Sebenta de Psicologia do Desenvolvimento I 2019/2020 PDF

Title Sebenta de Psicologia do Desenvolvimento I 2019/2020
Course Psicologia do Desenvolvimento
Institution Universidade de Coimbra
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Psicologia do Desenvolvimento I| Criança e Adolescente |Docente: Teresa MachadoAno Letivo 2019/Vinculação | Uma abordagem desenvolvimentalO conceito de Vinculação – J. BowlbyO conceito de vinculação define esta necessidade fundamental, as características normativas e disfuncionais (em termos desenvo...


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Psicologia do Desenvolvimento I | Criança e Adolescente | Docente: Teresa Machado Ano Letivo 2019/2020

Vinculação | Uma abordagem desenvolvimental O conceito de Vinculação – J. Bowlby O conceito de vinculação define esta necessidade fundamental, as características normativas e disfuncionais (em termos desenvolvimentais), assim como as suas repercussões. Sendo o bebé dependente, à partida – tal implica a necessidade fundamental de alguém que o “proteja”. Esta teoria da vinculação não sugere que os padrões construídos na infância são imutáveis, diz antes que estes estão “abertos à mudança”. As respostas iniciais de amor, nos seres humanos, são as do bebé para com a mãe ou mãe substituta. A partir desta íntima vinculação formar-se-ão, por aprendizagem e generalização, múltiplas respostas afetivas. Curiosamente, um dos primeiros psicólogos que se insurgiu contra o dogma da psicologia moderna foi John Watson, que acreditava que o amor era uma emoção inata. Os psicanalistas dedicam-se à questão da natureza e desenvolvimento do amor no recém-nascido e criança, recorrendo ao doente e ao adulto. - a importância do seio e do desenvolvimento da tendência erótica oral  Bowlby atribui esta importância não só à satisfação pela alimentação mas também pela “primeira ligação-ao-objeto” (uma necessidade de contacto físico íntimo que está inicialmente associada à mãe). O que importa é avaliação que a criança faz da partida do cuidador, i.e., as expectativas acerca da sua disponibilidade (à medida que a criança cresce - sofisticação da representação - a separação física deixa de ser stressante). O que retém? A (in)disponibilidade incondicional e adequada num momento de necessidade... Depende, da experiência prévia: é securizante o cuidador? Ou potencia a angústia?

Características da Vinculação - procura de proximidade; - noção de base de segurança; - a necessidade de retorno à fonte de segurança quando ameaçado; - reações de prazer na relação e angústia perante a separação;

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Os mecanismos subjacentes à ligação do bebé à Mãe emergem de pressões evolutivas: “a seleção genética favorece comportamentos de vinculação pois estes aumentam a probabilidade da proximidade da criança ao cuidador, o que aumenta a proteção e garante vantagens de sobrevivência”.

Por que recorremos à teoria da vinculação? Oferece-nos uma base teórica que incorpora aspetos comportamentais, cognitivos e afetivos do desenvolvimento. Mostra como as experiências relacionais precoces e contínuas moldam expetativas sobre os outros e sobre si mesmo.

Padrões na Infância: - Vinculação segura – normativo; mais observado na maioria das crianças; reaproximam-se da mãe após a separação e são facilmente confortadas pela sua presença. São geralmente cooperantes e sem manifestações de raiva. - Vinculação insegura de evitamento - tendem a evitar ou a ignorar a mãe após o regresso desta à sala. Choram quando a mãe sai, mas evitam-na quando ela regressa. Tendem a ficar zangados e a não se aproximarem em momentos de necessidade. Não gostam de ser pegados ao colo, mas gostam ainda menos de serem colocados no chão. - Vinculação insegura ambivalente (ou ansiosa) - Procura o contacto com a mãe, mas ao mesmo tempo resiste dando-lhe pontapé ou gritando. São bebés que exploram pouco e são difíceis de acalmar. Têm comportamentos de cólera, irritação e agitação. Criança que se afasta e aproxima do cuidador para testar várias estratégias, porque não sabe o que fazer, porque os cuidadores não têm sempre o mesmo comportamento. Ou seja, embora fiquem aflitas com a ausência da mãe e procurem a sua proximidade quando sentem essa aflição, não são confortadas.

