Resumos Farsa de Inês Pereira PDF

Title Resumos Farsa de Inês Pereira
Author André Vigário
Course Português
Institution Ensino Secundário (Portugal)
Pages 2
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Summary

Farsa de Inês Pereira...


Description

Farsa de Inês Pereir iraa Resumo: Inês é uma rapariga que se vê na idade de casar sem estar comprometida com alguém, e que vê no casamento uma oportunidade de emancipação, de libertação do cativeiro proporcionado pela mãe. Posto isto, Inês descreve á mãe o seu pretendente ideal, que contrasta em (quase tudo) com o ideal da progenitora daquilo que deveria ser o marido para a filha. Diferenças a saber: •





Estatuto social- Importante para Inês, que vê no casamento uma oportunidade de ascensão social. Para a mãe isto era irrelevante, pois o que lhe interessava era o futuro genro ter capacidade de se sustentar, e de sustentar a filha. Literacia- Inês pretendia um marido culto, que soubesse cantar, falar em público, e “tanger” viola; mais uma vez, irrelevante para a mãe, que se interessava mais pelas qualidades monetárias. Riqueza- irrelevante para Inês, que afirma, se vier a sentir tal necessidade, prefere alimentar-se de forma rudimentar do que casar-se com alguém que não tenha as qualidades literárias acima referidas.

Desta feita, podemos observar duas personagens-tipo que se juntam á trama. A alcoviteira Lianor Vaz, e os judeus casamenteiros- Latão e Vidal- representantes de uma parte da sociedade, interesseira, que procura lucrar com o desespero por arranjar pretendentes, muitas vezes mentindo sobre os candidatos, enaltecendo qualidades que, por vezes, nem sequer existiam. No caso de Leonor Vaz, apresenta a Inês Pêro Marques: um rústico camponês, que prima pela simplicidade, inocência, humildade e comportamentos inadequados ao contexto em que se encontra, no entanto, possuindo riqueza proveniente tanto do seu trabalho como de uma herança que recebe; Vai de encontro ás características da Mãe de Inês, e que, em primeira instância não agrada a Inês, por não ser “sabido” (culto), nem letrado (considere-se por literacia as características acima constatadas), não lhe concernindo o verdadeiro interesse do camponês, que intencionava casar com Inês por amor e respeito, e não por interesse. Já no caso dos Judeus Casamenteiros- Vidal e Latão- apresentam a Inês uma pessoa dentro dos seus parâmetros, embora falsa, dissimulada, e desrespeitadora- o Escudeiro Brás da Mata. Posto isto, o Escudeiro e Inês casam, contra vontade da Mãe, que se resigna, com a certeza de que a filha aprenderá por si própria. Como resultado do casamento, vem a violência e a cobardia ao de cima. Inês percebe que foi ludibriada, que Brás da Mata é um cobarde. A sua tentativa de emancipação falhou, e vê-se agora em cativeiro, por motivos diferentes do início da peça. Com a partida para a guerra do escudeiro, Inês mantém se em cativeiro, pela lealdade do moço para com o escudeiro, apesar da sua oferta sugestiva, de um envolvimento com o empregado de Brás da Mata, proposto pelo próprio. Chegada uma carta do irmão de Inês, as notícias são radiantes para a jovem desiludida: o escudeiro morrera, e o cativeiro de Inês estava findo. Brás da Mata desertou e foi morto por um camponês mouro. A forma como o escudeiro morreu serve para realçar o caráter cobarde de um homem, contrário ao que se exigia- valente na guerra, meigo em casa. Brás da Mata é uma

personagem tipo, representante da baixa nobreza, que se pensava ser importante, mas que na verdade era cobarde. Com a sua liberdade reposta, Inês muda a sua opinião sobre o marido com que deveria casar: um homem ingénuo, controlável, do qual pudesse usar e abusar. É aqui que reentram Pêro Marques e Lianor Vaz- Pêro afigura-se agora como marido ideal, e Lianor Vaz impulsiona esta união, por interesse próprio. O camponês e a jovem casam, e a primeira atitude de Inês, é pedir ao esposo para sair. Este deposita total confiança no cônjuge. Mais á frente, Inês trai de forma descarada o marido com um ermitão (serve para criticar as imoralidades cometidas pelos clérigos), apelando á ingenuidade do marido que ainda cumpre o pedido da jovem- ir á Ermita. Na cantiga final, a posição das lousas, ou a palavra “gambo” remetem para o papel de marido traído....


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