Slides de Aula - Unidade I PDF

Title Slides de Aula - Unidade I
Course Matemática Básica
Institution Universidade Estadual de Campinas
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Unidade I

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM

Prof. Me. Mário Monteiro

Desenvolvimento e aprendizagem e os fatores que os influenciam  O termo “desenvolvimento” é utilizado aqui como mudanças, evolução.

 No que se refere à aprendizagem, podemos entendê-la como nas aquisições no repertório de conhecimentos, habilidades e características comportamentais.  Os fatores que influenciam estes processos são: Hereditariedade, crescimento orgânico, maturação neurofisiológica e o meio (contexto ou ambiente).

Psicologia do Desenvolvimento: Piaget, Vygotsky e Wallon  Jean Piaget Construtivista-interacionista: maior consideração à base biológica e orgânica dos indivíduos.  Lev Vygotsky socio-histórico: maior consideração aos fatores sociais e culturais do desenvolvimento.

 Henri Wallon interacionista: maior consideração à interação de ambos os fatores, orgânicos e sociais, equilibradamente.

Jean Piaget  Jean Piaget (1896-1980) é um dos mais conhecidos teóricos da psicologia educacional.  A obra do pesquisador veio pelo caminho daquilo que o próprio Piaget chamou de construtivismo-interacionista.

 Na visão construtivista-interacionista, a inteligência é o que permite a existência de duas capacidades distintas e complementares, a saber: a organização e a função.

Equilibração majorante  Piaget afirma que a situação que coloca o sujeito diante de um conflito cognitivo faz com que ele se empenhe em buscar uma situação que o conduza a se reequilibrar em termos de compreensão.  Essa busca conduz a um equilíbrio (provisório, por isso o termo equilibração) cada vez mais estável e consistente, maior (majorante) do que o anterior. Isso acontece até o final da vida de cada ser humano.

Esquemas e estruturas  No processo de adaptação, o indivíduo cria estruturas nas trocas que desenvolve com o meio em que habita. São padrões de ação física e mental que se referem a atos específicos de inteligência e correspondem a estágios de desenvolvimento.  Os esquemas são estruturas que possibilitam que uma criança disponha de suas ações de maneira organizada, por exemplo: olhar procurando seu carrinho de brinquedo, levantar e se locomover até o objeto, pegar o objeto e fazer com ele ações típicas de seu jeito de brincar.

Assimilação e acomodação  A assimilação é a aplicação dos esquemas anteriores do sujeito a uma nova situação, incorporando a esses esquemas os novos elementos.  A acomodação é o que torna possível a adaptação do sujeito, pois pode complementar o processo de assimilação. Ela diz respeito à reestruturação ou modificação dos esquemas assimilatórios do indivíduo para lhe dar condições de adquirir um novo conhecimento.

Interatividade O professor, segundo a teoria de Piaget, costuma explicar aos alunos tentando fazê-los: A. Assimilar o conteúdo. B. Acomodar o conteúdo. C. Majorar o conteúdo. D. Acreditar em tudo que está dizendo. E. Ficar quietos durante sua fala.

Resposta O professor, segundo a teoria de Piaget, costuma explicar aos alunos tentando fazê-los: A. Assimilar o conteúdo. B. Acomodar o conteúdo. C. Majorar o conteúdo. D. Acreditar em tudo que está dizendo. E. Ficar quietos durante sua fala.

As fases do desenvolvimento cognitivo segundo Jean Piaget  Estágio sensório-motor: dá todas as bases para a preparação do que é a fala. Na verdade, poderíamos dizer que a criança só terá o que falar no próximo estágio graças a todas as aprendizagens dos esquemas que ela estrutura em seus dois primeiros anos de vida.  O estágio sensório-motor é uma fase de inteligência prática pautada nas ações e percepções da criança em contato com o mundo que a cerca. É uma inteligência ainda não verbal e não representativa, mas ela possibilita a construção do conceito de objeto e do objeto permanente.

Estágio pré-operatório ou objetivo-simbólico  Nesse estágio, surge a função simbólica (aproximadamente de dois a quatro anos): é o início da interiorização dos esquemas de ação na representação (na linguagem, no jogo simbólico, na imitação etc.). A presença da mãe é muito importante e o principal elo com o mundo.  A representação é a ação de pensar um objeto por meio de outro. Por exemplo, se dizemos carro, por meio dessa palavra compreendemos o objeto carro.

Estágio operatório concreto  A principal conquista desse estágio é o pensamento mais estruturado. Segundo Piaget, o conceito de pensamento operatório é uma ação interiorizada reversível.  As operações são processos mentais, um conjunto de ações correlatas que formam um todo integrado. Uma operação mental não tem uma propriedade, mas um grupo de propriedades. Uma de suas características é a reversibilidade, seja pela inversão de combinações (formas alternadas: classes), seja pela reciprocidade (formas equivalentes: relações).

