Farsa olavo - Nada Haver PDF

Title Farsa olavo - Nada Haver
Author Anonymous User
Course Engenharia Mecanica
Institution Universidade Brasil
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Nada Haver...


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Olavo de Carvalho segurando o Talmud, o Corão e um livro de Martim Lutero Olavo Luiz Pimentel de Carvalho. Atualmente ele reside em Carson, na área rural da Virgínia, nos Estados Unidos da América, segundo consta numa vizinhança um tanto peculiar, cercada de "olavetes", na 301 Rustic Drive (Carson, VA, 23830), como Cleber Viotto e Isabela Costa entre outros parentes e amigos. Em seus escritos, aulas e videoaulas, denomina-se atualmente com neoconservador, neoliberal e pró-sionista. Mas oque quase nada se fala é sobre a origem desse senhor, a qual nada se havia falado de poucos anos para trás. Mostraremos aqui, nessa série de artigos, quem é, quem foi, como funciona e como se articula, assim como para que finalidade serve o mito "Olavo de Carvalho". Sua influencia dentro da ascendência de viés conservador e liberal crescente no país tem muito crédito, embora quase ninguém saiba exatamente quem ele é, ou de onde ele vem. Mas recentemente o vemos em documentários como os do "Brasil Paralelo", "O jardim das aflições", que recentemente causou reboliços em exibições nos centros acadêmicos por todo país e do qual ele também é autor do livro homônimo e outro que recentemente fez muito sucesso, intitulado "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota". Afinal, de que buraco saiu Olavo de Carvalho? O que ele estava fazendo quando, segundo ele próprio, o "comunismo" tomou todo o país e tornou-se o único e irremediável causador de todos os males da nação? (coisa que afinal é sua ideia). Origem e "formação" Autodenominado jornalista, ensaísta, filósofo e professor, nasceu em Campinas, no estado de São Paulo em 29 de Abril de 1947, onde viveu por cerca de um ano e meio, filho do advogado Luiz Gonzaga de Carvalho (1) e da dona de casa Nicéa Pimentel de Carvalho, não possui nenhum registro de que Olavo tenha cursado ao menos o ensino médio. Ele mesmo, no entanto, afirma que não chegou sequer a cursar o atual quinto ano da escola fundamental (quarto ano do ginásio em sua época).

Em sua página oficial no site de relacionamento Facebook, Olavo confessa seu baixo nível intelectual. Para um homem do qual lhe é atribuído hoje pela "direita kosher" tamanha sabedoria, não podemos negar que de fato, ele é um auto-didata. Entretanto, nesse documento oficial a Polícia de São Paulo, datado de 1989, ele afirma o grau superior, será que Olavo mentiu para a polícia?

