Resumo História da Comunicação PDF

Title Resumo História da Comunicação
Course História Da Comunicação N
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Resumo História da Comunicação

Texto 1 – Teorias da Comunicação

 De qual comunicação estamos falando? O que é comunicação? - É através dela, pelo seu exercício, que se desenvolvem atividades como o ensino ou o confronto de ideias. - É a situação de diálogo, onde duas pessoas (emissor-receptor) conversam, isto é, trocam ideias, informações ou mensagens. Entretanto, se solicitados, estaríamos prontos a admitir que o fenômeno não se restringe exclusivamente ao envolvimento entre duas pessoas. Pois há a comunicação de animais, através de gestos... O que dificulta a conceitualização desta forma tão simples. 1. Etimologia do termo Vem do latim “communicatio”, “atividade realizada conjuntamente”. No cristianismo antigo, haviam os “anacoretas! e os “cenobitas”. Os primeiros cultivavam a solidão mais radical e viviam de forma completamente individual; ao contrário destes últimos, que optaram por uma vida em comunidade, os conventos ou mosteiros, também conhecidos como cenóbios. No mosteiro, aparecerá uma prática que recebeu o nome de communicatio, que é o ato de “tomar a refeição da noite em comum”, mas de fazê-lo “juntamente com outros”, para “romper o isolamento”. Não se trata pois de relações sociais que naturalmente os homens desenvolvem, mas de uma certa prática, cuja novidade é dada pelo pano de fundo do isolamento. Daí a necessidade de se forjar uma nova palavra, para exprimir a novidade dessa nova prática. Alguns sentidos importantes se encontram implicados nesse sentido original: 1) o termo comunicação não designa todo e qualquer tipo de relação, mas aquela onde haja elementos que se destacam de um fundo de isolamento; 2) a intenção de romper o isolamento; 3) a ideia de uma realização em comum. Não se trata de comungar alguma prática, fazer alguma coisa juntamente com outras pessoas, uma espécie de “ação ou hábito coletivo”. Como vimos, no próprio sentido etimológico do termo já aparece a comunicação como o produto de um encontro social, a comunicação designa um processo bem delimitado no tempo, mas ela não se confunde com a convivialidade.

O termo comunicação se aplica a um tipo de relação intencional exercida sobre outrem. Aquela cuja intenção é realizar o ato de duas (ou mais) consciências com objetos comuns. O termo “comunicação” refere-se ao processo de compartilhar um mesmo objeto de consciência, ele exprime a relação entre consciências;  O que dizem os dicionários? 1. Fato de comunicar, de estabelecer uma relação com alguém, com alguma coisa ou entre coisas; 2. Transmissão de signos através de um código (natural ou convencional); 3. Capacidade ou processo de troca de pensamentos, sentimentos, ideias ou informações, através da fala, gestos, imagens, seja de forma direta ou através de meios técnicos; 4. Ação de utilizar meios tecnológicos (comunicação telefônica); 5. A mensagem, informação (a coisa que se comunica: anúncio, novidade, informação, aviso... “tenho uma comunicação para você”, “apresentar uma comunicação em um congresso”); - A informação é uma comunicação que pode ser ativada a qualquer momento, desde que outra consciência (ou aquela mesma que codificou a mensagem) venha resgatar, quer dizer, ler, ouvir, assistir... enfim decodificar ou interpretar aqueles traços materiais de forma a reconstruir a mensagem. Em outras palavras, a informação é o rastro que uma consciência deixa sobre um suporte material de modo que uma outra consciência possa resgatar, recuperar, então simular, o estado em que se encontrava a primeira consciência. Os traços materiais permitem que o receptor possa reagir, em seu psiquismo, de uma forma similar àquela do psiquismo do emissor, ou seja, através dos traços materiais organizados a partir de um certo código, portanto da informação, a consciência do receptor passa a ter um objeto de consciência semelhante ao do emissor. Uma informação é comunicação em potencial, se levarmos em conta a sua capacidade de ser estocada, armazenada (codificada) e reconvertida num segundo momento (decodificada) 6. Comunicação de espaços (passagem de um lugar a outro), circulação, transporte de coisas: “vias de comunicação – artérias, estradas, vias fluviais”; - Nesta acepção o termo comunicação se aproxima bastante dos significados de “transporte”, e, mais precisamente, “transporte de coisas”. Daí sua estreita correlação com a atividade econômica (circulação de bens) e o comércio. 7. Disciplina, saber, ciência ou grupo de ciências. - Percebe-se que o processo comunicativo deve ser o objeto desse saber e que a importância da comunicação para a vida humana é tão significativa que praticamente não existe ciência humana que possa prescindir de seu estudo.

