Resumo crítico do livro \"Desenvolvimento Humano\" de Dione Papalia PDF

Title Resumo crítico do livro \"Desenvolvimento Humano\" de Dione Papalia
Course Development Psychology
Institution Centro Universitário Adventista de São Paulo
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Summary

The teacher asked the students to write an essay about the book "Human Development" from Dione Papalia. The essay is not about the entire book, just a few chapters....


Description

UNASP – Campus Engenheiro Coelho Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Isadora Loise Bernardo – Tradutor e Intérprete

Resumo Critico – Desenvolvimento Humano

As autoras introduzem as seis abordagens do desenvolvimento cognitivo de forma breve, explicando a base de cada uma delas. As abordagens são responsáveis por explicar as diferenças individuais nas habilidades cognitivas, ou seja, a forma que nós entendemos e processamos conhecimentos. A abordagem behaviorista tem como principal interesse os mecanismos de aprendizagem e como o comportamento muda em reposta em resposta à experiência. Papalia e Feldman apontam dois processos estudados pelos behavioristas: o condicionamento clássico e o operante. Começando a explicação pelo condicionamento clássico, caracterizado pela emissão de uma resposta involuntária ao absorver e reagir um estímulo. Este condicionamento necessita de repetições para ser reforçado, pois é dependente de associações entre estímulos. Em seguida, o condicionamento operante se baseia em respostas específicas da criança ao estímulo ambiental para chegar a um resultado específico. Como por exemplo, um bebê que balbucia ao ver seus pais e como resultado ganha a atenção parental. Este condicionamento está diretamente ligado com a memória. A memória dos bebês está diretamente ligada aos tópicos citados acima. A explicação de alguns cientistas do desenvolvimento para a circunstância de que nós não nos lembramos dos eventos ocorridos na nossa vida quando muito novos (até cerca de 2 anos), é sustentada pelo fato de que nosso cérebro não está totalmente desenvolvido até então. Entretanto, estudos mais recentes sugerem que essa situação pode ser explicada pelo passar do tempo, assim como acontece com adolescentes, adultos e idosos. Nestes estudos seguidos de experimentos, bebês foram testados seguindo a tese de condicionamento operante para mover a perna e ativar um móbile preso a um de seus tornozelos. Foi constado que, mesmo semanas depois e sem os móbiles presos aos seus tornozelos, os bebês seguiram repetindo os chutes. Foi notado então que, bebês entre 2 e 6 meses apenas repetiam o comportamento quando viam o móbile, enquanto as crianças entre 9 e 12 meses repetiam os chutes com qualquer objeto semelhante aos utilizados no experimento (desde que não houvesse passado muito tempo após o teste). A partir disso, de perspectiva evolucionista, há pesquisadores que refutam a exposição de a memória dos bebês seja a mesma de crianças, adolescentes e adultos. Segundo estes pesquisadores, o experimento realizado com os móbiles não comprova que a memória dos bebês seja explicitamente como a dos demais.

A abordagem psicométrica se baseia em testes de desenvolvimento e de inteligência, e embora não haja um consenso cientifico claro sobre comportamento “inteligente”, muitos profissionais concordam que este seja resumido em metas e adaptação. O conceito de inteligência teria como base a lembrança, a utilização de conhecimento, o entendimento de conceitos e relações e a resolução de problemas cotidianos.