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Posteriormente foram identificadas manifestações atípicas, que não encaixavam nos grupos anteriores: - Vinculação insegura desorganizada/desorientada - esta “desorganização” tem sido interpretada como uma resposta de medo. Saúdam a mãe quando regressa, mas depois afastam-na ou aproximam-se sem olhar para ela. Parecem confusos e com medo. Têm comportamentos de evitamento, resistência, depressão, apreensão. Este poderá ser o padrão menos seguro.

Comportamento de Vinculação: = dados observáveis, ou seja, qualquer comportamento que permita manter a proximidade a figuras significativas. - organizam-se no que Bowlby chamou de “sistema comportamental de vinculação”.  noção inspirada no conceito de “esquema fixo de ação”, proveniente da etologia (a Etologia é a especialidade da biologia que estuda o comportamento animal. Está ligada aos nomes de Konrad Lorenz e Niko Tinbergen, sob influência da Teoria da Evolução, tendo como uma de suas preocupações básicas a evolução do comportamento através do processo de seleção natural).

- Sroufe & Waters destacam o facto do sistema comportamental de vinculação não pressupor qualquer espécie de conjunto de comportamentos fixos ou uniformes (diferenciando-o do conceito original da etologia). É a equivalência funcional dos comportamentos que importa e não os comportamentos em si.

Sistema Medo-Angústia - Capacidade de vigilância e controlo de perigo / ameaça - cf. seu valor adaptativo (sobrevivência). Sistema de Caregiving - em 1988, Bowlby define-o como a vertente parental da vinculação: propensão e capacidade de prestar cuidados a alguém mais novo. Este sistema pressupõe uma motivação intrínseca: não é necessário considerar a vinculação como “byproduct” derivado de qualquer outro processo ou impulso mais fundamental. Os padrões de vinculação devem ser vistos como estratégias para lidar com a angústia: Secure (70%, tipo B) – as crianças recebem um modelo positivo – o cuidador está emocionalmente disponível, é sensível às suas necessidades e é uma figura de suporte.

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Avoidant (20%, tipo A) – as crianças têm um modelo delas próprias em como não têm valor nenhum – o cuidador rejeita a sua existência. Resistant (10%, Tipo C) – as crianças têm uma imagem negativa de si mesmas e exageram as suas respostas emocionais como meio de obter atenção – o cuidador não é consistente.

Modelos Dinâmicos Internos O sistema comportamental da vinculação é ativado quando o sujeito enfrenta situações stressantes, de perigo (ou assim percebidas), inibindo o sistema de exploração (que promove a construção cognitiva). O modelo interno das relações traduz as expectativas relativamente a outros quando deles se necessita – ciclo vicioso.

“Uma criança segura tende a ser mais feliz e recompensadora e por isso menos exigente do que uma insegura ansiosa. Uma ansiosa ambivalente tende a ser mais lamurienta e agarrada, enquanto que uma ansiosa de evitamento tende a manter a distância e a agredir as outras. Torna-se provável o desencadear de respostas desfavoráveis da parte dos pais, induzindo novas relações desajustadas, instalando-se um círculo vicioso.” (Bowlby, 1988, p.127)

Da continuidade dos padrões à possibilidade de mudança As mudanças nos padrões e nas circunstâncias familiares são fundamentais desde que tenham um impacto positivo na mudança de qualidade dos cuidados. Ou seja, quebrar ciclos prejudiciais e adotar novas formas de lidar com os indivíduos de maneira a melhorar a interação. A história desenvolvimental e circunstâncias presentes de vida exercem influência, podendo essa influência variar consoante as crianças/características individuais.

Vinculação - Dos 0 – 6 meses: Discriminação limitada das figuras - até sensivelmente 8/12 semanas de vida - os bebés iniciam /mantêm /terminam interações sociais, sem que se possa falar verdadeiramente em intenção voluntária. Em rigor, não deveríamos falar ainda em 5

vinculação, pois existe indiscriminação & indiferenciação - serão comportamentos precursores. Orientação e sinais dirigidos para uma, ou mais, figuras discriminadas.

