Psicologia Social resumos PDF

Title Psicologia Social resumos
Course Social Education
Institution Universidade Portucalense Infante D. Henrique
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resumos de psicologia social...


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Psicologia Social 1

Os seres humanos são “antes de mais, seres em situação […]. Não podemos distinguir as diferentes situações, uma vez que estas nos constituem e decidem as nossas possibilidades” • Por que motivo alguns indivíduos são líderes eficazes e outros não? • O que leva as pessoas a apaixonarem-se? • Por que motivo as pessoas cooperam numas situações e noutras não? • Por que motivos os indivíduos apresentam várias imagens de si, em diferentes situações sociais? • O que causa o comportamento agressivo? O que causa o comportamento altruísta? • Por que razão alguns indivíduos são mais influentes e persuasivos do que outros? • Por que motivo persistem os estereótipos sociais? • Todos os indivíduos são psicólogos sociais “amadores”. A observação dos outros e a procura de explicações para os acontecimento sociais são uma constante. Para responderem às suas interrogações, os indivíduos, por norma, formulam juízos/ideias partindo da sua experiência pessoal e do senso comum. • Os psicólogos sociais “profissionais” fazem o mesmo, embora de forma mais sistemática e pela aplicação do método científico (formulação de hipóteses, observação sistemática do comportamento, experimentação, formulação de teorias) DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA SOCIAL Nas últimas décadas, ocorreram mudanças importantes que impulsionaram o desenvolvimento e expansão da Psicologia Social: 1. Aplicação do método científico à compreensão do comportamento social humano; 2. As modernas viagens e as comunicações de massa multiplicaram as relações sociais e as potencialidades para a interação social. Estas mudanças tornaram a psicologia social fundamental. Definir a PSICOLOGIA SOCIAL constitui uma tarefa complexa, por duas ordens de fatores (Neto, 1998): 1. A diversidade do domínio

2. A sua rápida taxa de mudança

A Psicologia Social tem-se caracterizado pela pluralidade e multiplicidade de abordagens teóricas adotadas como referenciais legítimos à produção de conhecimentos sociopsicológicos. Contudo, o binómio indivíduo-sociedade, isto é, o estudo das relações que os indivíduos mantêm entre si e com a sua sociedade ou cultura, sempre esteve no centro das preocupações dos psicólogos sociais. Michener, DeLamater e Myers (2003) definem a psicologia social “como o estudo sistemático da natureza e das causas do comportamento social humano” (p. 3) Esta definição enfatiza três aspetos fundamentais: 1. A principal preocupação da psicologia social é o comportamento social humano (atividades dos indivíduos na presença de outros, interação social, relacionamentos interpessoais e intergrupais) 2. A psicologia social não trata apenas da natureza do comportamento social, mas também das causas desse comportamento 3. Os psicólogos sociais estudam o comportamento social de maneira sistemática AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DA PSICOLOGIA SOCIAL

Relações interindividuais(1)

Relações grupais(2/3)

Relações intergrupais(4)

RELAÇÃO COM OUTROS CAMPOS Sujeito – Objeto Psicologia: Estudo científico do indivíduo e do comportamento individual Sociologia: Estudo científico da sociedade humana

Sujeito individual (ego) - Sujeito social (alter) – Objeto Psicologia Social: Relação ternária – mediação constante entre o sujeito e o objeto que se traduz em modificações do pensamento e do comportamento de cada um.

PSICOLOGIA SOCIAL • A psicologia social faz a ponte sobre a lacuna que existe entre a sociologia e a psicologia (área interdisciplinar) • Tanto os psicólogos como os sociólogos têm contribuído para o desenvolvimento da psicologia social. Todavia, os psicólogos sociais com orientações psicológicas e sociológicas diferem em perfil e ênfase. Psicologia Social Psicológica -enfatiza os processos intraindividuais nas respostas dos indivíduos aos estímulos sociais. Psicologia Social Sociológica - privilegia os fenómenos que emergem dos diferentes grupos e sociedades

