Semiótica no cinema PDF

Title Semiótica no cinema
Course Introdução dos Estudos da Linguagem
Institution Universidade Federal de Minas Gerais
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Summary

Semiótica no cinema...


Description

Introdução Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise do cinema com base no artigo escrito por Marcelo Moreira Santos, no ano de 2011. A análise tem como base a semiótica de Charles Sanders Pierce, que trabalha com o processo de significação que se dá tanto no nível sensorial como no racional.

Apresentação do objeto Criado em 1889, por William Dickson, o cinetoscópio capturava as imagens em movimento, ou seja, diferentemente da fotografia, essa máquina realizava a apreensão imagens dinâmicas, móveis. No entanto, apesar do instrumento citado ser um precursor do cinema, sua imagem gravada e sua apreciação estavam ainda longe do dito objeto analisado. Em 1892, o francês Léon Bouly desenvolveu cinematógrafo, que além de realizar o mesmo feito do instrumento de Dickson, também projetava a luz das imagens gravadas. Porém, foram os irmãos Lumière que patentearam tal invenção e em

22 de março de 1895 ocorreu a primeira exibição de um filme, sendo este produzido pelos dois irmãos. A partir disso, o cinema foi tomando forma e espaço como uma arte. Foi Acrescentada a ele as cores, as músicas, as vozes e toda a tecnologia que se desenvolveu. Ao longo das décadas espalhou-se pelo mundo e cada vez mais foi ganhando notoriedade, tornando-se uma indústria milionária e objeto de estudo, como a semiótica e a construção de signos presente.

“O Cinema não tem futuro comercial.” Auguste Lumiére

“O cinema não é senão o aspecto mais evolutivo do realismo plástico que começa com o Renascimento.” André Malraux

Apresentação das discussões em sala

"Um signo intenta representar, em parte pelo menos, um objeto que é, portanto, num certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar seu objeto falsamente. Mas dizer que ele representa seu objeto implica que ele afete uma mente, de tal modo que, de certa maneira, determine naquela mente algo que é mediatamente devido ao objeto. Essa determinação da qual a causa imediata ou determinante é o signo, e da qual a causa mediata é o objeto, pode ser chamada o Interpretante".

No fim, pode-se analisar o cinema sob a semiótica de Pierce, pois é constituído pela primeiridade, secundidade e terceiridade. Desse modo, tudo aquilo que é refletido nas telas passa ao telespectador passa pelos processos de sentir, reagir e concluir.

Apresentação do texto escolhido O artigo escolhido trabalha com a significação do cinema, ou seja, sua semiose e trabalha com os três tipos de linguagem presente no objeto analisado, sendo estas a sonora, visual e a verbal. O primeiro ponto posto pelo autor é a construção de sentido que se dá pela justaposição de imagens e sua montagem. Isso corrobora para a construção do discurso - que também pode ser chamado de argumento. Tudo aquilo que é transmitido no cinema é considerado como objeto imediato, pois ao filmar uma cena, captura-se um instante ou objeto e não sua forma completa, mas apenas uma representação de fragmento do instante registrado. Sendo assim, ao se realizar a montagem das cenas registradas, cria-se um sentido para o signo e

gera-se interpretantes para o processo de mediação e comunicação. A montagem é próxima do conceito de símbolo devido ao fato de criar um significado e ser dotada de uma parte-índice (formada pelos planos já existentes) e outra parte-ícone (tem como objetivo criar na mente algo de natureza geral). O autor diz que a linguagem sonora tem como elemento a sintaxe e é, em grande parte, icônica. O som combinado com a cena, algo que, diga-se de passagem, não foi imediato no cinema, preenche lacunas existentes na montagem das cenas. Tendo em vista que o ícone está relacionado com a primeiridade, a trilha sonora tem desempenha o papel de dar a primeira impressão, o sentimento que ali recebemos no tempo presente, ou seja, aquilo que é imediato, o primeiro sentido. Já a ação, que seria a linguagem visual, é tida com o índice do signo cinematográfico, pois mantém uma relação direta com o objeto que é retratado (no caso, aquilo que é capturado pelas câmeras). Por fim, a montagem, conforme anteriormente dito, desempenha o papel de símbolo devido ao fato de realizar uma inter-relação entre os outros elementos.

Relato das aproximações e diferenças entre o conceito e a leitura/análise feita pelo autor do texto escolhido

Conclusões do grupo Para se analisar o cinema e toda a sua estrutura, deve-se fazer isso com base no pensamento de Pierce, pois, ao contrário de outros estudiosos, principalmente os estruturalistas, ele leva em conta os sentidos para a construção do signo. A questão das sensações e sentimentos é de fato muito utilizada pela indústria cinematográfica para a construção de sentido daquilo que será passado pelo o público. Portanto, os estudos de Pierce são importantes para a compreensão da formação sígnica no

cinema. O autor do artigo, em grande parte do referido, foca-se na construção da sequência de imagens, isto é, a montagem. Fica, então, brevemente dito a respeito da linguagem visual, algo que é importante para a construção de filmes (seja curtasmetragens, documentários, animações e outros).

Bibliografia FERNANDES, Cláudio. Origem do Cinema. Disponível em: Acesso em: 28 de Abril de 2018....


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