Resenha Lenin - Imperialismo: fase superior do capitalismo - Cap VII e IX PDF

Title Resenha Lenin - Imperialismo: fase superior do capitalismo - Cap VII e IX
Course Relações Internacionais
Institution Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Summary

Resenha e análise dos capítulos VII e IX do livro "Imperialismo: fase superior do capitalismo"....


Description

Nome: Kevin Francisco da Silva Rocha

PA:II

Disciplina: Teoria das Relações Internacionais

ULYANOV, Vladimir Ilyich. Imperialismo: fase superior do capitalismo, 1917

Resenha

O livro Imperialismo: fase superior do capitalismo, de Vladmir Lênin, traz um conjunto de ideias e analises referentes ao desenvolvimento e o futuro do capitalismo na época. A obra é uma precursora na inserção da teoria marxista nas Relações Internacionais por trazer inúmeros elementos do marxismo para o âmbito dos Estados nacionais e suas relações. O trabalho é dividido em dez capítulos, porém, nesta resenha serão apresentados dois capítulos: VII – O imperialismo: fase particular do capitalismo e IX – Crítica do imperialismo. As principais ideias expostas em ambos os capítulos serão exibidas nos seguintes parágrafos. No capítulo VII, o autor define o imperialismo como uma fase mais avançada do capitalismo, consequência das características das fases anteriores. Ele afirma que essas características produziram contradições posteriormente, como a livre-concorrência causando e se transformando em monopólios. Esse monopólio seria uma característica fundamental do imperialismo, sendo uma razão chave para a competição entre as grandes potências por novos territórios. Em outras palavras, [...]a partilha do mundo é a transição da política colonial que se estende sem obstáculos às regiões ainda não apropriadas por nenhuma potência capitalista para a política colonial de posse monopolista dos territórios do globo já inteiramente repartidos[...]. Após isso, o autor elenca 5 características necessárias para a conceituação de imperialismo, são elas: 1) a formação dos monopólios, 2) a criação de oligarquias financeiras, 3) o crescimento das exportações de

capitais, 4) a formação de grupos internacionais monopolistas e 5) a divisão de territórios no planeta entre as maiores potências. Na visão do autor, com a consolidação dos monopólios nos principais Estados, tornou-se cada vez mais necessária a exportação para outros mercados para evitar a estagnação dos lucros. Com isso, em busca de ter novas regiões dependentes dos excedentes de produção das oligarquias e de ascender em relação às outras, iniciou-se uma competição entre as nações por territórios. Lenin também expõe suas divergências com o teórico marxista Kautsky. Este tinha a noção do imperialismo ser diretamente ligado à exploração das regiões agrárias pelo capital industrial. Já Lenin, observaria a importância do capital financeira. As visões divergir-se-iam também em relação à capacidade do imperialismo de gerar conflito. Para Kautsky, o imperialismo alcançaria um momento de monopólio mundial, possibilitando uma exploração conjunta entre as grandes potências, o que levaria ao fim dos conflitos interestatais pelos territórios, uma espécie de “ultraimperialismo”. Lenin via isso como impossível, pois as desigualdades entre essas potências e a busca por ascender criam possibilidade de acentuar a competição, e a única forma de atenuar essas desigualdades seria pelo conflito. No capítulo IX, realiza-se uma crítica referente aos opositores ao imperialismo com propostas não revolucionárias. Para Lenin, estes ignoravam as características do imperialismo intrínsecas ao capitalismo, propondo assim, reformas que não finalizam com a atuação imperialista, mas que retrocedem o avanço do capitalismo para atenuar as contradições. Isso seria inútil, pois de nada adianta retomar o capitalismo às suas características anteriores, se estas produziram as características atuais. Sendo assim, a única forma de romper com o imperialismo passaria pelo rompimento com o capitalismo. Após isso, Lenin tece críticas à ideia do imperialismo pacífico de Kautsky novamente, exemplificando que, mesmo numa situação hipotética onde as potências formem uma aliança pacífica com o objetivo de dividir suas posses ultramarinas, esta seria temporária. Isto ocorreria, pois, a divisão territorial seria realizada de acordo com o poder dos membros da aliança. E em algum

momento, as correlações de força seriam modificadas. E a divisão das posses só poderia ser revista mediante a um conflito, medindo assim a força de seus membros. Finalizando, o autor problematiza as relações das classes internas dos Estados em frente ao imperialismo. Nos Estado mais explorados e que mais enfrentam contradições do capitalismo é mais propícia a fomentação de ideias anti-imperialistas, que podem resultar em uma mentalidade revolucionária. Apesar disso, muitos utilizam essa narrativa anti-imperialista enquanto ignoram o imperialismo da própria nação, defendendo assim, não o fim do imperialismo e uma ruptura com o modelo que o perpetua, mas os interesses das oligarquias dominantes do Estado. A maior contribuição da obra de Lenin foi a utilização da relação de opressão entre as classes para o âmbito das relações interestatais. Com a formação dos monopólios nos estados, explorar as classes internas tornou-se insuficiente ante a estagnação dos lucros. Esse fenômeno fez com que os Estados dominados por oligarquias monopolistas oprimissem os Estados mais frágeis em prol do ganho próprio. Isso possibilitou que classes inferiores no âmbito interno fossem favoráveis à uma opressão realizada pela sua nação graças à possibilidade dessa exploração produzir benefícios a essas classes....


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