3- Manobras Cirúrgicas Fundamentais PDF

Title 3- Manobras Cirúrgicas Fundamentais
Author Bruno Santos
Course Cirurgia Oral
Institution Universidade Cruzeiro do Sul
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Summary

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Description

Manobras Cirúrgicas Fundamentais •

Diérese ➢ Incisão ➢ Divulsão

• • •

Exérese Hemostasia Síntese

Diérese “Manobras que visam romper ou interromper a integridade tecidual ” •

Separação dos tecidos



Representam os meios pelos quais o cirurgião pode penetrar através dos tecidos e atingir a área cirúrgica de interesse.



Objetivo: Acesso / Visualização



Incisão ➢ Rompimento da integridade tecidual



Divulsão ➢ Interrupção da integridade tecidual

Notas: Divulsão de um retalho mucoperiosteal, é aquele que envolve o retalho total, desde a mucosa alveolar, gengiva queratinizada até o periósteo. O intuito é fazer um retalho mucoperiosteal para cirurgias por ex: exodontia, cirurgias pré protéticas.

Diérese – Incisão Planejamento adequado: • •

Respeito às estruturas anatômicas Reparo tecidual otimizado

Instrumental •

Cabo de bisturi n° 3 (encaixe especifico)



Lâminas de bisturi n° 11, 12, 15, 15C (as mais utilizadas são a 15 e a 15C)

Inserção da lâmina ao cabo de bisturi • •

Auxilio do porta agulha Jamais manipular com as mãos

Técnica de apreensão: • •

Forma de caneta Apoio dos dedos de suporte em estrutura rígida

Princípios Básicos – Qualidade das Incisões Respeito à integridade tecidual: •

Lâminas novas e de tamanho adequado

• •

Corte único e preciso Sempre com apoio

Notas: A incisão deve ser firme, precisa e único. Entra com a lâmina em 90°, corre em 45° e saio em 90°

Visualização adequada

Enxerto na região anterior da maxila

Versatilidade na amplitude

Apoio em tecido ósseo saudável • •

Conhecimento da anatomia Preservar estruturas vitais



Sem prejuízo ao reparo tecidual

Planejamento das Incisões para confecção do retalho Irrigação Sanguínea do Retalho

Notas: Para que toda a extensão do retalho, especialmente na região do ápice da ponta, que é onde vai ser mais difícil que a vascularização (circulação) retorne à normalidade. A base do retalho (porção superior) seja sempre maior e mais larga que o ápice do retalho.

em todos os retalhos, seja qual for, sempre vamos englobar no mínimo um dente para mesial e um para distal ao dente que vamos executar o procedimento cirúrgico.

As incisões são sempre realizadas de Distal para Mesial, para termos uma visualização correta, e isso faz com que o sangramento não escorra para onde ainda vamos incisar.

Incisão superior (Obliqua): Apical para cervical Inferior (Obliqua): Cervical para apical

Em hipótese alguma vamos realizar a incisão no centro da coroa, e nunca dividir a papila no meio.

Tipos de Retalho (Cirurgia Odontológica) 1. Envelope: ➢ Incisão Intrasulcular (área dentada) Deve englobar dois dentes para mesial (preferencialmente)

➢ Incisão retilínea sobre o rebordo (áreas edêntulas)

Vantagens: • • •

Versatilidade Menor sangramento Facilidade no reposicionamento

Desvantagens •

Acesso restrito



Afastamento restrito

Incisão de Neumann •

Monoangulada (intrasulcular + oblíqua)

Incisão de Novak-Peter (Neumann Modificada) •

Biangulada (obliqua + intrasulcular + obliqua)

Incisão Partsch (Semilunar) • •

Não atinge a margem gengival Mínimo de 5 mm de gengiva inserida/queratinizada (necrose)

Incisão de Wasmund •

Não atinge a margem gengival



Mínimo de 5 mm de gengiva inserida / queratinizada (necrose)

Incisão de Wasmund e Partsch Vantagens • •

Preservar estética anterior Acesso apical

Desvantagens • •

Acesso restrito Pouco versátil



Afastamento restrito

Incisão em “Y” ou Duplo “Y”

