Resumos de História - Resumo Historia da Psicologia PDF

Title Resumos de História - Resumo Historia da Psicologia
Author Carlota de Mello Espírito Santo e Vasconcellos
Course Historia da Psicologia
Institution Universidade de Coimbra
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Resumos de História – 1ºSemestre 17/09 – Aula 2 A psicologia é uma ciência recente, proposta por Wilhelm Wundt (1832 – 1920) e William James (1842 – 1910). A psicologia te influência na filosofia, biologia e fisiologia, sendo algumas da suas correntes baseadas na filosofia e outros na biologia. A história da ciência psicológica nasce a partir da conceção de ciência que Wundt e James usam para distinguir a psicologia como ciência da psicologia como metafisica. As psicologias científicas do século XX afastaram-se definitivamente de psicologias racionalistas e de psicologias empíricas de cunho filosófico . No entanto, o desenvolvimento de várias psicologias científicas do século XX não foi capaz de conferir unidade à psicologia. Pelo contrário, foi notável uma proliferação de correntes de psicologia assentando todas elas numa ideia comum: a subjetividade da compreensão do funcionamento humano. Antes do século XX… Mitologia: antigamente, as pessoas, criavam deuses para justificar o seu comportamento, pensavam que o seu comportamento era condicionado pelos mesmos (os deuses). Os gregos procuravam sacerdotes para saberem como se comportar porque eles eram os únicos em contacto direto com os deuses e isso dava-lhes (aos sacerdotes) uma autoridade sobre os outros. Sócrates – primeira dúvida do conhecimento “só sei que nada sei” Sócrates foi condenado à morte com veneno porque tinha ideias muito avançadas para a época, como por exemplo, o homem “parir” o conhecimento, dizer o que acha sobre o mundo e por em causa as ideias dos outros e as ideias mitológicas que, na altura, eram consideradas dogmas. Sócrates também dizia que o conhecimento deve ser alcançado de forma científica e racional (com pensamento e esforço)  Maiêutica Período de renascimento para o período moderno  Descartes (filosofo francês – discurso do método) A religião distingue o corpo (o pecado; é palpável) da alma (quando deixa o corpo encontra o caminho para a felicidade (não palpável). Descartes também separa a alma do corpo, posição dualista que continua ainda hoje na atualidade, cuidar do corpo = médicos; cuidar da alma = psicólogos (figuras estranhas porque tratam o que não é palpável) Há propriedades típicas do corpo e outras da mente, tal como há doenças do corpo e doenças da mente. Dividimos o que nos acontece em questões de corpo e questões de mente. Ficamos mais preocupados com doenças físicas do que com doenças mentais (cancro vs depressão).

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Descartes é o primeiro que diz que podemos chegar à verdade das questões através da razão e do pensamento. Após Descartes vem o positivismo no século XX que se baseia nos fatos, gera ideias de materialismo, algo acima da subjetividade, algo observável. Na psicologia há uma tentativa de basear-se nos factos que podem ser comprovados e palpáveis (daí o elevado número de experiências). Empirismo: John Locke diz que todo o conhecimento provém da experiência e não de questões de cariz subjetivo. O que já mudou da minha compreensão do que é a psicologia?     

Dualismo corpo – mente; Psicologia como ciência é algo recente; Psicologia estuda fenómenos mentais, a mente, tem um objetivo, precisa de um método; Pensamento psicológico foi estudado pela filosofia e contribui para a psicologia; A psicologia é influenciada tanto pelo meio filosófico como pelo meio biológico.

Complete a seguinte afirmação: Quando os psicólogos introduzem um novo conceito ou uma nova teoria acerca dos fenómenos psicológicos…  

Precisam de ser baseados em experiencias e métodos viáveis; Aplicação de um método que sustenta uma nova teoria ou um novo conceito.

24/09 e 01/10 – Aula 3 e 4 ver síntese Duas escolas:  

EUA – experiências, o que é observável e mensurável; Alemanha – baseada em conteúdos, baseada na palavra.