Dê o zoom máximo para verificar o documento Uma face de comunista no PCB Começaremos sua trajetória pelo básico, por onde ele não nega devido sua passagem inegável e que futuramente muito lhe serviria. Entre 1966 e 1968, Olavo de Carvalho atuou no Partido Comunista Brasileiro, um dos mais antigos do segmento no país. Nessa época, quando o controle político do Brasil havia sido assumido pelos militares do Governo Federal, Olavo e sua ex-esposa Roxane Andrade de Souza eram marxistas radicais prontamente fichados pelos militares. Segundo o próprio Olavo: "Quando eu morava na Casa do Estudante do XI de Agosto, ali todo mundo era militante de esquerda, mas havia dois tipos: os revolucionários sérios, de vocação, que sonhavam com carreira política (como Rui Falcão), e os que eles chamavam de Lumpenproletários, a escória da revolução, os desclassificados como eu e o Rocco Buonfiglio, que só pensavam em revolução quando não estavam pensando em mulher, o que acontecia, digamos, uns trinta minutos por semana. Eu e esse simpático companheiro de farras frequentávamos nas noites de sexta uma gafieira então muito famosa, o Som de Cristal, na Rua Rego Freitas. Não havia prostitutas naquele estabelecimento, cujo público feminino constituía-se eminentemente de empregadinhas domésticas em busca de compensações eróticas para a rotina deprimente da semana. Cada namoradinha que ali arrumávamos tinha sempre algumas amigas que, sabendo que íamos para um prédio de população exclusivamente masculina, logo se assanhavam e queriam ir junto. Essa era a nossa principal contribuição à causa revolucionária, como guias da massa feminina em direção à Casa do Estudante". (1) Segundo Olavo, sua esposa Roxane foi membro da organização trotskista Liberdade e Luta (Libelu), na qual seu codinome era "Cláudia": "Minha esposa Roxane, que conheci em 1982 e com quem me casei em 1986 após sua conversão ao cristianismo, tinha sido presa em setembro de 1977 por participar de um ato público da UNE na PUC-SP, onde estudava, e interrogada no Dops em São Paulo. Ela era então membro de uma organização trotskista, onde seu codinome era Cláudia." (3) Uma passagem pela ala psiquiátrica antes do exoterismo Segundo o jornalista Renato Pompeu, Olavo de Carvalho foi seu colega no hospital psiquiátrico. Olavo saiu do hospital sem alta e dai em diante seguiu como guru astrológico e a se envolver com seitas religiosas (4) "(...)E finalmente o Olavo de Carvalho, que foi meu colega de internamento no hospital psiquiátrico, quando saiu do hospital, sem alta por sinal, saiu com alta a pedido porque os médicos não queriam deixar ele sair, virou o guru dos astrólogos aqui em São Paulo, começou a se envolver com seitas religiosas, vivia de explorar mulheres, teve sete, e faz mais de 30 anos que não trabalha. Então começou a se envolver com seitas barra pesada, deu uma entrevista na última página da antiga Folha da Tarde dizendo que estavam querendo matá-lo, porque na verdade ele estava numa seita que era uma quadrilha, discutiram lá por causa da partilha do saque e ameaçaram de morte. Como era conhecido como astrólogo, deu essa entrevista como se não tivesse nada a ver, dizendo que tinha descoberto coisas dessa seita e aí sumiu, desapareceu. Ninguém mais ouviu falar dele até que uns 15 anos depois ele aparece como filósofo no Rio criticando os intelectuais de esquerda por defenderem trombadinhas, metendo o pau nos que não permitem a liberdade de expressão dos racistas." (5) "Conheci o sr. Olavo de Carvalho em 1974 ou 1975, quando ambos éramos internos do Instituto de Psiquiatria Comunitária, no Itaim-Bibi, em São Paulo, capital. Ambos sofríamos de problemas mentais. O Olavo era então jornalista do Jornal da Tarde e era de formação católica, tendo pelo menos um sacerdote na sua parentela próxima. Tinha tido algum tipo de ligação com a esquerda da luta armada". "Destacava-se (...) por uma certa ambição de ser considerado um grande intelectual. "Entretanto, o Olavo acabou saindo do hospital psiquiátrico sem alta médica, isto é, resolveu interromper o tratamento antes que os médicos o considerassem em plenas condições. Uniu-se a um psicoterapeuta argentino formado na Suíça,

algo místico, que usava na terapia coisas como teias de aranha e pedras molhadas. Posteriormente, o Olavo começou a aparecer na imprensa paulistana como o principal astrólogo da cidade. Uniu-se a várias mulheres e teve filhos com algumas delas. Quem pode falar sobre essa fase do Olavo é o jornalista Leão Serva. Há muitos anos, na última página da Folha da Tarde, Olavo apareceu numa notícia denunciando que estava ameaçado de morte por uma seita religiosa com a qual mantivera contatos e que descobrira que era ligada ao crime organizado. Desde então não vi mais notícias sobre ele na imprensa de São Paulo, até que ele apareceu, muitos anos depois, na imprensa do Rio, como guru anti-esquerdista." Astrologia Em 1975 até 1980, Olavo havia conseguido um espaço para dar aulas de astrologia na livraria Zipak, cedido pelo próprio dono, Luis Pellegrini, na época diretor de redação da Revista Planeta, do qual Olavo era escritor, que com sua livraria havia iniciado a promover cursos dessa matéria desde 1974 (um ano antes). Ele também foi um dos fundadores da escola Júpiter, também em São Paulo, da qual foram alunas, astrólogas como Bárbara Abramo, que teve aulas diretamente com Olavo, assim como da AstroScientia, no estado do Rio de Janeiro. Em 1979, Olavo foi colaborador no primeiro curso de extensão universitária em astrologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo para formados em psicologia, dirigido e criado pelo psicólogo argentino Juan Alfredo César Müller. Olavo o conheceu também dentro do hospício. Müller era conhecido por tratar seus pacientes com seus métodos homeopáticos como teias de aranha, pedras molhadas e etc., tudo isso, fazia parte de seus métodos não-convencionais de cura através de tratamentos espirituais e místicos. (6)