Este movimento teve início na Europa, quando alguns administradores de escolas pediram ao psicólogo Alfred Binet para criar uma maneira de identificar crianças que não seriam capazes de acompanhar o trabalho escolar e supostamente precisariam de ajuda especial. O teste desenvolvido a partir disso foi precursor dos demais testes psicométricos, como por exemplo, o mais conhecido (e até temido), teste de QI (quociente de inteligência). O conhecido teste de QI consiste em perguntas ou tarefas que devem mostrar as habilidades que um indivíduo possui, comparando seu desempenho com um padrão estabelecido por um grupo extenso de resultados. Os testes de desenvolvimento infantil prezam por testar o desenvolvimento, não a inteligência de modo geral. É usado como padrão algumas atividades que são realizadas pela maioria das crianças de determinadas idades. É usado como parâmetro de desenvolvimento infantil as famosas Escalas de Bayley, que indicam pontos fortes e fracos e as competências de uma criança em áreas cognitivas, linguísticas, motoras, socioemocionais e adaptativas. O ambiente doméstico também é considerado como influenciador do desenvolvimento infantil. Estudos comprovam que, crianças que recebem constantes demonstrações de carinho parental possuem correlações positivas entre os pais e o QI da criança. Os estudos também avaliaram o lar, o número de livros na casa, brinquedos que incentivam o desenvolvimento e que envolvem os pais nas brincadeiras. Todavia, não existe nenhuma comprovação cientifica de que esses fatores estejam associados à inteligência, mas é relacionável que pais inteligentes e instruídos proporcionem um ambiente doméstico estimulante, além da provável influência genética. A intervenção precoce é destinada a crianças até a idade escolar que possuam risco de atraso de desenvolvimento ou necessidades especiais. Tem como base a prestação de serviços educativos, terapêuticos e sociais às crianças e suas famílias, com a intenção de minimizar efeitos prejudiciais ao seu desenvolvimento. Posteriormente, a abordagem piagetiana estrutura-se através do estágio sensório-motor, responsável pelo desenvolvimento cognitivo. Esse estágio dura cerca de dois anos após o nascimento da criança, e é onde os bebês aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo através de suas atividades motoras e sensoriais. As crianças respondem por reflexos e aleatoriamente. O estágio sensório-motor possui seis subestágios, que se dimanam um para o outro através do desenvolvimento infantil. Uso de reflexos, reações circulares, coordenação de esquemas e combinações mentais são o que ajudam os bebês a desenvolverem a capacidade de pensar e lembrar, além do conhecimento dos aspectos do mundo físico, como objetos, por exemplo. Piaget acreditava que a imitação era um fator importante para o aprendizado, especialmente no final do primeiro ano de vida, quando os bebês experimentavam novas habilidades. A imitação invisível era feita usando partes do corpo que o bebê não pode ver (boca e a língua, por exemplo). E a imitação visível, feita pelas mãos, pés, etc. Em alguns estudos feitos entre 1989 e 1989 por Andrew Meltzoff e M. Keith, foi constatado que recém nascidos com menos de 72 horas já pareciam imitar alguns comportamentos dos adultos, como por exemplo, abrir a boca. Quando uma criança passa a entender o conceito de objetos, símbolos e eventos, ela desenvolve a capacidade de ordenar sua realidade física e, principalmente que, os mesmos seguem existindo mesmo quando fora de seu campo de visão. Muitos dos nossos conhecimentos são adquiridos através da observação ou da experiência direta, mas aprender a interpretar símbolos requer atenção às coisas que eles representam.

A dupla representação oferece uma para o problema da interpretação dos modelos em escala em crianças de 2 anos. Segundo essa hipótese, é difícil para os bebês representarem mentalmente o símbolo e o objeto que ele representa, tornando-se normal a dificuldade em separar os dois. A abordagem do processamento de informações (percepções e representações) tenta compreender quais as habilidades necessárias para executar determinadas tarefas e em que idade a criança deve desenvolver essas práticas. Pesquisadores perceberam que, a habituação é um dos principais requisitos para o processamento de informações em crianças, notando que, a exposição contínua a um estímulo causa perda de interesse. Foi notado por estudiosos que, crianças que são eficientes em assimilar e interpretar informações sensoriais apresentam bom desempenho em testes de inteligência no futuro. Como discutido anteriormente, os bebês apresentam uma evolução cronológica de desenvolvimentos cognitivos, que são divididos por: categorização, causalidade, permanência do objeto e número. Em seguida, a abordagem da neurociência cognitiva, que tem como base as estruturas cognitivas do cérebro. Estudos recentes comprovam que a suposição de Piaget sobre a importância da maturação neurológica para o desenvolvimento cognitivo. Foi constado que as fases de crescimento do cérebro coincidem com as mudanças de comportamento cognitivo. Através de técnicas de escaneamento do cérebro, cientistas descobriram sistemas de memórias de longo prazo: implícita e explícita. A memória implícita se desenvolve no começo da infância, são memórias gravadas sem esforço e podem estar relacionadas a hábitos e habilidades. A memória explícita é causada intencionalmente, como gravar nomes, fatos, eventos, etc. A abordagem sociocontextual acredita na importância da participação guiada e das interações com os cuidadores. Supõe-se que as primeiras interações sociais em brincadeiras ou até mesmo em atividades corriqueiras possam desenvolver a competência cognitiva. As variedades culturais afetam os tipos de participação guiada, desarranjando o envolvimento dos responsáveis no desenvolvimento cognitivo da criança. Os bebês decifram o código comunicativo (linguagem) durantes as fases do desenvolvimento. Antes de aprenderem a usar palavras, as crianças se comunicam por sons como choro, risadas, imitação, etc. É nessa fase, chamada de pré-linguística que os bebês começam a reconhecer sons de fala e a usar gestos significativos. As primeiras palavras geralmente são ditas entre 10 e 14 meses. Com 3 anos, a criança está apta a formar um pensamento completo e produzir uma sentença objetiva, chamada de holofrase. A fala inicial é marcada por frases apenas com palavras essenciais, sem competência na sintaxe. A abordagem piagetiana, o pilar da criança pré-operatória. Piaget chamava esse estágio de préoperatório porque as crianças que ainda estavam passando por essa fase não estavam aptas a passar por operações mentais lógicas. Os avanços dessa fase de pensamento são o uso de símbolos, compreensão de identidades, entendimento de causa e efeito, capacidade de classificar, compreensão de números, empatia e teoria da mente. As limitações são: centração, irreversibilidade, foco, raciocínio transdutivo, egocentrismo, animismo e incapacidade de distinguir a aparência da realidade. O desenvolvimento durante a fase pré-operatória é marcado também por aspectos imaturos, como por exemplo, a negação de prestar atenção em mais de uma atividade. Os bebês são egocêntricos, e apresentam dificuldade em separar a realidade da imaginação. A teoria da mente é a consciência dos estados mentais humanos, como crenças, intenções, desejos, sonhos, etc. Isso nos ajuda a entender e prever o comportamento dos outros e torna o mundo social compreensível. Piaget foi o primeiro estudioso a investigar a teoria da

