Resumo do texto \"Free: grátis\" PDF

Title Resumo do texto \"Free: grátis\"
Author isabelle Tófani
Course Comunicacao E Ciberespaco
Institution Universidade Federal de Minas Gerais
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Summary

Resumo do texto "Free: grátis" que aborda sobre como o uso do "grátis" pelo Google e outras empresas são vistas atualmente....


Description

Texto: Free: grátis RESUMO Hoje em dia, o Google oferece quase 100 produtos, de software de edição de fotos a aplicativos de processamento de textos e planilhas eletrônicas, e quase todos de graça. Realmente grátis, sem truque algum. Isso é feito da forma que qualquer empresa digital moderna deve fazer: dar muitas coisas para ganhar dinheiro com algumas poucas. O Google ganha tanto dinheiro com a propaganda em alguns produtos essenciais – em sua maioria, resultados de buscas e anúncios que outros sites divulgam em suas páginas, compartilhando o faturamento com o Google – que pode adotar o Grátis em todo os demais. Na verdade, novos serviços começam com perguntas fantasiosas de geeks, como “Seria legal?”, “As pessoas querem isso?”, “Isso faria bom uso de nossa tecnologia?” Eles não começam com a prosaica pergunta: “Isso vai gerar dinheiro?” Graças à disponibilidade de “serviços de hospedagem”, como o EC2 da Amazon, que permite que empresas sejam lançadas sem qualquer infraestrutura física, é possível prestar serviços a milhões de usuários usando pouco mais do que um cartão de crédito. Em consequência, empresas podem começar pequenas e ambiciosas sem assumir enormes riscos financeiros ou saber exatamente como ganharão dinheiro. Hoje em dia, vemos inúmeras empresas na Web desse tipo, grandes e pequenas. Mas o Google é de longe a maior e, por ter tanto sucesso em ganhar dinheiro em uma parte de seu negócio, o Grátis não é apenas um p . A empresa não somente foi a pioneira de um modelo de negócios construído em torno do Grátis, como está inventando uma forma totalmente nova de usar a computação, transferindo cada vez mais funções que costumavam rodar em nosso computador para a “nuvem”, isto é, rodando essas funções em centros de dados remotos e acessados on-line por meio de nossos navegadores da Web (e, de preferência, no navegador do próprio Google, o Chrome). Onde está essa nuvem? Bem, vá a outro endereço (semi secreto) em The Dalles, Oregon, uma área ao longo do Rio Columbia a 130 quilômetros de Portland, e você poderá ver uma parte dela, pelo menos do lado de fora. É o centro de dados do Google – um enorme prédio, do tamanho de uma fábrica, repleto de dezenas de milhares de placas de computador e discos rígidos instalados em gabinetes portáteis em prateleiras, todos conectados entre si com fios de rede que convergem em um grosso emaranhado de cabos de fibra óptica que conectam o prédio à Internet. O Google abre mão da receita agora para ganhar acesso ao mercado aquecido mais tarde. Por que o Google prefere o Grátis? Porque é a melhor forma de atingir o maior mercado possível e a adoção em massa. Schmidt chama a isso de “max strategy”, ou estratégia de

maximização, do Google e acredita que essa estratégia passará a definir os mercados de informação. É muito simples: “Pegue o que for que você esteja fazendo hoje e faça no máximo, em termos de distribuição. Outra forma de dizer a mesma coisa é que, como o custo marginal da distribuição é zero, você pode muito bem colocar as coisas em todo lugar.” Esses outros produtos são aquilo que os economistas chamam de “complementos”. Os complementos são produtos ou serviços que tendem a ser consumidos juntos, como cerveja e amendoins salgados ou carros e financiamentos de carros. Para o Google, quase tudo o que acontece online pode ser visto como um complemento para seu negócio principal. Cada comentário em um blog representa mais informação para o crawler do Google indexar, para ajudá-lo a fornecer melhores resultados nas buscas. Cada clique no Google Maps representa mais informação sobre o comportamento do consumidor e cada e-mail no Gmail é um indicativo de nossa rede humana de conexões, e o Google pode usar tudo isso para inventar novos produtos ou só vender melhor os anúncios. A ideia é que a Internet, ao proporcionar acesso grátis a um mercado de centenas de milhões de pessoas no mundo todo, é uma máquina de liquidez. Pelo fato de atingir tantas pessoas, ela pode trabalhar com taxas de participação que seriam desastrosas no mundo tradicional dos custos marginais acima de zero. É isso que o Grátis faz: transforma indústrias de bilhões de dólares em indústrias de milhões de dólares. Mas normalmente a riqueza não vira pó, como parece. Em vez disso, ela é redistribuída de formas difíceis de medir. No caso dos classificados, os proprietários dos jornais, seus empregados e acionistas perderam muito, enquanto o restante do mundo ganhou pouco. Mas o restante do mundo é muito mais numeroso do que as pessoas que perderam. E é totalmente possível que os $30 bilhões perdidos em capitalização de mercado dos jornais mais cedo ou mais tarde venham a se revelar como muito mais em termos de aumento de PIB, embora nunca sejamos capazes de fazer essa relação explicitamente. A Internet é um excelente exemplo de um mercado dominado pelo que os economistas chamam de “efeitos de rede”. Em mercados assim, em que é fácil para os participantes se comunicarem entre si, tendemos a seguir a liderança dos outros, o que resulta em comportamento de manada. Como pequenas diferenças na participação de mercado podem transformar-se em grandes diferenças, a distância entre a empresa número 1 de qualquer setor e a empresa que ocupa o segundo lugar e as outras tende a ser grande. Nos mercados tradicionais, se houver três concorrentes, a empresa número 1 terá uma participação de 60%, a número 2, 30% e a número 3, 5%. Mas, em mercados dominados por efeitos de rede, essa proporção pode chegar a 95%, 5% e 0%. Os efeitos de rede tendem a concentrar o poder – o efeito “os ricos ficam mais ricos”. Será que o Gratis, em vez de fazer todos nós ficarmos mais ricos, não está fazendo apenas alguns de nós ficarem super-ricos?...


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