(clique para ampliar): Matéria de Olavo de Carvalho "Capitalismo e socialismo segundo a astrologia" na Revista Planeta (fonte) Olavo, esposa e a criminosa seita Tradição A setia "Tradição", fazia parte da "Tariqa" dos irmãos Omar Ali-Shah e Idries Shah. Para entendermos melhor,tariqa (no plural: "turuq", do árabe ‫ طرﯾﻖ‬ou "caminho ascético"), são confrarias esotéricas islâmicas, da corrente contemplativa e mística do Islã. As turuq surgiram no Magrebe e foram importantes no desenvolvimento do comércio e na expansão do mundo árabe (6). Em 1986, essa seita virou caso de polícia por conta de suas atividades que envolviam extorquir de seus crentes dinheiro em dólar e outras coisas mais (5) (8). A reportagem "Tradição, a seita que extorque em dólares, agora caso de polícia" publicada no jornal O Estado de São Paulo em 10 de janeiro de 1986, diz que Roxane Andrade de Souza e Meri Angélica Harakava participaram da seita dos irmãos Shah em São Paulo. (...) "naquele ano de 1973, e que depois se tornou braço direito de Olavo de Carvalho, que levou todos para a Tarika do Sufismo e para o Tai Chi do M ichel Veber. Curiosamente, muitos anos depois fui morar onde o Michel havia morado com a sua segunda esposa, também professora de Tai Chi, e que continuava no prédio, na Rua Souza Aranha, 140, Vila Olímpia, acho que se chamava Ismênia." (...) "Quando o Olavo e a Renata frequentaram lá, eu já não ia mais, só voltei um pouco quando entrei para a Tarika do Sufismo através do Amâncio, apesar de conhecer o Olavo há muito tempo, pois eu estudei astrologia com grandes mestres, desde 1977." (7) Um dado interessante é que o acervo com mais de dois mil livros de assuntos controversos, como livros místicos e de auto-ajuda, do

acervo pessoal do advogado Fausto Thame, um dos dirigentes da seita Tradição em São Paulo, contendo ainda cópias do portfólio da vida profissional da psicóloga Marisa Cristina Thame, filha de Fausto Thame e funcionária da editora Dervish International, foram doados à biblioteca municipal de Boituva, interior de São Paulo, em 27 de junho de 2009.( 9) Eles foram citados na reportagem "Astrólogo diz que recebe ameaças por ter denunciado atividade de seita" e no jornal Folha de S. Paulo, em 11 de janeiro de 1986, e na reportagem "Tradição, a seita que extorque em dólares, agora caso de polícia". Olavo de Carvalho dizia nada ter a ver com a "tariqa" que participava e delatou todos os seus companheiros, daí surgindo a reportagem: "Astrólogo diz que recebe ameaças por ter denunciado atividade de seita" onde ele diz estar sendo perseguido pelos membros da seita.

Clique para ampliar (fonte) Logo após fundou sua própria seita, fingindo ser professor de Filosofia. Segundo a reportagem da Revista Veja, de 9 de abril de 1980, com o título Alto astral: Já se faz horóscopo até por computador, Olavo de Carvalho cobrava caro por suas "aulas", onde filiou-se a outras seitas do tipo das "tariqa" e executou novos golpes. A partir desse grande escândalo, Olavo ficaria na surdina, mais contido, realizando suas seitas exotéricas depravadas e englobando a mente de seus seguidores na surdina, mas não para sempre, até surgir como a bandeira neoliberal, sionista e maçônica travestida de "cristianismo católico". Mas veremos a partir quais foram suas atividades até reaparecer e depois, como ele fez para ressurgir como uma "nova" face (ou não). Seita Tariqa Alawiyya: contrabandos, abusos sexuais e misticismo O então ex-discípulo dos irmãos Omar Ali-Shah e Idries Shah, tornou-se um dos membros fundadores daTariqa Maryamiyya no Brasil, a primeira tariqa trazida aqui por brasileiros, em 1987, indo antes para Bloomington, Indiana, nos Estados Unidos, e iniciando-se com o Xeique Frithjof Schuon e com o literato Martin Lings. Algumas viagens ao exterior, a título de viagens espirituais, eram fachada para remessas de tapetes e outras mercadorias importadas de maneira camuflada para enganar o fisco.