Corpo e mente estão juntos como comprova o caso de Gage que num acidente de trabalho uma barra de ferro ficou espetada no crânio (debaixo do queixo até à nuca) e apenas mudou a personalidade continuando a ouvir, ver e receber estímulos como antes do acidente, ou seja, Descartes não tinha razão dizendo que o corpo e a mente não estão integrados e que os médicos cuidam do corpo e os psicólogos da alma/mente. Nesta altura, a psicologia cada vez mais se aproximava da biologia afastando-se da filosofia. Após a leitura do How Psychology became a science, em que medida é importante a psicologia estudar os fenómenos da mente ou apenas o que é extremamente observável e mesurável? 

Psicologia é o estudo científico da mente e dos comportamentos, o estudo da unidade entre o comportamento e a mente. Junta-se o objetivo (comportamento) com o subjetivo (mente), ou seja, o observável (comportamento) e o mesurável (mente).

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08/10 – Aula 5 A crítica ao “saber psicológico” a partir da reflexão sobre as suas condições de construção, da relação com outras ciências e da sua aplicação na vida quotidiana A psicologia tem pouca credibilidade junto às pessoas porque estuda algo que não é observável, não é palpável. Este problema é agravado pela proliferação de livros de “pop psychology” que pretendem usar conceitos de psicologia para explicar e controlar o comportamento humano. O “saber psicológico” apresenta lacunas, não é como a matemática, e esta falta de rigor é uma limitação que a psicologia terá sempre, mas isso não significa que tal comprometa a possibilidade de a psicologia desenvolver um conhecimento útil. Ao contrario da crença popular, em ciência a compreensão é tão ou mais importante do que a provisão. E os estudos psicológicos têm definitivamente fornecido alguma compreensão acerca do modo como os seres humanos se comportam em determinadas circunstâncias. Certamente, a psicologia não é uma ciência como a física, mas porque que a física há de ser o critério para medir a “cientificidade” dos outros campos? O “saber psicológico” pode cair no erro da generalização. Ex: pessoas com olhos verdes têm tendência a trair. A psicologia valoriza o subjetivo e procura entender o comportamento de forma objetiva. O impacto da psicologia na vida quotidiana é alargado e profundo, dando valor a questões menosprezadas noutras áreas (ex: avaliação psicológica). Num tribunal a avaliação psicológica é muito importante, por exemplo, através desta é possível saber se a pessoa controla os seus próprios comportamentos, se faz as coisas conscientemente. Outros acontecimentos…     

A psicologia ganha importância na área das terapias. Dá-se importância no século XX ao bem-estar psicológico. Psicólogos começam a ocupar o lugar de sacerdote (com quem as pessoas falam). Livros de autoajuda aparecem nos EUA. A psicologia começa a ser procurada, por exemplo, nos EUA porque podiam gastar dinheiro em coisas vulgares, então começa a procurar a psicologia para encontrar a felicidade.

15/10 – Aula 6 Behaviorismo Conforme refere Baum (1999), "a ideia do behaviorismo é simples de ser formulada: é possível uma ciência do comportamento". Assim, segundo o autor, o behaviorismo pode ser referido como um conjunto de ideias sobre a possibilidade de análise do 3

