Resumo (clima e tempo) PDF

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Resumo sobre clima e tempo...

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Wellington de Carvalho Arantes.

Resumo do texto “Bases Conceituais em Climatologia Geográfica”

A meteorologia apresenta duas abordagens, a tradicional e a dinâmica. A abordagem

tradicional

(analítico-separativo)

estuda

cada

elemento

separadamente, já a meteorologia dinâmica considera todos os elementos em conjunto, esta última interessa mais à Geografia de acordo com Pédelaborde (1970). A Climatologia, um dos ramos da Geografia física, encontra suas bases na meteorologia. O confronto entre meteorologia e climatologia é em torno das aplicações de cada uma, iniciando-se com as definições de tempo e clima. O tempo é uma combinação passageira, de curta duração, já o clima é um conjunto de tendências - mais ou menos estáveis - que resulta em condições relativamente permanentes, durante um período de tempo mais extenso, mais longo ou duradouro. De acordo com Baldit Apud Pédelaborde (1970, p. 9) para os meteorologistas o tempo é o “conjunto de valores, em um dado momento e em um determinado lugar, caracterizam o estado atmosférico”. Aos geógrafos interessa uma abordagem mais ampla de tempo, que concerne aos “tipos de tempo” e que permite identificar as combinações que se repetem de formas aproximadamente semelhantes. Tendo em vista os “tipos de tempo”, pode-se definir o que é clima, cujo estudo requer práticas mais metódicas e demoradas para que possa entender sua totalidade, segundo Pédelaborde (1970) o clima, assim como o tempo, resulta de combinações de elementos, mas são combinações de tendências mais permanentes dos elementos mais gerais da atmosfera. A definição de Hann, baseada na meteorologia tradicional, citada por Pédelaborde (1970, p. 19) define clima como “conjunto de fenômenos meteorológicos que caracterizam o estado médio da atmosfera em um ponto da superfície terrestre”, esta concepção trata o clima como média e não leva em conta o desenrolar dos fenômenos em sua ordem cronológica.

O conceito elaborado por Sorre (1951), baseia-se na meteorologia dinâmica, diz que clima é “o ambiente atmosférico constituído pela séria de estados da atmosfera sobre um lugar em sucessão habitual”, assim considerando o estado da atmosfera de forma totalitária, revelando dados que as médias ocultam, por isso é mais adequada à Climatologia geográfica. A Climatologia Analítico-Separativa apoia-se no conceito de Hann, neste método os elementos do clima são considerados de modo isolado e não possibilita a visualização do ritmo climático, ainda que tenha sua utilidade geográfica, possui lacunas. A Climatologia Sintética apoia-se na proposta de Sorre (1951) analisando o complexo atmosférico em porções individualizadas e a sucessão dos “tipos de tempo”. Pédelaborde (1970) defende que cada tipo de tempo deve ser analisado a partir de seus elementos, mas sem extraí-los do conjunto, porém, não se preocupa com o ritmo dos fenômenos. O brasileiro Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro (1976, p. 30) apresentou uma tradução que melhorou o conceito de Sorre para clima, trata-se do ritmo, a observação do encadeamento, sucessivo e contínuo, dos estados atmosféricos e suas articulações no sentido de retorno ao mesmo estado. O caráter geográfico da Climatologia está necessariamente em ter conhecimento de que o clima de cada lugar possui especificidades devido a origem de cada fenômeno, levando em consideração as características físicas de cada lugar, a análise rítmica de Monteiro é apropriada para a investigação da realidade do clima na perspectiva geográfica. A

Climatologia

Separativa

e

a

Climatologia

Sintética

são

complementares, a utilização da abordagem necessária é definida de acordo com o tipo de estudo, porém, cada um desses tratamentos individualmente é incapaz de desvendar verdadeiramente o quadro climático de um lugar, portanto, são métodos indissociáveis que devem se manter imbricados para que o clima possa ser melhor compreendido....