A transição demográfica no país e no mundo PDF

Title A transição demográfica no país e no mundo
Course Geografia da População
Institution Universidade Federal de Juiz de Fora
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Transição demográfica...


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Universidade Federal de Juiz de Fora Lorena Fernandes Rodrigues

Transição demográfica: Vantagens e desafios.

Juiz de Fora 2014

Lorena Fernandes Rodrigues

Transição demográfica: Vantagens e desafios.

Trabalho do curso de Geografia Apresentado à Universidade Federal de Juiz de Fora

Juiz de fora

2014

A transição demográfica no país e no mundo Antes que de falar como tem sido a transição demográfica no mundo e no Brasil, devemos primeiro recordar o que é e as causas desse acontecimento que é dividido em quatro fases e três momentos. O primeiro momento abarca as duas primeiras fases, a primeira fase é a pré-transição demográfica que consiste em altas taxas de natalidade e mortalidade e um baixo crescimento vegetativo, já a segunda fase é marcada pela queda da mortalidade enquanto a natalidade se mantem elevada gerando um crescimento da população. A partir daí entramos no segundo momento que se destaca pelo declínio da fecundidade, levando a diminuição da população e dá início ao terceiro momento que é a pós-transição demográfica, marcada por um crescimento muito lento, nulo ou negativo da população. As explicações para a queda da mortalidade são fruto do desenvolvimento econômico: A melhora nas condições de vida, inovações médicas, novos programas para a saúde pública, saneamento básico. As causas da queda da taxa de natalidade também advêm do desenvolvimento e essas são: Mudanças de comportamento e a perda da influência religiosa. Infelizmente o desenvolvimento econômico pode ser afetado por diversos fatores da sociedade como por: Governos corruptos, alta mortalidade infantil, alta fecundidade, baixa taxa de poupança interna e outros. Sintetizando bem, a transição demográfica é a mudança na estrutura etária da pirâmide populacional, essa informa a quantidade que um país ou região possui de dependentes que são os Jovens (0-14 anos) e os Idosos (acima de 65 anos) e de População em idade ativa (15-64 anos), quando há mudanças na estrutura etária um desses dois dependentes podem ter mais destaque, na situação atual, é possível observar um envelhecimento da população em diversos lugares, mas na África, por exemplo, há um predomínio na população jovem. Agora que foi explicado o que é e suas causas, podemos ir mais afundo no tema. A transição demográfica tem preocupado diversos estudiosos a respeito do envelhecimento da população, não só no Brasil, como no mundo também. Acreditava-

se que haveria um momento em que a população cresceria a um ponto insustentável, ninguém imaginava que a partir 1980, a população começaria a diminuir, porque até esse ponto o crescimento se dava muito rapidamente, uma prova disso foi o acréscimo de quase 2 bilhões de habitantes em apenas 30 anos (1950-1980), superando o crescimento dos primeiros 50 anos do século passado. Se o que acreditavam tivesse acontecido o mundo chegaria em 2050 com 18,5 bilhões de habitantes, quase o dobro do que realmente irá acontecer. Essa diminuição se deve, principalmente, a queda na taxa de fecundidade que passou de aproximadamente 5,0 filhos por mulher em 1950 para menos de 3,0 nos últimos cinco anos do último século. Em 2050, é provável que a taxa chegue a 2,0 filhos por mulher e a população mundial esteja em seu tamanho máximo de 9,2 bilhões de habitantes e então começará a diminuir fazendo com que o século termine com 100 milhões de pessoas a menos. Todavia, ainda há uma preocupação com os países em desenvolvimento quanto ao crescimento e tamanho da população, pois a tendência tem sido uma grande concentração populacional nos países em desenvolvimento, entretanto espera-se que a partir de 2030, as taxas já estejam negativas e a população diminua em termos absolutos, acredita-se também que até 2050, as taxa de países desenvolvidos e em desenvolvimento diminuirão e ficarão próximo da convergência, porém como passaram pela transição demográfica em momentos diferentes, os países desenvolvidos e em desenvolvimento, mostram uma defasagem temporal entre suas respectivas taxas de fecundidade. Além de dividir os países nesses dois subgrupos (desenvolvidos e em desenvolvimento), podemos dividi-los também em seis grandes regiões: África, Ásia, Europa, América Latina e Caribe, América do Norte e Oceania. A Ásia serve de residência de 55% da população mundial, com a ajuda de seus dois países mais populosos do mundo, China e Índia. Essa região, apesar de seu incremento absoluto tenha começado a decrescer, vai continuar representando mais da metade do incremento mundial até 2020, mas acredita-se que até 2050, a África tomará seu posto no crescimento populacional. A Europa, ao contrário do continente

