Tecido Cartilaginoso PDF

Title Tecido Cartilaginoso
Author Pedro Heitor
Course Histologia I
Institution Pontificia Universidade Católica do Paraná
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TECIDO CARTILAGIONOSO Esse tecido não apresenta vasos sanguíneos. Isso faz com que nós não tenhamos peças de cartilagem muito grandes. Claro, você não pode ter um tecido do tamanho de um fêmur, pois a nutrição ficará dificultada. É importante saber que esse tipo tecido é o primeiro molde do embrião, sendo substituído futuramente pelo ósseo. Está relacionado ao crescimento dos ossos longos: exatamente na região entre a epífise e a diáfise, há cartilagem hialina, responsável pelo crescimento desses ossos em comprimento. É um tecido que tem certo grau de flexibilidade - isso é muito importante. As agrecanas são agregados de proteoglicanos, que se unem através de uma molécula de ácido hialurônico. O tecido cartilaginoso tem muitos desses agregados exatamente para formar aquela água de solvatação, da qual falamos, dando essa flexibilidade para o tecido – se você não o corta, apenas o pressiona, ele volta ao seu estado natural. Não tem também sistema linfático, nem nervos. Como todo tecido conjuntivo, ele apresenta células e matriz. O tecido conjuntivo propriamente dito tinha células e matriz. As células eram os fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos... E a matriz era formada por fibras colágenas e elásticas e substancia fundamental: proteoglicanas, proteínas e água. O tecido cartilaginoso, assim como o tecido conjuntivo propriamente dito, vai ter células e vai ter matriz. As principais células são os condrócitos, que vieram de condroblastos; existem células denominadas condroblastos, que são jovens e com intensa capacidade de síntese de proteínas, assim como eram os fibroblastos. E essas células, com o decorrer do tempo, acabam se transformando em condrócitos, que têm atividade bem menor. Na matriz do tecido cartilaginoso teremos fibras colágenas e elásticas, dependendo do tipo de cartilagem (são 3 tipos – fibrosa, hialina e elástica), haverá diferença no tipo de colágeno. Na cartilagem elástica, por exemplo, haverá colágeno e elastina – fibras elásticas também. Com relação à substância amorfa, haverá uma grande quantidade de proteoglicanas: proteoglicanas sulfatadas que dão aniocidade ao tecido, que atraem íons positivos. Isso confere um caráter basófilo à substância amorfa. Assim, a proteoglicana é vista no coração bem roxinha, com uma basofilia marcante. O ácido hialurônico é uma glicosaminaglicana não sulfatada, que tem como propriedade ligar as proteoglicanas e fazer com que haja nesse tecido uma grande quantidade dessas substâncias ligadas. Além disso, têm várias glicoproteínas que estão no tecido cartilaginoso. A principal delas é condruitina. Os condrócitos vêm dos condroblastos, os quais tem uma grande capacidade de síntese proteica. Se eles fazem síntese proteica, claro que terão características de células que fazem isso. Essas células têm núcleo claro: a cromatina está bem desconformada no centro; na membrana nuclear você vê a cromatina descondensada. Essa célula tem uma quantidade de reticulo endoplasmático rugoso muito grande, além de complexo de Golgi... São características de células que fazem síntese de proteínas. O condrócito vai ter um núcleo um pouco mais escuro, porque é uma célula um pouco mais madura, não é uma célula com as mesmas características da anterior. Essas células estão dentro de lacunas. Elas existem na microscopia óptica porque com a etapa de desidratação, as células murcharam. As células estão lá, nas lâminas, a estrutura está toda preservada, mas a célula encolheu. Quando ela faz isso, forma um buraco – isso é a lacuna.

