Testes e Manobras - Victória Noemi PDF

Title Testes e Manobras - Victória Noemi
Author Victória Noemi
Course Clinica médica
Institution Universidade de Cuiabá
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Victória Noemi R. L. Campos – Medicina XXIX UNIC

TESTES E MANOBRAS DO OMBRO, PUNHO, QUADRIL E JOELHO OMBRO 1.Instabilidade: Teste do sulco: com o paciente sentado ou deitado, o examinador posiciona o cotovelo do paciente fletido a 90º, realizando uma tração no antebraço no sentido caudal. Ele deverá notar o aparecimento de um sulco logo abaixo do acrômio em caso de instabilidade da cápsula glenoumeral, enquanto que o paciente irá referir um leve desconforto.

Teste da apreensão: o examinador faz abdução, rotação externa e extensão forçada do ombro do paciente, ao mesmo tempo em que pressiona a parte posterior da cabeça do úmero. Indica instabilidade anterior, e o paciente sentirá temor e apreensão ao pensar na luxação do ombro.

Teste da recolocação: flexão do cotovelo a 90º e abdução de braço a 90º e em rotação externa, enquanto o examinador segura o braço do paciente em rotação externa e com a outra mão realiza uma tração para cima, procurando subluxar anteriormente a articulação glenoumeral. O paciente sentirá dor nos casos de lesão na articulação glenoumeral.

Teste para instabilidade posterior (Fukuda): em pé e de costas para o examinador, com o cotovelo em 90º, flexão de braço a 90º, adução do braço em 20º e em rotação neutra.O examinador posiciona-se atrás do paciente, colocando sua mão sobre o olécrano do membro superior a ser testado e realiza uma tração do braço em sentido posterior. Com a outra mão espalmada ele mantém a escápula e visualiza a possível luxação posterior da cabeça umeral.

2.Impacto:

Teste de Neer: faz-se uma abdução passiva do braço, no plano da escápula, de 0º a 180º. Serve para avaliar inflamação do tendão suprespinhal ou bursites.

Teste de Yokum: em pé com o braço acometido em flexão, cotovelo a 90º e mão apoiada no ombro oposto. O examinador solicita ao paciente para elevar o cotovelo frente a uma resistência. A dor sugere tendinite, lesão na articulação acromioclaviular ou compressão do manguito rotador.

Victória Noemi R. L. Campos – Medicina XXIX UNIC

Teste de Jobe: o examinador aplica uma força para abaixar os braços do paciente, simultaneamente, enquanto o paciente tenta resistir. O paciente irá referir dor na face ântero-lateral do ombro, indicando inflamação ou lesão do músculo supraespinhal.

Teste de Hawkins-Kennedy: O examinador coloca o ombro do paciente a 90º de flexão com o cotovelo flexionado a 90º e depois faz rotação interna do braço. O teste é considerado como positivo se o paciente sentir dor com a rotação interna, indicando lesão subacromial.

3.Especiais:

Teste de Gerber, Subescapular ou lift off test: paciente coloca o dorso da mão ao nível da quinta vertebra lombar. Posteriormente, procura ativamente afastá-la das costas rodando internamente o braço. O médico aplica uma resistência e o paciente deve ser capaz de afastar a mão das costas e manter afastamento, a não realização ou grande dificuldade pode indicar lesão do músculo subescapular.

Teste de Patte: com o membro superior em abdução de 90º e o cotovelo a 90º, o examinador aplica resistência contra a rotação externa/lateral do ombro. Caso haja dor ou diminuição do movimento, sugere-se lesão do infraespinhoso ou redondo menor.

Teste de Speed, Bíceps ou Palm-up test: o examinador impõem uma resistência ao movimento de flexão do membro superior do paciente estando o mesmo com o cotovelo em extensão. Este teste serve para detectar a presença de inflamação na bainha que recobre a porção longa do músculo bíceps.