Anos 20 e 30 do Século XX: • Desenvolvimento de métodos de estudo das atitudes – Escalas de Atitudes (Bogardus, 1925; Thurstone, 1928 e Likert, 1932) • Investigação sobre processos grupais • 2 momentos importantes: -Adoção da perspetiva cognitivista -Início da experimentação em laboratório

Anos 40 e 50 do Século XX: • A II Guerra Mundial estimulou a investigação em Psicologia Social – problemas específicos: ✓ Atitudes, persuasão, dinâmica de grupos, inter-grupais e conformismo, relações inter-grupais, perceção social, etc. • Uma teoria muito influente – Comparação Social (Festinger, 1954) – tornouse o processo de explicação central em Psicologia Social

Experiências marcantes: • Muzafer Sherif, 1935 – estudos sobre a influência grupal na formação de normas; • Solomon Asch, 1951 – estudou o efeito da pressão grupal no conformismo; • Festinger e Carlsmith, 1959 – estudos sobre a dissonância cognitiva; • Stanley Milgram, 1963 – estudos sobre a obediência destrutiva; • Henri Tajfel, 1970 – estudos sobre a categorização social e discriminação intergrupal

A Psicologia Social na Europa: • Devido à ascensão do fascismo na Europa e subsequente guerra, em meados dos anos 40 a Psicologia Social quase tinha desaparecido • A partir dos anos 50 – EUA apoiaram a formação de centros de Psicologia Social na Europa • Os temas mais estudados na Europa – relações inter-grupais, mais na linha de uma PS mais social (sociológica) • Em 1966 foi formada a European Association of Experimental Social Psychology (EAESP)

• A partir dos anos 70, a PS Europeia tem assistido a uma notável renascimento PARADIGMAS DA PSICOLOGIA SOCIAL 1. O paradigma americano • Nos Estados Unidos da América, a psicologia social adquiriu um marcada orientação funcionalista e pragmatista e cedo se envolveu com a necessidade de a aplicar a domínios como a educação, a indústria, a opinião pública, a medicina, etc. • Nomes importantes: Allport, Bartlett, Sherif, Hovland, Festinger, Lewin, Asch, Heider, … • “Crise da Psicologia Social” – a partir da década de 70, começa a questionar-se a excessiva individualização da Psicologia Social Psicológica, nomeadamente as suas bases concetuais e metodológicas, validade, relevância social e capacidade de generalização • Ross, Lepper e Ward (2010) destacam três tópicos atualmente centrais na psicologia social americana: 1) cognição social; 2) atitudes; 3) processos grupais. A estes tópicos, acrescentam ainda a Neurociência Social e a Psicologia Social Evolucionista.

2. O paradigma europeu – Uma psicologia social europeia • Motivada pela crise da Psicologia Social na América do Norte, a partir da década de 70 a Psicologia Social Europeia começa a adquirir sua própria identidade e a demonstrar maior preocupação com a estrutura social. • Perspetiva menos individualista, que se revela particularmente forte no domínio das relações intergrupais • Nomes importantes: Tajfel, Moscovici, Doise, Abric, Jodelet … • Tópicos importantes: - Identidade social - Representações sociais

PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLÓGICA (PSP) ➢ Definição clássica de Allport (1968/1985, p. 3): • Com raras exceções, os psicólogos sociais olham para a sua disciplina como uma tentativa para compreender e explicar o modo como o pensamento, o sentimento e o comportamento dos indivíduos são influenciados pela presença real , imaginada ou implícita dos outros. O termo ‘presença implícita’ refere-se às muitas atividades que o indivíduos desempenha em virtude da sua posição (papel) numa estrutura social complexa e em virtude da sua pertença a um grupo social”.

