RESUMO TROPAS E BOIADAS PDF

Title RESUMO TROPAS E BOIADAS
Author JANAINA HENRIQUE
Course Estudos De Literatura Brasileira: Narrativa II
Institution Universidade Estadual de Goiás
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Summary

TRABALHO SOBRE LITERATURA GOIANA, TROPAS E BOIADAS...


Description

- Em razão da distância da província de Goiás ao litoral brasileiro, onde os acontecimentos culturais e artísticos chegavam em primeiro lugar pela colônia portuguesa e países europeus, o centro do país, principalmente Goyazes, levavam meses para ter conhecimento dos fatos ocorridos na corte. Dessa forma, depois de quase um século de descobrimento, nada ou quase nada se encontra nos anais históricos do nosso estado, a não ser os depoimentos dos viajantes que andaram pela província e deixaram relatos importantes, conhecido como literatura oral. O poeta e professor Gilberto Mendonça Teles, divide em seis períodos a evolução literária goiana.  O primeiro período: coincide com o descobrimento de Goiás até 1830, quando publica-se o primeiro jornal da província, A matutina Meiapontense, por iniciativa do comendador Joaquim Alves de Oliveira, no arraial de Meia-Ponte, hoje Pirenópolis. Noticias dão conta que o primeiro poeta brasileiro a se referir a Goiás usava o pseudônimo de Bartolomeu Antônio Cordovil, cujo nome verdadeiro Antônio Lopes da Cruz, nascido em Minas Gerais. Acredita-se ainda que, o primeiro poeta goiano deve ter sido Florêncio Antônio da Fonseca Grostom (1770-1860), nascido no arraial de Traíras, em Goiás, mais precisamente, em Meia-Ponte, escreveu; obras poéticas dedicadas ao juiz de órfãos do julgado de meia ponte, dedicado a seu amigo comendador Joaquim Alves de Oliveira. Outro goiano ilustre desse período é natural de Pilar, Luiz Maria Silva Pinto (1775-1969), que publicou em sua tipografia, no ano de 1832, o Dicionário da Língua Brasileira. Trata-se do primeiro dicionário escrito por brasileiro e impresso no Brasil.  O segundo período: Compreende de 1830 a 1903, da publicação do primeiro jornal goiano à instalação da Academia de Direito de Goiás. Além desses acontecimentos, ainda no século XIX, foram criados o Liceu de Goiás (1847), a primeira biblioteca publica, o gabinete literário, Teatro São Joaquim, o Seminário Santa Cruz – Onde formou os primeiros homens de notável saber cultural – e o aparecimento em todo território goiano de mais de cinco dezenas de jornais noticiosos e culturais.Nesse período Bernado Guimarães, notável escritor e romancista de reconhecimento nacional, autor de A escrava Isaura, escreveu O índio Afonso e Ermitão de Muquém, cenários localizados no interior do Brasil, mais precisamente no sul goiano. Já em 1863 surge o primeiro livro impresso e editado na província, pela Typografia Província de Goiás, a obra Viagem ao Rio Araguaia, autoria de Couto Magalhães, governador daquela época. O vulto mais importante desse período é o poeta romântico Antonio







Felix de Bulhões Jardim (1854-1887), que erguia a bandeira de libertação dos escravos. O terceiro período: Inicia-se com a instalação do curso da Academia de Direito, a fundação da academia brasileira de letras até a revolução de 1930, o aparecimento do livro Ontem (1928) há nele um poema, Goyaz, que tem um verso com uma data: 5 de maio de 1922, de Leo Lynce, inicia o modernismo em Goiás, com atraso de seis anos em relação à semana Moderna realizada em São Paulo (1922), e a mudança da capital da Cidade de Goiás para Goiânia. O mais notável goiano dessa fase é o escritor Hugo de Carvalho Ramos, com projeção nacional, publicou seu único livro Tropas e Boiadas (1917). Outros exemplos de poetas nessa fase romântica, que se projetaram na literatura goiana com livros publicados são: Henrique Silva, Joaquim Bonifacio Gomes, Luiz de Couto entre outros. Já em 1924, o professor Pedro Gomes publica o livro de contos Na cidade e na Roça, seguindo a linha regionalista e cômica dos habitantes no Brasil Central. Outro gênero de destaque nessa época foi o teatro, palco de inúmeras encenações levadas a palco no Teatro São Joaquim, na antiga capital, demolido em 1928 e reconstruído em 1992. O quarto período: É a fase da transição literária, encontrando as mais variadas influencias das escolas românticas, Parnasiana, simbolista e moderna. Nessa época, funda-se na capital, a Academia Goiana de Letras, instituição que vem consolidar a cultura do estado. Nesse período vem à luz, Historia de Goiás, do professor Colemar Natal e Silva, um goiano idealista, fundador de varias entidades culturais. A poesia nesse período perde um pouco de efervescência. Poucos poetas surgiram e o mais promissor é João Accioli, com Olho D’ Água (1933). O quinto período: Inicia-se em 1942, com o batismo cultural de Goiânia, a publicação da revista Oeste e vai até a realização pela União Brasileira de Escritores, Secção de Goiás, da I semana de arte em Goiás, evento ocorrido em Julho de 1956. Fato de maior importância foi a criação da Bolsa de publicações Hugo de Carvalho Ramos (1943), pelo primeiro prefeito de Goiânia, patrocinada pela prefeitura e coordenada pela União Brasileira de escritores de Goiás, com premiação de vinte salários mínimos aos primeiros classificados nos gêneros de poesia e prosa. Nessa época realizou-se em Goiânia o I congresso Nacional de Intelectuais (1954), num encontro de escritores brasileiros, com destaque e presença de Paulo Neruda. O escritor goiano de mais destaque dessa época é; Bernado Elis, nascido em Corumbá, autor de O tronco (1956), romance de valor histórico, ligado a tragédia e chacina ocorrida em São José do Duro, hoje Dianopolis, primeiro e único goiano a ocupar uma cadeira na



academia brasileira de letras. E no ano de 1956 vem a luz, O que foi pelo Sertão, livro de contos de Waldomiro Bariani Ortencio, muito elogiado pela critica especializada, apesar de ser paulista, fixou residência em Goiânia e ganhou titulo de cidadão goiano pelos relevantes serviços prestados ao estado. O sexto período da nossa evolução literária : Vai até os dias atuais, onde marca grande transformação no meio sócio-cultural do estado de Goiás. A criação de duas universidades em Goiânia, a Católica e a Federal; a fundação de Brasilia, capital da republica; a criação do Grupo de Escritores Novos (GEN); o movimento Praxis; o surgimento da primeira editora, por iniciativa dos irmãos Taylor e José Oriente (Editora Oriente), que publicou mais de quatrocentos títulos de escritores goianos, dentre outros acontecimentos. A critica literária revela nomes de grande respeitabilidade no âmbito nacional: Gilberto Mendonça Teles, José Fernandes Moema de Castro, Darcy França e outros. Destaca-se ainda o gênero da historiografia com: Zoroastro Artiaga, Padre Luiz Palacin, Amália Hermano... Outro ponto a ser considerado de relevância, diz respeito a três nomes consagrados na literatura contemporânea. Trata-se de: Carmo Bernades, José J. Veiga e da poetisa Cora Coralina....


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