comportamento – o behaviorismo não é propriamente uma ciência, mas uma filosofia do comportamento que aborda tópicos que muito nos tocam de perto: por que fazemos o que fazemos e o que devemos e não devemos fazer. John B. Watson, com a publicação do seu artigo intitulado "Psicologia: como os behavioristas a veem", inaugura, em 1913, o termo que passa a denominar uma das mais expressivas tendências teóricas da Psicologia: o Behaviorismo. O termo inglês "behavior" significa "comportamento" e ao postular o comportamento como objeto de estudo da Psicologia, Watson estabelece um objeto de estudo "observável e mensurável, cujas experiências poderiam reproduzir diferentes condições e sujeitos”. As conceções de Watson representaram uma grande oposição à introspeção e contribuíram para o rompimento definitivo da psicologia com a sua tradição filosófica. Assumindo que o ser humano possui um organismo que se ajusta ao ambiente em que vive por meio de equipamentos hereditários e pela formação de hábitos, Watson defende a ideia de que o comportamento deve ser estudado como função de certas variáveis do meio, sob o argumento de que certos estímulos levam o organismo a dar determinadas respostas. O behaviorismo de Watson fundamenta-se numa das leis mais famosas do behaviorismo, a de Pavlov – o condicionamento clássico, que consiste em respostas que são produzidas por estímulos antecedentes do ambiente (ex. contração das pupilas quando há luz forte sobre os olhos). Aprofundando e ampliando tais noções, Watson chega ao conceito de "reflexo condicionado", que consiste em interações estímuloresposta (ambiente-sujeito) nas quais o organismo é levado a responder a estímulos que antes não respondia. A formulação do behaviorismo de Watson é representada pela relação S-R, onde S é o estímulo do ambiente e R a resposta do organismo. B.F. Skinner, em 1945, introduz o behaviorismo radical, defendendo a análise experimental do comportamento. Contrapondo-se ao behaviorismo metodológico de Watson, o programa de Skinner adota os princípios do pragmatismo, cuja base é a de que a força da investigação científica reside não tanto na descoberta da verdade sobre o modo como o universo funciona, mas no que essa verdade nos permite fazer, ou seja, a grande realização da ciência é dar significado à nossa experiência. Assim sendo, Skinner falou do reforço e da punição como os principais fatores no condicionamento do comportamento. Ele deu a isto o nome de condicionamento operante. Uma das suas experiências foi criar uma pequena caixa (“Caixa de Skinner”) que isolava o sujeito do ambiente externo que tinha um indicador de comportamento como uma alavanca ou um botão. Quando, neste caso, o animal puxa a alavanca ou carrega no botão, a caixa entrega um reforço positivo (por ex: comida), ou uma punição (por ex: som), ou um operante neutro (por ex: luz). Skinner era um extremista nas suas crenças e muito do que ele disse e fez foi negativamente criticado ao longo do tempo. Não é que ele achasse que os processos mentais não existiam – acreditava na existência deles, todavia, para ele, eles conseguiam ser explicados e parafraseados como um tipo de comportamento (embora interno) e eram considerados totalmente irrelevantes porque não se consegue nem vê-los nem medi-los (ou seja, estudá-los). É impossível ver 4

uma relação entre o estímulo no ambiente e uma reação comportamental observável. Mas esta forma rígida de se percecionar as coisas tem um fundamento importante por detrás: Skinner estava convencido de que se fosse permitido à linguagem da psicologia referir-se aos processos cognitivos, sendo eles invisíveis e impalpáveis, que a psicologia perderia a credibilidade que estava a ganhar e a reter como uma ciência. Skinner foi, também, a única figura importante na história do behaviorismo a partilhar uma opinião sociopolítica do mundo baseada no compromisso que ele tinha com a doutrina, escrevendo um livro chamado de “Walden Two” que era a sua teoria de como uma sociedade humana ideal seria se os princípios behavioristas fossem aplicados de forma sistemática. Mostrou uma nítida aversão à liberdade de escolha, rejeitando até a noção de que as pessoas criam o próprio ambiente em que vivem (ou seja, que a nossa experiência do mundo é extremamente subjetiva). Também manifestou uma desconsideração pelas neurociências, opinando que só identificavam os processos físicos subjacentes à interação entre pessoa/animal – ambiente. Não obstante, as crenças radicais de Skinner, o comportamentalismo trouxe muito de bom para a área da psicologia. A educação que se dá às crianças tem, como base, princípios behavioristas; o “cognitive-behavioural therapy” é inspirado na doutrina também; técnicas de gestão comportamental são usadas com crianças autistas; entre outras formas de aplicação. Porquê ser um behaviorista? 