➢ Nesta perspetiva, pode conceber-se a psicologia social em termos de: • Entradas para o indivíduo – presença atuais, imaginadas ou implicadas • Saídas do indivíduo – pensamentos, sentimentos e comportamentos do indivíduo

PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA (PSS) ➢ Definição de Stephan e Stephan (1985) tem como foco o estudo da experiência social que o indivíduo adquire a partir de sua participação nos diferentes grupos sociais com os quais convive. ➢ Segundo Valentim (2011, p. 1), esta perspetiva “foca o papel central dos enquadramentos socio-históricos, das ideologias, dos sistemas normativos e de significado das sociedades em causa”.

Duas Psicologias Sociais: Diferenças entre a Psicologia Social Psicológica e a Psicologia Social Sociológica (Neto, 1998, p. 49)

PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLÓGICA

PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLÓGICA E PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA Existem várias razões para se proceder ao estudo das duas psicologia sociais: 1. Ambas as abordagens fornecem informação complementar acerca dos mesmos problemas 2. As duas abordagens convergem: reconhecem implícita ou explicitamente a influência recíproca do indivíduo e da sociedade na construção social da realidade

3. A atenção ao mundo subjetivo do indivíduo é partilhada por ambas as abordagens

PSICOLOGIA SOCIAL COMO CIÊNCIA A psicologia social é uma ciência? Para responder a esta questão, devemos analisar os critérios que caracterizam qualquer ciência (Michener, DeLamater & Myers, 2003): 1. Os cientistas envolvem-se na observação empírica do mundo; 2. Utilizam uma metodologia formal de investigação; 3. Acumulam o conhecimento dos factos; 4. Desenvolvem teorias formais para explicar os factos; 5. Empregam as teorias para fazer previsões e exercer controlo. A psicologia social atende aos primeiros quatro requisitos, mas não atinge o quinto.

NÍVEIS DE ANÁLISE EM PSICOLOGIA SOCIAL Doise (1982) distingue os seguintes níveis de análise em psicologia social: ❑ Nível intra-individual – trata o modo como os indivíduos organizam as suas experiências no meio ambiente. ❑ Nível interindividual – as explicações são baseadas nas interações que ocorrem entre indivíduos numa dada situação; ❑ Nível posicional – são consideradas as diferentes posições que os atores sociais ocupam no tecido das relações sociais; ❑ Nível ideológico – as explicações baseiam-se nas produções culturais e ideológicas que não somente dão significação aos comportamentos dos indivíduos, como também criam ou dão suporte às diferenciações sociais em nome de princípios gerais

Mais recentemente, Doise (2011) acrescentou novos níveis de análise à classificação anterior: ❑ Nível inter-societal – considera as relações que ligam diferentes sociedades num quadro normativo comum ❑ Funcionamento cerebral (“cérebro social”) – trata o processamento neurológico e cerebral dos processo sociocognitivos

• Diversos níveis de análise podem imbricar-se mutuamente;

• Longe de invalidar os níveis de análise anteriormente propostos, os “novos” níveis enriquecem a compreensão de modelos pré-existentes.

Doise e Valentim (2015) defendem a articulação de diferentes níveis em psicologia social, sugerindo que esta articulação pode, inclusivamente, ser o objeto específico de estudo da psicologia social. Para tal, sugerem o Modelo Sistema-Metassistema.

Representações sociais

Porquê social? • Critério quantitativo: a representação é social na medida em que é partilhada por um conjunto de pessoas • Critério genético: a representação é social na medida em que é colectivamente produzida • Critério funcional: a representação é uma teoria social prática, com uma função comunicacional e comportamental “Uma modalidade de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, com um objectivo prático e contribuindo para a construção de uma realidade comum a um conjunto social”. Jodelet, 1989, p. 36

▪ As representações sociais ligam um sujeito a um objeto ▪ Uma representação social é uma elaboração sociocognitiva ▪ Heranças e alteridade ▪ Conteúdo e processo

FUNÇÕES DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS De acordo com Abric (1997), as representações sociais têm quatro funções fundamentais: • Função simbólica / construção da realidade • Função identitária – respondem aos contextos e posições dos actores sociais, situandoos no campo social e permitindo o desenvolvimento de uma identidade positiva (e.g., Joffe, 2003; Mugny & Carugati, 1985) • Função de orientação dos comportamentos (e.g., Jodelet, 1989) • Função de justificação das acções