Muitos pesquisadores consideram a Comunicação não como uma disciplina, mas como uma síntese de saberes diversos.  Polissemia A diversidade da comunicação faz com que o campo de estudo coincida, num primeiro momento, com o próprio estudo do Ser, o que nos leva a refletir sobre um campo de extensão máxima. Servindo-nos de uma classificação rudimentar, três grandes domínios da comunicação se apresentam: 





Seres brutos: é onde a comunicação assume sua acepção mais geral, justamente aquela indicada em sua etimologia: comunicação é relação. PROCESSOS COMUNICATIVOS: emissor, receptor, mensagens e efeito. Seres orgânicos: ação – reação que expressa o sentido de comunicação para os seres inorgânicos, porém no caso dos Seres vivos este sentido ainda pode e deve ser precisado como Estímulo-Organismo-Resposta, já que se trata de compreender o papel mediador que o organismo desempenha entre a ação e reação, bem como a relatividade desses termos. Homem => - Com o mundo - Com o outro - Consigo mesmo

Texto 2 – O Paradigma pré-oral: os primórdios da comunicação humanizada 

Paradigma pré-oral

- São sistemas de comunicação social do bando: Homem das cavernas Possui suas hierarquias internas e regras determinadas peça força-relação de dominação e submissão Coletores e caçadores Possui um conjunto de deveres e direitos e de funções e atividades Relações não verbais: - pinturas rupestres nas cavernas (relatos de atividades cotidianas) Cultura 

Paradigma da oralidade

- A evolução da fala e da escrita se dão concomitantemente

- Hipóteses sobre o paradigma da fala, já que seus indícios são de difícil registro. - Entende-se que os gestos e grunhidos tenham procedido a palavra. - A oralidade estava relacionada com a proximidade - Memória (idosos) - Cultura - Paradigma da interpretação interpessoal



Tragédia da imagem à escrita

- No passado pré-histórico, repleto de imagens, estabelece-se as relações entre linguagem simbólica e a intencionalidade da representação. À medida que esses desenhos foram sendo aceitos pelos membros de um grupo social, passaram a ser considerados como uma forma de escrita, denominada pictográfica. - Escrita cuniforme (placas de argila) – Egito - O alfabeto grego possui relação com “nosso” alfabeto - Papiro -> pergaminho -> papel - Europa Medieval: copistas, iluminadores, miniaturistas. - 1920 – universidades. Mercado dos livros – pessoa com mais letramento. Tipografia.

- TERMINAR –

Texto 3 – Linguagem verbal e não verbal: a trajetória da imagem e da escrita  A gênese da representação humana – a pré-história O ser humano, ao construir, em seu imaginário, uma representação mental do mundo, passa a subjetivar os primeiros meios de percepção do universo e de sua história. Nessa trajetória evolutiva, denominamos Pré-História o período compreendido desde a gênese do surgimento da humanidade na Terra, há cerca de 3,6 milhões de anos, até o aparecimento da escrita. Ao longo desse percurso, outras habilidades passam a ser desenvolvidas no homem, como, por exemplo, a fala e a escrita, que, agregados ao instrumental de seu olhar, propiciarão novas formas de entender, expressar e projetar sua própria existência.

