Resumo do cap. 1 do livro Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade - Minayo, Maria Cecília de Souza PDF

Title Resumo do cap. 1 do livro Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade - Minayo, Maria Cecília de Souza
Course METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO
Institution Universidade Federal da Bahia
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Fichamento/Resumo do capítulo 1, CIÊNCIA, TÉCNICA E ARTE: O DESAFIO DA PESQUISA SOCIAL, do livro Pesquisa Social: teoria, método e criatividade de Maria Cecília Minayo...


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Bibliografia: MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001. Capitulo 1. CIÊNCIA, TÉCNICA E ARTE: O DESAFIO DA PESQUISA SOCIAL. Informações sobre o autor: Graduada em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978); Graduada em Ciências Sociais - City University of New York (1979); Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985); Doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1989); Desde 1997 é editora científica da revista Ciência & Saúde coletiva da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz; Tem experiência na área de Saúde Pública, com ênfase em Saúde Coletiva, atuando como professora, pesquisadora e orientadora principalmente nos seguintes temas: metodologia de pesquisa social, metodologia da pesquisa social em saúde pública, violência e saúde, causas externas, violência, violência autoinfligida, saúde coletiva e saúde e sociedade; Já orientou 69 teses e dissertações, publicou 200 artigos científicos publicados, 190 capítulos de livros e 40 livros sendo 7 individualmente e 34 como organizadora e em colaboração; Membro do conselho editorial de 13 revistas científicas, sendo 4 estrangeiras e desde 2013 é Editora Regional da Revista Environmental Health Perspectives; Tem vários prêmios por seus méritos na área de saúde dentre eles o de "Medalha de Mérito da Saúde Oswaldo Cruz" conferido pelo Ministério da Saúde em 2009 e o Prêmio de Direitos Humanos em 2014; É bolsista 1A de produtividade do CNPQ e pesquisadora emérita da FAPERJ.

Resumo: Este capitulo é dividido em quatro partes as quais discutem conceitos básicos e mais globais, como a cientificidade, e trata também da pesquisa, de sua metodologia e de seus ciclos, trazendo sempre um viés para a pesquisa social. A partir dessa leitura depreende-se que a autora, ao trazer sempre correntes teóricas e pensamentos distintos, opta e defende a máxima de que as ciências sociais, por seu aspecto quantitativo, requerem metodologia que não se limitem a teorização excessiva, mas que abarquem também a criatividade do autor, para que assim possam desconstruir certos dogmas, abrindo espaço para novas posições e ideias. Ademais, ao longo desse capítulo, ao tratar mais especificamente da pesquisa e de seu ciclo, é reforçada a ideia de que embora a pesquisa procure abordar tanto aspectos qualitativos, quanto quantitativos, ela nunca irá retratar a realidade por inteiro e, sobretudo, as afirmações nela feitas nunca serão definitivas e autossuficientes. Citações e comentários:

“Do ponto de vista antropológico, podemos dizer que sempre existiu preocupação do ‘homo sapiens’ com o conhecimento da realidade.” (p. 9) “Dentro de dimensões históricas e imemoriais até nossos dias, as religiões e filosofias tem sido poderosos instrumentos de explicativos dos significados da existência individual e coletiva. A poesia e a arte continuam a desvendar lógicas profundas e insuspeitas do inconsciente coletivo, do cotidiano e do destino

humano. A ciência é apenas uma forma de expressão desta busca, não exclusiva, não definitiva.” (p. 9) [No texto a autora não se aprofunda nas explicações históricas da hegemonia da ciência sobre as demais formas de conhecimento, como o conhecimento mítico, filosófico, teológico ou empírico. Minayo apenas ressalta que a ciência, tida pelos críticos como um novo mito, não traz respostas para problemas fundamentais como a questão da fome e da violência. No entanto, ela traz duas das razões para que o conhecimento científico se sobreponha sobre os outros tipos de saber, que aparecem nas citações seguintes.]