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Fenómenos mentais podem ser explicados através do comportamento, por exemplo, a afirmação de que o rato sabe o caminho para o alimento é baseada na observação de que de facto o animal chegou até ao alimento, o que é um comportamento. Todo comportamento é apreendido pelo condicionamento, não existem habilidades ou tendências inatas. Estados internos não proveem explicações para comportamentos externos porque eles próprios são comportamentos.

22/10 e 5/11 – Aula 7 e 9 A construção da teoria psicanalítica Freud nasceu em 1856 na Morávia e faleceu em 1939. Mudou-se para Viena ainda na infância. Era intelectualmente brilhante e fez-se médico. Na área médica interessam lhe sobretudo as doenças nervosas. Estas não eram respeitadas pelos médicos da época, pois os aspetos psíquicos não eram considerados científicos, apenas o que era mensurável ou suscetível de algum tipo de comprovação material: “Eles não sabiam o que fazer do fator psíquico e não podiam entendê-lo. Deixavam-no aos filósofos, aos místicos e aos charlatães, e consideravam não científico ter qualquer coisa a ver com ele”.

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A Psicanálise constitui-se como uma teoria desenvolvida por Sigmund Freud, tendo como marco inicial a publicação da obra A Interpretação dos Sonhos, no início de 1900. Freud desenvolve uma teoria científica, mesmo que os positivistas critiquem a Psicanálise como sendo filosofia e não ciência. O inconsciente Freud Estudou em Paris com Charcot sobre hipnose em pacientes com histeria. Em Viena, aproximou-se de Breuer, que utilizava o método catártico no tratamento de pacientes histéricas por meio da sugestão hipnótica. No estudo com esses primeiros pacientes Freud percebe que há uma outra lógica operando na estrutura psíquica humana, além da consciência: o inconsciente. Freud questiona-se: Porquê tanto esquecimento? Para onde vão os conteúdos suprimidos da consciência? Freud concluiu, por intermédio desses estudos, que alguns conteúdos permaneciam “escondidos” do próprio sujeito, isto é, permaneciam alojados no inconsciente. A primeira tópica Freud desenvolve duas teorias do aparelho psíquico. Na primeira teoria do aparelho psíquico ou primeira tópica freudiana, divide o psiquismo em inconsciente, préconsciente e consciente. O inconsciente, para Freud, era uma instância psíquica em que o paciente sabe, mas não sabe que sabe. O inconsciente não segue uma lógica linear, mas é atemporal e dialético, onde contrários coexistem. Dessa maneira, o sujeito pode amar e odiar ou querer e não querer ao mesmo tempo. O inconsciente é a fonte de energia do psiquismo humano. O pré-consciente seria responsável por armazenar as informações que não estão na consciência naquele exato momento, mas às quais podemos aceder sempre que necessário. Há um fluxo constante entre as três instâncias. Ainda neste primeiro momento, Freud desenvolve outro conceito importante, a libido. A libido é a energia erótica que possibilita a vida. É a libido quem une homens e mulheres para fins reprodutivos. Através da sublimação, utilizamos esta energia para fins socialmente aceites (arte, trabalho, etc.). A segunda tópica Posteriormente Freud desenvolve a segunda teoria do aparelho psíquico ou segunda tópica, ao perceber que o psiquismo era mais complexo do que a divisão em inconsciente, consciente e pré-consciente. Neste segundo momento Freud divide a estrutura psíquica em id, ego e superego. O id é a fonte de energia pulsional (libido). O id é inconsciente e regido pelo Princípio do Prazer. Este é um conceito elaborado por Freud em que ele estabelece que há uma

