A Farsa de Inês Pereira PDF

Title A Farsa de Inês Pereira
Author Leila Pereira
Course Literatura
Institution Universidade de Lisboa
Pages 6
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Summary

A FARSA DE INES PEREIRALeila - 10ºF Resumos de Português Teste 3A FARSA – GIL VICENTE Peça cómica curta , com um escasso número de personagens.  Peça com uma intriga bastante simples, sem necessidade de marcar a unidade de tempo/espaço ou de estabelecer uma divisão cénica  Peça com a intençao de ...


Description

A FARSA DE INES PEREIRA Leila - 10ºF

Resumos de Português

Teste 3

A FARSA – GIL VICENTE   

Peça cómica curta, com um escasso número de personagens. Peça com uma intriga bastante simples, sem necessidade de marcar a unidade de tempo/espaço ou de estabelecer uma divisão cénica Peça com a intençao de ridicularizar e criticar a sociedade, retratando cenas da vida popular de forma bem realista.

TEMA Gil Vicente desenvolve o provérbio “Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.” - Teste à originalidade do dramaturgo, o qual desenvolve uma história, em que demonstra que é preferivel que um asno leve Inês às costas, a um cavalo que a derrube. Asno

P e ro M a rq u e s

Cavalo

Brás da Mata

“RIDENDO CASTIGAT MORES” Gil Vicente criticou todas as classes sociais e vicios da sociedade do século XVI, através da comicidade, da naturalidade e da espontaneidade. CRÍTICA À NOBREZA O escudeiro aparece diante de Inês com um discurso galateador, age de forma discreta como um cortesão, e tenta correstponder ao perfil idealizado por Inês para um marido. Pertende-se criticar uma nobreza empobrecida e sem valor. O moço, através de um aparte, aletra Inês sobre a falta de valores e de mural do escudeiro. Quer deixar o amo, queixando-se da forma degrante que vive. Deste modo, denuncia-se a forma como a nobreza tratava os mais desfavorecidos. O escudeiro ambiciona ter uma boa vida económica depois do casamento com Inês. Este casamento por interesse revela a falta de carácter e falsidade. 1

CRÍTICA AOS JUDEUS Vidal, um dos judeus casamenteiros, incentiva Inês a casar com o pretendente que escolheram, pois parece ter as qualidades que ela admira. Os judeus mostram-se interesseiros, procurando dizer a Inês precisamente aquilo que ela quer ouvir. Os judeus possuem uma prespetiva mercantilista do casamento, pois pelas suas palavras, percebemos que a preocupação dos mesmos é só fecharem o negócio para serem pagos. CRÍTICA AO CLERO Através do diálogo que Inês tem com o Ermitão, deixa clara a intenção de se encontrar com ele. O religioso não perde tempo, e pergunta ansioso quando isso vai acontecer, fazendo assim uma crítica aos clérigos que desrespeitam os votos de castidade. O Ermitõ represanta o clero leviano, que não respeita o hábito que inverga, movendo o adultério. Inês assim representa a degradação dos costumes.

PERSONAGENS 

Reduzido número de personagens: Inês Pereira, mãe, Lianor Vaz, Pêro Marques, Judeus casamenteiros, Brás de Mata, Moço, Ermitão.

INÊS PEREIRA - Início da Peça: indolente/não cumpre regras; sonhadora e romântica. Pretende casar-se para: libertar-se da sua vida; unir-se ao homem ideal (galante, discreto…). Mostra ser determinada e rebelde: não ouve os conselhos da mãe; está determinada a casar com o seu homem ideial. Casamentro com o Escudeiro: submetida a um trtamento cruel; desencantada e desiludida. Casamento com o Pero Marques: sente-se livre; trai. MÃE - Voz da experiência; pragmática (afirma que um casamento implica sustente material); mostra o seu afeto maternal por Inês (pede o escudeiro que seja afetuoso e que cuide bem da filha); autoritária; rígida; conselheira LIANOR VAZ - Alcoviteira (propõe a Inês o casamento com Pero Marques); astuta e determinada; atrevida (arranja desculpas quando foi assediada pelo clérigo); pragmática (sugere que Inês case com Pero, pois ele pode sustentála). PERO MARQUES - Lavrador abastado; ingênuo, tolo e ignorante; simplório; respeitador 2