“Mencionaremos duas razões: a primeira de ordem externa a ela mesma, está na sua possibilidade de responder a questões técnicas e tecnológicas postas pelo desenvolvimento industrial. A segunda razão, de ordem interna, consiste no fato dos cientistas terem conseguido estabelecer uma linguagem fundamentada em conceitos, métodos e técnicas para compreensão do mundo, das coisas, dos fenômenos, dos processos e das relações.” (p. 10 “O campo científico, apesar de sua normatividade, é permeado por conflitos e contradições.” (p. 10) [Como meio de ilustrar tais conflitos e contradições, a autora aborda o clássico embate entre as ciências da natureza e as ciências sociais, uma vez que pela distinção entre o caráter das duas, muito se questiona sobre a científicas das ciências sociais. Há correntes que defendem a uniformização de procedimentos entre tais ciências, para que assim se possa atribuir às ciências sociais o "caráter científico". Já outras defendem a completa distinção e especificidade do campo social.] “Paul de Bruyne e colaboradores (1991) advogam que a ideia da cientificidade comporta, ao mesmo tempo, um polo de unidade e um polo de diversidade.” (p. 11) [A ideia de Paul de Bruyne é de que em quaisquer empreendimentos que se baseiem em conhecimento por conceitos, haverá um traço de semelhança. Todavia, sempre haverá diversos modos diferentes de conhecer.] “A interrogação enorme em torno da cientificidade das ciências sociais se desdobra em várias questões.” (p. 11) [A primeira questão se refere ao fato de que o pesquisador social trata de uma realidade na qual é também agente – isso eliminaria qualquer possibilidade de objetivação; A procura pela objetivação das ciências naturais não iria descaracterizar o sentido essencial da subjetividade das ciências sociais; Como estabelecer um método geral para analisar uma realidade permeada de diferenciação e especificidade?] “A cientificidade, portanto, tem que ser pensada como uma ideia reguladora de alta abstração e não como sinônimo de modelos e normas a serem seguidos.” (p. 12)

[A partir disso pode-se depreender que o trabalho científico caminha em dois sentidos: um no qual elabora suas teses, princípios e métodos e chega a resultados, e outro no qual abandona certas amarras, inventa e caminha em novas direções. Portanto, se há essa ideia de inconstância no conceito de cientificidade, não faz sentido atribuir às ciências sociais uma cientificidade prémoldada.]

“Ora, se existe uma ideia de devir [mudanças efetivas pelas quais todo ser passa] no conceito de cientificidade, não se pode trabalhar, nas ciências sociais, com a norma da cientificidade já constituída. A pesquisa social é sempre tateante, mas, ao progredir, elabora critérios de orientação cada vez mais precisos.” (p. 13) “O objeto das ciências sociais é histórico. Isto significa que as sociedades humanas existem num determinado espaço cuja formação social e configuração são específicas. (...) Portanto, a provisoriedade, o dinamismo e a especificidade são características fundamentais de qualquer questão social.” (p. 13) [Segundo Minayo, a provisoriedade implica no fato de que o objeto de estudos das ciências sociais possuem uma consciência histórica, ou seja, o sentido do trabalho não é dado apenas pelo investigador, mas, sim, este é influenciado pelo contexto ao seu redor.] “Em terceiro lugar, é preciso ressaltar que nas Ciências Sociais existe uma identidade entre sujeito e objeto.” (p. 14) [A pesquisa nas ciências sociais tem como objeto seres humanos, ou seja, o pesquisador, como ser humano, também faz parte da sua observação.]

“Outro aspecto distintivo das Ciências Sociais é o fato de que ela é intrínseca e extrinsecamente ideológica. (...) A visão de mundo de ambos está implicada em todo o processo de conhecimento, desde a concepção do objeto, aos resultados do trabalho e à sua aplicação.” (p. 14) “Por fim, é necessário afirmar que o objeto das Ciências Sociais é essencialmente qualitativo.” (p. 15) [A Ciência Social lida com o dinamismo da vida individual e coletiva com toda a riqueza que lhe é inerente. Por conta disso, os códigos das ciências são impossíveis de conter esta. Nesse contexto, Minayo visa discutir neste trabalho justamente o caráter especificamente qualitativo das ciências sociais e da metodologia apropriada para reconstruir teoricamente o seu significado.] 1. Conceito de metodologia da pesquisa “Entendemos por metodologia o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade. Neste sentido, a metodologia ocupa um lugar central no interior das teorias e está sempre referida a elas.” (p. 16) [Como próprio ressalta a autora, o texto trata a metodologia como a abrangência das concepções teóricas de abordagem; dos conjuntos das técnicas, que possibilitam a retratação da realidade; além do potencial criativo de cada investigador, que segundo ela é o que dá ao trabalho de pesquisa o diferencial, a marca de seu produtor.] “Enquanto abrangência de concepções teóricas de abordagem, a teoria e a metodologia caminham juntas, intrincavelmente inseparáveis. Enquanto conjunto de técnicas a metodologia deve dispor de um instrumental claro, coerente, elaborado, capaz de encaminhar os impasses teóricos para o desafio da prática.” (p. 16) [No entanto, a valorização excessiva da técnica pode produzir trabalhos limitados, com respostas parecidas e demasiadamente formais. Dessa forma, é evidente que a criatividade é imprescindível em qualquer pesquisa uma vez que quebra essa frieza que a técnica por vezes pode imputar aos trabalhos.] “Feyerabend, num trabalho denominado “Contra Método” (1989), observa que o progresso da ciência está associado mais à violação das regras do que à sua obediência.” (p. 16) “Thomas Kuhn reconhece que nos diversos momentos históricos e nos diferentes ramos da ciência há um conjunto de crenças, visões de mundo e de formas de trabalhar, reconhecidos pela comunidade cientifica, configurando o que ele denomina de paradigma.” (p. 17) [Nesse sentido, Kuhn acredita que o progresso da ciência se faz através da quebra dos paradigmas, pela problematização das teorias e dos métodos – segundo Dilthey, o método se faz necessário para que se estabeleça parâmetros para que se possa caminhar no conhecimento. Todavia, a marca da criatividade é a nossa “grife”.] “Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula pensamento e ação.” (p. 17) [A pesquisa está relacionada a ação pois o problema discutido no âmbito da pesquisa é, antes de tudo, um problema da vida prática. Sendo assim, as questões pesquisadas estão relacionadas a circunstancias socialmente condicionadas] “Toda investigação se inicia por um problema com uma questão, com uma dúvida ou com uma pergunta, articuladas a conhecimentos anteriores, mas que também podem demandar a criação de