Como selecionar o retalho ideal? Considerar •

O objetivo da cirurgia; e



O planejamento do procedimento cirúrgico; e



A região anatômica a ser abordada

Sempre: •

Obedecendo aos princípios das incisões



Otimizar o reparo tecidual

Diérese – Divulsão



O tecido ósseo é o plano natural de clivagem ➢ Sindesmotomia ➢ Retalho mucoperiosteal ➢ Retalho dividido ➢ Retalho mucoso com tesoura

Instrumental

Técnica de apreensão descoladores • •

Forma de caneta Apoio dos dedos de suporte em estrutura rígida

Divulsão do retalho

Tesoura Metzembaum • •

Ponta curva e romba Usado para divulsão mucoso (tecidos moles)

Técnica de apreensão tesouras e porta agulha

Princípios da divulsão dos tecidos • •

Entrar com tesoura fechada Abrir no interior dos tecidos



Extensão depende: ➢ Tamanho da ferida ➢ Localização anatômica

Manipulação dos tecidos •

Afastamento adequado: Papel do auxiliar



Apoio em tecido ósseo sadio



Proteção: Brocas, bisturi elétrico



Manipulação com pinças adequadas



Evitar tracionamento excessivo do tecido, retalho, bochechas e lábios



Em caso de retalho mucoperiosteal, o afastador deve estar posicionado tocando no osso, afastador de minessota ou afastador de mead.

Sindesmotomia

Sindesmotomo

Sindesmotomia realizado por vestibular e lingual, apenas no dente envolvido na cirurgia, quando não precisamos enxergar osso alveolar.

Exérese

“Remoção parcial ou total dos tecidos/órgãos” • •

Tecidos moles Tecidos duros

Enucleação e/ou curetagem

Osteotomias

Avulsão (exodontia)

Ostectomia X Osteotomia Ostectomia: •

Remoção de tecido ósseo

Osteotomia: •

Quando realizamos um corte no osso sem que o objetivo seja remoção do osso. Ex: Cirurgia Ortognática

Princípios da Osteotomia ou Ostectomia: • •

Linha única – sem espículas Refrigeração copiosa (instrumentos rotatórios)

• •

Extensão adequada ao propósito do procedimento Favorecer o reparo tecidual

Instrumental para Osteotomia ou Ostectomia • •

Cinzéis goivo e reto monoangulado/martelo Brocas/Motor

• •

Limas para osso Alveolótomo Lima para Osso Cinzéis Goivo

Alveolótomo

Cinzéis • •

Menor trauma tecidual Linha de osteotomia precisa

• •

Menor trauma auditivo Maior trauma psicológico (martelo)

Instrumentos Rotatórios •

Maior trauma tecidual

• • •

Maior trauma aditivo Rapidez Necessidade de refrigeração

Limas para Osso • •

Movimentos de raspagem Seguir orientação das lâminas

Instrumental especifico para curetagem • •

Curetas (diferentes tamanhos e pontas ativas) Colher com bordas cortantes

Avulsão – Exodontia • •

Fórceps Elevadores: ➢ Pontas ativas especificas ➢ Aplicações especificas

Hemostasia Realizada durante todo o ato cirúrgico

“Interrupção da perda de sangue” “Controle do sangramento” • • •

Visualizar o campo cirúrgico Manter equilíbrio hemodinâmico Prevenir hematomas: ➢ Tensão na ferida ➢ Infecções pós-operatórias



Origem do sangramento: ➢ Tecidos moles ➢ Tecidos duros

Notas: Excesso de hemácias = Hemorragia

Hemorragia “Ruptura da integridade dos vasos sanguíneos com o consequente extravasamento do sangue (do grego haima- sangue; rhegnynai- irromper)” A) Quanto ao tipo de vaso:

B) Quanto ao momento: ➢ Trans-operatória ➢ Pós-operatória Mediata Tardia

Tipos de manobras de Hemostasia 1. Auxiliar dos mecanismos hemostáticos naturais (temporária) ➢ Compressão 20-30 segundos (tampão plaquetário) 5-10 minutos (vasos maiores) ➢ Compressas de gaze



