refletindo sobre cada tema. Nas mais de 500 páginas é quase impossível não se identificar em algum momento, nelas encontramos nossas amigas, mães e avós. Um pouco dolorosos, mas muito importante para o crescimento pessoal, Clarissa nos leva a uma jornada pela mente feminina e nos mostra uma forma de nos fortalecer e nos descobrir através do amor-próprio....