A matriz desse tecido apresenta uma quantidade muito grande de agregados de proteoglicanas, que irão preencher toda a matriz que envolve as fibras colágenas. Essas fibras colágenas estão ligadas a esses agregados, então não estão esparsas e jogadas, está tudo formando uma massa compacta e flexível, com resistência, mas flexível. A condrutina sulfato é a principal proteoglicana do tecido cartilaginoso, sendo a mais importante. Tem também as proteínas de adesão, que aparecem inclusive no tecido conjuntivo. Essas proteínas adesivas são importantes porque fazem a ligação da célula na matriz. Lembrar: corado em rosa = eosina = acidófilo, então é básico. Corado em roxo = hematoxilina = basófilo, então é ácido. Como o tecido cartilaginoso é um tecido avascular, é necessário que tenha sempre perto dele um tecido conjuntivo, porque é através dos vasos sanguíneos desse conjuntivo que a cartilagem vai se nutrir. Essas células, então, recebem sua nutrição por difusão de vasos que vem do pericôndrio – nome do tecido conjuntivo que reveste a cartilagem. O tecido cartilaginoso é basófilo e tem essa basofilia mais evidente ao redor das células, região conhecida por matriz territorial. A própria célula do tecido é quem produz essa matriz, que tem fibras colágenas, proteoglicanas e glicoproteínas, que foram secretados. Essa quantidade, principalmente de proteoglicanas, fica ao redor da celula por um tempo, até que vagarosamente se dissipam, formando a matriz interterritorial. A matriz territorial tem uma cromasia evidente, devido à quantidade de proteoglicanas sulfatadas. É uma matriz recentemente sintetizada pela célula que ainda não se espalhou. Entre os condrócitos, na matriz interterritorial, já não há essa basofilia evidente, ainda assim é basófila. Na matriz territorial, há presença de colágeno, porque é uma fibra que ela sintetiza e riqueza em proteoglicanas, que da a basofilia evidente da região; a matriz interterritorial continuará apresentando as mesmas características, só que mais dissipadas. A cartilagem hialina apresenta o colágeno tipo 2, um colágeno que não forma feixes, forma apenas fibrilas. Então, na cartilagem hialina, as fibrilas ficam espalhadas com as proteoglicanas, caracterizando aquela rigidez do colágeno. Na cartilagem elástica, o colágeno também é do tipo 2. Colágeno do tipo 1 só é encontrado na cartilagem fibrosa, característica do disco intervertebral. O colágeno do tipo 1 é mais resistência à tração, é o que forma feixe, como o tendão. O pericôndrio é um tecido conjuntivo denso com colágeno tipo 1. Ele tem como função a vascularização, a difusão dos gases e dos vasos que estão dentro dele, que vão para a cartilagem. Porém, não é só isso. A cartilagem cresce de duas formas: por mitose de células pré-existentes, as quais ocorrem dentro da cartilagem; ou por células do pericôndrio, que se diferenciam em condroblastos – aposicional. Essas células do pericôndrio são como células de fibroblastos. Essas células quando bem próximas ao tecido cartilaginoso sofrem uma diferenciação transformando-se em condroblastos. Alguns autores trazem que o fibroblasto se transforma em condroblasto, mas na realidade, essas células que estão no pericôndrio não são exatamente fibroblastos, mas sim células que não se diferenciaram totalmente em fibroblasto e irão se diferenciar em condroblasto. Quem se diferencia é um pré-fibroblasto. A célula muda sua morfologia: uma é mais achatada, a outra é mais arredondada. E essa célula agora como condroblasto passa a produzir matriz cartilaginosa, ficando envolta de matriz cartilaginosa, adentrando a matriz e ficando cercada de colágeno tipo 2, caso seja hialina, proteoglicana, glicosaminaglicanas, glicoproteínas e assim vai. A região que se tornará cartilagem se chamará pericôndrio condrogênico. Mais externo, fica o pericôndrio fibroso, aquele que não virará cartilagem. Cuidado! A estrutura é o pericôndrio, o tecido é conjuntivo!

