Rocha Gnaisse e Granito PDF

Title Rocha Gnaisse e Granito
Author Bruno Santos
Course Mecânica dos Sólidos
Institution Universidade FUMEC
Pages 6
File Size 212.3 KB
File Type PDF
Total Downloads 107
Total Views 140

Summary

Identificação de rochas...


Description

ROCHAS: GNAISSE E GRANITO CLASSIFICAÇÃO, FORMAÇÃO, DUREZA E USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Introdução Ao longo do tempo as rochas foram utilizadas em larga escala na construção civil. Inicialmente elas eram sobrepostas umas sobre as outras e organizadas para uma finalidade específica desempenhando diferentes funções, sejam estruturais, sejam como agregados na formação de outros materiais, ou como acabamento. No Brasil, cerca de 85% da brita produzida vem de granito/gnaisse, 10% de calcário/dolomito e 5% de basalto/diabásio. O foco deste trabalho é explorar as características das rochas Gnaisse e Granito bem como as suas utilizações na construção civil. A escolha dessas duas rochas se dá ao fato de que elas são largamente utilizadas na construção civil, e também por estarem presentes em quase todos os estados brasileiros.

Desenvolvimento

Rocha Gnaisse – Formação O Gnaisse é uma rocha metamórfica, ou seja, ela é derivada de outra preexistente que no decorrer dos processos geológicos, passaram por mudanças mineralógicas, químicas e estruturais, no estado sólido, em resposta às alterações nas condições física e químicas existentes em profundidades àquelas da diagênese (Ceten, Heloísa Maria, 2014). É uma das rochas mais antigas do mundo.

Classificação e Dureza Descrição visual: Possui bandeamentos, ou faixas, resultado da segregação de seus minerais escuros (máficos), dos claros (félsicos). Caracteriza-se pela alternância de bandas de cores claras (quartzo e feldspato) e escuras (biotita, anfibólio ou granada). Descrição da textura (ao tato): bastante áspera e rugosa. Divisibilidade não muito boa em relação aos xistos. Composição: Tem como mineralogia principal mais de 20% de feldspato potássico, além de possuir, como constituintes menores, clorita, anfibólio, granada, estaurolita, sillimanita, cianita, carbonato, cordierita, espinélio verde, opacos, titanita e epidoto.

É uma rocha de alta dureza e resistência. Dureza 7. Massa específica: 2,50 – 2,70 g/cm³.

Utilização na construção civil Devido a sua granulometria média e grossa, o Gnaisse é amplamente utilizado como ingrediente na fabricação do concreto, ou como constituinte de estradas. Deve reagir favoravelmente com o cimento e o betume, resistir a cargas pesadas, alto impacto e abrasão severa e ser durável. Por essa razão, foram desenvolvidos testes empíricos e em laboratórios para prever o comportamento desse material. As propriedades testadas são resistência à compressão, absorção de água, resistência à abrasão, abrasividade, comportamento ao polimento, forma dos constituintes e resistência ao intemperismo (OLIVEIRA & BRITO, 1998). Os agregados médios e finos são, em geral, utilizados para preenchimento ou para proporcionar rigidez em uma mistura. Nesse caso, a granulometria, densidade relativa, a forma das partículas (grau de arredondamento e de esfericidade) e a composição mineralógica (presença de minerais carbonáticos, minerais em placas e partículas friáveis como carvão) são parâmetros importantes. Constituem, juntamente com os mármores, as rochas metamórficas mais utilizadas em revestimento e, de modo semelhante aos granitos, exibem grande variedade de cores, mas diferenciam-se daqueles pela diversidade de padronagens propiciadas pela orientação estrutural. Os gnaisses brancos e amarelos, comercializados com a designação “granitos amarelos”, que constituem um dos tipos mais valorizados e importantes para o setor brasileiro de rochas ornamentais, devem sua característica coloração amarelo-ferruginosa à ação intempérica, em graus variados, que promove a oxidação do ferro presente em minerais e a modificação da cor original da rocha, usualmente clara. Geologicamente, pelo geral, trata-se de rochas de composição granítica que tipicamente contém granada e silicatos de alumínio (sillimanita), comumente apresentam abundante microfissuramento dos minerais, o que pode afetar a resistência mecânica e a porosidade da rocha Gnaisse.