africano, desde 1950 já possuía baixa taxa de crescimento e já estava em declínio, chegando em 2030 com participação negativa no crescimento mundial. As outras regiões, até 2050, terão suas taxas em convergência a níveis muito baixos. A América Latina apresentará a menor taxa do grupo. Tudo isso se deve a diminuição da taxa de fecundidade total, como na América Latina e Caribe e na Ásia que possuíam a taxa de fecundidade de 6 filhos por mulher em 1950, mas que decrescerá a tal ponto que até 2050 suas taxas estarão abaixo do nível de reposição. Na África ocorrerá redução na fecundidade também, porém de forma moderada, chegará em 2050 com 2,52 filhos por mulher, que na época será a mais alta taxa do mundo. A Europa é o primeiro lugar onde o número de idosos superou o de jovens, em vinte anos a América do Norte também chegará a esse patamar, na Oceania isso dez anos mais tarde. Na Ásia e na América Latina e Caribe as coisas não serão muito diferentes, entretanto a África será a única que não passará por um envelhecimento tão cedo. A estrutura etária pode ser analisada através das relações de dependência que é calculado pela soma dos dependentes dividido pela PIA (população em idade ativa), assim, é obtido o a razão de dependência total. Para calcular a razão de apenas um dos dependentes basta dividir um deles pela PIA. Mesmo dessa forma a África aparece como um país jovem e a Europa como um país envelhecido, seguido pelas outras regiões. Enfim, cada região passa por momentos diferentes da transição demográfica, prova disso é a diferença nas situações da Europa e da África. Daqui por diante veremos uma síntese da situação demográfica brasileira. O Brasil possuía taxas de mortalidade muito altas e foram caindo através do século XX. Em 1960, as taxas de natalidade começaram a decrescer e em 1970 a fecundidade começou a diminuir também, modificando a estrutura etária do país. Diminuindo as relações de dependência abrindo a Janela de Oportunidades em 1995, momento que só acontece uma vez e que se fechará em 2050.

A PIA brasileira é composta por dois segmentos, Junior (15-40 anos) e Sênior (40-65 anos), este último é o que mais ocupado e o que mais produz pois tem que sustentar a família. As mulheres no mercado de trabalho tem um papel muito importante devido a sua quantidade, fazendo com que produzam mais, principalmente as casadas e com filhos. Entretanto de nada adianta a Janela de Oportunidades estar aberta, sem os investimentos em educação (aumento da taxa de alfabetização) que no Brasil cresceu muito na segunda metade do século XX, embora ainda esteja abaixo do necessário e do que já foi alcançado em países do mesmo patamar do país. O nível acadêmico das mulheres superou a dos homens, tornando-as a força propulsora do desenvolvimento do país no século XXI. Cada vez mais a população brasileira tem se aproximado dos países desenvolvidos tem acesso à luz elétrica, rádio, TV e geladeira. Se as politicas publicas aproveitarem esse momento a situação pode melhorar ainda mais. Há três transições demográficas, a primeira foi marcada pela redução da parturição das mulheres e baixas taxas de fecundidade, mas que continua acima da reposição populacional, a segunda transição é marcada por taxas abaixo da reposição, crescimento do numero de filhos fora do casamento, adiamento do nascimento do primeiro filho, crescimento no numero de divórcios e separações entre outras características, a terceira é a retirada de procriação, ou seja, aumento significativo de casais sem filhos e de homens e mulheres que não se casam e não tem filhos. Quando a fecundidade média é abaixo de 1,5 filhos por mulher, significa que uma parcela elevada escolheu não ter filhos, com o tempo haverá um envelhecimento e uma diminuição muito rápida da população. Como é o caso da Europa. Juntamente a isso, a entrada de imigrantes em países na terceira transição faz uma mudança na composição cultural e étnica do local. No Brasil, as três transições são encontradas ao mesmo tempo devido as diferenças estruturais, entretanto, o saldo migratório do país tem sido negativo e tem mandado mais pessoas para fora do que importando pessoas.

Será que a população envelhecerá a ponto de causar um caos demográfico? Teria como estimular a procriação onde a mesma foi retirada? Como isso seria feito? São perguntas que só poderão ser respondidas após muito estudo e analise do que o futuro nos reserva.

REFERÊNCIAS

ROSA, Maria João Valenta. Transição Demográfica (esquema gráfico) . Disponível em: http://www.ufjf.br/ladem/files/2009/05/Transi%C3%A7%C3%A3o-Demogr%C3%A1ficaModo-de-Compatibilidade.pdf Acesso em: 30 de abril ALVES, José Eustáquio Diniz. A transição demográfica e a janela de oportunidade. Disponível em: http://www.ufjf.br/ladem/files/2009/05/transicao_demografica.pdf Acesso: 30 de Abril ALVES, José Eustáquio Diniz; CAVENAGUI, Suzana Marta. População e Desenvolvimento: a Terceira Transição Demográfica. Disponível em: http://www.ufjf.br/ladem/files/2009/05/JEDA-Terceira-TD1.pdf Acesso: 1 de Maio BRITO, Fausto et al. As tendências da população mundial: rumo ao crescimento zero. Disponível em: http://www.ufjf.br/ladem/files/2009/05/As-tendencias-da-popula %C3%A7%C3%A3o-mundial7.pdf Acesso: 2 de Maio...


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