Conforme vai chegando mais próximo à cartilagem, vai se percebendo que as células achatadas da extremidade já tomam um outro formato, porque vão se diferenciar em condroblasto. Conforme ela vai entrando, é possível ver até mesmo lacuna nelas. Essa região chamada de pericôndrio condrogênito. Mais externo: pericôndrio fibroso. Como a cartilagem é um tecido conjuntivo, a sua origem é mesenquimal: células estreladas são características de células do mesênquima. Essas células passam a fazer uma quantidade absurda de mitoses, havendo um crescimento dentro do tecido. Chegará ao ponto que terá um crescimento tão grande, que haverá uma super população dentro do tecido. Cada célula dessas produzirá matriz, separando-se uma das outras, ainda que continuem crescendo e fazendo mitose. Quando elas fazem mitose, elas podem ficar na mesma lacuna – as que fazem isso formam os chamados grupos isógenos, grupos de células com a mesma origem. Elas não ficam assim para sempre, cada uma delas passa a produzir matriz e separar-se. Existem dois tipos de crescimento: um pelo pericôndrio e outro por mitoses de células préexistentes. O crescimento intersticial, ou seja, por dentro do interstício, é o que as células fazem mitoses – uma célula realiza mitose, células filhas dentro de uma lacuna, produção de matriz nova e separação delas. Não vem do pericôndrio, ocorre dentro da própria cartilagem. O crescimento pode também ser aposicional: células mesenquimais que se diferenciam em condroblastos, e esses condroblastos passam a produzir uma nova matriz, que agora é mais conjuntiva, é uma matriz cartilaginosa. O intersticial é por mitose, o aposicional, por diferenciação. Uma célula mesenquimal com pouco oxigênio no meio se transforma em condroblasto. Então, provavelmente, essas células de fibroblastos que aparecem pelo tecido tenham uma baixa de oxigênio, que as fez se diferenciar – além de outros fatores. São três tipos de cartilagem: a hialina, a elástica e a fibrosa. Na cartilagem hialina há material ao redor basófilo; na cartilagem elástica você verá uma coloração mais evidente, mas a constituição será a mesma, ainda que você veja outros componentes, que não tem na hialina; já a fibrosa será uma cartilagem diferente, porque as células se arranjam em fileiras, o que são chamados de grupos isógenos axiais. Quando há mitoses, podem-se chamar os grupos isógenos de coronários, formandos de duas até oito células, ou axiais, células organizadas em feixes, típico de cartilagem fibrosa. Esse último ajuda no arranjo das fibras colágenas da cartilagem fibrosa, ajudando na sustentação. No esqueleto do embrião, o tecido cartilaginoso é formado 60% por água, 15% de colágeno, 9% de proteoglicanas e 3 a 5% de células. Entre os colágenos, 80% são do fibroso e os outros 20% estão espalhados. O tecido cartilaginoso é um tecido altamente hidratado e isso ajuda na difusão dos gases e dos nutrientes. Por isso, a pessoa vai chegando a uma idade, com a baixa hidratação da cartilagem, em que é necessária a ingestão de cápsulas de condroitina sulfato para minimizar os efeitos do envelhecimento da cartilagem, que fica enrijecida, bem como os movimentos limitados. A cartilagem está localizada no nariz, nas extremidades ventrais das costelas, anéis de cartilagem, brônquios e discos epifisários dos ossos em crescimento. A cartilagem elástica não pode ser vista com os corantes de rotina, apenas com corante para cartilagem elástica, que nem na coloração da artéria com orceína. Se for corada com H-E ela ficará