mente. Essas teorias envolvem o conhecimento do pensamento e de estados mentais, falsas crenças, dissimulação, distinção entre aparência e realidade e também distinção entre fantasia e realidade. A abordagem do processamento de informação descreve três etapas da memória: codificação, armazenamento e recuperação. É comprovado que a memória sensorial apresenta poucas mudanças com a idade, mas, em todas as idades, o reconhecimento vale mais do que a lembrança em si. O reconhecimento é descrito como a nossa capacidade de identificar algo que já encontramos antes, como um objeto que havíamos perdido. Já as lembranças são uma reprodução dos conhecimentos absorvido pela memória, que durante a infância, possui três funções diferentes: genérica, episódica e autobiográfica. As explicações para algumas lembranças remotas perdurarem por mais tempo está no fato de que, crianças pequenas são propensas a enganos ao recordarem detalhes precisos de um evento repetido com frequência. Outro fator é a participação ativa das crianças, ou no próprio evento ou ao recontá-lo ou representá-lo. Unindo duas abordagens, a psicométrica e a vygotskiana, responsáveis por explicar a medida de inteligência de crianças em idades pré-escolar. Os testes mais comuns de psicometria são: Escalas de Inteligência de Stanford-Binet e a Escada de Inteligência Wechsler Pré-escolar e Primária Revisada. Foi comprovado que crianças residentes de países mais industrializados possuem um melhor resultado em ambos os testes citados anteriormente. Isso só mostra que as pontuações obtidas nesses testes são influenciadas por fatores socioeconômicos e também pode envolver o ambiente familiar. Segundo Vygotsky, as crianças tendem a possuir melhores resultados de desenvolvimento quando têm interações positivas com os adultos. Essa interação incentiva as crianças a desenvolver a consciência e a responsabilidade. Também é fundamental para uma associação rápida, principalmente na linguagem. O desenvolvimento cognitivo na abordagem piagetiana (operatória-concreta) é atingido aos 7 anos segundo Piaget. É a idade onde, supostamente, as crianças estariam aptas ao pensamento lógico, mas ainda levando em consideração que seguem em fase de desenvolvimento. É notável que nessa idade há uma combinação de avanços cognitivos, como: entendimento de conceitos espaciais, causalidade, categorização, raciocínio indutivo ou dedutivo, conservação e números. O pensamento deixa de ser rígido e ilógico, passando a ser flexível e lógico, mesmo ainda em desenvolvimento. Com o envolvimento escolar, as crianças tendem a progredir suas capacidades, manter o foco, absorver e processar informações e monitorar seus comportamentos. É quando elas passam a ter consciência de pensamentos, emoções e ações. Essas habilidades executivas acompanham o desenvolvimento do cérebro, mas o ambiente qual a criança está inserida também contribui para a evolução dessas habilidades. Durante a adolescência entra o nível mais alto de desenvolvimento cognitivo, o operatório formal. É classificado como fase em que estamos aptos a pensar de forma abstrata, manipulando informações de forma flexível. Nessa fase, é comum implicações emocionais.

Os estudos científicos do desenvolvimento humano atuam nos aspectos sociais, emocionais, intelectuais, cognitivos e físicos. Tem como objetivo entender as mudanças de comportamento geradas pelo crescimento, e uma cumplicidade com a psicologia aplicada. Existem tópicos essenciais para a explicação do desenvolvimento humano, e entre eles estão a hereditariedade, o físico, a maturidade, o meio social, etc. São um conjunto de situações que podem afetar de formas positivas e negativas o progresso infantil. O progresso do desenvolvimento é cronológico e nos obriga a entender nossas competências e habilidades. Durante a escrita, foi citado diversas vezes o nome de Jean Piaget, um dos principais nomes quando falamos de estudo do desenvolvimento humano. Para Piaget, a criança acaba aprendendo através da construção e reconstrução de seus pensamentos. Ele foi o responsável por “padronizar” idades para as fases de desenvolvimento, seguindo seus estudos e observando o tempo em que as crianças começavam a apresentar sinais de progresso. Todas as subdivisões apresentadas por Piaget possuem ligação entre si. Diante da leitura, se tornou perceptível que estudos mais recentes acrescentam informações sobre suas ideias, mas nunca as refutam completamente. Isso é visto como algo muito importante levando em consideração a época em que seus estudos foram realizados. As abordagens de desenvolvimento em geral são a base do nosso entendimento como seres humanos. Elas se encaixam em certos padrões estruturados por uma maioria, mas de certa forma são as responsáveis por ajudar no progresso daqueles que não estão acompanhando devidamente as fases....


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