A Teoria geral de sistemas - Ludwig von Bertalanffy PDF

Title A Teoria geral de sistemas - Ludwig von Bertalanffy
Course Sistemas de Informação
Institution Universidade Federal de Goiás
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A Teoria geral de sistemas - Ludwig von Bertalanffy - EXPLICAÇÃO...


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A Teoria geral de sistemas tem por objetivo uma análise da natureza dos sistemas e da inter-relação entre eles em diferentes espaços, assim como a inter-relação de suas partes. O sistema que é visto como uma totalidade integrada, sendo impossível estudar seus elementos isoladamente. Ela ainda analisa as leis fundamentais dos sistemas. A Teoria Geral de Sistema surgiu com os trabalhos do cientista (biólogo) alemão Ludwig von Bertalanffy no final dos anos 30, para preencher uma lacuna na pesquisa e na teoria da Biologia. Os seus primeiros enunciados são de 1925 e ela é amplamente reconhecida na administração da década de 60. Sua difusão se deu a uma necessidade de síntese e integração das teorias precedentes. De forma concomitante, possibilitou a operacionalização e a aplicação de conceitos da Teoria dos Sistemas à administração.

Ludwig von Bertalanffy -> concebeu o modelo do sistema aberto, entendido como complexo de elementos em interação e em intercâmbio contínuo com o ambiente. Em seu livro Teoria geral dos sistemas, esse autor apresenta a teoria e tece considerações a respeito de suas potencialidades na física, na biologia e nas ciências sociais. Alguns nomes importantes são os trabalhos do psicólogo J. G. Miller, do economista Kenneth Boulding, do cientista político David Easton e do sociólogo Walter Buckley. A TGS foi fortemente impactante na sociologia e ciências políticas. A importância da TGS é significativa tendo em vista a necessidade de se avaliar a organização como um todo e não somente em departamentos ou setores. O mais importante ou tanto quanto é a identificação do maior número de variáveis possíveis, externas e internas que, de alguma forma, influenciam em todo o processo existente na Organização. Outro fator também de significativa importância é o feedback que deve ser realizado ao planejamento de todo o processo. Bertalanffy afirmava que sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados como “sistema abertos”, mantendo um continuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente.

A Teoria de Sistema permite reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza completamente diferentes. Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. A organização era estranha ao mundo mecanicista. Os organismos são exemplos de "coisas organizadas", assim como as os átomos e as moléculas. Uma organização tem como características, tanto para organismos vivos quanto para outros tipos de “sistemas organizados”, noções de crescimento, diferenciação, controle, entre outras. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção, a ciência do século passado adotava a mecânica clássica como modelo do pensamento científico. Isso equivale a pensar nas coisas como mecanismos e sistemas fechados. A ciência de nossos dias adota o organismo vivo como modelo, o que equivale a pensar em sistemas abertos. A evolução do pensamento parsoniano do acionismo social para o imperativismo funcional é paralela ao declínio do voluntarismo nesse mesmo pensamento. Seu pressuposto é o de que todo sistema social enfrenta quatro Imperativos funcionais aos quais não pode deixar de satisfazer. Tais imperativos são o da manutenção, satisfeito pelos valores sociais e subsistemas culturais, o da Integração, satisfeito pelas normas sociais e subsistemas, sociais, o do atingimento de metas, satisfeito pelas coletividades sociais e subsistemas políticos e o da adaptabilidade, satisfeito pelos papéis sociais e subsistema econômico. Novos esquemas conceituais : o Likert, em seu livro Novos padrões da administração, onde ele define os sistemas de larga escala, tais como o sistema industrial ou a sociedade global; em segundo lugar, os sistemas do mesmo nível, tais como as organizações concorrentes, fornecedoras ou consumidoras; e, finalmente, em terceiro as subestruturas, tais como grupos formais e informais. O segundo esquema é de Rosenthal em seu livro Stress organizacional: estudos sobre conflito da papéis a ambiguidade. É mais interessante a utilização do conceito de

conjunto de papéis (rola sal) do que de grupo. Assim, não são pessoas, em sentido absoluto, que estão interligadas, mas sim pessoas desempenhando determinados papéis. Existem, portanto, conjuntos de papéis, os quais apresentarão determinadas estruturas. A organização pode, pois, ser pensada em termos de um sistema de conjuntos de papéis que se sobrepõem e se ligam, saindo alguns dos limites da própria organização. Terceiro esquema R. L. Kahn e D. Katz em seu livro Psicologia social das organizações. Para Katz e Kahn, a organização não possui estrutura no sentido usual do termo, isto é, de autonomia física identificável e permanente. O homem funcional: a organização acaba por ser entendida como um sistema de conjuntos de papéis, mediante os quais as pessoas se mantêm inter-relacionadas. No interior de um conjunto de papéis, um indivíduo exerce determinadas ações para relacionar-se com os demais; tais ações compõem o comportamento do papel. Um dos grandes entraves à identificação do homem com a organização é sua "inclusão parcial", isto é, a organização não quer o homem integral, mas apenas os aspectos que considera relevantes para a tarefa a ser executada. Pontos de vistas semelhantes surgiram em várias disciplinas da ciência, como também problemas que não são entendíveis se analisar apenas as partes isoladas. Essa correspondência é muito importante e indica uma mudança na atitude da física, que passa a tentar achar uma teoria geral que sirva para todas as áreas da ciência.