O inglês Martin Lings (esquerda) considerado filósofo das religiões, poeta e místico e Frithjof Schuon (direita), estadunidense considerado metafísico, mestre espiritual e filósofo das religiões. Ambos diziam-se ligados a Filosofia Perene. Schuon se converteu ao Islã em 1933, quando, em viagem pela Argélia, foi iniciado na Tariqa Alawiyya. Autores como René Guénon, Frithjof Schuon e Martin Lings são apenas alguns nomes da Filosofia Perene. Dentro do caldeirão da unidade transcendente das religiões, a fé islâmica se sobressai como a plenitude das religiões tradicionais. Contudo, o que parecia ser apenas uma dinâmica própria de grupos esotéricos periféricos, tem se mostrado muito mais estruturada do pondo de vista prático, seja através do incremento de obras publicadas, como através da disseminação do esoterismo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Ademais, o perenialismo também influenciou, em aspectos que parecem obscuros, o modo como o ecumenismo moderno foi concebido.

A Tariqa Maryamiyya, um ramo da Tariqa Alawiyya, possui duas sedes no Brasil, uma no município de São José dos Campos, no estado de São Paulo. Uma das sedes brasileiras está ligada à sede de Londres, que era dirigida pelo literato Martin Lings (Abu Bakr Siraj Ad-Din), que morreu em 12 de maio de 2005 (10), e a outra é ligada à sede de Washington, D.C., dirigida pelo filósofo Seyyed Hossein Nasr. Olavo de Carvalho na tariqa do Schuon recebeu o nome de "Muhammed Ibrahim": "Para os curiosos: Ao ingressar na tariqa do Schuon, recebi, como os demais membros, um nome PARA USO INTERNO NA OR GANIZAÇÃO, como é de hábito em qualquer sociedade esotérica. Esse nome era Mohammed Ibrahim. Quando saí da tariqa, recebi do Schuon uma PROIBIÇÃO FORMAL de usar esse nome. Isso foi em 1987. Trinta anos atrás." (11)

(Clique para ampliar) A direita: Carta com aval de Martin Lings para Olavo de Carvalho em 2 de junho de 1985 (fonte). A esquerda: Carta de Olavo de Carvalho para Martin Lings em 24 de março de 1986 (fonte) Esta tariqa tinha a seguinte particularidade: seus integrantes tinham que levar suas esposas para serem submetidas sexualmente ao Xeique Frithjof Schuon. Pessoas solteiras, mesmo homens, poderiam se entregar sexualmente ao Xeique. Segundo Frithjof Schuon, que misturava islamismo, hinduísmo e xamanismo, a nudez sagrada tem um papel importante entre os hindus e entre os índios americanos, e a nudez feminina em particular manifesta Lakshmi e que em toda a América do Norte foi observada a prática de sodomia entre as tribos nativas. O travestismo era comum em tribos como os Sioux. Na América do Sul, em tribos de caçadores, os homens que não gostassem de desempenhar o papel social de seu gênero poderia juntar-se às mulheres nos afazeres da agricultura e cuidados domésticos. Para participar do grupo feminino deveria deixar os cabelos alongados e ser passivo no sexo. No Dossier Affaire Schuon, em francês, existem detalhes sobre a passagem de Sidi Muhammad (Olavo de Carvalho), líder do grupo de brasileiros, pela tariqa de Frithjof Schuon, em Bloomington, nos Estados Unidos. Segundo o jornal The Blade de 16 de outubro de 1991, e o livro "Sacred Drift - Essays on the Margins of Islam", de Peter Lamborn W ilson, de 1996, o mesmo Frithjof Schuon foi acusado, frente ao Grande Júri, de conduziu seus discípulos em cerimônias de índios americanos, centralizadas ao redor da "nudez sagrada" e de abusar sexualmente das esposas e filhas dos discípulos. (12) "Numa série de artigos do jornal Herald Times, de Bloomington, Indiana (de 15 de Outubro de 1991 a 24 de Novembro de 1991), pudemos seguir a trajetória do aparecimento de Schuon frente ao Grande Júri, acusado de abuso de crianças e fraudes. É alegado que, como 'Xeique Issa da Ordem Sufi Maryami' (Mestre Jesus da Ordem Sufi M ariana), Schuon conduziu seus discípulos em cerimônias de índios americanos, centralizadas ao redor da 'nudez sagrada' e também que ele havia 'abusado sexualmente' das esposas e filhas de discípulos. As acusações acabaram sendo arquivadas por falta de evidências e o Promotor do caso foi demitido pelo governador do estado. O Grande Juri, num movimento sem precedente, então se recompôs e tentou investigar ainda mais. O grupo Schuon ameaçou entrar com maiores ações legais em Janeiro de 1992." (11) Na publicação, de Prometheo Liberto, traz ao público aquela carta dentre toda a correspondência trocada entre Olavo de Carvalho/Sidi Muhammad e Martins Lings que é a mais comprometedora. Nela pode-se ver Lings dando as solicitadas instruções a Sidi de como pagar o zakat (esmola), um preceito exotérico do Islã. Ora, se Sidi Muhammad fosse apenas sufi, como ele alega, estaria desobrigado de pagar o zakat, pois tal preceito só deve ser seguido pelos muçulmanos. Assim, a submissão de Sidi Muhammad ao preceito exotérico de pagamento do zakat é uma prova de sua conversão. Lings menciona ainda que Sidi era o líder da comunidade dele. Logo, cabia a ele decidir como usar o dinheiro arrecadado com o zakat. Dito isso, não há mais como sofismar sobre a conversão de Olavo ao Islã. (32) Uma ex-aluna de Olavo conta algo muito estranho sobre o mesmo, que foi parar no site de relacionamentos mundial Facebook, através do perfil de usuário e em seguida repassado a Olavo através de um dos seus apoiadores, o qual o mesmo "professor" como é constantemente chamado por seus discípulos nada comentou. Estranho para um velho que constantemente exibe sua opinião de forma torpe, geralmente usando constantemente em seu perfil as palavras c... e ro... (31) "O que eu vou postar não tem muita relação com o assunto em pauta, mas gostaria de compartilhar uma quase experiência sexual que me foi muito aterrorizante.

