Resumo teorias da comunicação PDF

Title Resumo teorias da comunicação
Course Teorias da Comunicação
Institution Universidade Católica de Brasília
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Em Teorias da Comunicação: Mauro Wolf vai ao vértice do agenda-setting, desenvolvendo pesquisas a respeito de temas, mass media e o comportamento do leitor/telespectador. ...


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WOLF, Mauro 2009. Em Teorias da Comunicação: Mauro Wolf vai ao vértice do agenda-setting, desenvolvendo pesquisas a respeito de temas, mass media e o comportamento do leitor/telespectador. Durante um tempo, o estudo sobre efeitos ficou associado ao que Schulz (1982) definiu como Transfermodell der Kommunikation e que era composto pelas seguintes premissas:    

Os processos comunicativos são simétricos: sujeito ativo e passivo, que emite o estímulo e o que é impressionado e reage, respectivamente; A comunicação é individual; A comunicação é intencional; Os processos comunicativos são episódicos: início e fim da comunicação são limitados no tempo e os episódios tem um efeito isolável e independente.

Esse paradigma foi modificado, e algumas de suas máximas foram transformadas ou abandonadas. Passou-se de efeitos entendidos como mudanças a curto prazo para os efeitos entendidos como consequências de longo prazo. As diferenças entre o novo e o velho paradigma , são : não estudam mais casos singulares, mas sim coberturas globais, centradas em determinado tema; deixam de extrair dados, para se passar para metodologias integradas e complexas; deixam de observar e avaliar as mudanças de atitudes e de opinião e passam a reconstrução do processo pelo qual o indivíduo modifica a sua própria representação da realidade. Na questão dos efeitos muda o tipo de efeito, que não diz mais respeito a atitudes e valores dos destinatários para se tornar um efeito cognitivo sobre os sistemas de conhecimento e a mudança do quadro temporal que não são mais efeitos pontuais, mas sim cumulativos. Abandonou-se os efeitos intencionais para adotar efeitos em certa medida, latentes. No centro da problemática , coloca-se, a relação entre a acção constante dos mass media e o conjunto de conhecimento acerca da realidade social, que dá forma a uma determinada cultura e que sobre ela age, dinamicamente. Nessa relação, há três características dos mass media que são importantes: a acumulação, a consonância e a omnipresença (Noelle Neumann, 1973). Acumulação diz respeito a capacidade que o mass media cria e mantem a relevância de um tema. A consonância se relaciona ao fato de os traços comuns e as semelhanças existentes nos processos de produção de informação ser mais significativa que as diferenças. E a omnipresença está ligada não só a difusão quantitativa do mass media, mas também ao fato do saber público. A HIPÓTESE DO AGENDA-SETTING A hipótese do agenda-setting defende que:

Em consequência da acção dos jornais , da televisão e dos outros meios de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou descura, realça ou negligencia elementos específicos dos cenários públicos. As pessoas têm tendência para incluir ou excluir dos seus próprios conhecimentos aquilo que o mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo. (Shaw,1979,96).

A máxima do agenda-setting pressupõe que as compreensões que as pessoas tem da realidade social lhes é fornecida, por empréstimo pelo mass media. A mídia não consegue dizer como as pessoas devem pensar, mas tem uma grande capacidade para dizer aos leitores sobre que temas devem pensar qualquer coisa. Os destinatários se configuram segundo dois níveis: a ordem do dia, dos temas e a hierarquia de importância e de prioridades dos elementos dispostos na ordem do dia.

ALGUNS DADOS SOBRE O EFEITO DO AGENDA-SETTING Uma pesquisa de McClure e Patterson (1976) sobre a campanha presidencial americana de 1972 comprova um importante esclarecimento que deve acrescentar-se à hipótese: para os consumidores de informação televisiva, o aumento de consumo não se traduz num maior efeito de agenda-setting, contrariamente ao que acontece com os grandes consumidores de informação escrita. Isso quer dizer que os dois meios de comunicação possuem um poder de influência diferente: as notícias televisivas são breves, rápidas, acumuladas, num tempo limite, são fragmentadas, com o objetivo de ter um efeito de agenda significativo. Enquanto a informação escrita fornece ao leitor uma importância sólida, constante e visível. Os mass media têm uma capacidade diferente para estabelecerem a ordem do dia dos assuntos publicamente importantes, sendo assim a televisão parece ser menos influente do que a informação escrita. A hipótese do agenda-setting defende que o mass media são eficazes na construção da imagem da realidade que o sujeito vem estruturando. A hipótese do agenda-setting desenvolve-se a partir de um interesse geral pelo modo como as pessoas organizam a realidade circundante. A metáfora do agenda-setting é uma macrodescrição deste processo [...] (McCombs,1981,211).

Exemplo disso é a articulação dos temas segundo a frequência com que são mencionados, a maneira como o assunto aparece é um indicador importante utilizado pelos destinatários para avaliar o seu valor. Em resumo, a hipótese do agenda-setting é um tipo de efeito social da mídia que compreende a seleção, a disposição e a incidência de notícias a respeito dos temas que o público pensará e discutirá....


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