Resumo acerca do livro O bem-amado PDF

Title Resumo acerca do livro O bem-amado
Course Teoria Literária II
Institution Universidade Estadual de Goiás
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Resumo completo e analise do livro O bem Amado ...


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Resumo do livro O Bem-Amado

Primeiro Quadro São apresentados os personagens: Chico Moleza, um mulato preguiçoso de gestos lentos; Dermeval, um mulato gordo, uma divindade avançada e dono da pousada; Mestre Ambrósio, um velho pescador ruivo muito respeitado; Zelão, Fischer e Ambrósio. A cena se passa em um quiosque em frente à loja de seu Dermeval, com Moleza ao violão e os dois pescadores chegando com um morto em uma rede de pesca, acompanhados por uma velha (Beata), que está rezando. O falecido era Mestre Leonel, abandonado pela família e morreu muito pobre, embora possuísse um pequeno barco: seu corpo foi encontrado na praia. Quando os dois param para beber, eles reclamam com Moleza e Dermeval que não há cemitério na cidade e eles têm que caminhar mais de 3 quilômetros até a cidade mais próxima para fazer o luto. Em seguida, aparece o magnético coronel Odorico Paraguaçu, acompanhado das irmãs Dorotéa e Judicéa, a primeira aproximadamente e a segunda bem barulhenta, ambas ousando com ele. Logo os militares começaram a anunciar o prefeito com a promessa de implantar o primeiro cemitério de Sucupira, com a frase: "Vote num homem sério e ganhe um cemitério!" A terceira irmã, Dulcinéia, acompanhada do marido Dirceu, caçador de borboletas, também aparece como um jornalista inescrupuloso chamado Neco Pereira, que separa a multidão de candidatos. Segundo Quadro Viva o prefeito! Odorico é escolhido com glória e já começou a trabalhar, com Dirceu como secretário (crítica à indicação de amigos ou familiares para cargos sem especialização, nepotismo). Enquanto o secretário examina os arquivos, o pastor da cidade chega e discute acordos financeiros informais entre a igreja e o governo. Mais tarde, Odorico e Dirceu percebem que não há orçamento, apenas um déficit enorme. Para fazer frente à situação, o novo prefeito está arrecadando recursos com o conserto das tubulações de água para direcioná-las para a área de interesse, a construção do cemitério.

Após as mudanças feitas, Dulcinéia foge para conversar a sós com Odorico, aproveitando o fato de o marido ter entrado em outro cômodo. Também tiveram um caso com Paraguaçu, que era padrinho de seu casamento com Dirceu. Dulcinea pensou que estava grávida, mas era um falso positivo e ela deveria ter avisado seu amante. Quando Dirceu volta, confessa ao melhor amigo Odoricoter que jurou castidade perante Deus e que se casou com sua esposa, que está ciente da situação. Terceiro Quadro Um ano depois da construção do cemitério, ele não foi aberto, por um motivo simples: não havia um único morto para enterrar. A oposição de Odorico cresceu liderada pelo jornal A Trombeta, de Neco Pereira, que o qualificou de "demagogo e desperdício de dinheiro público". Falando com Dorotéa em seu gabinete, Odorico finge chamar dois jagunços para espancá-lo, mas assim Neco se tornará um mártir e sua oposição aumentará ainda mais porque as pessoas estavam prestes a reclamar. Pensaram em comprar um cadáver e esperaram que algumas férias se afogassem, mas o turismo na cidade estava em crise, assim como o comércio local e os fundos públicos. Olhando para o lado bom, pelo menos eles tinham um cemitério! O incompetente não encontrou ninguém! Sem fôlego, Juju se aproxima, sentindo a aproximação de seu primo Ernesto: morrendo desacreditado pelos médicos que vieram com a promessa de que o governo de Sucupiran pagaria suas despesas de saúde, quando na verdade a intenção é explorar a abertura do cemitério. Ele ia morrer, por que não se beneficiar disso? Quarto Quadro E o homem não morreu por nada neste mundo? Odorico nunca tinha visto ninguém com tanta vontade de morrer! Durante esse tempo, ele já havia memorizado seu discurso fúnebre e a marcha fúnebre foi repetida com frequência. Quinto Quadro Nenhuma palavra! Juju prometeu a ele um homem morto e o que aconteceu? O homem se recuperou milagrosamente e estava com melhor saúde do que qualquer outra pessoa junta. O prefeito cumprimenta Ernesto com grande desgosto e fica sabendo de seu noivado com Juju. Traição dupla. Bom, pelo menos o segundo andar do Odorico já estava em obras: Mestre Ambrósio chega com um 'criador da morte', um dos mais temidos cangaceiros