Foi durante um curso de filosofia na casa de um professor anti-comunista que fiz durante as férias do meio do ano, em 2006. Neste relato, vou chamar a pessoa que quase me violentou de “Professor” O Professor sempre adotou um sistema no qual é bastante enfatizada a confiança do aluno no mestre, de forma quase hindu. Eu tendia a considerar isso um traço “personalista”, comum à nossa cultura ibérica, no dizer de Sergio Buarque de Holanda.Esperava-se de cada aluno que se tornasse próximo pessoalmente do Professor. É bem verdade, devo observar, que boa parte de seus alunos eram escandalosamente efeminados, do tipo que ficava a esfregar as mãozinhas de contentamento e a dar pulinhos a cada análise mais sagaz. Mas fiquei na minha. O puxa-saquismo chegava a ser repugnante às vezes. Havia uma estranha devoção pela figura da senhora mãe do Professor , de quem ele falava muito – havia um enorme retrato dela na parede, em preto e branco, numa antiga cadeira de balanço; senhora respeitável de tipo rural, de óculos redondos de professora, pitando um cachimbo no canto da boca e com uma espingarda do lado . Alguns alunos carregavam na carteira cópia em miniatura desse retrato, para minha estranheza (!!!!!!!) Uma vez, de forma pueril, eu caçoei disso, e um dos alunos me olhou com desprezo e disse que eu era um fraco e que era dominado pela minha “mentalidade revolucionária” . Comerciais na TV (comerciais de home theater, por exemplo) que falavam em “revolucionar” a forma como vemos TV eram interpretados como propaganda comunista gramsciana e cousas do gênero. É verdade que eram os próprios alunos que levavam esse tipo de cousa a cabo, sem a participação direta do Professor, mas ele no mínimo compactuava por omissão com essa palhaçada tôda – desconfio que se divertia/se diverte com isso. Havia sim um clima de patrulhamento ideológico e os alunos se policiavam (inclusive uns aos outros) observando sempre em si mesmos e no próximo traços de “mentalidade revolucionária”, cultivando um misto de individualismo e moralismo, aliado a uma necessidade de ser “politicamente incorreto”. M uitos começaram a fumar, mesmo sendo asmáticos de andar com bombinha e a falar os palavrões mais cabeludos, com suas vozinhas afetadas. Eu considerava que o professor, independentemente de suas excentricidades e defeitos, tinha lá bastante a ensinar, como de facto tem, e evitava ...


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