Resumo - P5 PDF

Title Resumo - P5
Author Jose Robertto Bueno
Course Farmacologia
Institution Universidade do Estado do Pará
Pages 6
File Size 381.2 KB
File Type PDF
Total Downloads 98
Total Views 144

Summary

Resumo referente ao ASE10 P5...


Description

RESUMO ASE 10 – PROBLEMA 5 1. Identificar os componentes do sistema motor somático e caracterizar os tipos de unidades motoras (rápidas e lentas), a relação de neurônios motores com fibras musculares (Junção neuromuscular) e a base molecular da contração muscular: FUNÇÃO MOTORA: Quando falamos de função motora, estamos relacionando com a coordenação da contração muscular – tanto da cabeça quanto do nosso corpo, a manutenção postural, a realização do movimento, lembrando que tudo isso tem um processo conjunto do voluntário e involuntário. Os componentes principais dessa função motora são: - Medula espinhal; - Tronco encefálico; - Córtexa cerebral; - Cerebelo; - Gânglios da base – corpo estriado, que é o nucleo caudado associado ao butame, além do globo pálido, o núcleo subtalâmico e a substância negra.

Unidade motora: É a referência de um motoneurônio inervando um grupo de fibras musculares, esse motoneurônio é um neurônio motor do tipo alfa. 1 motoneurônio → quantidade variável de fibras. Sendo que: • Quanto menos fibras, mais fino é o controle; • Quanto menor o motoneurônio – - Menos fibras inervam; - Menor força de contração; - Menor limiar de disparo Potencial de Ação. Neurônios motores: • Alfa: Vai inervar as células extrafusais fora do fuso muscular – e vai compor a unidade motora; • Gama: Vai inervar as fibras fusais, não vai fazer parte da unidade motora, sendo que vai ter papel de ajustar o nível de tensão → sensibilidade ao estiramento. Fibras musculares: • Intrafusais: Dentro do fuso muscular, são especializadas → fuso muscular, e vão ser inervadas pelo motoneurônio gamma; • Extrafusais: Maior parte, e fazem parte da unidade motora, então quem inerva ela são os motoneurônios alfa. Essas fibras irão ser importantes na geração de força.

Fuso muscular: Ficam paralelos as fibras extrafusais, sendo o receptor para detecção de comprimento muscular. Sendo composto pelas fibras intrafusais e terão tanto uma inervação sensorial quanto uma motora. → Órgão tendíneo de golgi: Fica entre o tendão e o musculo e tem uma disposição em série, ele vai ter uma função na propiocepção e detecção de força e terá sua inervação por fibras aferentes do tipo IB. Estrutura do fuso muscular: As fibras intrafusais receberão uma inervação múltipla, sendo que teremos alguns tipos de fibras intrafusais: • Bag1 – B1; • Bag 2 – B2. • Fibras de cadeia nuclear. A inervação motora se dará pelo neurônio motor gamma. • Neurônio motor gamma dinâmico: Vai inervar Bag 1 – Interessante pra detecção de estiramento no momento que ocorre; • Neurônio motor gamma estático: Vai inervar Cadeia nuclear e Bag 2 – Vai ser comparativo. Já a inervação sensorial vai ser por meio: • Fibras IA: Maior diâmetro e maior velocidade, sendo que vai emitir terminações primárias, em forma de espiral e irão inervar todas as fibras; • Fibras II: Terminação secundária e só irão inervar Bag 2 e Cadeia nuclear. EM RESUMO: Fibras Aferentes: • Grupo IA – Vai emitir terminações primárias, consequentemente vai ter alterações dinâmicas e estáticas – o que vai propiciar a detecção da velocidade de estiramento; • Grupo II – Vai emitir terminações secundárias e poderemos ver comprimento inicial e final.