chamado Zeca Diabo, que morava na cidade, mas teve que fugir para matar o último delegado. Muito ridiculamente, ele próprio é eleito o novo delegado da cidade e seus crimes são perdoados por Odorico. Zeca diz que foi redimido dos seus pecados e agora é um homem puro perante Deus e em homenagem ao irmão mais novo Ciço. O desejo real de Odorico, porém, era justamente matar: esperava que Zeca voltasse para a cidade com sangue nos olhos. Mesmo que o cangaceiro afirmasse ser um novo homem, o prefeito ainda esperava por um banho de sangue. A sua primeira função no cargo é assustar a redação do jornal A Trombeta e 'sacudir o martelo em nome da lei e da democracia”. Sexto Quadro Os dias passam e a Trombeta é invadida por Zeca para a publicação: "Odorico nomeia cangaceiro". Mais do que satisfeito em seu escritório, Odorico só espera o jagunço voltar com a certeza de receber Neco aos pedaços, ainda mais depois de ouvir tiros vindos do diário. Porém, o suposto morto entra com um exemplar da próxima edição do jornal: 'A vida de Zeca Diabo contada por ele mesmo. Do cangaceiro ao delegado ”. Neco mudou a opinião do assassino ao mostrar ao homem simples e analfabeto a existência de uma lei que permite a cada um dizer o que quiser, essa liberdade de expressão. Os golpes ouvidos vieram da empolgação do cangaceiro ao posar para a foto de capa de sua história, para torná-la mais real. Furioso, Odorico acusa Zeca, que se ofende profundamente e ameaça matálo, mas não o faz como promessa ao irmão Ciço. Dulcinea entra em cena muito preocupada pelo pai do filho: desta vez, ela tinha certeza que estaria grávida. Após o choque inicial, o prefeito o envia ao jornal oficial para tentar chegar a um acordo com o repórter antes que ele descubra o real motivo da indicação do delegado. Dirceu chega logo depois que a esposa deixa o diário e, sem saber que ela foi enviada, suspeita que ele seja traído por ela junto com Neco. Há poucos dias, ele recebeu cartas anônimas denunciando sua infidelidade, mas sem dizer quem era o amante. Tentando matar dois coelhos com uma cajadada só, Odorico convence Dirceu da veracidade de sua desconfiança em Neco para tirar a culpa e, além disso, o assassinato do jornalista é um cenário mais plausível. O prefeito dá-lhe uma arma, porque 'a honra se lava com sangue”.