Estágio operatório formal No estágio operatório formal, a criança é capaz de lidar com conceitos como liberdade e justiça, uma vez que domina progressivamente a capacidade de abstrair, generalizar e criar teorias sobre o mundo, principalmente sobre os aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais, se descola do real e é capaz de tirar conclusões a partir de puras hipóteses.

A formação do juízo moral na Teoria de Piaget  Em “O juízo moral na criança”, Piaget escreve: “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por estas regras”. (1994, p. 23)

 Em caráter de síntese e análise geral das fases encontradas, três etapas podem ser destacadas na evolução da prática e da consciência das regras pelas crianças. A primeira é a da anomia, a segunda chamase heteronomia e a terceira é a autonomia. Vamos a cada uma delas para compreender melhor tudo isso.

Desenvolvimento da prática das regras  Motor individual: nessa fase, não é da relação social implicada pelo jogo que a criança participa, mas sim de uma aplicação simples de seus esquemas de ação, como, por exemplo, a criança que joga uma bola no chão repetidas vezes sem maiores pretensões.  Egocêntrico: nessa fase, a criança costuma imitar superficialmente as regras de um jogo, como se as tivesse aprendido com crianças maiores ou com adultos.

Desenvolvimento da prática das regras  Cooperação nascente: existe agora uma necessidade de controle de uns sobre os outros. Há uma regra única para todos e eles costumam respeitá-la.  Codificação das regras: nesse último estágio, não somente as partidas são muito reguladas por todos os detalhes a ela inerentes, como também todos os códigos das regras a serem seguidas são conhecidos por todos.

Consciência das regras na criança  Não obrigatoriedade: a criança demonstra não possuir a menor necessidade da regra. Além do fato de não colocá-la em prática, a criança mostra, intelectualmente, não possuir o menor respeito por regras em geral.

 Obrigatoriedade sagrada: Caracteriza-se por não dar como legítima quaisquer modificações ou adaptações, apesar de demonstrar capacidade de inventar regras. As origens destas ainda são dadas como criação paterna ou divina.

Consciência das regras na criança  Obrigatoriedade devido ao consentimento mútuo: segundo palavras do próprio Piaget (1994, p. 60), “a democracia sucede a teocracia e a gerontocracia”. Assim, nesse nível a criança se conscientiza do caráter arbitrário e necessário das regras, resultado de uma cooperação e aceitação mútua entre todos os competidores.

Interatividade A explicação do professor, seguindo a teoria de Piaget, pediu a utilização de objetos visíveis, pois os alunos estavam no estágio: A. Sensório-motor. B. Operatório Formal. C. Pré-operatório. D. Operatório Concreto. E. Ainda não identificável.

Resposta A explicação do professor, seguindo a teoria de Piaget, pediu a utilização de objetos visíveis, pois os alunos estavam no estágio: A. Sensório-motor. B. Operatório Formal. C. Pré-operatório. D. Operatório Concreto. E. Ainda não identificável.

Vygotsky  Lev S. Vygotsky e sua teoria.  Teoria considerada como histórico-social.

 Sujeito sócio-histórico.  Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.

A Mediação, formação de conceitos, processo de internalização, a linguagem e a cultura  Mediação: Um meio entre o sujeito e o conhecimento.

 O outro social pode apresentar-se por meio de objetos, da organização do ambiente, do mundo cultural que rodeia o indivíduo.  Formação de conceitos e internalização se dão pela cultura e linguagem.

Formação de conhecimentos e da própria consciência e as zonas de desenvolvimento  Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações interpessoais para o plano individual interno - relações intrapessoais.  Zona de Desenvolvimento Real = aquilo que o sujeito já sabe.

 Zona de Desenvolvimento Potencial = Aquilo que o sujeito consegue aprender.  Zona de Desenvolvimento Proximal = Distância entre a Zona D. Real e Potencial.

A escola e o professor na visão de Vygotsky  A escola como mediação. A preocupação com as zonas de desenvolvimento dos alunos.  No papel do docente provocar avanços nos alunos se torna possível com sua interferência na zona proximal.

Henri Wallon: O orgânico e o social e suas leis de desenvolvimento  A relação entre organismo e meio constitui um par indissociavelmente complementar, colocando as disposições genéticas como potencial; somente irão se desenvolver se encontrarem possibilidades do meio que habita.  Alternância Funcional (para si ou para o mundo).  Alternância da Predominância (motor, afetivo e cognitivo se alternando mutuamente).  Integração Funcional (todos funcionando integrados e ligados ao 4º Conjunto, a Pessoa).