PENSAMENTO NATURAL E PENSAMENTO CIENTÍFICO No seu trabalho inaugural, Moscovici pretendia estudar as transformações que ocorrem quando o conhecimento científico é apropriado pelo senso comum – acepção particular (ex: gravidade, psicanálise)

Constatação da existência de características típicas do raciocínio infantil no pensamento de adultos

DIMENSÕES DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS O “quem” das representações sociais O “quem” das representações sociais relaciona-se com a identidade – tanto individual como social – mas também com a posição e o status dos indivíduos na sociedade. A representação é a expressão de um sujeito “Representations bring together the identity, culture and history of a group of people” Jovchelovitch, 2007, p. 102

DIMENSÕES DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS O “porquê” das representações sociais As representações representam mais do que o mundo objectivo. São uma estrutura polivalente com dimensões subjectivas e intersubjectivas.

Função simbólica • Construção de sentido

DIMENSÕES DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS A representação é sempre a representação de qualquer coisa O “quê” das representações refere-se à: ➢ Construção do objecto ➢ Conteúdo atribuído ➢ Ambientes simbólicos

Em síntese, as funções das RS: ➢ Orientação das condutas e das relações sociais ➢ Justificação das condutas e das relações sociais ➢ Facilitação da comunicação social ➢ Interpretação da realidade quotidiana e compreensão de fenómenos novos e estranhos ➢ Constituição e preservação de uma identidade psicossocial (positiva) OBJETIVAÇÃO

ANCORAGEM “A ancoragem diz respeito ao enraizamento social de novas acções, às suas múltiplas inserções em categorias e conhecimentos existentes previamente” Valentim, 2003, p. 30

✓ Os processos através dos quais o não-familiar se torna familiar (ex: assimilação/acomodação; psicanálise ancorada no conceito de confissão) ✓ Os processos através dos quais uma representação se torna um organizador das relações sociais “O processo de ancoragem é, a um tempo, um processo de redução do novo ao velho e reelaboração do velho tornando-o novo” Vala, 2002, p. 474-475 O processo de ancoragem tem um papel central no surgimento de diferentes representações relativas a um mesmo objecto.

ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DAS RS(representações sociais) Núcleo Central ✓ Elemento gerador, organizador e estabilizador da representação ✓ Rígido, coerente, estável ✓ Define a homogeneidade do grupo ✓ Ligado à história colectiva do grupo

Elementos Periféricos ✓ Esquemas organizados pelo núcleo central e dependentes dele ✓ Flexíveis, sensíveis ao contexto ✓ É neles que se manifesta a heterogeneidade do grupo

ABORDAGEM GENÉTICA DAS RS Duveen and Lloyd (1990) desenvolveram uma abordagem genética das representações sociais, de modo a dar conta da construção social do conhecimento. Nesta perspectiva genética, as representações sociais são geradas e transformadas por três tipos de processos: ➢ Sociogénese – construção e transformação das representações sociais por diferentes grupos sociais (ex: morte) ➢ Ontogénese – desenvolvimento dos indivíduos face às representações sociais já existentes ➢ Microgénese – evocação das representações sociais no decurso da interacção sociais

IMAGENS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA VELHICE Dias, A. & Miguel, I. (2014). Ser idoso aos olhos dos mais novos: Representações sociais de crianças sobre a pessoa idosa. In M. J. Lopes, F. R. P. Mendes, & A. O. Silva (Eds.), Envelhecimento: Estudos e perspetivas (pp. 113-129). São Paulo: Martinari. ISBN: 978-85-8116-034-4 Objetivo geral : investigar as representações sociais de crianças do ensino básico sobre os idosos Objetivos específicos: 1.analisar a dimensão figurativa de uma pessoa idosa em comparação com uma pessoa não idosa junto de crianças do ensino básico; 2. avaliar as dimensões de proximidade pessoal, alterações físicas e psíquicas da velhice, relacional, representativa dos modos de vida e social associadas à velhice; 3.analisar perceções positivas e negativas das crianças associadas à velhice, considerando estereótipos anteriormente identificados na literatura. ✓ Amostra: 25 crianças de 8-9 anos de idade ✓Instrumentos: • Desenho livre • Entrevista • Questionário ✓ Análise de dados: análises de conteúdo; análise descritiva e correlacional