Por volta de 35.000 anos a.C, nosso ancestral conseguirá associar determinada forma a uma função em seus utensílios, de modo a obter os meios necessários para poder se expressar artisticamente. A noção de si mesmo começa a se delinear à medida que o ser humano passa a entender os limites físicos de seu corpo e desenvolve a capacidade de utilizar símbolos na representação de suas idéias. Podemos depreender a importância do papel da imagem na constituição de uma memória capaz de recordar o passado e projetar o futuro. Ao longo da história, o processo de representação se utilizará das percepções de mundo e assim se consolidará em um conjunto de memórias visuais centrais ao ato de se expressar e de se compreender. Relação entre a linguagem simbólica e a intencionalidade da representação.  As antigas civilizações – o percurso da imagem para a escrita Essa escrita peculiar tinha como suporte placas de argila macia na qual eram gravados os símbolos gráficos, usando um instrumento com a ponta em forma de cunha. A escrita cuneiforme, ao ser capaz de compor um sofisticado código de representação, logrou a propriedade de expressar uma visão de mundo que anteriormente só era possível por meio da imagem e da fala. Os egípcios seguiram o vetor da representação pictográfica, desenvolvendo uma forma de representação, em cujo código, as imagens figurativas eram relacionadas a coisas e aos conjuntos de fonogramas que, por sua vez, eram relacionados a símbolos usados na representação de sons de signos para a caracterização de uma escrita ideográfica; A representação da escrita dos egípcios também transcendeu sua finalidade de origem. Inicialmente estava vinculada a princípios religiosos e com o passar do tempo estabeleceu-se como elemento ativo na comunicação social. Esse alfabeto grego, com suas 24 letras, incluindo as vogais, surgindo a partir do século IX a.C., é que consolidará um letramento capaz de registrar o pensamento filosófico, a literatura, as obras teatrais e de arte da cultura grega, que servirá de alicerce para nosso olhar de mundo Ocidental. O primeiro (600-400 a.C), conhecido como pré-socrático, fundamentava sua reflexão na estrutura do mundo natural e na construção do argumento. O segundo (400-100 a.C), denominado socrático, tinha como foco o homem, o estabelecimento de normas e sua conduta. O terceiro (100-529 d.C) se caracterizou, já sob dominação romana, como um estado de erudição e tentativa de unificar em um só pensar os diversos saberes do passado. Sócrates (o maior deles), Aristóteles e Platão -> mais importantes

A obra de Aristóteles, em grande parte escrita, também em forma de diálogos, abrange temas como a lógica, as ciências, a psicologia, a metafísica, o moral, a política, a retórica e a poética. Na verdade, uma imagem vale por mil palavras não apenas por seu valor descritivo, mas também por sua significação simbólica. Na arte assim como na linguagem, o homem é um inventor de símbolos que transmitem ideias complexas sob formas novas. Temos que pensar na arte não em termos de prosa do cotidiano, mas como poesia, que é livre para reestruturar o vocabulário e a sintaxe convencional, a fim de expressar significados e estados mentais novos, muitas vezes múltiplos. *** Considerando a trajetória da imagem como instrumento de uma poética, podemos traçar uma síntese de algumas contribuições significativas. Como ponto de partida, observamos na Pré-História a gênese desta representação por meio da pintura rupestre. Na Lei da Frontalidade das figuras humanas pintadas ou esculpidas pelos egípcios, a intenção era o de representar o tridimensional da figura. Na Grécia, o propósito se deu em sua arquitetura, escultura e pintura que estavam intimamente relacionadas a conceitos filosóficas como parte integrante de uma narrativa histórica e mitológica. Na Roma latina, aparece uma nova visão – a figura passa a ser interpretada pela ótica cosmopolita. Essa trajetória possibilitou uma abertura para que a imagem e a arte chegassem até a Idade Média em uma sólida posição capaz de representar os conceitos passados e projetar um futuro. É nessa Europa Medieval que se dará o apogeu dos copistas, iluminadores e miniaturas como protagonistas de uma relação que envolverá o texto e a imagem. Essa relação entre texto e imagem se deu por meio de uma perfeita interação entre o espaço imagético e o espaço verbal em uma peça única manuscrita. A imagem iluminuras vivenciava um contexto no qual recuperava sua própria origem de representar uma observação. Naquela lógica, o texto e a imagem podiam subsistir de modo independente, porém, o significado textual era intimamente relacionado à imagem e vice-versa. Ao se substituir o rolo de papiro pelo códice de pergaminho, promoveu-se uma revolução na vida intelectual, pois o que antes era enrolável passou a ter a possibilidade de ser folhável. As características do rolo e seu modo de dobraduras não estimulavam a utilização das imagens. No pergaminho, não havendo esse obstáculo, a imagem adquiriu uma autonomia de representação e de tamanho no suporte. Nessa nova configuração, foram definidos espaços em que se estabeleceu uma sincronia entre o texto e a imagem, buscando uma unidade estética. Em sua origem, o significado das imagens contidas nos iluminuras possuía um nítido valor pedagógico de destacar o fato histórico e ornar o motivo do culto religioso. Indicava uma dimensão em que as revelações da mensagem cristã deveriam ser

