Resumo A Arquitetura Moderna NO Brasil Mario Pedrosa PDF

Title Resumo A Arquitetura Moderna NO Brasil Mario Pedrosa
Author Agnes Gomes
Course História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo 3
Institution Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Summary

Resumo da primeira parte do segundo capítulo do livro Arquitetura: Ensaios Críticos de Mário Pedrosa...


Description

RESUMO: “A arquitetura moderna no Brasil” (1953) – Mário Pedrosa Mário Pedrosa foi um escritor, jornalista, crítico de arte e ativista político brasileiro, conhecido principalmente pelas suas críticas de arte moderna brasileira, nos anos 1940. O seu texto “A arquitetura moderna no Brasil” de 1953 foi concebido com o intuito de ser um texto introdutório na exposição Arquitetura Brasileira Contemporânea que aconteceu em Paris em 1953. Nele, há um breve resumo das raízes e características da arquitetura no país, em ordem cronológica. O texto começa defendendo que a arquitetura moderna no Brasil não surgiu de forma espontânea, apesar de sua emergência incontestável. Foi necessário que em meados de 1930, sob a direção de Lucio Costa, jovens arquitetos puristas se reunissem com a finalidade de conhecer e estudar os grandes arquitetos europeus e suas obras modernistas, como por exemplo, a obra de Gropius, ainda presente nessa época na Bahaus, Mie Van Der Rohe e as teorias de Le Corbusier. Apesar de uma revolução literária “modernista” já haver ocorrido anos antes, o modernismo na arquitetura era bem diferente deste. Primeiro que seu objetivo não era “ressignificar” o país, pois, para Mário Pedrosa ela sempre estivera presente “com sua ecologia, seu clima, seu solo, seus materiais, sua natureza e tudo que nele há de inelutável” (PEDROSA, 1953), e isso para um arquiteto já era algo primordial. Nos anos 1930, criou-se um estado de espírito revolucionário entre o grupo purista de Lucio Costa, Niemayer, Carlos Leão, Moreira e Reidy, através da inspiração doutrinária fundida nas ideias de Le Corbusier. A teoria de Le Corbusier era para os jovens arquitetos, o purismo arquitetônico, o próprio “livro sagrado para arquitetura moderna brasileira”, segundo a expressão de Lucio Costa. Segundo Mário Pedrosa, o caráter revolucionário das ideias de Le Corbusier foi contagioso nesse período, pois, nessa mesma época o Brasil vivia a crise econômica 1930, e o país vivia em clima de revolução. A ditadura militar se instala, e nesse contexto o Ministério da Educação instala as teorias de Le Corbusier, e assim, rapidamente a arquitetura moderna era lançada e ganhava maturidade. A ditadura ofereceu oportunidade aos jovens arquitetos, financiando obras como o Conjunto Arquitetônico de Pampulha, apesar de contraditório, pois a nova arquitetura possuía ideais democráticos e sociais bem definidos e a ditadura tinha princípios funcionalistas, de autopropaganda, de exibição de força, além de significar total opressão da população e total controle do Estado. Outro fator que beneficiou o desenvolvimento da arquitetura na época além das condições políticas, segundo Pedrosa, eram as condições econômicas anormais devido a prosperidade econômica da época, devido à guerra e a inflação. Após a ditadura e a Segunda Guerra Mundial e enfrentando uma grande crise financeira de produção, os arquitetos tiveram que encarar problemas cada vez mais complexos, como o problema da habitação social e o problema do urbanismo e organização social como um todo. E nesse aspecto, segundo o arquiteto Lucio Costa, a arquitetura ainda estava em atraso diante do desenvolvimento do Brasil, pois problemas como o da habitação social, por exemplo foram solucionados apenas com esboços, com a concepção por exemplo do Conjunto Residencial Pedregulho, localizado num dos bairros mais antigos e pobres, em um terreno com desnível de 50 metros com uma forma sinuosa que responde à essas condições topográficas, porém

é uma obra isolada onde ao seu redor estão favelas, barracos e “a efervescência da miséria e um urbanismo caótico” (PEDROSA, 1953). Tendo discorrido sobre isso, ao se aproximar do final do texto, Mário Pedrosa comenta sobre a contribuição mais “original e significativa” dos arquitetos brasileiros, que seria a proteção contra o calor, com o advento do sistema de brise-soleil (quebrasol, ou brises), que além da incidência direta do sol, a captação da brisa do vento, e possuía um efeito estético bem característico. A partir do uso dele, a imaginação plástica dos arquitetos foi capaz de se desenvolver e criar fachadas inovadoras. Porém, para Pedrosa, isso ocasionou uma tendência entre os arquitetos de dar mais atenção às pesquisas plásticas em uma superfície em detrimento de um estudo mais aprofundado no jogo de volumes e nos espaços interiores. Oscar Niemeyer, depois de muito tempo se dedicando a superfícies, tomou gosto pelas formas irregulares e grandes curvas, porém, o perigo nesse caso era esquecer da funcionalidade e dar mais atenção à forma. Por fim, Pedrosa conclui que o ideal seria a indistinção do espaço exterior para o interior, conseguido por meio do elemento jardim. Burle Marx foi um artista jovem, um pintor, que foi pioneiro em introduzir esse elemento na nova arquitetura, agindo como um verdadeiro paisagista e arquiteto. Este foi o único elemento a atingir um nível razoável de integração com a arquitetura. Conclui Mário Pedrosa que pintores e escultores da época ainda não estavam preparados para a tarefa que a nova arquitetura os solicita, tornando incapaz a integração de todas as artes que a arquitetura moderna solicita. REFERÊNCIA MÁRIO PEDROSA. A arquitetura moderna no Brasil. 1953....


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