novos referenciais. Esse conhecimento anterior, constituído por outros estudiosos e que lançam luz sobre a questão de nossa pesquisa, é chamado teoria.” (p. 18) “A teoria é constituída para explicar ou compreender um fenômeno, um processo ou um conjunto de fenômenos e processos, Este conjunto citado constitui o domínio empírico da teoria, pois esta tem sempre um caráter absoluto.” (p. 18) “Nenhuma teoria, por mais bem elaborada que seja, dá conta de explicar todos os fenômenos e processos.” (p. 18) [Como coloca a autora, pode-se dizer que as teorias são explicações parciais da realidade, uma vez que não são capazes de explica-la por completo. É importante frisar que as teorias cumprem quatro funções: auxiliar no esclarecimento do objeto de estudo; colaborar para que sejam levantadas questões e hipóteses com mais propriedade; organizar informações de maneira mais clara e, por fim, guiar, de certa forma, a análise das informações organizadas.] “Em resumo, a teoria é um conhecimento de que nos servimos no processo de investigação como um sistema organizado de proposições, que orientam a obtenção de dados e a análise dos mesmos, e de conceitos, que veiculam seu sentido.” (p. 19) [As proposições – declarações afirmativas sobre fenômenos e/ou processos (hipóteses comprovadas), que são: capazes de sugerir questões reais; inteligíveis; relações abstratas entre coisas, fatos, fenômenos e/ou processos - tem a função de organizar sistematicamente o pensamento, para que, assim, a teoria possa ser entendida pelo demais estudioso e interessados na área, portanto, pode-se dizer que são construções lógicas, enquanto os conceitos são construções de sentido.] “No processo de pesquisa trabalhamos com a linguagem científica das proposições que são construções lógicas; e conceitos que são construções de sentido.” (p. 20) [Os conceitos, no que tange suas funções, podem ser classificados como: função congnitiva – conceito delimitador; característica valorativa – conceitos que determinam com que conotações (correntes teóricas) o pesquisador vai trabalhar; função pragmática – conceito operativo, capaz de permitir ao investigador trabalhar com ele no campo; função comunicativa – conceito claro, específico e abrangente, permitindo a compreensão dos interlocutores participantes da mesma área de interesse.] “Kaplan (1972) fala da formulação de conceitos em diferentes níveis de abstração.” (p. 21) [Conceitos de observação direta – grau bastante operacional, servem principalmente para a etapa descritiva de uma investigação (conceito construído a partir do campo empírico); Conceitos de observação indireta – relacionam os detalhes da observação empírica (conceito construído a partir do campo empírico); Conceito teóricos – articulam proposições (plano da abstração)] “(...) os conceitos teóricos não são simples jogo de palavras. Como qualquer linguagem, devem ser construídos recuperando as dimensões históricas e até ideológicas de sua elaboração.” (p. 21) [Conclui-se que os conceitos têm a função de ordenar os objetos e processos, além de fixar o que vai ou não ser pesquisado. Para compreender um conceito, é necessário estudar além do contexto histórico de sua criação, as proposições dos autores com os quais o pesquisador dialoga se opõe.] 2. A PESQUISA QUALITATIVA “A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado.” (p. 21)