prioritariamente expressas por meio da linguagem escrita. A fundamentação deste conceito se devia à concepção medieval de que a imagem, enquanto linguagem figurativa possuía características de representação do mundo. Já a linguagem escrita tinha a propriedade de expressar a condição espiritual que transpassava a materialidade. O copisti era o produtor das letras, encarregado de copiar, usando um treinado estilo de caligrafia, uma réplica do manuscrito original. O illuminator era o artista responsável pelo ornamento da imagem com o objetivo de dar suporte visual ao texto. Os padrões decorativos eram aplicados com o uso de ferramentas sobre o couro. Um livro de rezas continha características imagéticas diferentes de um livro de relato de viagens ou de um texto clássico, por exemplo. Manuscritos iluminados islâmicos – encontra-se algumas inovações que passam a compor o rol de recursos que tem como objetivo proporcionar uma sensação de sacralização do texto. Entre esses recursos, destacamos a inicial, onde o iluminador, por meio de recursos de imagens e grafias ornamentais, estabelece na estrutura do texto a importância de passagens e parágrafos. A inicial também tinha como característica a função de ordenamento e a hierarquização do conteúdo. T al organização que harmoniza texto e imagem passou a ser denominada de empaginação ou mise en page. Somente com a invenção da tipografia, a circulação da informação escrita se transformou tanto em custo como em relação à fidedignidade e à acessibilidade. Pode-se considerar a tipografia como uma das maiores contribuições tecnológicas da história do homem. No que se refere ao processo da narrativa do texto literário tendo como objeto a obra de arte, esta perspectiva pressupõe uma autonomia do signo estético, ao estabelecer um diálogo por meio da relações entre real e imaginário. Para o estabelecimento desta retórica visual, são utilizadas as figuras de linguagem que alteram ou enfatizam o sentido das palavras. A linguagem visual também utiliza recursos como a hipérbole, a metáfora, a metonímia e a personificação. Tratando-se de linguagem visual, a hipérbole é utilizada como representação do exagero; a metáfora, nas transformações da imagem ou em seu significado; a metonímia, na reprodução da parte para representar o ser inteiro; a personificação, na atribuição de características humanas a seres de outros reinos. Nessa dimensão, a ilustração, quando se conecta semanticamente ao texto, estabelece uma espécie de coerência a partir de dois sistemas semióticos: o verbal e o visual. Nesse sentido, ao delegar à ilustração a possibilidade de representar o texto, oferece-lhe também os privilégios da metonímia, compreendendo que a tradução literal do texto é impossibilitada em virtude da diferença entre texto e imagem, pois cada linguagem obedece a um protocolo de representação próprio.

Essa imagem ilustrada carrega diversos elementos, entre os quais a possibilidade de representar, escrever, simbolizar e ludificar. Por sua característica dinâmica, a ilustração se metamorfoseia em diversas possibilidades: assumir um caráter figurativo ao reproduzir exatamente a aparência das coisas; descrever quando interpreta esta aparência; narrar ao estabelecer juízo de valor do ser representado ou simbolizar ao projetar significados. A imagem, ao estruturar o pensamento por meio de formas e figuras, participa do processo de comunicação, estabelecendo um contato entre a mensagem e o receptor. Nesse entendimento, assume uma função estética no conjunto da representação ao potencializar seus elementos visuais como a linha, a forma, a cor, luz e espaço. A partir dessa estruturação, a imagem utiliza recursos visuais tais como: repetições, alternâncias, contrastes de linhas, formas, cores, da mesma forma que a linguagem verbal também utiliza os elementos fônicos, léxicos, sintáticos e as antíteses....


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