2. Explicar o mecanismo de controle espinhal das unidades motoras: COMO FUNCIONA A INTEGRAÇÃO: Quando estamos em repouso, sem contrair um músculo em específico, teremos a fibra extrafusal que estará paralela a fibra do fuso muscular (intrafusal) – que tem a inervação sensorial e pelo motoneurônio, então temos, abaixo, um gráfico que pode ser definido pela tensão x tempo. O que quer dizer, mesmo que eu esteja em repouso, nivel de tensão 0, na fibra extrafusal, a fibra intrafusal tá disparando, ou seja, mesmo que eu esteja parado a fibra intrafusal vai estar mandando sinalização. Estiramento sustentado:



Ramo eferente: Justamente o motoneurônio, que vai contrair e gerando o reflexo estereotipado.

Reflexo de estiramento fásico: É importante para fazermos o feedback do comprimento muscular, nesse caso teremos os M. reto femoral e o M. semitendinoso, sempre que temos um musculo que contrai e outro que relaxa. Nesse reflexo eu vou ter uma via excitatória, teremos o fuso como receptor, que vai detectar, e passar para a Fibra IA, até chegar na medula. A via é monosináptica, com isso geraremos a contração do reto femoral. Junto a isso terei uma via inibitória, ela é dissináptica, por um interneurônio. Reflexo de estiramento inverso: Importante na modulação da força muscular, se falamos de força o receptor vai ser o órgão tendíneo de golgi, então eu terei:

Quando eu tenho um estímulo do neurônio motor alfa, que foi gerado pela contração da fibra extrafusal, o gráfico vai aumentar a tensão, e a fibra intrafusal vai diminuir a tensão e para de emitir disparo. Ela só volta a emitir sinalização quando a extrafusal entra em repouso. Encurtamento do músculo:

Já se eu estumular as duas fibras, teremos ambos aumentos de tensão, sendo que quando houver novamente o relaxamento somente a fibra intrafusal vai gerar estímulo. Estimulação conjunta dos neurônios α e γ:

Reflexos Medulares: Reflexos são respostas involuntárias e estereotipadas. Ex.: Reflexo patelar, feito no tendão patelar → Vai ativar um circuito: Ramo aferente → SNC – no caso a medula → Ramo eferente. • Ramo aferente: Captação do estímulo por receptores, e transmissão para a medula; • Central: Chegando na medula, sinapse – com o Ramo eferente;

Via inibitória aferente, que é dissináptica, sinérgica, e terei uma via excitatória antagonista. Reflexo de flexão: Não teremos, nem orgao tendineo e nem fuso, teremos nociceptores, que serão estímulado numa via polisináptico, onde teremos uma excitação da musculatura flexora e inibição da musculatura extensora, isso do lado ipsilateral, no caminho contralateral ocorre o inverso. VIAS MOTORAS DESCENDENTES: Dividiremos em sistema lateral e medial, sendo que: • Lateral: Fará referência aos neurônios motores dos musculos do membros e ao grupo lateral de interneurônios; • Medial: Quando falamos dos interneurônios mediais. Sistema lateral: Vai ser responsável pelos neurônios motores contralaterais, do outro lado, das: - Musculatura dos membros; - Parte inferior da face; - Língua Faz parte do sistema lateral: - Trato corticoespinal lateral; → “Vermelhinho” - Trato rubroespinal. → “Azul”

TRONCO CEREBRAL: Importante na nossa função motora, pela manutenção da nossa postura → reflexos posturais, pela locomoção e movimentos oculares. Reflexos posturais

É chamado de contralateral porque 90% das fibras cruzam na decussação das pirâmides. Sistema medial: Vai ser responsável pela postura, a base motora, faz parte desse sistema, principalmente: - Via Reticulo espinal – verde; - Vestibuloespinal lateral – vermelho; - Reticulo espinal bulbar – azul.

