Resenha crítica sobre o texto Sonacirema PDF

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Nesta resenha o autor analisa e discute o texto O Ritual do Corpo entre os Sonacirema. ...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELA, TERESINA (PI) CENTRO DE CIENCIAS AGRÁRIAS - CCA DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E POLÍTICA AGRÍCOLA DISCIPLINA: BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA ALUNA: VANESSA SOARES RESENHA CRÍTICA DO TEXTO: O RITUAL DO CORPO ENTRE OS SONACIREMA Com a leitura do texto, notou-se que esse aborda de forma cultural o modo de vida dos povos sonaciremos. Neste, o autor retrata rituais místicos desta sociedade indígena que acredita na preservação e cura da saúde do corpo por meio da magia. Assim, demonstra que a fé destes indivíduos gira em torno de rituais realizados por curandeiros em sessões místicas que prometem manter o corpo livre de doenças. Os feitiços dos curandeiros são realizados em um santuário e escritos em linguagem antiga e secreta para que somente eles e os herbanários possam ler. Assim, estes nunca são entregues ao seu povo sendo apenas colocados dentro de quem o requer para cura. Os sonaciremos guardam e realizam rituais diários com os feitiços escritos por seus curandeiros em uma caixinha em um santuário pessoal, onde realizam seus rituais. Assim, vivem para sua fé e manter sua saúde em favor desta. Contudo, há algo impressionante na fé deste povo. Seus rituais são como sugere o autor, tortuosos, sádicos e masoquistas. Por exemplo, seus integrantes realizam um ritual diário para o cuidado com a boca, pois é com ela que se conquista, se faz amigos. Assim, estes a tratam com pó mágico que é esfregado com um pequeno feixe de cerdas de porco. E uma vez por ano visitam o “homemda-boca-sagrada” que cuida de suas bocas. Porém, como afirma o autor: “Basta observar o brilho nos olhos de um homem-da-boca-sagrada quando ele enfia uma agulha em um nervo exposto, para que se suspeite de que uma certa dose de sadismo está presente”. Seus pacientes seguem com fidelidade o ritual de cuidados com a boca, mesmo sem seus dentes se manterem íntegros ao longo dos anos e dos tratamentos ritualísticos. Isto demonstra, também, além do sadismo do “homem-da-

boca-sagrada” uma personalidade “pra lá” de masoquista por parte dos sonaciremos que o procuram. Outros exemplos citados reforçam este sentimento, como as cerimônias chamadas de “latipsoh”, que segundo o autor “são tão violentas que chega a ser fenomenal o fato que uma razoável proporção dos nativos realmente doentes que entram no templo consiga curar-se”. E em outras, cerimônias femininas, mulheres assam suas cabeças em fornos por aproximadamente uma hora. Além de ritos, que envolvem arranhões e lacerações da superfície do rosto por meio de um instrumento cortante. Conclusão:

Estes povos são seres humanos que acreditam na cura por meio da violência física, acreditam em feitiços que preservarão sua saúde física e evoluíram com esta forma de pensar. Isso é o certo para eles, apesar de parecer errado para nós. Mas tudo é uma questão de pode de vista, o que pode ser libertador para um povo pode ser a prisão de outro. Com isto, o autor deixa no ar um sentimento de surpresa, um sentimento que incomoda o inconsciente criado em uma cultura completamente contrária a apresentada por este. Deixa o pensamento: como isto pode ser certo? O que levaria uma pessoa se deixar torturar ou infligir a si mesma? E a dor? A leitura do texto faz com que se acredite que a fé em algo pode fazer o ser humano ir além de seus limites e de sua capacidade, tanto física quanto psíquica. E isto é um fenômeno inexplicavelmente magnífico e ao mesmo tempo assustador. Mostra a realidade da condição da evolução humana, de como o homem em seu meio de sobrevivência procura diversas formas de explicar o que acontece ao seu redor e a si mesmo, de explicar o porquê da existência de tudo o que está a sua volta. Referência: MINNER, Horace. O Ritual do Corpo entre os Sonacirema. 2018. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2018....