Teste de O’Brien: com o braço fletido a 90º graus e o cotovelo estendido e aduzido a 15º, o examinador força o braço para baixo. O objetivo é testar estruturas como o labrum glenoideu e a articulação acromioclavicular, perante suspeita de lesões como a rutura superior do labrum glenoideu ou lesões acromioclaviculares causadoras de dor no ombro.

Victória Noemi R. L. Campos – Medicina XXIX UNIC

Teste de Apley: Avalia a tendinite do manguito rotador através do estiramento do manguito e da bolsa subacromial, obtida pela rotação externa e abdução do ombro. Pedese para o paciente alcançar, por trás da cabeça, o ângulo médio superior da escápula contralateral.

PUNHO Manobra de Phalen: com os cotovelos fletidos à 90º e com os punhos com o dorso em contato e à 90º de flexão, instrui-se o paciente a flexionar o punho e colocar o dorso da mão em contato com a outra mão, permanecendo por 1-2 minutos. Serve para diagnosticar a síndrome do túnel do carpo e o aparecimento de formigamento ou dormência na mão, principalmente na região que vai até o 3º dedo, demonstra positividade do teste. Há a versão invertida, no qual extende-se ao máximo o punho.

Manobra de Durkan: os sintomas são provocados quando o examinador pressiona o dedo sobre o túnel do carpo em trinta segundos.

Manobra de Finkelstein: com o polegar aduzido e fletido, sendo “segurado pelos outros dedos”, associado a um desvio ulnar. O paciente relatará dor, do tipo “agulhada”, no processo estilóide do rádio. Esta manobra é utilizada para diagnosticar a tenossinovite estenosante De Quervain, que abrange o primeiro compartimento dorsal (tendões do abdutor longo e do extensor curto do polegar).

Sinal de Tinel: com o punho em supinação e palma da mão aberta, percute-se suavemente o trajeto do nervo mediano. No momento da percussão, nos trajetos dos nervos mediano e ulnar nos túneis carpais, o paciente refere à sensação de formigamento ou choque irradiado para o 3º dedo, no caso de síndrome do túnel do carpo, e no 5º dedo no caso da inflamação do túnel do nervo ulnar.

Victória Noemi R. L. Campos – Medicina XXIX UNIC

QUADRIL

Teste de Patrick ou F-AB-RE: avalia a articulação sacroilíaca e a articulação do quadril, em patologias que provoquem dor nestas duas áreas. Realiza-se uma flexão, abdução e rotação externa do quadril (formando um número 4), enquanto o examinador realiza uma pressão no joelho fletido. É considerado positivo positivo quando é reproduzida a dor na virilha e/ou na região glútea/quadril.

Teste de Ober: é utilizado para avaliar contratura da banda iliotibial, através da flexão máxima do quadril, com joelho fletido a 90º graus, seguido da abdução. O teste é considerado positivo caso haja algum grau de abdução mesmo após o examinador soltar o membro.

Teste de Thomas: avalia a contração durante a flexão do quadril. Com o paciente em decúbito dorsal, realiza-se a flexão de ambos os quadris, abraçando os membros até a retificação da coluna lombar. Solicita-se ao paciente que solte e estenda o membro avaliado, sendo considerado positivo se houver algum grau de flexão do quadril durante o exame.

Teste de Trendelenburg: serve para avaliar a força do músculo glúteo médio. Consiste em avaliar o paciente quando ele estiver em pé e apoiado unilateralmente no quadril a ser examinado, fisiologicamente, o músculo tende a manter o nivelamento da pelve, impedindo uma inclinação lateral. Sendo assim, este teste é considerado positivo quando houver inclinação da pelve e elevação do lado acometido.

Teste de Ely ou Duncan-Ely: avalia a contratutra e espascitidade do músculo reto femoral, através da flexão do joelho, com o paciente em decúbito dorsal e em prona. É considerado positivo se houver flexão do quadril e elevação da pelve do lado examinado, sugerindo encurtamento do reto femoral.