- Dos 6/7 meses aos 2 anos: Manutenção da proximidade com figura discriminada - desenvolvimento psicomotor/linguagem - manifestações da noção de “objeto permanente”.

Introdução à Psicologia do Desenvolvimento O conceito de Psicologia de Desenvolvimento É a disciplina científica que estuda e descreve mudanças, devidas à idade, no comportamento e processos mentais dos seres humanos. Procura explicar de que modo a natureza e o meio interagem na forma como produzem essas mudanças. Também incide no estudo dos fatores internos/externos (meio próximo ou envolvente) que interatuam no desenvolvimento da psicopatologia.

O Modelo de Bronfenbrenner A interpretação dos comportamentos da criança e a orientação desses comportamentos não se pode basear nunca em experiências e juízos pessoais de quem a analisa. Há reflexos inatos que nos permitem sobreviver, mas o comportamento não é inato, mas sim, altamente influenciado pelo meio e as aprendizagens que este dispõe. Este modelo ecológico do comportamento suporta a ideia de que não se pode atribuir ao comportamento apenas uma variável – uma análise do desenvolvimento contempla múltiplas influências. O desenvolvimento ocorre sempre num contexto e temos de saber interpretar as leis gerais do desenvolvimento em cada contexto.

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Das grandes teorias clássicas à atualidade: - Século XIX: a atenção dos grandes pensadores centra-se em todas as formas de evolução. - Stanley Hall faz os primeiros grandes inquéritos sobre o desenvolvimento do pensamento; - A. Binet (1905), com T. Simon, constrói o primeiro instrumento para avaliar o desenvolvimento intelectual; - Início do século XX até às décadas de 50/60: surgem os grandes teorizadores do desenvolvimento – Freud, Wallon, Piaget, Erikson (propõe, em 1963, oito estágios do desenvolvimento psicossocial).  é o período dos grandes estágios.

Alguns marcos no desenvolvimento da disciplina: - afirma-se cientificamente nos finais do século XIX; - o período da adolescência é particularizado (como etapa distinta) no início do século XX, com a obra de Stanley Hall, “Adolescence”. - Gesell (1929) distingue-se como pioneiro no estudo/caracterização do desenvolvimento motor, propondo diversos estádios – iniciam-se estudos sistemáticos de observação do desenvolvimento infantil. - Em 1922, sob direção de L. Terman, inicia-se um grande estudo longitudinal sobre crianças sobredotadas (“talentosas”) – seguidas ao longo de muitos anos até à adultez. Este estudo torna-se um marco nas investigações longitudinais, sendo também citado como exemplo da abordagem contemporânea que a psicologia do desenvolvimento adota: abordagem do ciclo de vida.

Ontogénese: Estudo do desenvolvimento individual ao longo da vida. Este pressupõe o desenvolvimento filogenético (espécie) – mesmo que não o estejamos a estudar – ajuda a compreender porque certos comportamentos são adaptativos ou não.

Sociogénese: Estudo do desenvolvimento das sociedades/culturas. Ajuda a compreender que diferentes comportamentos podem ter igual valor adaptativo (consoante o grupo de

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pertença mais/menos vasto, ex.: independência vs dependência, individualismo vs coletivismo). Assim, idealmente, tal leva-nos a admitir que há escolha, ou melhor, que o desenvolvimento normal pressupõe diferentes modos de ser concretizado.

O ciclo de vida inteiro: A psicologia do desenvolvimento abarca o ciclo de vida inteiro e para facilitar o estudo, foi dividida em três domínios: - desenvolvimento físico – desenvolvimento/crescimento do cérebro e corpo com as suas funções, capacidades sensoriais, motoras e de saúde; - desenvolvimento cognitivo – capacidades mentais, como a memória, a aprendizagem, a atenção, o raciocínio, a linguagem, a criatividade; - desenvolvimento psicossocial – padrões de alterações/constância nas emoções, personalidade, relações sociais; Estes aspetos do desenvolvimento estão interligados. Durante toda a vida, cada aspeto afeta os outros.