ESCUDEIRO - Fanfarrão e mentiroso; interesseiro; autoritário e tirano (humilha e oprime Inês após o casamento); cruel para com o moço que o serve; covarde (é morto por um pastor quando fugia da batalha). Faz se passar por rico, mas não passa de um fidalgo da baixa nobreza MOÇO - Funciona como contraponto do Escudeiro (através dos apartes do moço, sabe-se a contição miserável em que vive o escudeiro). LITÃO E VIDAL – Astutos e eloquentes; têm um funçã semelhante à de Lianor (Persuadir Inês); falsos; imteresseiros; calculistas. ERMITÃO – Religioso que vive isolado; antigo pretendente de Inês; sedutor; tem um comportamento imoral, semelhante ao clérigo referido no início da Farsa.

RESUMO Inês Pereira é uma moça bonita e solteira que se vê obrigada a passar o dia em meio às tarefas domésticas. Inês está sempre a queixar-se, e vê no casamento a chance de livrar-se dessa vida. Ela idealiza o noivo como sendo um homem bem educado, galante, discreto, que saiba tanger viola, enfim, que fosse um fidalgo capaz de lhe dar uma vida feliz. Um dia, Lianor Vaz, a casamenteira, chega na casa de Inês dizendo que havia sido atacada por um clérigo, mas que conseguira escapar. Lianor, porém, foi à casa da protagonista para relatar que Pero Marques, um rico camponês, quer casar-se com Inês. A mesma, então, lê a carta que Pero escreveu com suas intenções de casamento, mas ela não se conforma com a rusticidade do homem e concorda em recebê-lo só para rir da cara dele. Lianor vai então buscar Pero e, enquanto isso, a mãe de Inês a aconselha a receber bem o pretendente. Quando o pretendente chega, ele se comporta de modo ridículo e demonstra não ter nenhum traquejo social. Vendo-se à sós com Pero, Inês o desencoraja quanto ao casamento e Pero vai embora. Nisso, ela informa à mãe que havia contratado dois judeus casamenteiros para encontrar um noivo que tivesse boas maneiras. Entra em cena Latão e Vidal, os dois judeus casamenteiros, que vieram oferecer Brás da Mata, um escudeiro. Armado o encontro entre os dois jovens, Brás da Mata planeja ir à casa de Inês acompanhado de seu criado, o Moço, e os dois combinam contar uma série de mentiras para enganar a moça e conseguirem dar o “golpe do baú”. Já na casa de Inês, Brás da Mata age conforme ela queria: a trata de modo distinto com belas palavras, pega a viola e canta. Ele pede-a em casamento, mas a mãe diz que Inês não deve fazê-lo, pois é melhor alguém simples e 3

com a mesma vida dela, enquanto os judeus contra-argumentam, ao elogiar Brás de todas as formas. Os dois se casam e a mãe presenteia os noivos com a casa. A sós com Brás, Inês começa a cantar de felicidade, mas ele irrita-se e manda ela ficar quieta. Brás começa, então, a impor uma série de regras e exige que Inês fique trancada o dia inteiro em casa, proibindo-a até mesmo de olhar pela janela e de ir à missa. Pouco tempo depois, Brás informa ao Moço que partiria para a guerra, ordenando que ele vigiasse Inês e que ela deveria ficar trancada às chaves dentro de casa. Trancada em casa e não fazer nada além de costurar, Inês lamenta e deseja a morte do marido para que pudesse mudar seu destino. Passado algum tempo, Moço aparece com uma carta do irmão de Inês onde ele informa que Brás havia morrido covardemente ao tentar fugir do combate. Feliz, Inês despede-se Moço, que vai embora lamentando a morte do seu amo. Então, ao saber que Inês havia ficado viúva, Lianor Vaz retorna, oferecendo novamente Pero Marques como novo marido. Dessa vez Inês aceita e os dois casam-se. Com a ampla liberdade que o marido lhe dava, Inês parecia levar a vida que sempre desejou. Um dia, chega em sua casa um Ermitão a pedir esmola e Inês vai atendê-lo. Porém, este é um falso padre e o Deus que ele venerava, na realidade, era o Cupido. Inês reconhece-o, pois havia sido um antigo namorado seu. Ele diz que só havia se tornado ermitão porque ela tinha-o abandonado e começa a insinuar-se para Inês, acariciando-a e pedindo um encontro entre os dois. Ela aceita e os dois marcam um encontro. No dia marcado, Inês pede a Pero Marques que a levasse à ermida, ao dizer que era por devoção religiosa. O marido consente e os dois partem de imediato. Para atravessar um rio que havia no meio do caminho, Pero Marques carrega a mulher nas costas e essa vai cantando uma canção alusiva à infidelidade dela ao marido e à mansidão dele. Pero segue cantando o refrão, terminando como um tolo enganado.