igualzinha à hialina: basófila, do mesmo jeito, porque ela tem os mesmo componentes da hialina, só que acrescidos de fibras elásticas. Nos corantes usados para essa cartilagem não são privilegiadas as células, por isso não dá para ver direito elas na lâmina e as lacunas ficarão meio vazias junto com as fibras elásticas. Na matriz das fibras elásticas há colágeno do tipo 1, a mesma coisa que a cartilagem hialina, proteoglicanas, glicoproteínas e fibras elásticas bem fininhas. A cartilagem elástica se altera, é flexível: se altera e volta ao normal. Tem-se uma quantidade de condrócitos maior, a fibra elástica é mais celularizada. Na matriz territorial será a mesma coisa, mas com maior presença de fibra elástica e muita proteoglicana ali também. Como o corante é feito para ver as fibras elásticas da matriz, os risquinhos possíveis de ver são todas elastinas. Na parte superior nada é visto por ser tecido conjuntivo. A cartilagem fibrosa, caso dos discos da coluna, é mais difícil de nutrição por não ter pericôndrio. A nutrição se da pelo líquido sinovial. É a mesma coisa que acontece com a cartilagem hialina da articulação. Essa cartilagem tem uma abundância de fibras colágenas e pouca substância fundamental, apesar de ter porque são necessárias as proteoglicanas para ajudar na flexibilidade que o disco deverá ter. É bom observar que essa cartilagem também terá presença de fibroblastos infiltrados no meio dos condroblastos e dos condrócitos. Esse tipo é achado nos discos articulares, nos discos vertebrais, na inserção do tendão do osso. Não tem a mesma basofilia da cartilagem hialina devido à quantidade de tecido conjuntivo que tem misturado a ela. A cartilagem fibrosa é diferente. O disco intervertebral é formado por um anel cartilaginoso de cartilagem fibrosa e um núcleo pulposo, que é um resquício da notocorda embrionária. O que acontece na hérnia de disco é que a vértebra irá empurrar o nervo por disfunção dessas cartilagens. Entre a epífise e a diáfise tem-se uma região, em indivíduos jovens (nas meninas até os 16 anos e nos rapazes até os 21 anos), de cartilagem hialina denominada de discos epifisários. Se ela é uma região de cartilagem, nela são encontradas condrócitos. Neste local ocorre um processo de ossificação. Esse disco epifisário é uma região de cartilagem que apresenta várias zonas de condrócitos, que vão se modificando de acordo com o que está acontecendo na matriz e depois encerra com a morte do condrócito (as lacunas ficam vazias) e a ossificação. Como crescimento, ocorre a vascularização desse tecido e, com a vascularização, ocorre uma calcificação da cartilagem. Como a cartilagem se calcifica, o condrócito, que se nutria por difusão, morre. Então, a matriz cartilaginosa calcificada servirá de apoio para osteoblastos que chegam à região, se encostam e produzem matriz óssea em cima de uma cartilagem morta. Aí ocorre uma ossificação a partir de um tecido cartilaginoso. Isso não ocorre apenas em crescimento, mas também em fraturas. Chama-se ossificação endocondral. Os condrócitos chamados “de repouso” começam a fazer mitoses, aumentado sua quantidade e ficando em fileiras, como um grupo axial. Eles ficam arranjados em série formando a zona de cartilagem seriada. Outros condrócitos começam a perceber que o meio está inadequado: eles não têm mais a hidratação de antes, então começam a acumular substancias de reserva, glicose principalmente. Com o acumulo continuo, eles aumentam de tamanho, formando uma zona de cartilagem hipertrófica. Então, a cartilagem calcifica, impossibilitando a nutrição das células cartilaginosas. Por isso, os condrócitos começam a quebrar o glicogênio armazenado para formar ATP por tempo determinado. Quando o estoque de energia acaba, a célula morre, ficando lá dentro. Na região não existe mais cartilagem, mas sim uma cartilagem ossificada, onde o osteoblasto se coloca e passa a produzir matriz óssea ao seu redor. Ocorre a ossificação endocondral. Assim, o disco epifisário passará pelas fases: zona de cartilagem em repouso, zona de cartilagem seriada, zona de cartilagem hipertrófica, zona de cartilagem ossificada e zona de ossificação.