Riscos, vulnerabilidades, fatores de proteção e mecanismos de proteção no desenvolvimento: - Riscos: Biológicos – desordens genéticas, danos neurológicos, nutrição inadequada; Individuais – inteligência baixa, baixa autoestima, baixo autocontrolo; Família – vinculação insegura, conflito interparental, abuso, negligência, violência doméstica, dissolução de limites; Culturais – pobreza, racismo, preconceito, violência comunitária;

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- Vulnerabilidades: Individuais – temperamento difícil, género, fraca capacidade de planeamento, sociabilidade; Família – relações pais-filhos pobres, falta de cuidados adectivos; Social – capacidades sociais pobres; Culturais – características pessoais que colidem com expetativas/ideias sociais.

- Fatores de Proteção: Biológicos – temperamento fácil; Individuais – inteligência, competência, aspeto físico, personalidade; Familiares – cuidados positivos e estáveis, papéis de adulto competentes como modelos, supervisão parental, valorização parental das características dos filhos; Sociais – relações positivas com pares, mentores adultos; Culturais – identidade étnica positiva, tolerância cultural e/à diversidade; - Mecanismos de Proteção: redução do impacto do risco, redução da cadeia de reações negativas, auto-eficácia e estratégias de coping, surgimento de oportunidades.

Perspetivas Clássicas sobre o Desenvolvimento - Psicanalítica  Freud e a força dos processos inconscientes; - Psicossocial  Erikson propõe oito estádios ao longo do desenvolvimento, cada estádio envolve uma “crise” que resulta das forças eventualmente contrárias do sujeito vs pressões do meio/sociais; - Cognitiva  Piaget introduz mudanças qualitativas nas operações mentais, teorias do processamento de informação e a integração sucessiva de diferentes modos de tratar a informação; - Behaviorista ou Comportamentalista  Watson processos de aprendizagem propostos;

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- Inspiração Etológica  Bowlby & Ainsworth introduzem a vinculação; - Contextual  modelo Bioecológico de Bronfenbrenner e a teoria social de Vygotsky (=a interação dos indivíduos com o meio social e com os contextos onde se inserem, permite o seu desenvolvimento); - Primeiro período do século XX  o período dos grandes estádios; - Segundo período  caracteriza-se pelo reconhecimento dos “limites” das descrições dos grandes estágios gerais e promove a conjugação destes com três novas ideias: ligar os estádios gerais ao funcionamento particular de cada sujeito; estudar a variabilidade possível dentro de um estádio geral (ex.: precocidade num desenvolvimento lógico-matemático ou infra-lógico, diferentes idades de acesso e mestria de uma competência); dar novo relevo aos aspetos sociais do desenvolvimento; - Início do século XXI  a tendência passa pela integração de diferentes domínios. - Década de 1970  começam a impor-se as abordagens de ciclo de vida (lifespan); Paul Baltes e colaboradores destacam os seguintes princípios: - O desenvolvimento dá-se ao longo de toda a vida (cada período afeta o posterior e é afetado pelo anterior); - O desenvolvimento envolve sempre perdas e ganhos; -

As

crianças

desenvolvem-se

essencialmente

numa

direção

(“aumentando”) em termos físicos e de capacidades. Os adolescentes ganham em termos físicos, perdem capacidades como facilidade em aprender uma língua nova, nos adultos algumas capacidades continuam a aumentar (ex.: vocabulário, lidar com tarefas familiares), outras diminuem (ex.: lidar com problemas novos) e o desenvolvimento da perícia (expert) numa área é típico da meia-idade. - A influência relativa da parte biológica e cultural altera-se ao longo do desenvolvimento; - O desenvolvimento implica mudanças no investimento em diferentes recursos: investimento de tempo, dinheiro, apoio social, etc;

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- Desenvolvimento implica plasticidade, muitas capacidades podem melhorar com treino e prática, mesmo nos mais idosos. Mas a plasticidade tem limites, a psicologia pretende conhecer que tipo particular de desenvolvimento se deve incentivar nas várias idades; - O desenvolvimento é influenciado pelo contexto histórico e cultural;

Planos de Investigação Desenvolvimental: - Estudos Longitudinais  estudam mudanças de desenvolvimento que ocorrem com a idade, recorrendo a um mesmo grupo de sujeitos que é seguido ao longo do tempo; - Estudos Transversais  sujeitos de diferentes idades são avaliados num determinado momento; - Estudos Sequenciais  combinam os planos anteriores: um mesmo grupo é avaliado periodicamente e enriquece-se com novas amostras.

