(Resumo) - Nervo Trigêmeo V PDF

Title (Resumo) - Nervo Trigêmeo V
Author Amanda Silva
Course Anatomia Humana
Institution Universidade Católica de Pernambuco
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Summary

Conceito, características e descrição do Vº par de nervos, trigêmio....


Description

Nervo Trigêmeo Nervo misto, com função sensorial predominante, sendo o nervo sensitivo mais importante da cabeça. Sua raiz motora inerva os músculos masseter, temporal, pterigoideo medial, pterigoideo lateral, milo-hióideo, ventre anterior do digástrico, tensor do tímpano e tensor do véu palatino. Sua raiz sensitiva inerva a pele da face, conjuntiva ocular e córnea, mucosa oral, parte da mucosa nasal, seios paranasais, dentes, 2/3 anteriores da língua, maior parte da dura-máter (exterocepção), músculos da mastigação, mímicos e oculares (propriocepção). RAIZ MOTORA Origina-se da ponte, entre esta e o pedúnculo cerebelar médio. As fibras desta raiz são classificadas como eferentes viscerais especiais. Acompanha a parte sensitiva do nervo mandibular que deixa o crânio pelo forame oval para alcançar a fossa infratemporal, onde se ramifica em: 1. Nervo Pterigoideo Medial: inerva o músculo pterigoideo medial, emitindo dois ramos – ramo para o músculo tensor do véu palatino e ramo para o músculo tensor do tímpano. 2. Nervo Massetérico: deixa lateralmente o nervo mandibular, passando acima do pterigoideo lateral, perfura o tendão do músculo temporal, atravessa a incisura mandibular e penetra na face profunda do músculo masseter. 3. Nervo Temporal Profundo Posterior: deixa o nervo mandibular próximo ao massetérico, dirigindo-se superiormente para acima do músculo pterigoideo lateral e penetra o músculo temporal. 4. Nervo Temporal Profundo Anterior: acompanha o nervo bucal por um curto trajeto, para então voltar superiormente, passando acima do músculo pterigoideo lateral para penetrar no músculo temporal. 5. Nervo Pterigoideo Lateral: acompanha o nervo bucal e se destaca dele quando este penetra entre dois feixes do músculo pterigoideo lateral para inervá-lo. 6. Nervo Milo-Hióideo: ramo do nervo alveolar inferior, emitindo-o antes que este penetre no forame mandibular. O nervo milo-hióideo percorre o sulco milo-hióideo da mandíbula e se dirige anteriormente para a região submandibular. É moto para o músculo milo-hióideo e para o ventre anterior do músculo digástrico. RAIZ SENSITIVA Suas fibras são classificadas como aferentes somáticas gerais, dividindo-se em exteroceptivas e proprioceptivas. Três ramos terminais partes do gânglio trigeminal:

NERVO OFTÁLMICO Essencialmente sensitivo. Antes de penetrar na órbita, emite o ramo meníngeo, que tem trajeto sinuoso para a tenda do cerebelo e inerva grande parte da dura-máter. O nervo oftálmico entra na órbita pela fissura orbital superior onde se divide em três ramos principais: nervos lacrimal, frontal e nasociliar. Nervo Lacrimal: ramo mais lateral do nervo oftálmico. Dirige-se para a glândula lacrimal, passando pela borda superior do músculo reto lateral. Recebe o ramo comunicante do nervo zigomático, que conduz as fibras do SNA para a glândula lacrimal. Nervo Frontal: é intermediário entre o nervo lacrimal e nervo nasociliar. Tem uma trajetória anterior, passando por cima do músculo levantador da pálpebra superior, onde se divide em dois ramos principais – o nervo supra-orbital e o nervo supratroclear. • Nervo Supra-orbital: pode ser dividido num ramo lateral e noutro medial, emergindo através do forame supra-orbital e ramificando-se na fronte. É responsável pela sensibilidade geral da fronte, parte do couro cabeludo, pálpebra superior e seio frontal. • Nervo Supratroclear: ramo mais medial do nervo frontal. Deixa a órbita através da incisura frontal, próximo ao canto interno do olho. É responsável pela sensibilidade geral de parte da pálpebra superior, parte da raiz do nariz e a pele da região medial da órbita e da glabela.

