Resenha isocrates-contra os sofistas.docx 2- Laptop-0M5GAF3C PDF

Title Resenha isocrates-contra os sofistas.docx 2- Laptop-0M5GAF3C
Course FILOSOFIA
Institution Universidade Estadual de Londrina
Pages 3
File Size 104.5 KB
File Type PDF
Total Downloads 101
Total Views 134

Summary

Download Resenha isocrates-contra os sofistas.docx 2- Laptop-0M5GAF3C PDF


Description

Disciplina: Estágio I Curso: Filosofia Profº Arlei Espindola Aluno(a):Amanda Keiko Yokoyama

Série: 3º ano

Data: 03/05

Em sua obra Contra os sofistas, Isócrates apresenta sua concepção de Paidéia, propondo um novo plano educacional que solucionaria as falhas das práticas educacionais de sua época, onde a sua filosofia seria o método adequado para a educação dos jovens atenienses, em contraposição aos métodos sofísticos, realizando fortes críticas aos seus ensinamentos impostos aos jovens atenienses. Deste modo, inicia seu texto atacando os sofistas erísticos que exerciam a técnica da retórica com o objetivo de vencer as discussões, e que, diziam pretender buscar a verdade, mas proferiam apenas mentiras em seus ensinamentos. Mais adiante, discorda também, daqueles que afirmam ensinar discursos políticos já que estes não tem compromissos com a verdade, defendendo a arte de “[...] agregar o maior número de pessoas possível mediante ínfimo salário e grandiosos ensinamentos, e conseguir absorver delas alguma coisa” (ISÓCRATES, 2011, p. 58), ou seja expõe-se uma grande quantidade de conteúdos para que sejam absorvidas por seus alunos. A partir dessas constatações, o filósofo conclui, que tanto os erísticos como aqueles que diziam ensinar discursos políticos, apenas persuadem seus discípulos fazendo promessas de conhecimento, negligenciando a experiência e natureza individual de cada um deles, se comprometendo a torná-los cidadãos virtuosos, com temperança e justiça por meio de sua arte. Considera-se também que, a figura do professor é importante para servir como modelo de conduta para o aluno seguir, mas “[...] aqueles que ensinam a sabedoria e transmitem a felicidade carecem de muitas coisas e cobram de seus discípulos uma pequena quantia em seu dinheiro, e que buscam contradições nos discursos, mas descuidam delas nas ações” (ISÓCRATES, 2011, p. 57). Não sendo modelos ideais, já que seu comportamento não eram condizentes com seu status. Após expor suas críticas, Isócrates finalmente apresenta sua concepção do que é a verdadeira educação, ou seja, o ensino de sua filosofia. Acredita que as pessoas detêm aptidões naturais quanto a virtude e técnica da oratória, ou seja, há aqueles que já nascem com essas habilidades, e devem praticá-las corretamente para adquirir

experiência no que diz respeito ao discurso, e a educação viria para ajudá-los, onde a função do professor é aperfeiçoar esse talento natural. Dessa forma: [...] é necessário que o discípulo, além de ter natureza como ela deve ser, aprenda as formas dos discursos e exercite o uso delas, enquanto o professor tem de ser capaz de dissertar com precisão de modo a não deixar de lado nenhuma das coisas que podem ser ensinadas, e, por fim, de mostrar-se de tal forma como modelos, que os discípulos, os quais são moldados por ele e tem a capacidade de imitá-lo, pareçam imediatamente mais exuberantes e mais graciosos do que outros quando discursam (ISÓCRATES, 2011, p. 61).

Porém aqueles que não são naturalmente dotados da virtude moral e habilidade para a oratória “[...] têm uma natureza inferior, não poderia torná-los bons competidores ou compositores de discursos, embora poderia fazê-los progredir e torná-los homens mais inteligentes em muitas coisas.” (ISÓCRATES, 2011, p. 60). O texto de Isócrates termina abruptamente, mas fica evidente qual o seu conceito de Paidéia e a sua concepção de filosofia, e de que não haveria a possibilidade de sabedoria já que “[...] não é da nossa natureza saber de antemão sobre o futuro, mas que estamos de modo afastados dessa sabedoria que Homero, o sábio de maior reputação” (ISÓCRATES, 2011, p.56). Mas nos é possível a opinião (doxa), das quais estariam inteiramente ligadas com as questões morais e políticas de seus alunos, tendo em vista a natureza, experiência e educação de cada um dos seus discípulos, por isso, sua principal preocupação era com a formação política dos cidadãos e com a prática pedagógica de seu tempo. No entanto, a ideia apresentada pelo autor constata que a sua concepção de filosofia se equipara com o ensino da retórica, praticada pelos sofistas que tanto crítica em seu texto, já que mostra grande importância na composição de discursos e de que a sabedoria não seria possível aos homens, mas seu diferencial se dá por meio da relação quanto a natureza dos alunos para formação da vida pública dos cidadãos, desse modo, aqueles que já possuem habilidades naturais e necessitariam apenas da educação e de um professor para o aprimoramento dessas habilidades, e aqui Isócrates se mostra excludente, para aqueles que não possuem essas características naturais, finalizando seu manifesto enfatizando “[...] e que ninguém pense que eu afirmaria que a justiça possa ser ensinada!” (ISOCRATES, 2011, p. 62), pois o método de ensino é fundamental para se

obter conhecimento, pois tem relação com as questões morais e políticas de seus discípulos.

BIBLIOGRAFIA TICIANO CURVELO ESTRELA DE LACERDA. Contra os Sofistas e Elogio de Helena de Isócrates: tradução, notas e estudo introdutório. 2011. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo....


Similar Free PDFs