Texto Analítico - Cubismo PDF

Title Texto Analítico - Cubismo
Author Luciola Alcantara
Course Estudos Literários: Literaturas de Língua Portuguesa II
Institution Universidade Federal de Mato Grosso
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LUCÍOLA ALCÂNTARA TEXTO ANALÍTICO II

CUBISMO

“Aperitivo” poema de Oswald de Andrade um dos principais artistas cubistas do Brasil retrata de forma clara as principais características de um poema cubista mostra que é possível mostrar os nossos cinco sentidos simultaneamente entre as imagens dispostas nos versos, de modo que ocorra uma sobreposição entre os sentidos e as paisagens, como se estivessem em movimento, como um filme só que com palavras em um poema. Dessa forma na obra em si a imagem que os mesmos passam da cidade de São Paulo e da vida que nela se movimenta, é uma cena onde as pessoas caminham na praça dando uma sensação de movimento, mostrando que na capital econômica do Brasil a vida é rápida mesmo que as dez horas da manhã, horário que o próprio poema comenta, utilizando a figura do café e não somente o seu odor forte que se alastra pelo ambiente, mas também as cafeterias e padarias da cidade. Sendo assim o eu lírico ao falar sobre o grão no verso “o café vai alto como a amanhã de arranha-céus”, apresenta nesse momento uma ideia ambígua referente ao mesmo, já que na época em que se passa este texto o café era responsável por 70% a 80% das exportações brasileiras, ou seja, conhecer qual foi o tempo retratado na obra é a chave para compreender o texto. Desse modo conhecendo a época e o horário do dia podemos compreender também o verso “São 10 horas azuis”, sendo que o uso do adjetivo cria um interessante efeito expressivo visual, revela aos nossos olhos o céu claro e limpo dessa hora da manhã. No verso “O café vai alto como a manhã de arranha-céus”, dois aspectos da cidade se sobrepõem, o tempo e o espaço, quando o eu lírico fala sobre a manhã ele está falando do tempo em que se passa determinado acontecimento, logo depois o mesmo fala sobre os grandes prédios da cidade de São Paulo conhecidos também como arranhacéus, sobrepondo essas duas imagens, transparece também nos três últimos versos alguns elementos da cidade. Os, cigarros, o rio Tiete que até então não estava totalmente poluído ainda possibilitando navegações os automóveis que já estavam dominando as ruas de São Paulo. O último verso “A cidade sem mitos” é uma síntese da cidade, que

revela um quadro que desmitifica São Paulo, nesse ambiente não há nada de místico, que é um lugar real, urbano e centro da economia do país. Depois de analisar todo o poema podemos afirmar que a composição desta obra é claramente cubista. Para retratar a cidade, o eu lírico sobrepõe imagens que desloca o olhar do leitor na praça, para a economia, o tempo e o espaço, abusando dos nossos sentidos, essa ação cria uma imagem fragmentada com diferentes planos da realidade. As imagens se sobrepõe de uma forma dinâmica quase como um filme características essas totalmente condizentes com o cubismo....


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