Sendo tais aspectos geralmente definidos de forma muito estreita. Um método comum utilizado pelas organizações para evitar a manifestação de aspectos individuais considerados irrelevantes é a descrição precisa de uma única maneira certa de executar uma tarefa e o controle por supervisão cerrada. A organização da teoria geral dos sistemas: a) Importação de energia: A organização recebe insumos do ambiente, ou seja: matéria-prima, mão-de-obra etc. b) Processamento: A organização processa esses insumos com vistas a transformá-los em produtos, entendendo-se como tal: produtos acabados, mão-de-obra treinada, etc. c) Exportação de energia:

A organização coloca seus produtos no ambiente. d) Ciclos de eventos: A energia colocada no ambiente retorna à organização para a repetição de seus cicios de eventos. São eventos, mais do que coisas, que são estruturados, de modo que estrutura venha a ser um conceito mais dinâmico 'que estático. Dessa forma, o método básico para identificar uma estrutura organizacional é seguir a cadeia de eventos desde a importação até o retorno da energia. Entropia: é um processo pelo qual todas as formas organizadas tendem à homogeneização e, finalmente, à morte. e) Entropia negativa: Resistir ao processo entrópico. A esse processo reativo chamamos entropia negativa. f) Informação como insumo, controle por retroalimentação e processo de codificação: Os insumos recebidos pela organização podem ser também informativos, possibilitando a esta o conhecimento do ambiente e do seu próprio funcionamento em relação a ele. O processo de codificação permite à organização receber apenas as informações para as quais está adaptada e o controle por retroalimentação, a correção dos desvios. g) Estado estável e homeostase dinâmica: Para impedir o processo entrópico, a organização procura manter uma relação constante entre exportação e importação de energia, mantendo dessa forma o seu caráter organizacional. Então para se adaptar a organização procura absorver novas funções, ou mesmo subsistemas. Logo ela assume estados estáveis de níveis diferentes. h) Diferenciação: Em função da entropia negativa, a organização tende à multiplicação e à elaboração de funções, o que determina também multiplicação de papéis e diferenciação interna. i) Equifinalidade: Atingir um estado estável a partir de condições iniciais diversas e através de meios diferentes.

Os tipos de organização:

a) Organizações econ6micas ou produtivas, relacionadas com o fornecimento de mercadorias e serviços, entre as quais estão as empresas, inclusive as agrícolas. b) Organizações de manutenção, relacionadas com a socialização e o treinamento das pessoas que irão desempenhar papéis em outras organizações e na sociedade global. c) Organizações adaptativas, relacionadas com a criação de conhecimentos e com o desenvolvimento de novas soluções para problemas. d) Organizações político-administrativas relacionadas com a coordenação e o controle de recursos humanos e materiais. O estado, os órgãos públicos em geral, os sindicatos, etc.

A perspectiva sistêmica parece estar de acordo com a preocupação estruturalfuncionalista que vem caracterizando as ciências sociais nos países capitalistas nos últimos tempos, o que pode explicar em parte uma propensão à sua aceitação, ainda que com restrições, pela maior parte dos cientistas sociais desses países. Com grande frequência, as versões primitivas de um novo “paradigma” são voltadas somente à resolução de problemas específicos, falhando quando se tenta aplicar em outros problemas. O novo paradigma engloba novos problemas, inclusive os que antes foram deixados de lado como “metafísicos”. As vantagens de modelos sistemáticos são bem conhecidas e as vezes pouco exploradas, como a ausência de ambiguidade e a possibilidade de se verificar resultados observando os dados que são utilizados. A visão do homem funcional dentro das organizações é a decorrência principal sobre a concepção da natureza humana. Por fim, o conhecimento de Sistema é imprescindível para se entender o funcionamento de uma organização, bem como para estruturá-la e avaliá-la no seu decurso. Pode-se concluir que a Teoria Geral dos Sistemas, portanto,é a exploração de ''todos'' e de todas ''totalidades'' que há pouco tempo, eram consideras noções metafísicas ,que transcendiam as fronteiras da ciência.

Referências: Von Bertalanffy, Ludwig. General system theory. New York, George Braziller" 1968.' Prestes Motta, Fernando C. O estruturalismo na teoria das organizações. Revista de administração de empresas, E.A.E.S.P., 10(4):1970 Parsons, Talcott. The atructur. 01 social acUon. Glencoe, IIIlnols, Free Press, 1949. Likert, Rensis. New paterns of management. Tóquio, international Student Edition, Kogakusha Company, 1961....


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