Influências no Desenvolvimento: - Influências Clássicas: Hereditariedade – influências inatas (algumas podem não se manifestar logo à nascença) transportadas nos genes dos progenitores; Maturação – admite a necessidade do passar do tempo para o desenvolvimento (ex.: físico, cognitivo) e a possibilidade de diferentes ritmos consoante o sujeito. Esse tempo é relativo e há quem demore mais ou menos tempo. Influências Ambientais – diz respeito ao que é exterior ao sujeito, incluindo desde as condições da gravidez às múltiplas situações do meio externo, particularmente as que se tornam significativas (ex.: família, nível económico, etnia, cultura, etc…). A teoria de Piaget particulariza a maturação, a experiência física e lógicomatemática (a criança constrói a sua experiência com base no seu envolvimento com o meio; as brincadeiras iniciais são experiências para conhecer o meio, o bom educador é aquele que deixa a criança experimentar num ambiente seguro), a transmissão social e a equilibração (jogos entre várias variáveis). Existem três tipos de influências que podem interligar-se com as anteriores. 11

- Influências Normativas e Não-Normativas: Uma influência normativa é quando um acontecimento ocorre de uma maneira semelhante para a maioria das pessoas de um grupo. Influências normativas associadas à idade – inclui os aspetos relativos à maturação (ex.: andar, puberdade, menopausa) e acontecimentos sociais idiossincráticos – que se distinguem dos demais - também associados à idade. Influências normativas históricas – remete para acontecimentos significativos que, num grupo/país influenciam um “novo” modo de encarar as coisas. Uma influência não-normativa é aquela que diz respeito a acontecimentos imprevistos ou “não-usuais” e que podem ter um impacto forte no desenvolvimento. Podem ser acontecimentos normais, mas para períodos diferentes da vida do sujeito (gravidez na adolescência, morte da mãe quando a criança é pequena), ou acontecimentos atípicos (ter um acidente, ganhar o euromilhões).

Conceito de Temperamento | As Implicações O conceito de temperamento Para além das características dos cuidadores temos que considerar as características do próprio bebé na qualidade da relação - podemos assim recorrer à noção de temperamento – modo característico da pessoa de abordar ou reagir a pessoa ou situações. Característica biologicamente de aproximação e reação a novas situações e pessoas. Diz respeito ao modo como o bebé reage. Também pode ser visto quanto ao modo como regula os seus estados internos e externos (mental, emocional e funcionamento comportamental). Apresenta uma dimensão emocional, mas ao contrário das emoções (e.g. medo, excitação, aborrecimento) que “vão e voltam” o temperamento é relativamente persistente. As diferenças individuais no temperamento são tidas como as “bases” para o desenvolvimento da personalidade.

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Nove componentes do temperamento do bebé: - Nível de atividade – pode ir do muito inquieto e ativo ao relativamente parado e passivo; como e quanto o bebé se movimenta. - Qualidade do Humor – do comportamento predominantemente positivo, contente, ao geralmente negativo, irritável e triste. - Tendência para a aproximação vs Tendência para o afastamento – a criança quando é exposta a novas características do meio reage positivamente ou negativamente a tipos particulares de estimulação (ex.: sensorial, tato ou paladar) ou a novas pessoas. - Ritmicidade - Hábitos alimentares, do sono, intestinais, etc., relativamente previsíveis versus hábitos erráticos e imprevisíveis. Previsibilidade dos ciclos biológicos de fome, sono e eliminação. - Adaptabilidade – acomoda-se com relativa facil...


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