Atitudes: Conceito, função e medidas ATITUDES – Definição “The concept of attitude is probably the most distinctive and indispensable concept in contemporary American social psychology. No other term appears more frequently in the experimental and theoretical literature” (Allport, 1935, p. 798) McGuire (1986) distinguiu três momentos do estudos das atitudes: 1. Centração numa perspetiva estática de medição das atitudes e no modo como estas de relacionam com os comportamentos (décadas de 20 e 30) 2. Foco nas dinâmicas de mudança nas atitudes dos indivíduos (décadas de 50 e 60) 3. Estudo da estrutura e função dos sistemas de atitudes (décadas de 80 e 90).

De acordo com Eagly e Chaiken (1993), uma atitude é um constructo hipotético referente à “tendência psicológica que se expressa numa avaliação favorável ou desfavorável de uma entidade específica”

1. Constructo hipotético – as atitudes não são diretamente observáveis, isto é, são uma variável latente explicativa da relação entre a situação em que as pessoas se encontram e o seu comportamento (inferência) 2. Tendência psicológica – estado interior, com alguma estabilidade temporal (a maioria dos autores considera as atitudes como aprendidas e alteráveis) 3. Julgamento avaliativo – comporta três características: ✓ Direção – favorável vs. Desfavorável ✓ Intensidade – posições fracas a extremadas ✓ Acessibilidade – probabilidade de ser ativada automaticamente da memória

4. Objetos específicos – estão presentes ou são lembrados através de um indício do objeto; entidades abstratas, concretas, específicas ou gerais, classes de comportamentos

ATITUDES – Quantos componentes?

ATITUDES – Funções das atitudes A partir da literatura, Lima e Correia (2013) sistematizam quatro funções das atitudes: 1. Funções motivacionais das atitudes: Atitudes e necessidades • Este tipo de abordagem teve origem em autores de origem psicanalítica, como Katz (1960) • Estas funções específicas das atitudes podem ser sistematizadas em duas grandes categorias (Hereh, 1986): ✓ Funções instrumentais ou avaliativas – avaliação de custos e benefícios das atitudes, optando o indivíduo pela atitude que lhe permita obter o melhor ajustamento social, maximizando as recompensas sociais e minimizando as punições ✓ Funções simbólicas ou expressivas – utilização das atitudes enquanto forma de transmitir os valores ou a identidade do sujeito, permitindo-lhe proteger-se contra conflitos internos ou externos e preservar a sua auto-imagem

2.Funções sociais das atitudes: Atitudes em relação a grupos sociais

• Numerosos estudos da psicologia social mostraram já a influência da posição dos outros na formação de opiniões acerca de estímulos, quer ambíguos, quer estruturados • Nesta linha, as atitudes podem ser vistas como um posicionamento face a um estímulo (o objeto de atitude) • Dois domínios em que são salientes as funções sociais das atitudes: ✓ desenvolvimento de atitudes positivas em relação ao grupo de pertença; ✓ desenvolvimento de atitudes negativas em relação ao outro grupo 3. Funções cognitivas das atitudes: Atitudes e processamento da informação • As funções cognitivas das atitudes enfatizam o modo como as atitudes influenciam o modo como é processada a informação • Esta perspetiva sofreu a influência de dois princípios: ✓ Princípio do equilíbrio (Heider, 1958) ✓ Princípio da redução da dissonância (Festinger, 1959) Em comum têm o facto de serem propostas no âmbito da manutenção da consistência cognitiva: postulam que os indivíduos procuram manter a consistência interna, a ordem e o acordo entre as suas várias cognições 4. Funções de orientação para a ação: At...


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