Reflexos vestibulares: Nosso receptor é o aparelho vestibular, que vai sinalizar para os núcleos vestinulares e teremos o trato vestibuloespinal lateral (extensão da msuculatura do pescoço) e medial (contração da musculatura do pescoço). Reflexos tônicos do pescoço: Receptor vai ser o fuso muscular. Reflexos de endireitamento: Sempre há necessidade de voltar para a posição original, tendo como recptores: • Aparelho vestibular; • Fuso muscular – pescoço; • Mecanorreceptores da parede do corpo. LOCOMOÇÃO É importante ressaltar que teremos nosso centro locomotor, que fica no mesencéfalo, e teremos uma organização de comandos. Sendo que teremos a ordem: Córtex → Tronco cerebral → Medula → Motoneurônio. Interessante que o responsável por manter estereotipado o andar de forma não consciente, é a medula, que tem circuitos geradores de padrão. 3. Identificar os componentes centrais envolvidos no movimento, esclarecendo como acontece o controle encefálico do movimento: CÓRTEX MOTOR: O córtex motor engloba o córtex motor primário, a área pré-motora, áreas suplementares e as áreas motoras do cingulado. É importante ressaltar que todas as áreas do córtex se conversam, de forma que no final elas vão influenciar as vias motoras descendentes.

Os movimentos voluntários são importantes quando falamos de córtex motor. Além disso, tem uma coisa chamada plano motor, feito pelo córtex. Ex.: Quando vamos pegar um copo em cima da mesa, você vê a distância que aquele copo está, “calcula”, então você traça um plano motor pra alcançar esse alvo.

COF: campos oculares frontais; APM: Área pré-motora; AMS: Área motora suplementar; O lobo frontal do cérebro tem uma importância grande no que se refere a ação motora do nosso organismo. Existe uma organização musculotópica, que é famosa, no caso é o que chamam de homúnculo somatossensorial. Representação moderna da organização muscolotópica:

Vão ser divididas em áreas, contudo haverá representações de várias áreas. Áreas motoras secundárias: → Área Pré-motora: Localiza-se no lobo frontal, logo adiante da área 4 de Brodmann, na porção lateral do hemisfério. A área pré-motora possui um limiar de ação maior do que a área motora primária. Quando estimulada eletricamente, produz movimentação muscular menos localizada e específica. Isso ocorre porque esta região cortical é responsável pela movimentação de grupos musculares maiores, como os do tronco ou da base dos membros. Funcionalmente, a área pré-motora é responsável por dar origem à via córticoretículo-espinhal que dá ao corpo uma postura básica preparatória para realização de movimentos mais delicados. Além disso, ela integra o sistema de neurônios espelhos, faz projeção para área motora primária, recebe aferências do cerebelo (via tálamo) e de várias áreas de associação do córtex. No entanto, dentre todas suas funções, a mais importante é o planejamento motor.

→ Área motora suplementar: Situada na face medial do giro frontal superior, a área motora suplementar corresponde à área 6 de Brodmann. Suas principais conexões são com o corpo estriado, via tálamo, área pré-frontal e área motora primária. A sua principal função é o planejamento motor de sequências mais complexas de movimentos através de suas amplas conexões aferentes com o corpo estriado. PLANEJAMENTO MOTOR: Na execução de um movimento, há uma etapa de planejamento, efetuado pelas áreas motoras secundárias, e uma etapa de execução realizada pela área motora primária. Também participam do planejamento motor o cerebelo, pela ativação do núcleo denteado antes da área motora primária, e a alça esqueleto-motora estriatotálamo-cortical. Dessa maneira, a sequência de áreas corticais ativadas para uma ação de estender o braço e pegar um objeto consiste em: 1º Visualização e localização do objeto no espaço, propriocepção e tomada de decisão - córtex pré-frontal. 2º Planejamento do movimento, escolha do grupo muscular a ser contraído em função da trajetória, velocidade e distância a ser percorrida pelo ato motor de estender o braço e alcançar o objeto – áreas motoras secundárias. 3° Execução do planejamento motor – área motora primária: trato córticoespinhal (musculatura distal dos membros) e trato cortiço-retículo-espinhal (musculatura proximal dos membros). CEREBELO: Contribui muito pela modulação dos movimentos de: • Velocidade; • Alcance; • Força; • Direção dos movimentos; Além de: • Tônus muscular; • Postura e equilibrio; • Movimentos oculares. A informação entra no cerebelo por meio de fibras aferentes em 2 maneiras: • Fibras musgosas: Que são a maioria das vias de entrada, essas vias farão sinapse com as células granulares; Terão disparos simples de potencial de ação. • Fibras Trepadeiras: Vão se originar da oliva inferior e vai fazer sinapse com as células de Purkinje. Terão disparos complexos de potencial de ação