Nervo Nasociliar: é o mais medial dos ramos do nervo oftálmico. Penetra na órbita pela fissura orbital superior, dentro do cone formado pelos músculos do bulbo do olho. É mais profundo e acompanha a parede medial da órbita, entre o músculo reto medial e o músculo oblíquo superior. Dá origem aos seguintes ramos: ramo comunicante para o gânglio ciliar e nervos ciliares curtos (sensibilidade das túnicas oculares), nervos ciliares longos (sensibilidade da túnica vascular e da córnea), nervo infratroclear (sensibilidade das pálpebras, da pele do nariz e do saco lacrimal), nervo etmoidal posterior (sensibilidade das mucosas dos seios etmoidal e esfenoidal) e nervo etmoidal anterior. Este é a continuação do nervo nasociliar e deixa a órbita pelo forame etmoidal anterior, passa pela fossa anterior do crânio e penetra na cavidade nasal, emitindo os ramos nasais internos (sensitivo para as mucosas da parte ântero-posterior da parede lateral e septo nasal) e ramos nasais externos (sensibilidade da pele do nariz, do dorso ao ápice). NERVO MAXILAR É essencialmente sensitivo. Antes de deixar o crânio pelo forame redondo, emite o ramo meníngeo, que acompanha a artéria meníngea média, sensibilizando grande parte da dura-máter. A partir de então, dirige-se para a fossa pterigopalatina, onde emite o nervo zigomático, os ramos alveolares superiores posteriores e o nervo pterigopalatino, continuando seu trajeto na órbita como nervo infraorbital. Nervo Zigomático: ramo mais lateral do nervo maxilar. Da fossa pterigopalatina, dirige-se para a órbita através da fissura orbital inferior e emite o ramo comunicante com o nervo lacrimal. Em

seguida, penetra no forame zigomático-orbital, dividindo-se em: • Nervo Zigomaticofacial: deixa o osso pelo forame zigomaticofacial. É responsável pela sensibilidade geral da proeminência da face. • Nervo Zigomaticotemporal: deixa o osso zigomático pelo forame zigomaticotemporal, alcança a fossa temporal, onde perfura a fáscia temporal e se dirige para a pele. É responsável pela sensibilidade da pele da fronte e da parte anterior da região temporal. Ramos Alveolares Superiores Posteriores: são ramos intermediários do nervo maxilar. Têm um trajeto descendente pela parede posterior da maxila, onde penetram pelas foraminas alveolares. Alcançam os dentes pelos canalículos intra-ósseos. São responsáveis pela sensibilidade dos molares superiores, periodonto, gengiva vestibular na região dos molares, tecido ósseo da maxila dessa região, mucosa do seio maxilar e parte da mucosa da bochecha. Nervo Infra-orbital: quando o nervo maxilar penetra na órbita pela fissura orbital inferior, passa a ser denominado nervo infra-orbital. Percorre o sulco e o canal infra-orbital, e emerge na face pelo forame infra-orbital. Ao longo do canal infra-orbital, emite os seguintes ramos: • Ramos Alveolares Superiores Médios: presentes em apenas 60% dos indivíduos. Quando ausentes, a área de inervação é suprida pelos ramos alveolares superiores posteriores e anteriores. São responsáveis pela sensibilização dos pré-molares superiores, periodonto, gengiva vestibular da área, tecido ósseo da maxila e parte da mucosa do seio maxilar. • Ramos Alveolares Superiores Anteriores: deixam o canal infra-orbital cerca de 0,5cm antes da emergência do forame. São responsáveis pela sensibilidade dos caninos e dos incisivos superiores, periodonto, gengiva vestibular da região, tecido ósseo da maxila e parte da mucosa do seio maxilar. Ao emergir na face pelo forame infra-orbital, trifurca- se nos ramos terminais: palpebral inferior, nasal lateral e labial superior. Nervo Pterigopalatino: ramo mais medial do nervo maxilar. Pode ser bi ou trifurcado, dirigindo-se para o gânglio pterigopalatino. Do gânglio originam-se os ramos menores: orbitais (sensibiliza o periósteo da órbita, a mucosa das células etmoidais posteriores e seio esfenoidal) e faríngeo (sensibiliza mucosa da tuba auditiva, do teto da nasofaringe e do seio esfenoidal). Além desses, a partir do gânglio originam-se ramos maiores: • Nervo Esfenopalatino: penetra na cavidade nasal através do forame esfenopalatino e se divide em ramos nasais posteriores superiores (sensibiliza a parte posterior das conchas nasais superior e média), inferiores (sensibiliza a parte posterior das conchas nasais média e inferior) e nervo nasopalatino (sensibiliza mucosa do septo nasal e do palato, na região de canino a canino). • Nervo Palatino: continuação do nervo pterigopalatino. Dirige-se inferiormente, ocupando o canal palatino. Lá se divide em nervo palatino maior (sensibiliza a mucosa do palato duro até a região de pré-molares ou caninos) e nervo palatino menor (sensibiliza a mucosa do palato mole, da úvula, da tonsila palatina e região adjacente).