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tendência geral do psiquismo em obter prazer, eliminando o desprazer por meio da diminuição dos níveis de tensão intrapsíquicos. Esse prazer é procurado de maneira imediata e a qualquer custo, não levando em conta a necessidade de autoconservação do ego. Para regular esse princípio, o Princípio de Realidade vai mediar a relação do Princípio do Prazer com o mundo externo, regulando a satisfação das pulsões. Id, Ego e Superego O Id é responsável pelos instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. O id não tem contato com a realidade, pode satisfazer-se na fantasia mesmo que não realize uma ação concreta referente aquele desejo. Os impulsos do id podem trazer à superfície necessidades básicas do indivíduo e que foram reprimidas (por exemplo, o instinto sexual) e que muitas vezes o indivíduo nem tem consciência delas de tão reprimidas que se encontram. No id é armazenado tudo o que o indivíduo reprime, todas as suas necessidades que não foram satisfeitas. O id é a representação do Princípio do Prazer. Existem muitas formas de exteriorização dos desejos inconscientes, a mais comum é o ato falhado, que pode revelar os sonhos e os segredos mais íntimos do ser humano. Outro meio de tornar consciente o desejo é através dos sonhos, onde é revelado o que o indivíduo deseja mas que seria discriminado pela sociedade. O instinto sexual é o mais reprimido, uma vez que a religião e a moral da sociedade falam mais alto… O superego forma-se durante o esforço da criança de introjetar regras e valores recebidos dos pais e da sociedade, a fim de receber amor, afeição, respeito, reconhecimento social. Pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos. O superego nem sempre é consciente, muitos valores e ideais podem ser despercebidos pelo eu consciente. O superego tem três objetivos:   

Inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso/desejo contrário às regras e ideais por ele ditados (consciência moral); Forçar o ego a comportar-se de maneira moral (mesmo que irracional); Conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras (ego ideal).

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Os “psicopatas” têm um id dominante e um superego muito reduzido, o que lhes elimina o remorso, sobressaindo a falta de consciência moral; uma manifestação normal de um superego muito desenvolvido é o dualismo (tudo ou nada, cert o ou errado), sem meiotermo. Economia do psiquismo O ego faz a mediação entre os desejos do id, as impossibilidades da realidade externa e as interdições do superego. Está ligado ao Principio de Realidade, por meio do qual o homem se torna civilizado. O id, regido pelo Princípio do Prazer, quer suas necessidades atendidas. O ego tenta conciliá-las com as exigências do mundo externo e do superego. Assim, numa lógica económica, tenta-se conciliar id e ego, atendendo à procura de prazer pelo id e às regr as impostas pelo superego. Os desejos do id não reconhecem tempo ou local, podendo retornar por meio de sonhos ou sintomas (atos falhados) em qualquer momento da vida do sujeito. Com a finalidade de manter o equilíbrio do psiquismo e de se Auto preservar, o ego não consente que algumas pulsões sejam sequer desejadas conscientemente. No plano inconsciente o superego “acusa” o id e o ego trata de reprimi-las antes mesmo que cheguem ao consciente, gerando o sentimento de culpa. Id, ego e superego são diferentes, mas não são separados. Há uma relação dialética entre eles. Desse modo, possuem a mesma natureza e atuam em conjunto, produzindo, na estrutura psíquica uma síntese que compõe a subjetividade. O psiquismo tem como infraestrutura o que é orgânico. Freud explica que a energia libidinal está na fronteira do psíquico e do somático. A libido e as pulsões O homem, pela transformação dos instintos animais, é capaz de renunciar à satisfação imediata e ao prazer. Essa satisfação adiada, que gera segurança, constitui a base para a vida em sociedade. A libido, energia originalmente destinada para a reprodução humana na relação entre os sexos, possibilita essa transformação, é desviada desse objetivo e dirigida para a realização de outras atividades humanas cuja finalidade é a produção de cultura. A este processo Freud (1997) chama sublimação. Na sublimação, o objeto e o objetivo são modificados e o que era originalmente sexual encontra satisfação numa realização não sexual (genital), na medida em que se investe energia libidinal num substituto, "de uma valoração social ou ética superior". A existência de civilização e a própria possibilidade de vida social implicam a subjugação dos instintos pulsionais humanos e o seu investimento em objetos que possibilitem a vi...


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