[A pesquisa qualitativa, portanto, corresponde a espaços mais profundos – a exemplo de aspirações e crenças - que não podem ser limitados a signos quantitativos.] “A diferença entre qualitativo-quantitativo é de natureza. Enquanto cientistas sociais que trabalham com estatística apreendem dos fenômenos apenas a região “visível, ecológica, morfológica e concreta”, a abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável em equações, médias e estatísticas.” (p. 22) “O conjunto de dados quantitativos e qualitativos, porém, não se opõem. Ao contrário, se complementam, pois a realidade abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo qualquer dicotomia.” (p. 22) [No entanto, ressalta a autora que suas afirmações são passiveis de contestação, uma vez que a corrente positivista defende a utilização de elementos matemáticos para compreender a realidade. Para essa corrente, caso a análise da sociedade se valesse de instrumentos padronizados e neutros, ela seria objetiva. Opondo-se ao Positivismo, encontramos a Sociologia Compreensiva, ela defende que as investigações das ciências sociais devem centrar-se na compreensão da realidade social, que, por sua vez, tem como fundamento a subjetividade. No entanto, a ambas as correntes há críticas que serão vistas nas passagens a seguir.] “Ao positivismo se lhe contestam, sobretudo, a postura e a prática de restringir o conhecimento da realidade social ao que pode ser observado e quantificado e de transferir para a utilização do método a questão da objetividade.” (p. 24) “Aos adeptos da Sociologia Compreensiva as críticas enfatizam o empirismo e o subjetivismo dos investigadores que confundem o que percebem e as falar que ouvem com a verdade científica e o envolvimento emocional do pesquisador com seu campo de trabalho.” (p. 24) “A abordagem da Dialética faria um desempate nas correntes colocadas anteriormente. Ela se propõe a abarcar o sistema de relações que constrói, o modo de conhecimento exterior ao sujeito, mas também as representações sociais que traduzem o mundo dos significados. A Dialética pena a relação de quantidade como uma das qualidades dos fatos e fenômenos. Busca encontrar, na parte, a compreensão e a relação com o todo; e a interioridade e a exterioridade como constitutivas dos fenômenos.” (p. 24) [A Dialética pensa na quantidade como uma das qualidades dos fatos e fenômenos sociais. Ela é, justamente, a reunião ponderada do Positivismo e da Sociologia Compreensiva. A dialética é a posição adotada por Minayo.] 3. O CICLO DA PESQUISA [O ciclo de pesquisa é um processo de trabalho em espiral que começa com um problema ou com uma pergunta e termina com um produto provisório capaz de dar origem a novas interrogações. Esse ciclo é composto por três etapas que são esclarecidas pela autora nas seguintes citações.] “O processo começa com o que denominamos de fase exploratória das pesquisa, tempo dedicado a interrogar-nos preliminarmente sobre o objeto, os pressupostos, as teorias pertinentes, a metodologia apropriada e as questões operacionais para levar a cabo o trabalho de campo. Seu foco fundamental é a construção do projeto de investigação.” (p. 26) “Em seguida, estabelece-se o trabalho de campo que consiste no recorte empírico da construção teórica elaborada no momento. Essa etapa combina entrevistas, observações, levantamentos de material documental, bibliográfico, instrucional etc. Ela realiza um momento relacional e prático de

fundamental importância exploratória, de confirmação ou refutação de hipóteses e construção de teorias.” (p. 26) “Por fim, temos que elaborar o tratamento do material recolhido no campo, subdividindo-se no seu interior em: a) Ordenação; b) Classificação; c) Análise propriamente dita. O tratamento do material nos conduz à teorização sobre os dados, produzindo o confronto entre a abordagem teórica anterior e o que a investigação de campo aporta de singular como contribuição.” (p. 26) “Certamente o ciclo nunca se fecha, pois toda pesquisa produz conhecimentos afirmativos e provoca mais questões para aprofundamento posterior.” (p. 27) “A ideia de ciclo se solidifica não em etapas estanques, mas em planos que se complementam. Porém, ela suscita também a delimitação do trabalho no tempo, através de um cronograma. Ao mesmo tempo, portanto, trabalhamos com um movimento de valorização das partes e da integração no todo; e com a visão de um produto provisório integrando a historicidade do processo social e da construção teórica.” (p. 27)...


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