Victória Noemi R. L. Campos – Medicina XXIX UNIC

JOELHO Testes para o menisco:

Bragard: inicia-se com uma flexão passiva do joelho, seguindo da rotação interna à rotação externa e extensão. É considerado positivo para lesões no menisco medial se aumentar a sensibilidade á palpação na interlinha articular.

Mc Murray: pode ser realizado medialmente, através da rotação tibial externa (menisco medial) ou interna (menisco lateral), seguida de movimento passivo de flexão para extensão. Este teste provoca um clique que pode ser palpável na interlinha articular.

Steinmann II: demonstra aumento da sensibilidade na interlinha articular quando o joelho move-se posteriormente, com o joelho em flexão, e anteriormente, com ele em extensão. Ou seja, é provável uma lesão meniscal que se move com o arco de movimento do joelho.

Apley: realizada em dois tempos, sendo o primeiro com o paciente em decúbito ventral e joelho fletido a 90º graus, seguido de rotações rápidos que mudem o ângulo de flexão. As lesões meniscais neste exame podem surgir como ruídos ou dor na rotação interna (menisco lateral) e externa (menisco medial). Já no segundo tempo, realiza-se uma tração no tornozelo, com a coxa fixa na mesa, ocorrendo melhora no desconforto, indicando ainda mais, lesão meniscal.

Marcha de pato: solicita-se ao paciente que caminhe agachado, forçando a região posterior da articulação, incluindo o menisco.

Steinmann I: com o paciente sentado (ou deitado) e membro pendente sem apoio para fora da cama, joelho fletido a 90º graus. A seguir, o examinador realiza movimentos bruscos de rotação interna e externa; sendo considerado positivo se o paciente sentir dor nas rotação, indicando lesão nos meniscos lateral e medial, respectivamente.

Victória Noemi R. L. Campos – Medicina XXIX UNIC

Testes para ligamentos: Estresse – abdução (valgo): paciente em decúbito dorsal, com o membro examinado fora da mesa e o joelho em extensão total ou flexão de 30º graus. Enquanto o examinador coloca a mão na face lateral do joelho e segura o tornozelo com a outra, até produzir uma leve dor. Serve para avaliar o ligamento medial e seu grau de frouxidão.

Estresse – adução (varo): posição semelhante do exame do valgo, exceto que a mão do examinar posiciona-se agora na região medial do joelho, aplicando uma força de adução. Este teste avalia apenas o ligamento colateral lateral.

Gaveta anterior/posterior: com paciente em decúbito dorsal, quadril a 45º da mesa e joelho fletido a 90º graus, o examinador posiciona a mão na tíbia proximal e os polegares na linha articular, puxando e empurando anteriormente e suavamente a tíbia. É indicado para avaliar lesão no ligamento cruzado anterior; enquanto o testa da gaveta posterior serve para avaliar o posterior.

Testes para articulação femoropatelar:

Ângulo Q: é uma linha imaginária que une a espinha ilíaca anterossuperior ao centro da patela, e esta, à tuberosidade da tíbia. O ângulo é considerado normal de 10º-20º graus, sendo permitido valores de até 18º graus para as mulheres. Este ângulo avalia subluxação patelar.

Apreensão: com o paciente em decúbito dorsal e o joelho fletido a 30º sobre a perna do examinador, pressiona-se a borda medial do joelho para lateralizar a patela. O teste é considerado positivo se o paciente ficar apreesivo e com medo de uma possível luxação pateral, chegando até a empurrar a mão do examinador.

Deslizamento patelar: com o paciente em decúbito dorsal e o joelho fletido a 30º, dividid-se a patela em quatro quadrantes. O examinador irá deslocar com os dedos a patela, e caso haja deslizamento, sugere-se instabilidade patelar (também pode-se sentir estalidos durante o exame)....


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