Já a fibra eferente só haverá 1 porta, através da célula de purkinje. - Tem ação inibutória, com o neurotransmissor sendo o GABA. – O cerebelor é um modulador GÂNGLIOS DA BASE: Quando falamos de gânglios da base, estamos falando basicamente: • Núcleo caudado; • Putâmen; • Globo pálido. - Estriado: Núcleo caudado + Putâmen. Eles irão interagir com o tálamo, com os núcleos subtalêmicos e com a substância negra. Circuitos dos gânglios:

Controle motor dos gânglios da base: Quando tivermos uma lesão ela vai se apresentar contralateral, um exemplo é a doença de parkinson. 4. Compreender a relação dos ritmos encefálicos com sono e vigília: SONO FISIOLÓGICO: DEFINIÇÃO: O Sono é um processo fisiológico que compreende um conjunto de alterações comportamentais e fisiológicas que ocorrem de forma conjunta. • Tem atividades elétricas características; • Postura tipicamente relaxada e, normalmente em decúbito; • Fechamento dos olhos; • Redução de atividade motora; • Aumento do limiar para resposta a estímulos externos. O sono tem diversas funções, como: • Descanso e regeneração; • Conservação de energia; • Proteção; • Consolidação de aprendizados e memória; • Função imunológica. O sono acontece numa alternância com a vigília, de maneira circadiana – ciclica.

O sono vai ser dividido em 2 fases: • Sono não-REM; • Sono REM. Os dois estados são distintos e definidos com base em parâmetros fisiológico, sendo que o REM - Rapid Eye Moviments – é a fase de sono mais profunda. Sono Não-REM: Pessoa começa com uma diminuição progressiva do tônus, mas não parado, o cérebro começa a tranquilizar com baixa atividade psicológica – que é possivel se observado no EEG. Sendo que vai ser dividido em 3 fases: • N1: : É o estágio entre a vigília e o sono, quando a melatonina (o hormônio do sono) é liberada, induzindo-o. Há uma redução do tônus muscular • N2: Ocorre a redução da atividade dos neurônios corticais, com isso diminuem o ritmo cardíaco e respiratório e começa o sono leve. Relaxam-se os músculos e a temperatura corporal cai. Os estágios 1 e 2 podem se alternar com a vigília antes que entre em sono profundo. • N3 ou SWS – Sono de ondas lentas (S3 + S4): São os estágios de sono profundo, quando começam as ondas delta e o tônus muscular diminui ainda mais. Praticamente não há movimentação dos olhos. Nesse fase temos um cérebro relativamente inativo, apesar de ativamente regulador, em um corpo relaxado mas móvel. Sono REM: Estágio de atonia total, contudo com movimento periódicos dos olhos, há uma intensa atividade cerebral / psíquica. Sendo que a maior parte dos sonhos ocorre nessa fase Sendo que teremos um cérebro ativo num corpo paralisado. Fisiologia do sono: Normalmente o paciente passa da fase de vigília para as de sono não REM, até chegar na fase REM. Isso se dá em ciclos de 90 a 120 minutos, tendo 4 a 5 ciclos durante a noite. Ocorre uma divisão em: Primeira metade da noite mais NREM e na segunda metade mais REM.

Vigília → N1 → N2 → SWS → REM

É comum termos pequenos desoertares durante a noite, o que não é percebido na maioria das vezes porque a aquisição de memória tá prejudicada.

REFERÊNCIAS: AIRES, M. M. Fisiologia. – 5ª ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018. BEAR, M. F. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 4ª ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017. HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica: Guyton e Hall. 13ª ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. HADDAD, F. L. M.; GREGÓRIO, L. C. Medicina do sono. 1ª ed. – Barueri-SP: Manole, 2017. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14ª ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016....


Similar Free PDFs