Sinal de Lasègue PDF

Title Sinal de Lasègue
Author Leticia Amarante
Course Integração Ensino Serviço e Comunidade IV (IESC IV)
Institution Universidade de Itaúna
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Summary

Resumo Sobre o Sinal de Lasègue...


Description

Letícia de Moura Amarante

Sinal de Lasègue O sinal de lasègue é utilizado no exame físico de pacientes que apresentam dor lombar que irradia da nádega para baixo em direção aos membros inferiores ao longo do trajeto do nervo ciático (lombociatalgia). • Ele consiste na elevação do membro inferior estendido em direção à bacia, levando ao estiramento do nervo ciático. Durante o estiramento, o paciente pode se queixar de dor, a qual nesse caso é dita como nociceptiva evocada (resposta à um estímulo doloroso). • O sinal de lasègue é classificado como teste de compressão, uma vez que, durante a manobra, a dor pode ser agravada pelo estreitamento do forame de conjugação, comprimindo o nervo ciático. Obs.: os forames de conjugação são espaços limitados superiormente pela borda inferior e inferiormente pela borda superior do pedículo de duas vértebras contíguas. • O sinal de lasèhgue é indicado para verificar casos de suspeita de hérnia de disco e de síndrome radicular de L5 (hérnia entre L4 e L5) ou S1 (hérnia entre L5 e S1). • Manobra: ✓ É realizada com o paciente em decúbito dorsal, relaxado, com os braços e as pernas esticadas. ✓ O examinador deve elevar passivamente o membro inferior do paciente sobre a bacia, sendo que o membro deve estar estendido. Uma das mãos do examinador deve segurar o tornozelo e elevar a perna do paciente. A outra mão pode ser colocada próxima ao joelho, a fim de impedir que ele se dobre. ✓ A manobra deve ser efetuada nos dois membros, sendo que no membro inferior afetado há estiramento do nervo ciático e o membro sadio pode produzir dor no membro oposto afetado. ✓ O significado clínico é dado pela presença de dor mediante a avaliação do ângulo formado entre o membro elevado e a mesa do exame. O sinal é positivo quando surge dor ATÉ 60º (alguns autores consideram 70º). É nesse intervalo angular que acontece a tensão do nervo ciático. Angulações menores que 35º não são capazes de tencionar o nervo ciático. Quadros de dor em função de uma elevação menor de 35º, são fortes sugestivos de hérnia discal (hérnias maiores). A partir dos 70º, o estresse vai estar localizado na coluna lombar. Obs.: existe variação individual que deve ser considerada. Em pessoas que apresentam hipermobilidade das articulações, por exemplo, mesmo na presença de doença de raiz nervosa, o sinal pode não ser positivo aos 110º ou 120º de flexão. • Trajeto do nervo ciático ou isquiático: é formado quando os grandes ramos anteriores dos nervos espinais L4–S3 convergem na face anterior do músculo piriforme. No seu trajeto, pelo forame isquiático maior, o nervo isquiático entra na região glútea. Em seguida, esse nervo desce ao longo da face posterior da coxa inervando os músculos semitendinoso, semimembranoso, a porção longa do bíceps da coxa e a porção extensora do adutor magno. Depois, no terço distal da coxa, ele se divide em nervos tíbias e fibular comum. Assim, o sinal de Lasègue é utilizado em pacientes que apresentam queixas de dor nas regiões por onde o nervo ciático passa (região lombar, glútea, posterior da coxa, etc). • O sinal de lasègue positivo é indicativo de compressão radicular por hérnia de disco. Diante dessa compressão nervosa, duas síndromes importantes podem se manifestar: ✓ Síndrome radicular de L5: geralmente está associada à hérnia de disco entre as vértebras L4 e L5. Nesse caso, a dor irradia posterolateralmente na região glútea, na região lateral da coxa, na região anterolateral da perna e no dorso do pé, até o hálux.



Letícia de Moura Amarante





Além do sinal estar presente, nesses casos pode haver parestesia no hálux e déficit na dorsoflexão do hálux e/ou do pé. ✓ Síndrome radicular de S1: está associada à hérnia de disco entre as vértebras L5 e S1. A dor pode irradiar através da face posterior da região glútea, da coxa, da perna e pela borda lateral do pé. Além do sinal de lasègue presente, paretesias na borda lateral do pé e dificuldade para caminhar na ponta do pé do lado da dor também podem estar presentes. Ao realizar a manobra de lasègue é importante que o examinador verifique se sensação de dor é proveniente da compressão real do ciático ou da contratura dos músculos posteriores da coxa. A dor muscular acomete apenas a parte posterior da coxa, enquanto a citalgia (dor que irradia ao longo do trajeto do nervo ciático) pode acometer todo o membro. Apesar do sinal de lasègue ser indicativo para compressão radicular por hérnia de disco, outras possibilidades, como tumores, instabilidade e infecção, devem ser afastadas. Por isso, é importante realizar uma boa anamnese. A avaliação cuidadosa dos dermátomos também pode auxiliar na determinação do espaço vertebral em que está localizada a hérnia. Exames de imagem podem auxiliar no diagnóstico diferenciação e na classificação da hérnia de disco, caso seja confirmada (US  excluir possibilidades diagnósticas; MR  informações detalhadas de partes ósseas e tecidos moles)....


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