Retratação do Fantasma no Cinema Japonês PDF

Title Retratação do Fantasma no Cinema Japonês
Author Ludson Matsuda
Course Análise De Linguagem Cinematográfica I
Institution Universidade Estadual do Paraná
Pages 2
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Summary

A figura do fantasma no cinema japonês, dos diretores Kenji Mizoguchi, Kiyoshi Kurosawa, e Nabuo Nakagawa etc......


Description

A Retração do Fantasma do Cinema Japonês Ludson Yuri Matsuda1

Começando com o filme O conto da lua vaga (1953) de Kenji Mizoguchi, se passa num Japão violento e feudal do século 16, durante uma guerra civil. Um casal de camponeses tenta fugir daquelas situações da invasão da guerra, é o homem conhece uma mulher onde se torna sua amante. Neste filme, faz que o assombro da guerra feudal e o patriarcado desta época, faz que o homem é narcisista e as mulheres ficam desemparados na situação da violência. A figura do fantasma simboliza essa mulher desemparada e vulnerável da guerra no Japão feudal, as consequências são que a esposa é morta por samurai por conta em defender o seu filho, homem fica nesta culpa interna de educar e cuidar seu filho sozinho. Em outro filme O Fantasma de Yotsuya (1959) de Nabuo Nakagawa, se passa na era feudal também, onde uma mulher enganada pelo marido que um samurai, ela acaba morrendo e retorna como um fantasma para assombrar os dias dele, até que seja vingada por todos os seus sofrimentos. Baseado na história de Oiwa, escrita por Nanboku Tsuruya, adaptada várias vezes para as telas do cinema no Japão e neste filme precisamente de Nakagawa. Diferentemente do Mizoguchi, ele parte de um terror fantasmagórico e trabalha com o tema parecido do Conto da lua vaga, porém a história tem inspirações do teatro kabuki e esse diretor influencia outros cineastas posteriores. Com passar dos anos o gênero de fantasma foi ficando saturado pelo público japonês, mas na década de 90 foram surgindo a j-horror, uma onda de filmes de fantasma, a diferença da J-horror e dos filmes de fantasmas clássicos são que se passa no assunto e Japão contemporâneo. Joyû-rei de (1996), um filme de terror japonês dirigido por Hideo Nakata, enredo se passa em um estúdio de cinema mal-assombrado, o filme simboliza o início da J-horror no Japão, utiliza persona parecida do fantasma retratado do Japão feudal, mas adapta nas questões atuais. Nakata começou a sua carreira com esse filme, onde mais tarde consegue se aperfeiçoar em seus outros filmes em Ringu (1998) e Dark water (2002). Kairo (2001) de Kiyoshi Kurosawa, traz uma abordagem diferente da figura do fantasma. Em questões de termos mais metafórico em que as pessoas, principalmente os jovens cada vez mais vão se afastando por conta da tecnologia. O fantasma se transfere por meio da internet, isso vai levando essa onda de pessoas dando um uma falsa sensação que estão todos junto, porém a verdadeira situação que está sozinho no mundo ao qual vai ocasionando em um futuro apocalíptico. Para o outro lado (2015) de Kiyoshi Kurosawa, já é um filme identifica a relação do cotidiano do sobrenatural no Japão. A história é de uma mulher que perdeu o marido em um afogamento, ele aparece três anos depois como um fantasma e os dois entram em uma jornada. O que fica interessante, na abordagem das relações dos com personagens, fantasma e da pessoa real, até algumas cenas fica com duvidas dessa dualidade, os vivos e os mortos são quase idênticos. Ainda entrelaça, em outros 1

Acadêmica do curso de Cinema e Audiovisual – Universidade Estadual do Paraná (Unespar). E-mail: [email protected]

temas com dos portais dos mundos do verdadeiro e espiritual e outro é a superação de uma perda. Dare mo Shiranai (2004) de Hirokazu Koreeda, é um filme que trabalha os fantasmas vivos do Japão contemporâneo. A história de uma Mãe solteira com quatro filhos de pais diferentes, se muda para pequeno apartamento em Tóquio. Sempre saindo deixando os filhos sozinhos e chaga um dia, ela parte e deixa um bilhete com algum dinheiro e a recomendação de que o filho de 12 anos (o mais velho) cuide dos outros. Só que o tempo passa, ela não volta e o dinheiro acaba. O filme transcende em que essas crianças são fantasmas, em que ninguém repara nelas ou fingem que elas não existem, nos filmes anteriores os fantasmas viviam nas casas e apartamentos abandonados, já os fantasmas vivos começam a viver em estacionamento, praças, lugares públicos etc... Se acomodam nesses lugares e o retratado da realidade japonesa....


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