Apesar disso, há um contratempo ao chegar à gazeta: Dirceu tropeça, perde os óculos e atira sem ver se tem razão e volta ao escritório. Ele devolve a arma a Odorico e, a seu conselho, se esconde na igreja com o vigário. Não conseguiu matar o Neco Pereira, mas pelo lado positivo substituiu o falecido: matou a mulher. Em seguida, Zeca Diabo o segue até a prefeitura e Odorico cede o esconderijo do fugitivo, pois o prefeito é justo e não tolera injustiças. Sétimo Quadro Todos estão presentes ao lado do caixão de Dulcinéa, afinal Odorico decretou uma festa municipal. O único feriado que comemora o adultério. Está tudo pronto: marcha fúnebre com meses de ensaios, discurso decorado de Odorico e o fosso mais limpo das ruas da cidade. O momento mais esperado pelo prefeito nos últimos meses. Ou era, até a chegada do tio Hilário. Hilário, irmão do pai do falecido, chega com carta impedindo o enterro. O corpo da mulher teria sido enterrado ao lado de seu pai no cemitério Ocelot. Outra traição: como ousam Jucinéa e Dorotéa ignorar a vontade de Odorico de satisfazer o desejo moribundo do pai? A partida custou muito caro. Ele iria começar uma guerra se necessário! Oitavo Quadro Na madrugada do dia seguinte, Odorico faz guarda ao lado do caixão. O vigário chega com más notícias: não convenceu as irmãs Cajazeira a não levarem o corpo para Ocelot. Eles pediram permissão ao juiz para fazê-lo. Zeca entra na sala para cumprir a ordem do juiz, que vai além da do prefeito. A lei é a lei, diz o chefe. E quem era o Zeca para detê-lo? Você vai acabar demitindo-o. Simplesmente porque você quer obedecer à lei? O cangaceiro fica bravo com a falta de caráter do prefeito e vai embora. Bem contra Odorico, o vigário se posiciona como ele é, uma figura representativa de uma instituição religiosa: por fora deve parecer neutro, mas intimamente permanece com ele. Neco chega com um exemplar da próxima edição do jornal. Depois de conversar com Dirceu na prisão, ele descobriu que Odorico havia mandado Dulcinéa para a redação e também concordou que ele era seu amante, tendo emprestado o revólver a Dirceu, assim como ele o havia escondido na igreja e depois o denunciado.

Todos na sala estão perplexos e na rua você ouve os meninos vendendo a nova história do jornal. - Vá ler a trombeta! Odorico matou Dulcinea para abrir o cemitério! Vá ler A Trombeta! ”. Todo mundo sabia. Bloqueado, o prefeito corre para seu escritório, planejando rapidamente se atacar para trazer as pessoas de volta para seu lado. Zeca chega cedo e chega a provocar um ataque: mata Odoriko. Porque um traidor não merece viver, principalmente como um traidor de 'saudades”. Nono Quadro Que honra, não é? O próprio pai do cemitério o inaugura. E para encerrar a obra mais irônica do teatro brasileiro, quem melhor para falar no funeral de Odorico Paraguaçu do que Neco Pereira, ainda mais descrevendo-o como 'exemplo de probidade e caráter, perseverança e lealdade, de justiça e amor ao próximo. 'Todo mundo se arrependeu. Ele se tornou um verdadeiro mártir. Análise do livro O Bem-Amado O livro é uma sátira à política nacional. A estrutura está bem definida, com problema, solução e drama. Por ser teatro não há narrador, então cada personagem exige atenção. Odorico Paraguaçu é carismático e tem belos discursos, sempre mantendo a simpatia das massas. Ele não está cumprindo o que prometeu e tem a imprensa como inimiga. Ele é uma sátira das doenças que afligem o povo brasileiro na figura do típico político com democracia. Demagogia é manipular as massas com discursos agradáveis. Odorico Paraguaçu é um símbolo de cinismo e maldade. Ele costumava subir aos pódios em um terno branco dizendo: 'Eu vim de Branco, o que é mais claro. ” Ele fazia isso para convencer as pessoas. Ele é um demagogo, manipulador, corrupto, mesquinho e ignorante. Ele é o retrato perfeito de um grande número de políticos brasileiros. Os discursos de Odorico foram construídos com palavras inventadas para soarem pomposos. Por exemplo, ele usou o incrível 'praticamente” e 'agora” para ampliar e enganar as pessoas. Isso expõe a tradição de políticos que almejam ganhar poder manipulando as pessoas mais cegas. Atrair o público com o seu exagero verbal, Odorico encontrou passe quase livre para as suas tramas, sempre sob um discurso demagógico para servir os interesses do povo....


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