Os conjuntos funcionais ou aspectos do desenvolvimento humano  Conjunto Cognitivo: Racionalidade. Capacidades da Inteligência.

 Conjunto Físico-Motor: Envolve a movimentação, a postura, a locomoção...

Conjunto funcional afetivo ou afetividade  Wallon entende afetividade como a disposição ou capacidade de ser afetado pelo mundo interno e externo, por sensações agradáveis ou desagradáveis, prazerosas ou desprazerosas. A afetividade se manifesta em:  Emoções: orgânica, primitiva, arrebatadora e ligada a todo sistema postural.  Sentimentos: é uma emoção depois de ter a racionalidade misturada. Uma emoção cognitivizada.  Paixão: trata-se do autocontrole cognitivo sobre as emoções, tendo o poder de retardar a manifestá-la.

Aprendizado para Wallon  Wallon entende que aprender é diferenciar.

 Passamos do sincretismo para a diferenciação.

Interatividade O que é afetividade, para Wallon? A. A necessidade de se apaixonar por alguém. B. É a necessidade de dar e receber carinho. C. É a predisposição de afetar e ser afetado por fatores internos e externos. D. É a necessidade de mostrar os sentimentos.

E. É a possibilidade de mostrar a tristeza, a alegria, o medo etc.

Resposta O que é afetividade, para Wallon? A. A necessidade de se apaixonar por alguém. B. É a necessidade de dar e receber carinho. C. É a predisposição de afetar e ser afetado por fatores internos e externos. D. É a necessidade de mostrar os sentimentos.

E. É a possibilidade de mostrar a tristeza, a alegria, o medo etc.

As fases de desenvolvimento: Entre o orgânico e o social  As fases de desenvolvimento devem respeitar a cultura a qual está inserida.

 Não se trata do estabelecimento de idades rigidamente fixadas.  Essas idades descritas são de sua cultura francesa e por algumas décadas do século XX.  Wallon diz que somos geneticamente sociais. Isto significa que desde o nascimento estamos sujeitos as condições do meio social que nos inserimos.

Impulsivo-emocional (0 a 1 ano)  Impulsivo-emocional: 0 a 03 meses (impulsivo): atividade generalizada do organismo; movimentos reflexos e impulsivos.  3 a 12 meses: as atividades descoordenadas vão se transformando em sinalizações cada vez mais precisas para expressar mal-estar e bem-estar; movimentos expressivos; atividades circulares.

Sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos)  Sensório-motor e Projetivo: Marcha e fala; 12 a 18 meses = sensório-motor movimentos instrumentais (praxias).  18 a 36 meses projetivo; comunicação simbólica, exploração sistemática do real: nomear, identificar, localizar objetos e pessoas; ato mental prolonga-se em atos motores; 2 movimentos projetivos: imitação e simulacro.

Personalismo (3 a 6 anos)  Personalismo: Formação da Personalidade.

3 fases distintas-> relações interpessoais características:  -> fase da oposição ao outro (relações negativistas) recusa e reinvindicação;  -> fase da sedução ou idade da graça (relações sedutoras);  -> fase da imitação (relações imitativas para usar o outro que negou antes como modelo para a ampliação das competências) -> necessidade de autossubstituir os outros.

Categorial (6 a 11)  Fase Categorial: coincide com a entrada da criança no Ensino Fundamental aqui no Brasil.  Autodisciplina mental (Atenção Voluntária).  Pensamento pré-categorial que é ainda marcado pelo sincretismo e o par sustenta o pensamento.  Pensamento Categorial (a partir de + ou 9 anos): formação de categorias intelectuais.

Fase da puberdade e adolescência (acima de 11 anos)  Puberdade e Adolescência: Última e movimentada etapa que separa a criança do adulto.  Há um fortalecimento do pensamento categorial e a apreensão do tempo completa a consciência de si.

 Há uma alteração do esquema corporal. Nova crise de personalidade como na fase do personalismo.  Todas as fases não se prendem a idades, pois cada pessoa depende da interação entre sua estrutura orgânica e do seu contexto social para passar de uma fase de desenvolvimento a outra!

Interatividade O que é o pensamento categorial, segundo Wallon?

A. É um pensamento esporádico. B. É uma categoria emotivo-racional. C. É a predisposição de pensar sobre os pensamentos. D. É a necessidade de mostrar as ideias desenvolvidas. E. É a separação das coisas que pensamos, a diferenciação do pensamento em categorias.

Resposta O que é o pensamento categorial, segundo Wallon?

A. É um pensamento esporádico. B. É uma categoria emotivo-racional. C. É a predisposição de pensar sobre os pensamentos. D. É a necessidade de mostrar as ideias desenvolvidas. E. É a separação das coisas que

pensamos, a diferenciação do pensamento em categorias.

ATÉ A PRÓXIMA!...


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