PERGUNTAS 1. INÊS ACEITA UM ENCONTRO COM PERO MARQUES. QUAL É A INTENÇAÕ DELA? Inês aceita um encontro, apenas para que se possa rir dele. 2. DURANTE A CONVERSA COM PERO MARQUES PORQUE É QUE A MÃE COMEÇA A GOSTAR DELE? Num determinado momento, a Mãe entendeu que Pero era o “morgado”, o filho herdeiro e riquíssimo que vivia de rendas, quando, 4

afinal era proprietário de “morgado”, uma quantidade considerável de cabeças de gado. 3. COMO TERMINA O ENCONTRO COM PERO MARQUES? Inês rejeita-o e ele, embora magoado por sentir o escárnio dela, promete ficar à espera que Inês decida acetar a sua proposta de casamento. 4. OS JUDEUS PROTAGONIZAM UM MOMENTO CÓMICO. A QUE SE DEVE ESSE MOMENTO? Não se entendem a falar, são trapalhões, reclamam do cansaço, recorrem ao calão, usão repetições, são zelosos na tarefa, exageram, são dissimulados… 5. QUE ESTRATÉGIAS SÃO USADAS POR VIDAL PARA CONVENCER INÊS? Vidal enaltece o pretendente, do qual se destacam as qualidades exigidas por Inês num só homem, com recurso à hipérbole, à frase exclamativa, à repetição e à enumerção. É um discuro elogioso. 6. QUAL A RELAÇÕ ENTRE INÊS E A MÃE? A relação entre Inês e a Mãe é marcada pela hierarquia e autoritarismo, e exemplifica bem o típico conflito de greações. Inês sente que a Mãe domina a sua vida e a mantém cativa em casa. A Mãe, por sua vez, queixa-se da preguiça da filha, e dá-lhe conselhos que esta ignora. 7. COMO É A RELAÇÃO ENTRE INÊS E O ESCUDEIRO? A relação entre Inês e o Escudeiro é mais complexa. Inês começa por ver no Escudeiro uma espécie de libertador, pois encara-o como uma forma de escapar do cativeiro. No entanto, após o casamento, rapidamente percebe que ele, tal como a Mãe, a quer recolhida em casa e não passa de mais um opressor na sua vida. Assim todas as suas expectativas, até mesma a de elevação social, revelam-se decepcionantes. A tirania, a prepotência, a violência e a subserviência marital caracterizam a relaçaõ dos dois e, em desespero, Inês chega mesmo a desejar-lhe a morte. No fim, Inês constata que o Escudeiro não passa de um covarde que com ela era autoritário e forte, mas na batalha foi fraco, bastando um simples pastor para lhe por fim à vida. 8. COMO EVOLUI A RELAÇÃO ENTRE INÊS E PERO MARQUES? Se, na relação entre o Brás da Mata e Inês, há um desequilibrio de forças, em que a protagonista era o elo mais fraco; na relação com Pero 5

Marques, há uma desigualdade emocional – Pero gosta de Inês, mas a mesma desrespeita-o e trai-o. Inicialmente, Inês vê Pero Marques como um pretendente ingénuo e sem maneiras, com o qual zomba. Pero era, em tudo, o oposto do tipo de homem que Inês idealizara para marido. Mas, depois da experiência com o Escudeiro, Inês revê os seus critérios e passa a encará-lo como marido perfeito, para poder levar a vida que quer.

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