NERVO MANDIBULAR Ramo misto do trigêmeo. Apresenta uma porção sensitiva maior e uma porção motora menor. Após emergir no crânio pelo forame oval, alcança a fossa infratemporal onde emite dois pequenos ramos: ramo meníngeo recorrente e nervo para o músculo pterigoideo medial. Nervo Bucal: dirige-se anteriormente para o músculo pterigoideo lateral, emitindo os nervos motores temporais profundos anterior e posterior e o nervo pterigoideo lateral. Depois passa entre os dois ventres do pterigoideo lateral e se dirige para a face lateral do músculo bucinador, onde se divide em vários filetes, perfurando-o. Cruza anteriormente com o ramo da mandíbula, passa pela fossa retromolar e se dirige para o vestíbulo oral, na região dos molares. É responsável pela sensibilidade da pele da bochecha e da gengiva vestibular na região de molares inferiores. Nervo Auriculotemporal: ramo mais lateral, deixa o nervo mandibular em trajeto posterior, bifurcando-se em uma alça que envolve a artéria meníngea média. Cruza o colo da mandíbula e penetra na glândula parótida. Nela, suas fibras se misturam com as fibras do nervo facial e se dividem em dois ramos: • Ramo Superior: acompanha a artéria temporal superficial até a região temporal. É responsável pela sensibilização do couro cabeludo na região temporal acima da orelha, ATM, parte da orelha externa e membrana do tímpano. • Ramo Inferior: divide-se em dois ou três ramos e se anastomosam com o nervo facial, distribuindo-se na pele da bochecha juntamente com o nervo bucal. É responsável pela sensibilização da parótida e da pele da região. Nervo Alveolar Inferior: tem trajeto descendente, passando pelo espaço pterigomandibular. Antes de penetrar no forame mandibular, emite o nervo milo-hióideo. Então percorre o canal mandibular, onde emite os ramos dentais, interdentais e ósseos que são responsáveis peça sensibilidade dos dentes, periodonto e osso esponjoso da mandíbula. Nervo Mentual: emerge da mandíbula pelo forame mentual e se distribui na gengiva, mucosa e pele da região. É responsável pela sensibilidade da pele do lábio inferior, do mento, da mucosa do lábio inferior, até o fundo de saco vestibular e parte da gengiva inserida da região de pré- molares e incisivos. Ramos Incisivos: dirigem-se anteriormente por um trajeto intra-ósseo através dos espaços trabeculares da mandíbula, sendo responsáveis pela sensibilidade geral dos incisivos e caninos inferiores, da gengiva vestibular e do osso esponjoso dessa região. Nervo Lingual: mais medial. É mais anterior e medial do que o nervo alveolar inferior no espaço pterigomandibular. O nervo corda do tímpano se junta a ele após sua origem. O nervo lingual continua seu trajeto descendente, e próximo ao 3o molar inferior localiza-se muito superficialmente, ficando recoberto apenas pela mucosa oral. Continuando seu trajeto, localiza- se entre a língua e a mandíbula no assoalho oral, passando acima do m. milo-hióideo. Mais anteriormente cruza com o

ducto da glândula submandibular, emitindo ramos para o gânglio submandibular. Depois de cruzar o ducto, se aprofunda no m. genioglosso, para inervar a língua. É responsável pela sensibilidade geral dos 2/3 anteriores da língua, gengiva lingual de todo o hemiarco inferior e do assoalho da cavidade oral....


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