FIGURA 1 – ROCHA GNAISSE

Fonte: https://www.wikiwand.com/pt/Gnaisse

Rocha Granito – Formação De acordo com LAMAGUTI (2001) o granito é a rocha magmática mais frequente na crosta terrestre. Os granitos encontram-se expostos na superfície pela erosão das cadeias de montanhas. Segundo FRAZÃO (2002) os granitos são constituídos por cristais de feldspatos potássicos (ortoclásio ou microclínio), plagioclásio, quartzo e mica (biotita e muscovita) como minerais essenciais. O granito é uma rocha ígnea plutônica. Como o magma félsico é mais viscoso (por ser pobre em água), geralmente se cristaliza antes de chegar à superfície, por isso as rochas félsicas plutônicas são mais comuns.

Classificação e dureza São muitas as variedades dos granitos, diferenciados na textura (grossa, média ou fina) e a coloração (avermelhada, rosada, amarela e cinza). Em geral, apresentam estrutura compacta. Tem resistência mecânica relativamente alta e pequena alterabilidade (FRAZÃO, 2002). A densidade do granito vai de 2,60 a 2,75 e sua porosidade é bem pequena. O granito no sentido amplo (abrangendo o quartzo-monzonito e o granodiorito) é a rocha intrusiva mais comum. Geralmente, têm também plagioclásio e mica, que pode ser apenas biotita ou muscovita, ou ambos. Às vezes, junto com biotita ou em seu lugar, ocorre a hornblenda. Se a proporção de plagioglásio for grande, passa-se a um monzogranito, ou, se ele predominar francamente sobre o ortoclásio, a um granodiorito ou tonalito. O quartzo é branco ou enfumaçado, em geral mais claro

nas variedades de granulação mais fina. Não tem forma própria, pois preenche os interstícios entre os demais minerais do granito. Nos granitos mais grossos podemos distinguir grãos de magnetita, negros e de brilho metálico, às vezes, pirita, amarela e de brilho metálico, allanita, também, não é rara, exibindo halos metamícticos de alteração.

Uso na construção civil Os granitos são aplicados em revestimentos de paredes (de interiores e exteriores), revestimentos de pisos (de interiores e exteriores), em detalhes decorativos de pisos, soleiras e rodapés. Em nosso país, ele é tão abundante que se torna difícil enumerar as áreas de ocorrência. Muitas pedreiras de granito no Brasil fornecem pedras ornamentais. Um exemplo é o belo granito róseo de Itu, de granulação grossa, com feldspato potássico róseo, geralmente mesclado segundo Carlsbad. Um granito róseo porfirítico, lavrado no Rio Grande do Sul, apresenta às vezes a textura do granito finlandês chamado rapakivi (com feldspato potássico róseo envolvido numa couraça de plagioclásio). Em Salto, próximo a Itu, rochas desse tipo são igualmente encontradas.

FIGURA 2 – ROCHA GRANITO

Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/granito

Referências Bibliográficas

CHIODI FILHO, O setor brasileiro de rochas ornamentais, ABIROCHAS, julho/2018. QUARESMA, LUIZ FELIPE. Relatório técnico 30, perfil de brita para a construção civil, MME (Ministério de Minas e Energia), agosto/2019. HELOÍSA, MARIA B., Tipos de rochas ornamentais e características tecnológicas, CETEM (Centro de Tecnologia Mineral), junho/2014. VICTORIA, ANDERSON M., Recursos para construção civil, Disponível em http://recursomineralmg.codemge.com.br/substancias-minerais/recursos-construcao-civil.

Acesso

em: Maio/2020. EASTWOOD, MARIA E., Série Geologia na Escola, Rochas e minerais, como iniciar uma coleção e as característica usadas na identificação, MINEROPAR (Minerais do Paraná), 2005. CHAVES, GERALDO N. Petrografia Macroscópica das Rochas Igneas, Sedimentares e Metamórficas, UFMG, 2007. MARTINS, LETÍCIA, Rochas metamórficas: Composição mineralógica e principais processos de transformações metamórficas e texturais, UNIPAMPA (Universidade Federal do Pampa, dezembro 2013. BERTOLINO, LUIZ. C., Manual de agregados para construção civi, CETEM (Centro de Tecnologia Mineral). OLIVEIRA, A. M. S. e BRITO, S. N. A. Geologia de Engenharia. Associação Brasileira de Geologia de Engenharia, Oficina dos Textos, 1998. LAMAGUTI, Ana Paula Santini. Manual de rochas ornamentais para arquitetos. Rio Claro, São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2001. FRAZÃO, Ely Borges; Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. Tecnologia de rochas na construção civil. São Paulo: ABGE, 2002....


Similar Free PDFs