Instrumental com ponta romba (tecido ósseo) Ex: Pinça hemostática ➢ Curva ou reta Pinça Halstead Pinça Kelly

2. Ligaduras (Definitiva) ➢ Idealmente preventiva



Instrumental e material específicos: ➢ Pinças hemostáticas ➢ Tesoura de corte ➢ Fio de sutura

3. Eletrocoagulação (Definitiva) ➢ Manter o campo o mais seco possível ➢ Permite visualização ➢ Evita dissipação ➢ Tocar apenas o ponto sangrante (necrose) • •

Equipamento eletrocautério Pontas



Eletrocautério para incisão: ➢ Hemostasia ➢ Necrose tecidual

4. Agentes Hemostáticos (Definitiva) ➢ Esponja de fibrina ➢ Esponja de gelatina

➢ Celulose oxidada ➢ Cera para osso •

Episódios hemorrágicos de causa sistêmica ➢ Emergência ➢ Verificar a casa e tratar ➢ Vitamina K ➢ Ácido aminocapróico ➢ Ácido tranexâmico

Síntese Reaproximar tecidos

“Visa manter reposicionadas as estruturas anatômicas que foram rompidas durante o desenvolvimento do ato operatório”



Instrumental: ➢ Porta agulha MAYO-HEGAR

➢ Pinça delicada com dente

➢ Tesoura reta

Porta Agulha de Mayo-Hegar X Pinça Hemostática de Kelly

Qualidades das Suturas •

Asséptica (material estéril)



Tensão exercida pelos fios ➢ O mais utilizado é o fio de seda



Bordas cruentas



Disposição vis-à-vis ➢ Figura A Atraumática*



Finalidade das Suturas •

Impede que permaneçam espaços vazios



Aproximação e imobilização das bordas



Auxilia na hemostasia

Fios de sutura para cirurgia odontológica •

Resistente à tração e torção



Manter a resistência pelo tempo necessário



Flexível



Inerte: Ausência/mínima de reação tecidual



Estéril – passível de esterilização



Baixo custo



Comprimentos variados



Diferentes diâmetros – quantidade de zeros (0s) (mais zeros, mais fino)



Cirurgia Oral: 45 cm comprimento; 3.0 até 6.0

1. Quanto aos filamentos ➢ Monofilamentar (mononylon, polipropileno) ➢ Multifilamentar (seda, categute, algodão) Maior adesão de biofilme (Desvantagem) Notas: o mais utilizado para exodontias é o fio de seda.

2. Quanto à capacidade de reabsorção ➢ Absorvíveis (Categute, Vicryl) ➢ Não absorvíveis (Nylon, Seda, Algodão) Tempo, Hemostasia

3. Quanto à origem ➢ Natural (animal ou vegetal) (Categute, Algodão, Seda, Linho) ➢ Sintética (Nylon, Vicryl, Polipropileno)

Perfil das Agulhas • •

As agulhas triangulares apresentam um maior poder de corte As agulhas cilíndricas são utilizadas para manipulação de tecidos mais delicados.

Apresentação da agulha no porta-agulha • • •

3/4 posteriores da agulha Na ponta do instrumental Minimiza danos à agulha e ao tecido mole

Princípios básico da sutura • •

Direção: do tecido móvel para o fixo Penetrar na mucosa em ângulo reto

• •

Quantidade adequada de tecido: 3 mm Nó sem tensão excessiva



Nó posicionado em tecido sadio

Tipos de Sutura •

Ponto em X



Sutura contínua



Ponto simples



Ponto X



Passos da sutura de retalho angulados

Remoção do fio de sutura •

Antissepsia local (intraoral)



Tração delicada do nó



Corte do fio na base do nó, em contato com tecido

Para realização de todas as manobras •

Execução cuidadosa



Planejamento detalhado e adequado



Respeito aos princípios das técnicas cirúrgicas



Conhecimento das manobras fundamentais em cirurgia

“Pra ser bom em algo, você precisa saber os princípios básicos. Para ser ótimo em algo, você precisa saber quando violar esses princípios” Garry Kasparov, enxadrista...


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