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Histologia Médica I: Tecido Cartilaginoso - resumo O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. Desempenha função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, em que absorve choques e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações. É essencial para o crescimento e formação de ossos longos. Contém células chamadas condrócitos e abundante material extracelular, que constitui a matriz. As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos são chamadas lacunas (pode conter um ou mais condrócitos) e são visíveis à microscopia óptica devido às técnicas de desidratação que murcham o condrócito e este se enruga deixando um espaço livre. As funções dependem da estrutura da matriz, que é constituída por colágeno ou colágeno mais elastina, em associação com proteoglicanos, ácido hialurônico e diversas glicoproteínas. A consistência firme das cartilagens se deve às ligações eletrostáticas entre os glicosaminoglicanos sulfatadas e o colágeno, e à grande quantidade de moléculas de água presas a esses glicosaminoglicanos (água de solvatação), o que confere turgidez à matriz. Não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio). Já as cartilagens que revestem a superfície dos ossos nas articulações móveis não possuem pericôndrio, sendo nutridos pelo líquido sinovial das cavidades articulares. O tecido cartilaginoso também é desprovido de vasos linfáticos e nervos. As cartilagens se diferenciam em três tipos: cartilagem hialina (mais comum e cuja matriz contém fibrilas constituídas principalmente de colágeno tipo II), cartilagem elástica (que contém poucas fibrilas de colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas) e cartilagem fibrosa (apresenta matriz constituída preponderantemente por fibras colágenas tipo I). As cartilagens são revestidas por uma bainha de tecido conjuntivo denso chamado de pericôndrio, que contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos para suprir às necessidades da cartilagem.

Cartilagem Hialina: é o tipo mais encontrado no corpo humano. Forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente será substituído por esqueleto ósseo. Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, de cartilagem hialina, que é responsável pelo crescimento dos ossos em extensão. É encontrada, nos adultos, na parede de fossas nasais, traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos. A sua matriz é formada, em 40%, por fibrilas de colágeno tipo II associadas ao ácido hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas. Outro componente importante da matriz da cartilagem hialina é a glicoproteína estrutural condronectina, uma macromolécula com sítios de ligação para condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e glicosaminoglicanos – participa do arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos.

Em torno dos condrócitos existem zonas ricas em proteoglicanas e pobres em colágeno. Elas mostram basofilia, metacromasia e reação PAS mais intensa que o restante da matriz devido à presença dos glicosaminoglicanos sulfatados  é a matriz territorial.

Pericôndrio: todas as cartilagens, exceto as articulares, são envolvidas por essa camada de tecido conjuntivo denso. É fonte de novos condrócitos para o crescimento e atua na nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, pois apresenta vasos sanguíneos e linfáticos. É formado por tecido conjuntivo rico em colágeno tipo I na parte mais superficial, porém gradativamente mais rico em células à medida que se aproxima da cartilagem. Suas células são morfologicamente semelhantes à de fibroblastos, porém as situadas próximo à cartilagem podem realizar mitoses e se diferenciarem em condrócitos, caracterizando-se assim, funcionalmente, como condroblastos.

Condrócitos: na periferia da cartilagem hialina, apresentam formato alongado. Mais profundamente, são arredondados e aparecem em grupos de até oito células, chamados grupos isógenos (cujas células são originadas de um único condroblasto). As células e a matriz cartilaginosa sofrem retração durante o processo histológico, deixando em evidência as lacunas. São células secretoras de colágeno tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas (condronectina). A cartilagem hialina degrada glicose principalmente por mecanismo anaeróbio, com formação de ácido láctico como produto final. Sua membrana plasmática possui reentrâncias que favorecem as trocas com o meio extracelular, importante para a nutrição dessas células. Os condroblastos, células precursoras dos condrócitos, provêm de células do mesênquima. Os nutrientes transportados pelo sangue atravessam o pericôndrio, penetram a matriz e alcançam os condrócitos mais profundos. Os mecanismos dessa movimentação de moléculas são principalmente a difusão através da água de solvatação das macromoléculas e o bombeamento promovido pelas forças de compressão e descompressão exercidas sobre as cartilagens. O funcionamento dos condrócitos depende de um balanceamento hormonal adequado. O hormônio do crescimento, produzido pela hipófise, promove a sínte...


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